Quem fez algum curso de Comunicação Visual como Publicidade e Propaganda, Designer Gráfico (que é meu caso) ou Fotografia certamente já ouviu falar e/ou foi questionado sobre isso: "E pra você, quanto vale uma boa foto?".
Sempre que citam esse tipo de pergunta durante uma aula é somente pra provocar debates e questionamentos quanto a sua ética e moral, assim como a de outros fotógrafos também!
O caso mais conhecido sobre isso é a do fotógrafo Kevin Carter que ganhou o Prêmio Pulitzer por tirar a foto de uma criança sudanesa agonizando de fome e sendo perseguida por um abutre, a imagem é chocante mesmo, dá abertura pra todo tipo de interpretação (que eu sinceramente espero que alguém possa discutir isso nos comentários), ainda mais porque ninguém sabe o que aconteceu com a criança e existe a história que o fotógrafo acabou se suicidando três meses depois da foto ser tirada.
Todo mundo sabe que as fotos podem fazer parte do registro histórico de algo, mas até que ponto podemos nos permitir a isso e até a que ponto conseguimos aceitar certas coisas?
Existem várias fotos clássicas de casos como esses, principalmente quando ocorre uma guerra... temos a menina vietnamita que corre pelada com a pele toda queimada das bombas, a morte da Princesa Diana ou até o enforcamento do jornalista numa cela da polícia durante a Ditadura Militar. Quem já viu essas fotos, sabe do que eu estou falando e tenho certeza que cada uma delas pipocou na mente de cada um de vocês enquanto liam esse texto. Pois bem, parte do que a fotografia se presta já está mais do que explicado com isso... embora de uma maneira que as vezes não é tão legal.
E é por isso que resolvi não colocar nenhuma dessas fotos pra ilustrar o post.
Não ia ser nada plástico e não faria o efeito que quero produzir.
O que eu queria com essa introdução era, além de levantar a bola pra que vocês tenham mais coisas pra pensar sobre ética profissional e etceteras mais, é até meu próprio questionamento de até onde o ser humano pode ir, contrário às vezes até a seus próprios sentimentos, pra contar uma história para outras pessoas. E por quê ele faz isso? Pra que essa história vai servir, de uma maneira ou de outra, a outra pessoa ou grupo de pessoas?
Hoje eu vi uma dessas histórias difíceis de acreditar, difíceis de engolir e com imagens não tão fortes quanto esse assunto pode trazer, mas mesmo assim... No fim, o que ficou pra mim, foi um puta relato de amor... E queria dividir essa história com vocês, só pra saber se vocês pensam da mesma forma.
O fotógrafo Angelo Merendino fez um relato fotográfico emocionante sobre uma pessoa com câncer, o fato é que quem estava com a doença era sua mulher! Jennifer foi diagnosticada com câncer de mama 5 meses após se casar com Angelo e durante 5 anos seguintes do diagnóstico, ele registrou todas as etapas doloridas do tratamento de sua mulher.
O cara conseguiu humanizar um pouco essa terrível luta e no fim fica a pergunta: Ele ajudou a quem? A si mesmo? Para suportar tantos problemas. A mulher? Dando suporte e esperança. Ou alguém que teve, passou por isso ou conhece alguém que tenha a doença?
Aqui você acompanha todas as fotos e fases do tratamento.
Um triste relato que mostra que muitas vezes a vida é feita de "meios" felizes e não finais...
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