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quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Ser Supremo

A história do gênero
Por Al Lock

Uma rápida palavrinha antes de começar a matéria dessa semana: Meu computador queimou, portanto estou escrevendo essa coluninha sem nenhuma pesquisa de fonte, só de memória. Se eu fizer alguma merda, me corrijam nos comentários. Mãos à obra!

Jerry Siegel e Joe Shuster como já discutimos em matérias passadas inauguraram o gênero quando criaram o primeiro super herói do planeta, nas décadas que se seguiram, muitos autores exploraram trocentas variações acrescentando muitos estilos de contar histórias.

Os Originais

Homens Mascarados

Desde o começo do século 20 muitos heróis surgiram, com diferentes e curiosos codinomes, Batman? Seu criador ainda estava no saco do pai dele! Pra mim o Batman é igualzinho a tantos outros personagens da pulps, com a diferença que se vestia mal e gostava de crianças de shortinhos verdes... Então, de períodos históricos temos Scarlet Pimpernel (1905), The Scarecrow of Romney Marsh (1915), Zorro (1919), e the Loner Ranger de 1933 (o amigo do tonto, lembra?). Aventureiros do presente tinham o Sombra de 1931, depois de sua estréia nas rádios e Green Hornet de 1936, sobrinho do Loner Ranger. Todos eles usavam máscaras, todos tinham habilidades extraordinárias marginalmente “super” como o dom do sombra de nublar a mente dos homens e as parafernálias do Green Hornet. Aqui tudo era na mais pura habilidade, abusando da criatividade humana.

Super Humanos

Como já dito, Super Homem foi o primeiro de todos os super heróis, nos quadrinhos! O novelista John Taine veio com a idéia de um homem superevoluído artificialmente em seu livro Seeds of live de 1931. Olaf Stapledon’s Odd John publicava em 1936 sua história sobre o Homo Superior, termo utilizado até hoje para designar os mutantes da Marvel. E é claro, Gladiator de Philip Wylie’s (1930), tinha o herói Hugo Danner, que possuía força sobre humana, velocidade e capacidade de agüentar balas no peito graças a um soro inventado pelo seu pai, muitos acreditam que esse personagem foi a inspiração para a criação do Super Homem.

Prodígios da Ciência

Todo mundo sabe que o Hulk foi inspirado no Dr. Jekyll e Mr. Hyde de Robert Louis Stevenson, já tínhamos o Frankenstein de Mary Shelley e os trocentos personagens criados pela ciência de HG Wells como o Homem Invisível. Nos quadrinhos talvez o mais famoso seja o Capitão América e o Tocha humana original, um andróide muito boa praça que era uma brasa mora! A Ciência garantia a desculpa para os poderes, tanto era dados como dádivas como terríveis maldições... Ou os dois!

Raças Perdidas

Imagine que em 1900 não havia ainda Google maps, uma boa parte da terra ainda não havia sido descoberta. A ilhota de Lost era só mais uma idéia de um bêbado criativo para sua esposa brava. Lendas de Shangri-la muito bem retratado no filmão “Horizonte Perdido” de 1937, Atlântida e civilizações com raças escrotas desconhecidas era perfeitamente plausível. Escritores como Edgar Rice Burroughs e H.P. Lovecraft se esbaldavam com o gênero. Nos quadrinhos temos a Mulher Maravilha, essa devassa da ilha paraíso, Namor e Aquabucha. Só para constar, o primeiro veio antes da paquita maneta.

Extraterrestres

Essa vai para o Algures: sabia que um escritor Romano antigo cita aliens no seu “Uma história Verdadeira”, e Voltaire comenta também sobre o assunto no seu “Micromégas”? (a Bíblia fala sobre E.T, e diversos contos mitológico falam desses putinhos..!!!)H.G. Wells em seu “Guerra dos Mundos” fascinou a galera da época ao escrever de maneira mais plausível possível um ataque de alienígenas à Terra, o sacana do Orson Welles causou uma zona lazarenta quando inventou de ler esse romance na rádio como se fosse real! Má que filho da fruta! Edgar Rice Burroughs em seu “Princesa de Marte” descrevia o planeta como algo antigo, todo ferrado, coberto por um vasto canal subterrâneo.Nos quadrinhos, o primeiro dos supers na era de prata J’onn j’onzz (o Ajax!), veio de marte através de um acidente científico. Os aliens dos quadrinhos geralmente vinham com poderes, na Legião dos Super Heróis cada caboclinho vem de um planeta e tem diferentes poderes.

Agora vamos falar um pouco das grandes eras dos quadrinhos, pois como devem ter percebido nessa altura só estou enrolando nessa coluna de hoje:

A Era de Ouro dos Quadrinhos

Período que compreende o finzinho da década de 30 e o começo da década de 40, um período curtinho, porém de grande criatividade! Praticamente todos os conceitos de super poderes vieram dessa era. Muitos protagonistas não tinham nenhuma habilidade especial, mas eram cheios das bugigangas como os heróis pulps. Os quadrinhos eram voltados para diversão despretensiosa, voltada para crianças e soldados em busca de escapismo. Muitos personagens tinham origens bem bobinhas, criados por condores o cara podia voar e coisas assim. As histórias não tinha a mínima intenção de ser realista, se fosse bacana para o leitor já valia!

A Era de Prata dos Quadrinhos

A DC comics revive seus heróis da era de ouro com novas roupagens, começando pelo Flash e Lanterna Verde, anos depois reviviam o primeiro supergrupo a Sociedade da Justiça da América como novo nome de Liga da justiça da América, muitos dizem que não, mas em minha humilde e correta opinião o nome só foi trocado por que lembrava socialismo e como sabemos, comunismo é coisa do diabo. A Marvel comics reinventa sua linha de heróis começando pelo Quarteto Fantástico, fortemente inspirado na Liga da DC. As duas editoras dominariam a indústria por várias décadas. Durante esse período a Marvel foi a pioneira nas idéias que hoje são comuns nos gibis: heróis com personalidades, conflitos internos, estórias que continuavam de número para número, relacionamentos que mudavam e se desenvolviam. Aqui se inicia a idéia de “universo” Marvel e DC, com a continuidade das histórias em um mundo cujas explicações para os poderes abandonaria o “místico” voltando-se para o lado científico. Os Heróis viviam sob um estrito código de moral, afinal eram obrigados devido ao Comics Code. Através do questionamento deste código surge a próxima era dos quadrinhos.

A Era que não tem nome por que nomear eras é coisa de herói frutinha

No final dos anos 70 os supers voltaram a ser experimentais, editoras independentes como a Dark Horse, Comico, Eclipse e trocentas outras surgiam, morriam e renasciam durante as próximas décadas. A DC e a Marvel sentiram um arrepio no rego quando seus principais “artistas” os deixaram e fundaram a Image Comics. Os grandes começaram a publicar diversos títulos para diferentes audiências, como a fodona linha Vertigo e a podrinha linha Milestone da DC Comics. Os anos 80 foram marcados com o surgimentos dos “dark” heróis e anti heróis violentos e sangue nos zóio. O primeiro passo foi lá na década de 70 com o Wolverine e o Justiceiro. Mas foi em Watchmen e O Cavaleiro das Trevas que esse estilo se tornou popular e sucesso de crítica. As décadas seguintes, heróis violentos, bombadões, mulheres peitudas e semi nuas e personagens com moral ambígua se tornavam comuns, eventualmente novos clichês.

Estilo Retro porra loca contra o estilo político social de buteco

Enquanto Alan Moore escrevia Liga Extraordinária, Kurt busiek se aventurava em Astro City e Warren Ellis nos blindava com o mais que fantástico Planetary. A DC Comics começa a resgatar elementos da era de ouro e da era de prata para suas histórias, ao mesmo tempo em que deixava seu lado fantástico e aventureiro de lado para explorar o lado humano de seus super seres como a Marvel havia feito desde a criação do Quarteto Fantástico. Parece confuso e paradoxal? Bem, não estou aqui para julgar (ainda), mas muitos dizem que a única coisa que salva dessa zorra toda da editora é o Lanterna Verde e sua tropa justamente por não seguir essa linha retro porra loca. Ta, cá entre nós tem bastante histórias boas rolando nessa editora ultimamente, mas estou tentando irritar os DCnetes, posso? Já a Marvel Comics caminha por suas guerras civis, traições, conspirações e heróis cada vez com mais conflitos internos, por vezes dúbios e com um forte idealismo. Um terreno perigoso, porém que até agora tem rendido boas histórias. Tirando as cagadas do Joe Quesada e das histórias do Wolverine, lógico.


Encerro essa coluna dizendo sem medo que vivemos em uma era muito boa para os quadrinhos. Temos hoje quadrinhos para todos os gostos, todos os gêneros, só reclama de determinada editora ou personagem quem é fã, pois quem não gosta simplesmente não lê. Nas próximas colunas vou deixar de lado um pouco o gênero de super heróis para mostrar um pouquinho da grande riqueza dos quadrinhos, além dos quadrinhos Europeus, Árabes, Indianos, Africanos e orientais (esse último só se o Romenique escrever, pois sou um total leigo no assunto!) . Aliás, nossos queridos 5 leitores podem sugerir à vontade o assunto que gostariam de ler em minhas próximas matérias.

KIMOTA!
Por Alex Matos

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