Sempre se discuti no meio quadrinhistico por que as HQ`s de origem tupiniquim são pouco valorizadas ou simplesmente não vingam: falta de bons artistas? Os Irmãos Moon estão ai para provar que não. Falta mercado? Bem, esse já é um ponto mais fácil de discussão, mas também para se ter mercado, gerar interesse em consumidores devemos ter pessoas compromissadas em investir no gênero e atrair um público que torce o nariz para as produções locais.
E é com prazer que fui pego de surpresa ao ler o Universo HQ e ver a noticia que a Operadora de Telefonia Celular OI começou a investir nesse ramo:
Em uma iniciativa ousada, a Oi lançou um site especial dedicado à publicação de HQs inéditas de super-heróis, criadas com exclusividade para a operadora de telefonia móvel e disponibilizadas gratuitamente para leitura online. O primeiro título publicado é A Corporação, escrito por Álvaro Campos (que também é produtor de programas de TV, como o Básico, do Multishow) e Fernando Azevedo (roteirista do Canal Brasil), com desenhos de Jean Diaz, Luciano Feijão e Arabson Oliveira, artistas que já fizeram trabalhos para a DC Comics e outras editoras norte-americanas. A Corporação mostra as aventuras de uma equipe de mercenários superpoderosos sempre dispostos a lutar por qualquer nação, sem distinção de bandeiras ou ideologias e a favor de quem lhes pagar melhor. Mensalmente, uma nova edição de 16 páginas coloridas em formato americano e navegação em flash estará online. Quem não quiser ler a história no site, poderá baixá-la no celular. (Fonte Universo HQ)
São iniciativas assim que me dão esperança por um mercado futuro de quadrinhos no Brasil. Concordo com o autor da matéria Marcus Ramone quando ele diz que "No Brasil, ações dessa natureza ganham contornos ainda mais marcantes, pois isso não é apenas um conceito que engatinha no País e repentinamente acelera com a ajuda da Oi, mas também uma aposta que pode resultar em um novo e melhor preparado mercado para roteiristas e desenhistas cuja expectativa de fazer carreira na área se divide entre continuar trabalhando de forma amadora ou, quem sabe, alcançar sucesso e reconhecimento em outros países, principalmente nos Estados Unidos." Ou seja, pode ser que seja mais uma história de super-heróis, como a maioria feita no país, mas traz uma nova visão de investimento de empresas privadas, e quem sabe mais de publicas, nesse estilo de literatura (pois quadrinhos são literatura sim!) e uma expectativa de aquecimento de mercado e melhoramento dele. Afinal, outros gêneros de histórias podem surgir, e quem sabe um dia termos uma linha Vertigo (sei, é um sonho quase utopico) em nossas terras?
Jack Starman é quase uma vertigem...
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