Uma das coisas que mais gosto nas histórias em quadrinhos é sua capacidade de passar uma mensagem e ainda ser um bom entretenimento. Na atualidade poucos autores conseguem esse feito com extrema qualidade, entre eles um tem grande destaque: Grant Morrison. E quando soube que o escocês voltaria a escrever o Superman, depois da fantástica passagem na linha All-Star, não podia esperar nada menos que uma boa história. E não é que o desgraçado maluco conseguiu novamente!
Action Comics #1 mostra o inicio de Clark Kent como o primeiro super-herói em um reformulado universo DC, e nos trás um herói impulsivo, arrogante, que se diverte enquanto atua e que tem idéias (imagino eu colocados por seu pai) de ajudar os pobres derrubando os ricos, um verdadeiro idealista. Não é novidade nenhuma que a versão Morrisoniana do Homem do Amanhã é resgatando a primeira versão do personagem feita por Shuster e Siegel. Tanto que podemos encontrar referencias até a uma ação do herói contra um marido que batia em sua esposa, também relatada em histórias originais de seus criadores, e outras que eu como não fanático pelo personagem deixei passar.
Em um pouco menos de trinta páginas, o autor nos situa como é a relação da policia com o, intitulado pela repórter Lois Lane, Superman, como Clark Kent vive em um apartamento de solteiro alugado (em uma pegada bem Homem-Aranha), Lex Luthor e sua “mente brilhante” ao lado do General Sam Lane. Além de uma referencia a Intergang e como Metropólis não é a cidade linda e bela, mas corroída por dentro pelo crime.
Morrison leva bem a sério o nome “Ação” no titulo da revista e faz praticamente um episódio piloto de um seriado de alto custo, com direito a explosões e tudo, sendo mais relevante e impactante que toda a graphic novel Earth One do J. Michael Straczynski.
Confesso que de todas essas novas revistas lançadas pela DC Comics "pós-relanche", essa e a do Stormwatch são as que mais me chamaram a atenção, e apesar de acreditar sempre nas propostas do Morrison tinha receio quanto a essa abordagem do Superman mais “caipira” e menos poderoso. Contudo, a revista tem uma leitura leve, rápida - no bom sentido (ouviu Geoff Johns?) – que entretém, instiga, não te chama de burro e te anima a ver a próxima edição. Simples não é? Pena que não vemos em todo lugar um Morrison.
Agora é esperar para ver o que as outras edições trazem.
15 comentários:
Se eu dissesse tudo o que você disse aqui no MDM, iriam ficar de mimimi que sou putinha do Morrison, eheuehuehuehuehe
Mas concordo com o post: Morrison pra variar da uma aula de como se pode fazer uma história simples e empolgante, sem ser retardada (Liga da Justiça do Johns, alguém?()
Claro, esse dialogo não pode passar em branco de tão Stallone Cobra que é! kkkk
De tão Batman, né? kkkk
Tb, com uma boa mostra da arrogância do personagem no momento histórico.
Ainda assim achei desnecessário ao extremo. Mas nada que estrague a história.
Pois é, ele colocou só para leitores puderem reclamarem e outros defenderem ad eternum... perai! kkk
Se tem algo de bom nesse reboot é o Morrison escrevendo o Super. Especialmente depois do Johns nos tratar feito imbecis na história meia-boca da Liga. Tudo bem é está tudo no comecinho, que eles visam leitores novos e etc... mas aquela historia foi clichê do primeiro ao último quadrinho.
Das revistas do reboot que li (AC, JL e Stormwatch) a melhor foi Stormwatch seguida, não tão próxima assim, pela Action Comics. Justice League é muito fraquinha.
Detalhe que eu tbm fiz uma critica semelhante no MDM sobre a action comics 001, e concordo com tudo que foi dito. Essa e stormwatch são as melhores até agora...
Muito bom esse post, eu dei uma passada de olho em algumas outras revistas do Reboot e tbm tirei algumas conclusões parecidas...
Detective Comics 001:
porra..arte ruim para caraio..o Tony Daniel resolveu plagiar o cavaleiro
das trevas do Miller. tem umas quatro ou cinco páginas tiradas direto
da mini classica do morcego, inclusive com mesmo angulo de paginas. sem
falar que ele tenta forçar a historia com um Coringa que mais lembra
Hannibal lecter do que o Ledger do the dark knight. Colocaram um
personagem psicotico e homicida, que eu acho que vai espantar o publico
"novo" que eles queriam conquistar.
Justice League 001:
A mesma porra de sempre o traço do Lee, batman mais light que suas versões
anteriores mas ainda overpower. Hal Jordan idiota e estupido ( i know
right?) e um superman muito escroto..ele ta mais pra um vilão do que o
maior heroi do mundo, como diz a editora...
Stormwatch 001:
Parece
um pouco mais interessante do que a Liga, mas ainda assim vejo esse
pessoal no universo "puritano" da DC meio como misturar agua
e óleo. A stormwatch é a "shield" da DC: protegendo a terra a séculos,
mesmo antes dos herois modernos. Pra eles batman e superman são amadores
que entraram no jogo agora. E a lua esta criando vida e quer destruir a
terra. e eles não confiam nos outros herois. e eles precisam de alguem
como o Apolo, pq ele é o unico na terra que porra o Superman de igual
pra igual.
Todos os personagens da authotity estão lá, e tem um que de Planetary
tbm, tudo que tinha de bom na image...mas ainda não sei se isso vai dar
certo num universo como a DC..só esse reboot for uma desculpa para
deixar o universo mais adulto(violento pra carai)
Updates:
Action Comics 001
Superman
molecão, fudido e sem grana, morando num prédio muquifo e sem o glamour
do pesonagem que conhecemos.. ele parece muito com o Peter Parker no
filme do homen-aranha 2...
Eu fiquei surpreendido...esta muito
bom..bom mesmo... Vc tem tudo que faz do personagem um Superman...S no
peito. Jimmy e Lois. Lex Luthor e General Lane...mas não é o superman.
Pelo menos não personagem dos dos últimos 60 anos.
É a origem
dele como quando foi concebido...eu senti um que de Spirit do Will
Eisner, tanto no traço como na narrativa do Morrison, e a sacada de
transforma-lo em "heroí do proletariado" contra os corruptos e imorais
caiu muito bem nele..é um heroi de jeans e bota de fazendeiro, mas que
segura tiro de canhão no peito e salta kilometros em um impulso...isso
conquista o povão, e faz dele um heroi com apelo mais humano do que o
deus vivo a qual estamos acostumados.
Vai ser interessante ver como ele virou aquela coisa marrenta de armadura de manga que apereceu no Justice League...
Concordo com o Marcelo, a revista começou bem. E outro Super, realmente bem próximo do da primeiras histórias mas, talvez pela aparência jovem, ele me soou mais "petulante" do que "arrogante" (se é que me fiz entender) em comparação aquelas hqs dos anos 30.
Só o que me incomodou foi a semelhanca com o aranha, a forma como foi mosrada realmente lembra muito, Ok que é novo na cidade e tal, a dureza serve pra reforcar a ideia de herói do povo.. não sou conra isso so achei que a forma como fi mosrada ficou semelhante demais, teve um "destaque" desnecessário pra isso.
Ou será que ´e o Aranha que se assemelha ao Super de 30?
Alguém sabe onde tem par aimportar?
Não. O que houve foi que o Superman está parecido com o de 30, mas o Clark Kent está parecido com o Peter. Só que é como o Freud falou, é mais pra enfatizar a ideia do cara ter acabado de se mudar pra cidade grande e estar meio quebrado por isso. Também ajuda a explicar a empatia do Super com o "proletariado".
Estou acompanhando, pelo Importadora do Sr. D, todos os títulos já lançados, e para mim, leitor da D.C. Comics a vários anos, de todas essas revistas do novo Universo D.C. Action Comics, DEtective Comics e O Monstro do Pântano são as melhores.
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