Por Alex Matos
O primeiro contato que tive com essa série foi no meio de 1994, era um pequeno nerdinho aprendendo sobre a arte maravilhosa de mestrar RPG. Nessa época não tinha idade nem para me infiltrar na sessão pornô da locadora. Bons tempos.
Cartas selvagens era um cenário pronto do suprimentos intitulado “Super” do sistema Gurps, não vou ficar explicando o que é sistema e nem RPG, procurem no google e não encham meu saco seus pau na zorba!
Voltando, já colecionava gibis de super herói desde 1989 , portanto, nem preciso dizer que era o cenário que eu mais gostava, diferente dos quadrinhos, os super poderes tinham uma pegada mais social, o contexto era mais crível, pé no chão. Os caras que tinham poderes se ferravam para tentar simplesmente viver sua vida. Fora que os personagens são muito bem construídos.
Em sei lá que ano, um colega resolveu pegar os contos publicados do cenário e traduzir para o português, nem lembro quantas páginas eram e nem o nome do cara.. Dá um desconto pois alguns de vocês nem eram nascidos ainda, bando de fraldinhas! Ah, acho que o nome era Renam, sei lá. De qualquer forma, devorei esse arquivo do word e fiquei enchendo o saco dele para que traduzisse mais, infelizmente o cara descobriu o bicho mulher e sumiu...
Mas que merda de resenhador que eu sou, nem expliquei a porcaria do cenário...
Vamos lá, uns alienígenas doidões construíram um pusta dum vírus chapado que dava poderes pra galera. Como ficaram com medinho de testar neles mesmos devido ao monte de efeitos colaterais, resolveram jogar esse vírus na Terra, olha só que filhos da puta! Um carinha lá, ficou revoltadinho com a porra toda e diferente dessas moças do facebook que se dizem amantes dos animais postando fotinha de bichinhos se fudeno mas não arredam a bunda pra fazer nada, montou em sua nave e resolver parar ele mesmo com essa putaria de testar vírus.
Vai testar esse vírus na casa do caralho seus putos (adoro falar palavrão, é terapêutico), então num pega pra capar galáctico, esse sujeitinho conseguiu ferrar com a nave dos cientistas aliens. Devido a batalha, as duas naves caíram nos Estados Unidos da Gringolândia.
O carinha alien lá resolveu fazer a coisa mais lógica do mundo: falar para os governantes do planeta que em algum lugar das redondezas tinha uma nave com uma arma biológica prestes a botar pra fuder. Lembra que eu disse que o cenário tinha uma pegada mais social e pé no chão? Então, os governantes cagaram pro alien e em resumo, a tal bomba fez boom em plena Nova York e infectou uma galera mudando sua genética pra sempre!
Mas e esse lance de Cartas Selvagens? Tiu aqui explica, sua ejaculaçãozinha precoce do papai: Quando o vírus te infecta, na maioria dos casos ele mata completamente o alvo, nos raros casos, dos que sobrevivem, desenvolvem grandes grotescas mutações que os deixam monstruosos, feios, deformados, escrotos. Os caras dizem que estes tiraram o coringa das cargas.
Alguns sortudos, tiram o ás e desenvolvem poderes chubidubamente batutas sem deformidade, só com vantagens. Ah! Tem uns pau no cu que tiram o dois de paus e desenvolvem poderes idiotas como conversar com peixes...O resto das cartas é morte grotescamente sofrida, às vezes lenta e pegajosa como eu já disse, mas tenho certeza que cês nem prestaram atenção!
O bacana desse cenário é que, diferente dos heróis Marvel/DC, o fato de surgirem gente com poderes alterou MUITO a história do mundo, com direito a um Fidel Castro ser um grande astro de Baseball. A guerra da Coréia, a Guerra Fria e o Vietnam sofreram grandes reviravoltas, batuta mesmo!
Pra falar a verdade nem é disso que quero falar com essa resenha de merda, o que queria dizer desde o início é que o grande criador deste cenário é nada mais que George R.R. Martin, o escritor patcha famosão por Guerra dos Tronos, sim, ele mesmo! E o cara é mó nerdão hardcore. A série Cartas Selvagens surgiu como um jogo de RPG que ele criou para jogar com seus amigos, escritores de fantasia e ficção científica. O troço deu tanto certo que resolveu publicar em forma de contos com esses camaradas, o resultado foram 22 livros editados e publicados desde 1987, com versões em quadrinhos e RPGs, de cabeça eu lembro do Gurps Supers e do Mutantes e Malfeitores.
Atualmente os livros “wild Cards” finalmente estão sendo publicados em português pela editora Leya (ê criatividade), nitidamente aproveitando a fama do George R.R. Martin e Guerra dos Tronos, aquela série Emanuelle da idade média que passa na HBO, acho que cês sabem qual é, se não, google! Esse pequeno Ser Supremo aqui recomenda fortemente e quem não comprar é um filho da puta cuja mãe da aula na zona!
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