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sexta-feira, 6 de março de 2009

Up Start Palmito


Hoje estréia, a nova coluna do Uarévaa, Start Up Palmito! que vem com o (prazeroso) fardo de cobrir o que acontece na movimentadíssima indústria dos games, que hoje, é gloriosamente o mercado de entretenimento que mais fatura e mais se renova.
O foco aqui, quero deixar beeeeeeeeeem claro, é a atualidade: a nova geração (PS3, X360), mas sem deixar de lado o revolucionário Wii, os PC gamers, e até os portáteis (de DS e PSP, ao IPhone e outros hand-helds), e mesmo sendo uma coluna semanal, vou tentar abranger tudo, mixando artigos, com reviews e previews, como farei hoje.

Ah claro, E quem sou eu? Bom, aqui assino com o Bebê Palmito, uma das mais populares (?) criações da minha cabeça deturpada. Mas na verdade, sou o famigerado irmão da Pin (uf, nunca achei que me apresentaria assim), o tal do Nerd-supremo, Diogo Pace, prazer! Exageros à parte da minha querida irmã caçula, na linha tênue entre a nerdice e não nerdice, hoje me encontro, até como profissional, encantado, aficionado e embasbacado pela novo universo 'gamerzístico' e seus patamares técnicos absurdos, com complexas engines, visuais em alta-definição, interfaces inovadoras, entre outras maravilhas tecnológicas.

Mesmo tendo acompanhado a indústria desde muito pirralho, começando com o Atari 2600 do meu pai (acreditem), passando por 8-Bits, fliperamas caiçaras, 16-Bits, fliperamas caiçaras (x2), 32-Bits (ah, o Playstation!), 64-Bits, e PC games de diversas gerações, fiquei lamentavelmente meio por fora da última geração, a grande responsável pela explosão da indústria (tô falando de vc, PS2).
Negação é um negócio feio, e não tinha como negar, a nova onda vinha pra arrebentar e não podíamos ficar de fora. A Pin comprou o Wii, e poucos meses depois comprei o todo-poderoso PS3, e desde então, tenho gastado fortunas com jogos, era inevitável. Mas vou parar a biografia por aqui, e começar com essa bagaça! \o/.


Round 1, Fight!

Hoje, o assunto são os fighters, ou jogos de luta, que depois de muitos anos na sombra, estão saindo dos seus casulos (e arcades nipônicos) pra dar uma voadora na orelha de uma geração que está saturada de shooters (tiro em 1ª ou 3ª pessoa), e outras fórmulas dominante no mercado. E como eu falei no começo do post, trago pra vocês uma salada mista, com um panorama da invasão dos títulos de porrada, um Preview da avalanche de 2009 (ano que promete marcar a volta do gênero) e de lambuja, um Review 'hands-on' do Street Fighter IV, que nosso camarada Skrull fez uma matéria bacanuda, mas como venho sendo duramente punido há dias pelo novo SF, tenho que relatar a experiência para os leitores, vou evitar mencionar o que ele já detalhou.

Muitas pessoas questionaram: hoje em dia, com games tão complexos, com tanta profundidade e imersão, qual o espaço pra velha fórmula dos jogos de luta do auge dos fliperamas? A resposta podia vir de mil maneiras, mas ela é bem simples: Multiplayer online.

Pela primeira vez você poderia de fato, entrar num lobby, ou em um torneio virtual, e enfrentar qualquer pessoa do mundo, ser rankeado como em qualquer modalidade de luta real, e ser até recompensado por isso. A SEGA, com a série Virtua Fighter, mesmo que odiada por muitos, lançou seu título next-gen praticamente junto com o nascimento da nova geração, e anteveu isso. Não ia demorar pra que as outras grandes franquias, até as mais hibernantes percebessem esse potencial. E assim foi.
A Namco (rival direta da SEGA no segmento 3D fighters) não demorou em adaptar o Tekken 5 de PS2, agora Tekken 5: Dark Resurrection, pra HD e um modo online na Playstation Network. A resposta foi mais do que boa. E isso chamou ainda mais a atenção dos peixes mais grandes. E já em 2008, 4 franquias foram colocadas à teste como você pode ver no quadro abaixo:

A Namco voltou com a série SoulCalibur (Blade, Edge, ish sempre foi essa confusão). Com visuais estupidamente estonteantes (um dos meus primeiros jogos pro PS3), e um matching online robusto (a minha namorada quase ficou doente, não quis sair da frente do PS3 e detonar asiáticos e norte-americanos por um dia inteiro... não reclamei desse dia), ele hasteou a bandeira do gênero em 2008. A Nintendo veio com a já aclamada série Smash Bros, que ganhou notoriedade por trazer o Sonic e Solid Snake no cast, mas valeu mesmo pra relevar o até então pouco usado serviço online do Wii. No segundo semestre até a Midway entrou na dança. A série Mortal Kombat, exceto para os fãs, vinha sendo furada atrás de furada, e quando eles anunciaram um crossover com a DC, virou mais motivo de piada ainda... mas nem o maior MK fanboy poderia prever.. O jogo teve uma boa aceitação do público e da crítica, e até hoje é facílimo achar um lobby pra dar um fatality em algum cidadão através da rede. Mas ainda faltava alguém, que mesmo anunciando a 7 mares, ainda não tinha lançado nada. Falo do pai (mãe?) de todos os fighters, a série que começou tudo, Streeeeeeet Fighter. Com o tão esperado SFIV se aproximando, e os altos executivos da Capcom tremendo em suas poltronas, a publisher japonesa decidiu se antecipar. Chamou o estúdio Udon (responsável pelas HQs da franquia) pra redesenhar, quadro a quadro, TODOS os personagens e cenários do consagrado Street Fighter II Turbo, pra lançar via download na XBOX Live e na PSN, uma recriação HD do jogo, mantendo a jogabilidade retrô, e testando como a mecânica intrincada de luta da série funcionaria na rede. O sucesso foi estrondoso, até hoje, depois do lançamento do IV, ele bomba entre os jogos mais baixados pelos consoles. Não é pra menos, ele trouxe o sistema online mais robusto de todos (mesmo pq o jogo não exigia tanto hardware assim), e permitia elaborar torneios como se estivesse jogando em um arcade, mata-mata, tendo até que assistir as outras lutas, podendo analisar estratégias enquanto espera a sua vez.
Dos mencionados, só lamento não ter jogado esse último. E só não coloquei minhas mãos porque a PSN não permite qualquer cartão de crédito internacional, apenas com endereço americano ¬¬ (assinem aqui uma petição pra isso acabar, Bebê Palmito agradece). Mas assim que conseguir baixar isso, eu paro tudo e chuto a bunda do mundo inteiro com o M.Bison! ha! (e a gente finge que acredita :P ).


2009, The Clobbering Year!

Como você já viu, muitas conhecidas franquias já colocaram seus luchadores na nova geração, e você me pergunta... Como é que 2009 vai ser o ano dos jogos de luta então? Ah pequeno padawan, se você gostava do gênero quando era um niño ou um pré-aborrescente, não está sentindo falta de nada? Não? Oras....
As três maiores franquias, adaptações e remixes à parte, estão para desembarcar, com poder total, e dizem que vêm para ficar. Até os menos nostálgicos ficavam com frio na barriga quando era dito que Street Fighter, Tekken e The King of Fighters iriam ganhar versões novíssimas e inéditas em 2009. E era tudo, tudo verdade. E de quebra ainda sairá BlazBlue, um novo título mas saído da franquia Guilty Gears, muito amada pelos fãs (reduzidos pelo fato da série nunca ter ido além do mercado asiático oficialmente). Estão duvidando desse line-up? ...

Aí está, tudo confirmadíssimo pra 2009. E pelo jeito, os fighters vieram mesmo pra conquistar uma boa fatia do mercado, e atiçar talvez novas franquias. Com novos estúdios e desenvolvedores tão foderosos por aí, isso não seria uma má pedida. O Hadoken foi lançado, vamos ver como a indústria reage.

O Street Fighter já chegou, e depois do preview postado aqui no Uarévaa, vou deixar minhas impressões depois de ter jogado essa esperada belezinha.


PalmitoReview!
Street Fighter IV


Fiz o pedido do Street Fighter IV no fim de janeiro, bem antes do lançamento em um site britânico. A diferença de preço era grande comparado até com os preços do centrão (por volta de 100 reais com o frete) e achei que ia receber antes de todo mundo. O carnaval me ferrou, e o jogo chegou pelo Galeão (aeroporto internacional do Rio) e só depois de quase duas longas semanas esperando, segunda-feira foi o dia.

As primeiras impressões, logo depois que vi os créditos da Capcom (e da Cri-Ware, curiosamente também creditada pelo Tekken e Soulcalibur), é de que realmente, depois de tantos anos, eles acertaram em renovar a franquia (manobra ousada de Yoshinori Ono, produtor que praticamente convenceu todo mundo dentro da publisher). Não desmerecendo a 3ª edição (Street Fighter III: 3rd Strike), que era ótimo e complexo, o IV realmente tem o pedigree SF, não só pelos 12 velhos personagem originalíssimos do II, mas pelo clima em si, e vc quase nem precisa apertar o start pra sacar isso.

Uma sensação esquisita de nostalgia com renovação vem a mente, e os visuais particularmente incríveis, conseguiram simular como seria um anime, ou mangá, renderizado (pra mim, uma conquista no campo de design de personagens em geral), e nada mais apropriado, sendo que a franquia vem se mantendo no meio dos mangás e animes há muito tempo. Falando nisso, ele se firma como um jogo autênticamente japonês, desde a trilha sonora brega e cutscenes todas em anime também até às interfaces e transições dos menus, transpirando o style japs de se fazer videogames.

Logo nos primeiros rounds no modo Arcade, não demorei a constatar que esse é um jogo difícil. Não sou um novato, jogo vários títulos da série no MAME (emulador de arcade no PC), e ainda assim, me peguei suando pra vencer no easy, juro.

Todos os reviews da mídia especializada diziam que esse Street Fighter se baseia no II (isso confere) onde a profundidade do gameplay é complexa, mas acessível pra novatos (não confere tanto assim). Calma, não quero assustar ninguém. Mas não vão esperando um 'button-masher', onde é fácil subjulgar a inteligência artifical.

O sistema de destravamento de personagens também não perdoa, fiquei eufórico em saber que a versão dos consoles viram com 8 personagens além dos do fliperama japonês, mas depois de ver todos eles ainda obscuros, e com métodos de destravamento tão imperdoáveis eu me aborreci um pouco. Mas nada demais, talvez tenha sido uma estratégia para fazer o público realmente imergir no jogo, e é o que vou fazer. Vejam como vem a 'selecting screen':

Um tanto quanto desanimador, não? Mas também é um desafio a ser encarado, que mantêm o climão do jogo. Pra vocês terem um idéia, se não me engano, pra destravar o Raging Demon, nosso invocado Akuma é necessário ter terminado com TODOS os 23 (16 iniciais +6 a serem abertos antes dele) e você precisa de uma campanha assim: 4 rounds vencidos com Perfects, 2 Ultra-Finishes (KO com ultra-combo), 4 First-Attacks e sem continues. Depois dele vc ainda tem que suar muito a camisa pra abrir o irmão dele e mestre de Ryu e Ken, o nunca visto antes Gouken. Além de claro, no fim, ter a tradição de abrir o último chefe, o maldito Seth.

Frustrações à parte, falemos do gameplay. Os controles são exatamente os mesmos para os familiarizados e oldschoolers, e totalmente customizáveis, como era de se esperar. Mas durante a luta, algumas mecânicas foram alteradas e outras implementadas. Tudo com muito, muito cuidado, agregando valor e profundidade e tornando o sistema de luta SF muito mais estratégico do que ele já era.
Temos a barra super, como sempre, mas agora ela pode ser usada em 4 instâncias (conforme for enchendo), tanto pra desferir os já conhecidos super-combos (não tãããão poderosos como eram na série Alpha, Zero e Capcom/SF vs. _insira um nome aqui_ , mas estão lá e funcionam igualzinho), ou versões mais fortes de movimentos especiais já conhecidos (tipo o hadoken sai com 2 ou 3 hits, estratégico na hora das velhas 'disputas de magias'). Ao lado fica a barra de revenge (vingança), que só enche conforme você apanha, mas que soltam os ultra-combos, apelões e viscerais, que podem igualar uma partida onde você estava levando a pior, como é o caso do saco-de-pancadas Dan, que você vê no explicativo abaixo:

E por fim, temos o novíssimo sistema de Focus Attacks, que vieram pra substituis os impossíveis 'parrys' do SFIII. É básicamente um ataque com os dois botões médios (soco+chute médio), que absorve energia de ataques especiais e até supers, e abre chance pra um contra-ataque. Se carregado no máximo ele desfere um ataque indefensável. Parece apelão, mas requer muito timing, e é bem complicado de se usar.

Por último, o modo online, que eu experimentei muito pouco. Infelizmente, até onde vi, o sistema de torneios de SSFII HD Remix ficou de fora. :/ Uma pena, provávelmente a Capcom fez isso pra evitar lags, ou problemas de conexão, sendo que esse exige bem mais do hardware e da rede. Mas isso não impede totalmente o feeling do arcade, já que a qualquer momento do jogo, se você estiver com o seu perfil ativo e conectado, você pode ser desafiado por qualquer jogador do mundo. Mas podem ser irritantes as contínuas interrupções quando tudo o que vc quer é tentar destravar logo todo mundo.

SFIV é um jogo complexo, mas com a profundidade que a nova onda de fighters vinha precisando. E ele remete de verdade aos antigos jogos, de muitas gerações atrás, onde nada era tão fácil, e o jogador tinha que suar a camisa, se estressar, e bolar estratégias pra se sair bem. Vale mencionar o extremamente apelão Seth. O melhor e mais desafiador chefe em um jogo de luta em muitos anos, ou pelo menos o mais irritante. Essa versão koreana yin-yang do Dr. Manhattan não perdoa ninguém, e ele já virou alvo de ódio mútuo na comunidade dos gamers pelo mundo afora.

No fim das contas, se fosse moleza, não seria o que é. Street Fighter IV vem pra mostrar o quão profundo e imersivo pode ser um ótimo título de luta. Ele vêm elevando os níveis do gênero, e estabelecendo padrões que certamente vão fazer seus desenvolvedores concorrentes se esforçarem ao máximo. A franquia realmente tem pedigree, e o resultado fica bém além do hype e da expectativa. Horas e horas de diversão desafiadora. Se você é fã do gênero, adquira. AGORA. E assim te desafiarei, ha ha ha (M.Bison laughs)... Satsui No Hadou pra vocês!

(PSN do Palmito: thetinyfarm)

Street Figher IV
Desenvolvido e Distribuído pela Capcom
Disponível para as plataformas: Arcade, Playstation 3, XBOX 306 e em breve, PC
Lançado em 17/02/2009
Classificação Etária: +12


É isso pípol. sei que a coluna de hoje foi monstruosa, mas era a minha estréia. Agradeço as boas-vindas de todo o staff do Uarévaa, e espero que tenham gostado.
Até a próxima!

Up Start Palmito!

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