A Gafieira:
A gafieira mais antiga do Rio de Janeiro é de propriedade do senhor Isidro, um esforçado português que, na década de 1980, pretendia somente montar uma churrascaria nesse local. Mas, por excesso de exigências na obtenção de um simples alvará, ele desistiu do oneroso investimento, e como não havia o que fazer, aproveitou a instalação e montou uma casa de samba, a qual logo tornou-se a mais famosa em função da localização e também por ter acontecido no ressurgir dessa atividade esquecida com o fim da vida noturna. O Seu Isidro, além de ter ali recebido milhares de dançarinos no salão da ex-churrascaria, ainda hoje é um local aberto ao público e a quem quiser fazer uma visita ao passado e apreciar a decoração dessa churrascaria destinada a resgatar a cultura boêmia que não existe mais.
O Malandro:
Um dos principais aspectos observados no estilo samba de gafieira é a atitude do dançarino frente a sua parceira: malandragem, proteção, exposição a situações surpresa, elegância e ritmo. Na hora da dança, o homem conduz a sua dama, e nunca o contrário.
Dançando, o dito "malandro" sempre protege sua dama, dando a ela espaço para que ela possa se exibir para ele e para o baile inteiro ao seu redor e, ao mesmo tempo, impedindo uma aproximação de qualquer outro homem para puxá-la para dançar. Daí também a atitude de se sambar com os braços abertos, como se fosse dar um abraço, além de entrar no ritmo da música, proteger sua dama. Do mesmo jeito que o andar não deixava as pernas lado a lado, na dança, o malandro sempre cruza as pernas, remetendo à figura clássica.
Na década de 40 houve o estouro do Swing e as Big Bands, bandas musicais onde o número de componentes ultrapassava facilmente dez elementos. A característica principal desta música era a presença dos metais, tipicamente reconhecidos no jazz, como o saxofone, trompete e por ai vai.
Nessa época, nos salões de baile brasileiros se dançava bolero (também muito em evidência na década de 40), swing (por influência direta norte-americana) e também nossos gêneros nacionais: samba-canção, samba-batucada e samba-liso. Essas eram as três formas de se dançar o samba de salão no Brasil até a década de 1940.
Basicamente: Samba-canção era uma dança de dois movimentos por compasso; samba-batucada era uma dança com três movimentos por compasso, baseado no samba-canção e samba-liso era uma dança de quatro movimentos para dois compassos, sendo totalmente diferente dos outros dois.
E foi basicamente com Raul de Barros, um dos grande intérpretes do samba da época, que as s características básicas de um samba de gafieira genuíno tomaram forma. Nota-se claramente a influência dos metais na música, uma ginga mais própria nossa, de nossas raízes e uma bem maior alegria na sua execução. Todas essas características foram ter à dança, que daí sim começou a ser desenvolvida como samba de gafieira que conhecemos hoje.
É isso ai galera, espero que tenham gostado e apreciado esse ritmo cheio de graça e qualidade!
A gente se vê num boteco por ai!
3 comentários:
Meu pai e minha mãe manjam pra carvalho de gafieira! Os velhos são viciadões nisso e em forro, vão todo fim de semana!
Lindo esse ritmo!!! Amo!!!!
No dia em que eu aprender a dançar gafieira como o casal do vídeo ou como os pais do Alex, vou morrer a pessoa mais feliz do planeta.
Na verdade, me casar com o Tony faria com que eu fosse a pessoa mais feliz do planeta, mas aprender dançar gafieira de verdade serve como consolo.
Skrull, nesta matéria ótima só senti falta do finalzinho de sempre: Referência...
É quase como um "assinado: Skrull da Terra 13"
Beijoquitas!
Agora que ouvi as músicas da matéria, chubiduba essa música do zeca pagodinho com a velha guarda da portela... animal mesmo cara!
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