Uaréview
Por Marcelo Soares
Dizem os psicólogos que traumas vividos por nós na infância nos marcam por toda a vida, e porem, até, deixar seqüelas fortes em nossa forma de ser e viver a vida. Imagine-se então uma criança que é encontrada por policiais em um contêiner coberta de sangue, sangue esse vindo de sua mãe assassinada e mutilada por traficantes. É, diga olá a Dexter.
Baseada no livro Darkly Dreaming Dexter, de Jeff Lindsay, a série de TV Dexter surgiu em 2006 pelo canal Showtime e conta a história de Dexter Morgan, um assassino em série que trabalha como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue. Trabalha no departamento de polícia do Condado de Miami-Dade, junto com sua irmã, a desbocada Debra Morgan, seguindo os passos do pai adotivo – adorado policial falecido. Dexter é interpretado pelo brilhante ator Michael C. Hall.
Criando um clima de eterno suspense, amenizado nos momentos certos por doses de humor – muitas advindas de uma narração em primeira pessoa onde ficamos sabendo o que pensa o protagonista – a série encaminha-se para a sua quinta temporada com uma trajetória de sucesso, muitos fãs e histórias de suspense, reviravoltas, e ótimos roteiros.
Dexter mostra um caminho que gosto muito em alguns seriados americanos: serem curtos e objetivos. Isto é, cada temporada sua tem em média 12 capítulos, deixando pouco espaço para enrolações e uma estratégia de roteiro bem concisa, diferentes de muitas series que em seus 24 episódios tem que criar engodos para fechar o número.
Explorando o plot básico: um homem, atormentado por seu passado que não conhece bem , desenvolve a necessidade de matar pessoas, “fome” que só não lhe traz mais problemas com a justiça por conta dos ensinamentos de seu pai adotivo, e policial, que o ensina como sobreviver sem deixar pistas de seus crimes, e matar só por um motivo especial: limpar o mundo de outros seriais killers. Então, além de manter seu “vicio”, Dexter tem que se preocupar em manter as aparências, ser bom irmão, bom namorado, bom cidadão, mesmo sendo um psicopata que não sente emoções, e Michael Hall é perfeito interpretando essa gama de confusão mental.
Em seus quatro anos de movimentada vida, muito já aconteceu em Dexter e não direi mais para não dar spoiler para quem não viu ainda, mas recomendo que corra para ver todas as temporadas e se vicie rápido que a quinta começa logo, logo. E depois de brigas familiares, sacos negros boiando por aí e a ilusão de família perfeita, você vai querer muito mais de onde veio.
Prêmios
2006
AFI Awards — Programa de TV do Ano
IGN - Melhor Programa Novo, Melhor Ator - Michael C. Hall, Melhor Vilão - The Ice Truck Killer, Melhor Personagem - Dexter Morgan,
Satellite Awards — Melhor Atriz Coadjuvante em Série — Julie Benz
2007
Emmy – Melhor Design de Título de Abertura, Melhor Edição com Uma Câmera para Série Drama
IGN - Melhor Argumento IGN - Melhor Programa de Televisão
Satellite Awards – Melhor Ator coadjuvante em série de TV – David Zayas, Melhor Ator em série Dramática – Michael C. Hall, Melhor Série Dramática Melhor Ator em Série de TV – Michael C. Hall
2010
Globo de Ouro - Melhor ator em série de drama - Michael C. Hall
Globo de Ouro - Melhor ator coadjuvante em série de televisão, minissérie ou filme feito para a TV - John Lithgow
4 comentários:
Bacana, todo mundo me fala muito bem dessa série, mas ainda não tive a oportunidade de assistir. Acho que vou fazer como Lost, esperar acabar a série depois comrpar os boxes, hehehehe
Cara atualmente Dexter é a melhor Série que eu assisto... Qndo acabar, vou comprar tudo em blu-ray!
mesmo depois do final bunda (quer dizer controverso de Lost) você ainda teve coragemd e comprar o Box??
Na verdade, Renver, nem o de Lost comprei ainda, to esperando sair um box com todas as temporadas, que vale mais a pena (como o do arquivo X que saiu uma caixa com as 9 temporadas por 450 reais), mas acho que se só o último episódio é ruim, então o saldo é positivo, acho que mesmo assim vale a pena ter...
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