“ É uma série sobre uns motoqueiros que andam de moto... e... é na Califórnia... e tem o Hellboy! “- Zenon sobre “Sons of Anarchy” –
Sim, sim, esse foi o meu resumo da série durante as tentativas frustradas de se gravar o primeiro podcast Uarévaa, mas depois de 3 temporadas é impossível eu não voltar aqui pra falar dessa que se tornou uma das minha séries preferidas.
A cidade fictícia de Charming, Califórnia, é praticamente dominada por gangues há muito tempo, deixando até as autoridades (uma força-tarefa comandada por um xerife não muito disposto a lidar com os meliantes) no bolso. Somos apresentados aos Sons of Anarchy, uma gangue de motociclistas liderada por Clay (Jon Pearlman - Hellboy) que mantém vários negócios ilícitos na cidade como tráfico de armas e algumas extorsões no melhor estilo mafioso tendo uma oficina mecânica como fachada legal. O vice-presidente do Sons of Anarchy é o jovem Jax, filho de um dos membros fundadores dos SoA e filho de Gemma (Katey Segal), atual esposa de Clay.
O grande dilema logo na primeira temporada é quando Jax acha um antigo diário escrito por seu pai antes de morrer e que ele conta a idealização dos Sons of Anarchy ao mesmo tempo em que lamenta os rumos pelo qual o Clube está avançando. A visão de anarquia do falecido pai de Jax começa a colocá-lo em dúvida sobre o caminho que está levando e principalmente sobre algumas decisões desvirtuadas que são tomadas por seu padrasto, levando-os a constantes confrontos.
Toda primeira temporada serve basicamente como uma apresentação de personagens e mostra a influência que o clube tem sobre a polícia local e sua rixa com as outras gangues da região (como a gangue de chicanos motociclistas, Mayans e os negros “gângstas”, Niners), além do alcance do poder do clube sobre pessoas influentes. A sensação que me veio ao assistir vários episódios da primeira temporada é de estar vendo alguma franquia do GTA versão live-action. Aquela coisa do tipo: “ Uma pessoa está incomodando cidadão ‘X’, vá até lá e quebre a cara dele. “ ou “ A gangue ‘Y’ está atrapalhando seus negócios, vá até lá e exploda o laboratório de cocaína deles. “
Isso não atrapalha em nada o andamento da série, mas alguns episódios ficam meio previsíveis, onde você acaba ficando com aquela sensação de: “ Parece que fizeram isso só pra mostrar que os caras são foda.”, mas... quem é que não se divertiu fazendo essas coisas no GTA, né? =D
Outra coisa que eu gosto de comentar sobre a série são as personagens (sim, personagem é no feminino, mané!). Assim que comecei a assistir eu mandei algumas fotos pra uma amiga minha e, vendo o personagem principal (Jax), um rapaz de cabelos longos e loiros ela disse : “ Ah, vá! Você quer me dizer que esse cara é um motociclista respeitado? Parece mais um dos irmãos Hanson. “ Mas assim que assistiu aos episódios ela disse : “ Nossa, não é que o cara é foda? “ Realmente, Kurt Sutter, diretor da série, acertou em cheio nos atores que compõem os membros das gangues, especialmente os principais de SoA.
Temos o exemplo do já citado ator principal, Jax e do excelente brucutu Clay (Ron Pearlman que mete medo em qualquer um sendo aquela "linda" mistura de homem das caverna com um babuíno albino), mas vou citar outro exemplo que é o do meu personagem preferido na série: Opie (Ryam Hust).
Vejam a foto do rapazote abaixo.
Quando passaria pela sua cabeça que esse rapaz com cara de bobo seria um perfeito badass truculento e porradeiro? Pela cabeça de Sutter, passou. E ele ficou assim:
Fora ele, temos muitos outros personagens carismáticos como o psicopata Tig, o fiel escudeiro Munson, o irlandês e ex-IRA Chibs, o “hacker” e amalucado porto-riquenho Juice, o hitman Happy e o velho Piney (pai de Opie). Todos com suas características e trejeito próprios, sempre preparados pra uma boa briga, seja no mano-a-mano ou na bala e, lógico, sempre dispostos a desfilar por aí com suas motos em alta velocidade.
Agora falando bem rapidamente, a segunda e a terceira temporada já nos mostram que o motoclube tem suas fraquezas, principalmente quando as ideias do clube entram em conflito com pessoas poderosas.
Eu sempre achei curioso que um assunto tão popular nos EUA quanto grupos de motociclistas ainda não tivesse virado série de tv ou filme (tirando aquele com o Marlon Brando na década de 50), mas SoA veio pra representar (e muito bem) o tema.
Bom, então é isso. Se qualquer um de vocês perguntar pra mim ou pros 3,6 milhões de americanos que assistiram a 3ª temporada se vale a pena ver a série, a resposta é SIM!
Sons of Anarchy exibe sua 3ª temporada atualmente no FX, mas se você quiser conferir as duas primeiras temporadas, clica aqui pra baixar, mas ó, não diz que eu passei.
Curiosidades sobre a série:
- Katey Segal é esposa do diretor Kurt Suttel, o qual admitiu que desenvolveu a personagem Gemma especialmente para a mulher. Além disso ela também canta uma das músicas da trilha sonora.
- Os roteiristas tiveram ajuda de motoqueiros fora da lei de verdade, os chamados de 1% (se referindo ao fato de serem foras da lei e estarem fora da estatísticas dos 99% de motociclistas reconhecidos pela AMA – American Motorcycle Association).
- O ator Mark Boone Junior (que interpreta Munson) fez o papel de Flass no filme Batman Begins.
- É legal ver a diferença dos detalhes de alguns coletes. Por exemplo, os coletes de Clay e de Piney tem um patch escrito “ First 9 “. Isso indica que eles são um dos nove membros que fundaram o clube.
- Nossos colonizadores luzitanos traduziram o nome da série pra “Os Indomáveis”, ó pá! É pra Silvio Santos se morder de inveja.
- O escritor Stephen King se declarou fã da série e por isso foi convidado pra fazer uma participação especial no episódio 3 da 3ª temporada. A única exgência? Teria que andar numa Harley. Ô vida dura!
Pra quem não sabe, esse é o Stephen King.
Tava dando uma olhada no post e percebi que tem muita foto de homem, por isso fiquem aí com algumas fotos da atriz Maggie Siff que interpreta a Tara. ;D
2 comentários:
Assisti a uns episódios mas nem sei porque eu parei. Achei bacaninha e agora com o hiato entre as séries inéditas, voltarei a acompanhar.
No mais, bela resenha...
Éééé....então...mas é gata tb, vai!
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