eu sei que talvez essa matéria se encaixasse melhor no Moura em série, mas esperemos que ninguém note isso
Por Algures
"Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo Homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; e se encontra entre o abismo dos temores do Homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região Além da Imaginação."
Assim iniciava mais um episódio de Além da Imaginação (Twilight Zone, no original), uma das séries mais inteligentes, instigantes, e marcantes da minha vida. Apesar da série ter sido apresentada originalmente entre 1959 e 1964 e tido apenas 5 temporadas, houveram algumas reprises em momentos diferentes da história, e foi num desses momentos, no início dos anos 80, que eu tive a oportunidade de conhecer esta que foi uma referência para o que faço hoje.
Criada por Rod Serling (grande Mestre da TV americana na época), a série apresentava histórias que variavam entre a ficção científica e o terror, com situações, ora inexplicáveis, ora absurdas, mas sempre tão interessantes que era impossível não querer acompanhar.
Tudo era diferente nessa estranha série, a começar pelo formato: Episódios de meia-hora, que não tinham nenhuma relação um com o outro. Cada história era autocontida, como se fosse uma série diferente a cada semana. Só isso já dava uma boa vantagem sobre outras séries, pois você podia começar a assisti-la quando quisesse. As histórias variavam de maneira absurda; enquanto o episódio da semana passada poderia ser uma ficção científica passada no espaço, o dessa semana poderia mostrar uma realidade onde os nazistas venceram a segunda guerra.
Outro diferencial era a produção: calcando-se apenas nos roteiros (que variavam do muito bom ao genial) e numa boa direção, as histórias não usavam efeitos especiais e o orçamento para cada episódio era ínfimo. Ainda assim, todo mundo ficava apreensivo para ver um novo episódio na semana seguinte. Particularmente, o que me chamava mais a atenção eram os finais. Sempre inesperados, e muitas vezes nem um pouco felizes, os finais dos episódios de além da imaginação eram, de fato, surpreendentes, para dizer o mínimo.
Me lembro muito bem de dois episódios que me chamaram muito a atenção pelo final: Num deles, uma cidade isolada do mundo depois de um desastre nuclear, tem sua sociedade organizada por um homem que recebe ordens de um ancião que mora numa caverna ao longe. Apenas o homem tem permissão de ir até à caverna e falar com o ancião, de onde pega do instruções de distribuição de comida, entre outras coisas. Em determinado momento, a população passa a achar que existe mais nessa história do que o homem diz, e passam a pensar que não há comida faltando, e sim ele o pega pra si. Depois de um motim, a população vai até a caverna, onde descobre que o Ancião, na verdade era um computador, que fazia os cálculos para distribuição de comida e outras funções de organização da sociedade. Sim, esse era o final.
Outra história interessante era a de uns astronautas que durante uma viagem ao espaço, acabaram com problemas em sua nave e caíram em um lugar desconhecido. Descobriram que lá poderiam respirar e passaram a tentar descobrir um meio de sobreviver, ou voltar pra casa. Como é de se imaginar, a falta de comida, o desespero e a tensão acabam dando resultados inesperados, e acaba que um dos astronautas mata os outros (não lembro quantos eram, faz tempo, então me desculpem). Não demora muito, ele avista, ao longe, numa elevação, estranhas luzes, que apareciam e desapareciam em intervalos específicos. Desesperado, subiu a elevação para descobrir o que eram aquelas luzes; ao chegar no topo da elevação, encontrou uma estrada comum, e carros passando. Eles não haviam caído em outro planeta, e sim numa área remota do nosso próprio.
Criada por Rod Serling (grande Mestre da TV americana na época), a série apresentava histórias que variavam entre a ficção científica e o terror, com situações, ora inexplicáveis, ora absurdas, mas sempre tão interessantes que era impossível não querer acompanhar.
Tudo era diferente nessa estranha série, a começar pelo formato: Episódios de meia-hora, que não tinham nenhuma relação um com o outro. Cada história era autocontida, como se fosse uma série diferente a cada semana. Só isso já dava uma boa vantagem sobre outras séries, pois você podia começar a assisti-la quando quisesse. As histórias variavam de maneira absurda; enquanto o episódio da semana passada poderia ser uma ficção científica passada no espaço, o dessa semana poderia mostrar uma realidade onde os nazistas venceram a segunda guerra.
Outro diferencial era a produção: calcando-se apenas nos roteiros (que variavam do muito bom ao genial) e numa boa direção, as histórias não usavam efeitos especiais e o orçamento para cada episódio era ínfimo. Ainda assim, todo mundo ficava apreensivo para ver um novo episódio na semana seguinte. Particularmente, o que me chamava mais a atenção eram os finais. Sempre inesperados, e muitas vezes nem um pouco felizes, os finais dos episódios de além da imaginação eram, de fato, surpreendentes, para dizer o mínimo.
Me lembro muito bem de dois episódios que me chamaram muito a atenção pelo final: Num deles, uma cidade isolada do mundo depois de um desastre nuclear, tem sua sociedade organizada por um homem que recebe ordens de um ancião que mora numa caverna ao longe. Apenas o homem tem permissão de ir até à caverna e falar com o ancião, de onde pega do instruções de distribuição de comida, entre outras coisas. Em determinado momento, a população passa a achar que existe mais nessa história do que o homem diz, e passam a pensar que não há comida faltando, e sim ele o pega pra si. Depois de um motim, a população vai até a caverna, onde descobre que o Ancião, na verdade era um computador, que fazia os cálculos para distribuição de comida e outras funções de organização da sociedade. Sim, esse era o final.
Outra história interessante era a de uns astronautas que durante uma viagem ao espaço, acabaram com problemas em sua nave e caíram em um lugar desconhecido. Descobriram que lá poderiam respirar e passaram a tentar descobrir um meio de sobreviver, ou voltar pra casa. Como é de se imaginar, a falta de comida, o desespero e a tensão acabam dando resultados inesperados, e acaba que um dos astronautas mata os outros (não lembro quantos eram, faz tempo, então me desculpem). Não demora muito, ele avista, ao longe, numa elevação, estranhas luzes, que apareciam e desapareciam em intervalos específicos. Desesperado, subiu a elevação para descobrir o que eram aquelas luzes; ao chegar no topo da elevação, encontrou uma estrada comum, e carros passando. Eles não haviam caído em outro planeta, e sim numa área remota do nosso próprio.
Essas histórias podem hoje em dia não soar tão originais, mais Além da imaginação foi o pioneiro nos finais “inesperados”. Um grande marco da TV americana, e uma das maiores influências no meu trabalho. Não só no meu; hoje em dia é possível ver referências à série (e muitos plágios) em diversos filmes, séries e desenhos.
Infelizmente, a série não foi lançada aqui em DVD. Mas provavelmente é possível de encontrá-la, nos e-mules e torrents por aí.
Curiosidade: Num dos primeiros episódios de Halloween dos Simpsons, Bart está com outras crianças no ônibus da escola e é o único que vê um monstro (meio macaco, se não me engano), tentando sabotar o ônibus, ninguém acredita nele e então acaba enlouquecendo por causa disso. Essa é uma homenagem à um episódio de Além da imaginação, onde um homem está numa viagem de avião e acaba enlouquecendo porque é o único que vê um monstro sabotando o avião e ninguém acredita nele.
Infelizmente, a série não foi lançada aqui em DVD. Mas provavelmente é possível de encontrá-la, nos e-mules e torrents por aí.
Curiosidade: Num dos primeiros episódios de Halloween dos Simpsons, Bart está com outras crianças no ônibus da escola e é o único que vê um monstro (meio macaco, se não me engano), tentando sabotar o ônibus, ninguém acredita nele e então acaba enlouquecendo por causa disso. Essa é uma homenagem à um episódio de Além da imaginação, onde um homem está numa viagem de avião e acaba enlouquecendo porque é o único que vê um monstro sabotando o avião e ninguém acredita nele.
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