Um Legado que se iniciou há muito mais tempo do que se pensa. Eles são os homens e mulheres mais rápidos do mundo, e são o assunto da próxima série de posts!
“Enquanto isso, na banda desenhada...” é uma seção que traça um paralelo entre o universo real e o mundo dos quadrinhos, analisando como as duas realidades afetam uma à outra, trazendo informação e estimulando a reflexão acerca dessa 8ª arte.
Jay Garrick
Em 1940, os EUA estavam vivendo uma verdadeira revolução cultural. A Segunda Guerra havia começado, mas o país ainda estava em cima do muro e, enquanto o resto do mundo lutava pelos seus próprios interesses, os EUA tinham quem lutava pela verdade, justiça e o modo de vida americano. Superman era um sucesso absoluto nos comics, e agora em forma de uma radionovela de grande sucesso. E foi embarcando nesse sucesso que a All-American publications (empresa que logo seria fundida com a DC Comics) lançou, em Janeiro de 1940 a revista Flash Comics, que traria um novo super-herói.
A publicação era uma compilação de várias histórias, mas o carro-chefe era mesmo a história do estudante Jay Garrick, que ao derrubar sem querer estranhas substâncias químicas, acabou inalando seus vapores e descobriu, posteriormente, que havia adquirido a habilidade de correr em velocidades muito acima do normal (mais tarde apelidada de “supervelocidade”, por motivos óbvios). Não demorou muito para Garrick decidir usar seus poderes para combater o crime como Flash. Sua marca mais importante, além do raio amarelo em sua camisa, era seu capacete de metal com asas nas laterais, em alusão à Hermes, Deus Grego da velocidade (ok, na verdade ele era o deus dos viajantes, mas isso não é uma aula de história grega).
O Flash foi um personagem extremamente popular em seu tempo, sendo presença constante em diversas revistas: além da sua “oficial”, ainda participava de All-Flash Quaterly, Comics Cavalcade e da revista All-Star Comics, que publicava as aventuras da Sociedade da Justiça, a primeira equipe de super-heróis do mundo, da qual era um dos membros fundadores, e tendo se encontrado algumas vezes com outros personagens da DC.
Com o fim da Segunda Guerra, no entanto, os heróis deixaram de ser tão populares. Uma sombra de dúvidas acerca do que o futuro lhes reservava pairou sobre os americanos, que estavam preocupados demais com o que aconteceria agora que as regras do mundo haviam mudado (vale lembrar que esta era a geração que “presenciou” a destruição de duas cidades japonesas pelo tão temido poder atômico) que histórias de seres superpoderosos pareciam agora, ingênuos, bobos, para não dizer desnecessários (afinal, quem poderia dizer o que viria a seguir? Talvez estivessem surgindo heróis de verdade! Quem iria querer perder essas grandes descobertas da humanidade lendo gibis? – muitas coisas estavam acontecendo naquela época e muito se falava sobre muita coisa, a maioria apenas especulação).
E, com a perda de popularidade e de seu nicho de mercado, Flash comics chegou ao fim em 1949. Jay ainda seria visto por mais 2 anos na revista All-Star Comics, que encerraria suas atividades em 51. Apesar da aposentadoria, Jay viria a reaparecer anos mais tarde, e apesar de não ter mais uma revista mensal, é presença constante nas histórias da DC Comics, principalmente junto à Sociedade da Justiça
A seguir: Barry Allen
“Enquanto isso, na banda desenhada...” é uma seção que traça um paralelo entre o universo real e o mundo dos quadrinhos, analisando como as duas realidades afetam uma à outra, trazendo informação e estimulando a reflexão acerca dessa 8ª arte.
Jay Garrick
Em 1940, os EUA estavam vivendo uma verdadeira revolução cultural. A Segunda Guerra havia começado, mas o país ainda estava em cima do muro e, enquanto o resto do mundo lutava pelos seus próprios interesses, os EUA tinham quem lutava pela verdade, justiça e o modo de vida americano. Superman era um sucesso absoluto nos comics, e agora em forma de uma radionovela de grande sucesso. E foi embarcando nesse sucesso que a All-American publications (empresa que logo seria fundida com a DC Comics) lançou, em Janeiro de 1940 a revista Flash Comics, que traria um novo super-herói.
A publicação era uma compilação de várias histórias, mas o carro-chefe era mesmo a história do estudante Jay Garrick, que ao derrubar sem querer estranhas substâncias químicas, acabou inalando seus vapores e descobriu, posteriormente, que havia adquirido a habilidade de correr em velocidades muito acima do normal (mais tarde apelidada de “supervelocidade”, por motivos óbvios). Não demorou muito para Garrick decidir usar seus poderes para combater o crime como Flash. Sua marca mais importante, além do raio amarelo em sua camisa, era seu capacete de metal com asas nas laterais, em alusão à Hermes, Deus Grego da velocidade (ok, na verdade ele era o deus dos viajantes, mas isso não é uma aula de história grega).
O Flash foi um personagem extremamente popular em seu tempo, sendo presença constante em diversas revistas: além da sua “oficial”, ainda participava de All-Flash Quaterly, Comics Cavalcade e da revista All-Star Comics, que publicava as aventuras da Sociedade da Justiça, a primeira equipe de super-heróis do mundo, da qual era um dos membros fundadores, e tendo se encontrado algumas vezes com outros personagens da DC.
Com o fim da Segunda Guerra, no entanto, os heróis deixaram de ser tão populares. Uma sombra de dúvidas acerca do que o futuro lhes reservava pairou sobre os americanos, que estavam preocupados demais com o que aconteceria agora que as regras do mundo haviam mudado (vale lembrar que esta era a geração que “presenciou” a destruição de duas cidades japonesas pelo tão temido poder atômico) que histórias de seres superpoderosos pareciam agora, ingênuos, bobos, para não dizer desnecessários (afinal, quem poderia dizer o que viria a seguir? Talvez estivessem surgindo heróis de verdade! Quem iria querer perder essas grandes descobertas da humanidade lendo gibis? – muitas coisas estavam acontecendo naquela época e muito se falava sobre muita coisa, a maioria apenas especulação).
E, com a perda de popularidade e de seu nicho de mercado, Flash comics chegou ao fim em 1949. Jay ainda seria visto por mais 2 anos na revista All-Star Comics, que encerraria suas atividades em 51. Apesar da aposentadoria, Jay viria a reaparecer anos mais tarde, e apesar de não ter mais uma revista mensal, é presença constante nas histórias da DC Comics, principalmente junto à Sociedade da Justiça
Epílogo - Curiosidades:
- No Brasil, este Flash foi traduzido como Joel Ciclone, e o nome nunca foi corrigido. A outras gerações de flash permaneceram com seu nome original, mas Jay Garrick continua até hoje sendo chamado de Joel Ciclone;
- O capacete de Jay era um típico capacete usado por soldados da I Guerra Mundial. Na história, o capacete pertencia ao seu pai;
- Flash Comics nº 1 também marcou a estréia de outro super-herói da DC Comics: O Gavião Negro (Hawkman, no original)
- Mais tarde, num retcon, foi dito que os gases que Jay inalou apenas ativaram um “metagene” (predisposição genética para adquirir superpoderes) que ele já possuía. Outro conceito incluído posteriormente foi o da força da aceleração (ou força da velocidade, dependendo da tradução);
- A revista All-Star Comics contou a última história da Sociedade da Justiça em 51, mas continuou sendo publicada com o nome de All-Star Western (onde passou a contar apenas com histórias de Faroeste). Foi nessa revista que surgiu o personagem Jonah Hex.
A seguir: Barry Allen
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