Você sabe o terror daquele que cai no sono?
Até os dedos do pé ele está apavorado, porque o chão dá o caminho abaixo dele, e o sonho começa...
É curioso como o mundo do cinema funciona. Às vezes, produções terríveis (mas não no “bom” sentido) fazem montes de dinheiro, enquanto produções excelentes acabam marginalizadas pelo público. Com o relativo sucesso de Pesadelo Final – A Morte de Freddy Krueger, foi apenas uma questão de tempo até os estúdios resolverem ressuscitar o personagem. No entanto, desta vez, tentaram fazer tudo “certo”. O resultado teve muito êxito, começando pela volta de Wes Craven (diretor da Hora do Pesadelo original).
Em Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Kruegger (Wes Craven's New Nightmare), a franquia cinematográfica de Freddy Krueger não existe mais. Os atores da cinessérie vivem suas vidas, alguns vivendo do sucesso de seus personagens na franquia. Mas algo muito estranho vem acontecendo com o filho de Heather Langenkamp, atriz que interpretou Nancy no filme original, e estes estranhos incidentes e pesadelos levam diretamente à Freddy Krueger. Mas não é Freddy apenas um personagem de ficção? Então Heather descobre que o estúdio está produzindo um novo A Hora do Pesadelo, e cabe à ela ir até Wes Craven em pessoa, o criador de Freddy Krueger, para descobrir qual a relação entre ela, Freddy Krueger, o novo filme e seu filho.
Apesar de ser o roteiro mais genial e criativo de toda cinessérie (e uma das histórias mais originais e interessantes de todo o cinema de terror americano) e de ter recebido críticas altamente positivas inclusive dos críticos aversos a este tipo de produção, o filme teve a pior bilheteria de toda a cinessérie. Mesmo assim, é altamente recomendável, pois segundo a opinião deste que vos escreve, é definitivamente o melhor de todos. E o mais assustador.
Por causa da baixa bilheteria, levou quase 10 anos para que Freddy Krueger retornasse ao cinema. E, quando retornou, não estava sozinho. Por algum motivo que nem mesmo eu, que sou apreciador do gênero entende, os fãs sempre sonharam em ver um encontro mortal entre Freddy Krueger e um personagem de outra cinessérie famosa de terror, Jason Voorhees, da franquia Sexta-Feira 13.
O sonho dos fãs finalmente se tornou realidade em 2003, com o filme Freddy Vs Jason. Na história, que está dentro da cronologia das duas franquias e se passa após os eventos de Pesadelo Final – A morte de Freddy Krueger e Jason vai para o Inferno – A última Sexta-Feira 13, Freddy está no Inferno e enfraquecido porque as crianças já se esqueceram dele (Freddy se alimenta do medo das crianças). Encontrando Jason também no Infenro, o engana para convencê-lo a voltar à Terra e continuar sua matança, mas em Elm Street ao invés de Cristal Lake (onde Jason costuma "atuar"). A idéia de Freddy é que, como ele é o “monstro” local, as mortes de Jason seriam atribuídas à ele, fazendo as crianças voltarem a ter medo e fortalecendo-o. Mas as coisas não saíram exatamente conforme o planejado e em seu retorno à Terra, ele acabará travando um combate mortal contra Jason.
O sonho de todo o fanboy das duas franquias foi obviamente muito bem nas bilheterias, tornando a produção mais rentável de toda a franquia A Hora do Pesadelo. Esta seria a última vez que veríamos Freddy aterrorizando os sonhos dos inocentes. Até agora.
Atualmente, a moda em Hollywood é a refilmagem de produções clássicas, cult ou que fizeram grande bilheteria. Seja por falta de criatividade, por querer apostar num lucro certo ou simplesmente porque é mais fácil pegar algo que já existe, o fato é que a mania das refilmagens atingiu os filmes de terror logo no começo. E, já que até Jason teve um novo Sexta-Feira 13, porque Freddy Krueger ficaria de fora?
Dirigido pelo novato Samuel Bayer, o novo Nightmare on Elm Street tenta recriar o filme original, atualizando-o para os dias de hoje. O filme conta com Jackie Earle Haley (Watchmen) como Freddy Krueger.
Além da franquia cinematográfica, Freddy Krueger também foi o apresentador de sua própria série de TV. Freddy’s Nightmares (Os pesadelos de Freddy) foi uma série veiculada entre 1988 e 1990 e segui o modelo de séries como Além da Imaginação e principalmente Contos da Cripta. Cada episódio era uma ou duas histórias assustadoras apresentadas por Freddy, geralmente passada em sua cidade natal ou até mesmo na Elm Street. As histórias, no entanto, não tinham o personagem como protagonista ou ameaça principal, embora era sugerido que ele talvez influenciasse a maioria delas.
A série passou sim no Brasil, no SBT e no canal Sony, como bem mencionou o Inacio Krueger nos comentários.
Curiosidades:
- A Hora do Pesadelo original foi o filme de estréia de Johnny Deep;
- Wes Craven disse que uma das inspirações para criar a história foi uma notícia que leu no Los Angeles Times sobre uma série de crianças de um mesmo local que morreram enquanto dormiam (e a causa da morte nunca fora encontrada);
- Novo Pesadelo – O retorno de Freddy Krueger presta uma série de homenagens ao filme original, e a algumas sequencias, trazendo personagens e situações que se repetem, assim como nos respectivos filmes.
- Ainda sobre o Novo Pesadelo, Johnny Deep sequer foi convidado a participar do filme, porque Craven imaginou que ele não aceitaria voltar, agor auqe já era um ator muito conceituado. Deep, no entanto, comentou depois em entrevista que teria feito o filme, se Craven tivesse pedido para ele.
Na próxima Madrugada:
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Um comentário:
Cara, a melhor coisa no Pesadelo Final é essa citação de Nietzsche no início. Ah, e a trilha sonora também é muito boa, tem um monte de musica legal do Goo Goo Dolls e uma musica fodona de uma banda desconhecida chamada "Johnny Law", que leva o nome de "Hold Me Down", aconselho. Comprei a trilha sonora só por causa dessa música quando a ouvi no filme.
O Novo Pesadelo ainda é fodão, mas perde para o original. É o segundo melhor e o único da série que vi no cinema.
quanto ao Freddy's Nightmare, caralho bicho, essa intro era assustadora nas sextas noturnas do SBT. Eu baixei a porra da série toda, até pensei fazer um espeicial a respeito, mas sei lá, to só na intenção por enquanto.
Abraço.
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