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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O REI DA PUTARIA


PUTARIAAAA!!!! UHÚÚÚÚÚÚÚ!!! Post sobre “O REI DA PUTARIA” aqui no Uarévaa!! CAAALMA cuecas... Não é o homenageado Ponto Z de volta não, e sim nossa super leitora Camila Téo que retorna para iluminar esse espaço com conhecimento e cultura.

Então confere ai um pouco sobre a obra de Nelson Fodr..., digo, Rodrigues, e vê se se anima pra colaborar também!! Aqui no De fora da panela o tema é livre, envie DJÁ seu texto e imagens pra nossa "junta avaliadora" através do e-mail contato@uarevaa.com.


Olá leitores do Uarévaa

Conforme havia prometido num comentário feito em um dos posts anteriores segue uma indicação especial para ser lida e aproveitada entre uma atividade nerd e outra (não aguentei... rs).

Neste comentário que respondi, disse que gostava de Nelson Rodrigues e chamaram o autor de “O REI DA PUTARIA”. Ninguém pode duvidar que o escritor chocou a sociedade em que viveu descrevendo-a, mas não de forma polida como Machado de Assis fez anteriormente, mas com escracho, usando a linguagem simples, mostrando em seus textos as reportagens da vida real (portanto qualquer semelhança com o extinto jornal "Notícias Populares" NÃO é mera coincidência).

Nelson Falcão Rodrigues foi repórter do jornal O Globo na década de 40 e devido a um tratamento para tuberculose foi internado num sanatório e passou a dedicar-se ao teatro, e desse período saíram pecas espetaculares como Vestido de Noiva (1943) e Os Sete Gatinhos (1958), que foram encenadas e adaptadas para a televisão e o cinema.

Vejam abaixo um trecho da adaptação da peça Os Sete Gatinhos para o cinema (com Lima Duarte e seu bordel de filhas):



Suas peças abordavam muitos casos que eram praticados de forma velada pela sociedade carioca. A linguagem trazia muitas gírias e costumes da boemia carioca.

A passagem das obras para a TV trouxe a Nelson a fama abordada nos comentários aqui neste blog, só depois que filmes e series passaram a ser veiculadas na TV é que de fato a sociedade percebeu o quanto era profana e Nelson era apenas parte da sociedade e fazia questão de retratá-la de forma jornalística.

Não quero, no entanto defender o autor da alcunha que ganhou ao longo do século passado, mas quero mostrar que a “putaria” era mesmo a realidade na qual ele vivia e polemizava. Mostrava os preconceitos e a forma de vida (muitas vezes dupla) da sociedade da época.

Indico então a vocês uma obra dele de crônicas (Nelson escreveu romances, contos, crônicas e teatro) intitulada Elas Gostam de Apanhar – Histórias da Vida como ela É (1974).

(Preço médio R$30,00)


O titulo já é uma provocação a parte, mas o conteúdo é surpreendente (portanto, caso tenha alguma defensora da causa feminina que acessa o blog, respire e leia a primeira crônica antes de tentar me matar) e mostra que não só da putaria viveu Nelson Rodrigues. Composto por 26 crônicas mostra de maneira crua e simples a sociedade carioca do inicio da década de 70.

Vale à pena ler e conhecer melhor a obra daquele que trouxe o melhor e o pior da vida das ruas do Rio de Janeiro para o imaginário de milhares de brasileiros.

Fiquem agora com um trecho da adaptação da crônica “As Bodas” (do livro A vida como ela É) :



Mas, para fazer a alegria dos nerd de plantão, vejam este trecho da serie Engraçadinha...


10 comentários:

Alex Matos disse...

Ué? Não tem o pornozão da Leila Lopes? A melhor e mais realista adaptação do homi?

Beleza de matéria, bons tempos de pornochanchada!

Marcelo Soares disse...

E ai, mulher que usa isso é prostituta? rsrss.

Nelson Rodriguez é muito legal por também mostrar conflitos internos das pessoas relacionados ao sexo, algo qeu existe e muita gente finge não saber.

Camila Téo disse...

Eita... Isso o q Sr Marcelo Soares???
Enfim alguem que me entende rsrssr

Nelson gostava da realidade "descoberta", de todos os conflitos, não só relacionados ao sexo, um tabu naquele periodo, mas também a traição, roubo e comportamento daquela sociedade.
AMO MUITO NELSON RODRIGUES rsrsrsrsrsrsrs

Marianne Rodgers disse...

Como sempre, Camila no apresenta um tema cultural! Que bom!
Conheci muita muita gente que se privoiu da delícia de ler um Nelson Rodrigues porque tem preconceitos bobos!
Pena!
Perderam a excelente leitura de um excelente autor.
E, Camilinha linda, ainda espero por Casa Grande e Senzala, hein?

Camila Téo disse...

Obrigada Mari...
Eu vou fazer sim, mas acho que vou convidar um certo historiador pra me ajudar ...
Agora que estou livre da faculdade (por um mês) posso fazer sim.
E quando será a sua próxima matéria?
Bem que você podia participar de um Podcast Uarévaa (ia ser legal).
Beijo

Freud disse...

Ótimo post, mas o que pergunto na verdade é....

Quem foi?

Hein?

Eu quero saber...


QUEM FOI QUE DESENHOU CARALHINHOS VOADORES NA PAREDE DO BANHEIRO?



Rs..

tonylopes disse...

Nelson gostava de uma boa putaria mesmo, assim como Henry Miller lá na gringa.
Belo texto,

bejons

Robes disse...

ME CHAMA DE CONTÍNUO! ME CHAMA DE CONTÍNUO!
Nelson Rodrigues fazia aflorar tudo o que havia de mais trágico no ser humano. Muito, muito bom. Era um escritor fantástico mas, assim como o escritor tem que saber escrever, também o leitor tem que saber ler a obra. Senão não entende nada; acho que foi o caso de muitos dos leitores dele. Para Nelson Rodrigues só uma palavra: gênio.

Zenon disse...

HuaUHAhuaHUAhuaUHAhuaUHAuhahua....ri alto aqui!!!
Quando era pequeno tinha um tio que sempre falava isso e minha mãe ficava fula com ele...huahuahuauhahuauha...

E, Cá! Mandou bemzaço no texto. Quem diria que uma mulher escreveria sobre Nelson Rodrigues.....e no Uarévaa!!! huahuahua...
Volte sempre!

Camila Téo disse...

Ola Z
Espere até ver a minha tese de doutorado (se eu não morrer antes rs)
Com certeza teremos Nelson em alguma parte dela.
Um abraço e muito obrigada pelo apoio