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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Caminho Tortuoso Dos Deuses



Poxa, nunca mais teve o "De fora da panela"... Que sacanagem... Era tão legal... blá, blá, blá...

CLARO QUE NUNCA MAIS TEVE, PORRA!! Essa coluna é feita de posts enviados por vocês, leitores, se não mandam nada, não tem coluna, vagabundos!! Rs..

Ai vem outro vagabundo, o Renver, nosso crássico leitor Aruévaa e nos manda um post usado, quer requentar texto velho dele lá do Clímax por aqui..

PODE ESSA PORRA?

CLARO QUE PODE, BWAHAHAHAHA... O Freud mesmo já andou fazendo isso por ai, aquele velho preguicoso duma figa.

Então parem de mimimi, confiram ai o post do Renver sobre o livro O Caminho Tortuoso Dos Deuses de Bernard Cornwell e nos mande o seu post, com texto e imagens pro e-mail contato@uarevaa.com.




Lengar o caçador, Camaban o aleijado e Saban o último filho de Hengall (líder tribal de Ratharryn). Essa é história de Stonehenge - lançado em 2008 na Inglaterra e 2010 no Brasil - de Bernard Cornwell onde a trajetória desses 3 irmãos se choca diretamente com vontade dos deuses. Ambientado numa Inglaterra selvagem (2000 anos a.C.) as portas da idade do bronze, esse livro de um pouco mais de 500 páginas tenta elucidar toda razão e insanidade pro detrás da construção de Stonehenge.


Stonehenge segundo os historiadores:

Localizada ao sul da Inglaterra na planície de Salisbury, Stonehenge até hoje intriga a humanidade. A maioria dos historiadores concordam que o monumento foi usado pelo menos como observatório astronômico, no entanto, fica claro suas outras funções diante de achados arqueológicos (como restos humanos, por exemplo). O monumento teve várias formas antes de assumir sua provável forma final:


Estima-se que até Stonehenge ficar nessa forma foram pouco mais de 30 milhões de horas de trabalho num período 100 anos. Alguns tipos de pedras foram transportadas por mais de 20 km de regiões montanhosas. Nesse processo com certeza muitas vidas humanas foram tomadas.

Segundo o romance de Bernard Cornwell, Stonehenge surgiu do desejo dos homens de apaziguar os deuses em suas próprias intrigas. Lahanna (a deusa lua) e Slaol (o deus sol) a muito tempo tinham brigado e separado suas trajetórias (a diferença entre o calendário lunar = 354/355 dias e o calendário solar = 365/366 dias) assim cabia ao Templo dos Mortos (o que hoje conhecemos como Stonehenge) reconciliar os deuses. Trazendo aos homens uma nova era sem doenças, sem invernos, sem fome e para sempre livres da imposição da morte.

Formato atual de Stonehenge (hoje tombado como patrimônio mundial):

A história em si tem um desenvolvimento lento, no entanto, pega o leitor de surpresa em momentos chaves quando a história muda totalmente de rumo. Ponto pro autor. Os detalhes, como ele construiu cada um dos três personagens principais. Você fica com ódio de Lengar, se solidariza por Saban (o protagonista) acompanhando com grande entusiasmo a formação do seu caráter. Camaban, torna-se um personagem inquestionavelmente intrigante, alguém que parece totalmente alheio a situação a sua volta (tem uma hora que Saban tá quase sendo morto e ele simplesmente começa a brincar com um gato), no entanto, demonstra ser um planejador meticuloso e manipulador.

A ambientação é maravilhosa, todo o planejamento pra a construção do monumento (como as pedras eram arrastadas, moldadas, encaixadas). Lutas tribais sem frescura ou clima épico algum, onde se vencia pela intimidação e cansaço. O fator divino é um tanto ambíguo, não fica claro se certos eventos são intervenções divinas ou mera coincidência, essa sutileza do autor é um elemento presente em todas suas obras. E por fim a selvageria... sinceramente nunca senti tanta aflição como nesse livro ao descrever os sacrifícios humanos (sem contar outras atrocidades).

Ponto negativo, achei o final do livro um tanto simples... pra não dizer medíocre. Pra mim faltou mais ousadia. Mas de forma alguma estraga o conjunto da obra. Tanto que as últimas 200 páginas são simplesmente irresistíveis... vejam bem, eu tava com sono, era de madrugada, precisava acordar cedo. Simplesmente não consegui parar de ler! Novamente mérito pro autor.

Stonehenge durante o solstício de inverno (por volta de 22 de dezembro):

Recomendo fortemente essa leitura (claro, desde que você não tenha estômago fraco) principalmente pelos aficionados por historia. Gostei muito do estilo de Bernard Cornwell, e não vejo a hora de acompanhar os outros trabalhos dele.

Pra encerrar deixo uma recomendação. A trilha sonora obrigatória pra esse livro é o álbum Origins (de 2010) do Shaman. Um excelente trabalho conceitual, de heavy metal melódico, que de certa forma tem muitas similaridades emocionais com o Stonehenge. Ambas as historias narram a trajetória tortuosa dos seus protagonistas destinados à liderança.

Fiquem com a minha música favorita - Blind Messiah:



Até a próxima pessoal.

3 comentários:

Renver disse...

Mimimi ninguem mais manda posts pro uareva...

mimimimi o Algures traiu o movimento

mimimimi o Uareva fez um post sobre religião, não polêmico...

Alex Matos disse...

Gostei da matéria, mas não gostei desse livro. Não me leve a mal, sou fã do Cornwell e acredito piamente que ele é o escritor mais fodão que existe no genero, mió até que o xarope do Tolkien... Mas bem, esse livro eu achei muito mais ou menos, bem avbaixo do talento do autor.

Não é um livro ruim, talvez seja um dos melhores do mercado, mas é em minha humilde e correta opinião, o pior livro do Cornwell. Gostei não, muito enrolado, muito lenga-lenga, personagens sem carisma, definições estranhas e o pior: o autor se propõe a contar sobre a construção, mas muitas vezes banaliza e deixa isso em segundo plano.

Se vocês, entretanto, gostaram desse livro, cuidado para não ter orgasmos quando lerem a série "As aventuras de Sharpe", "Trilogia do Graal" e "Crônicas saxônicas", esses livros sim mostram todo o potencial chubiduba do autor!

Renver disse...

Ele é bem arrastado em determinados pontos...


"mió até que o xarope do Tolkien"

WTF?!?!