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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cesta Básica de Quadrinhos #4


O Cesta Básica de Quadrinhos é uma coluna antiga aqui do Uarévaa que estamos reativando e será semanal. No CBQ, toda sexta, voces terão resenhas curtas sobre várias hqs, sejam elas lançamentos ou não.

No post de hoje, Marcelo Soares fala das hqs Revolução, Batman Earth OneSaga: #4, Ultimate Comics Os Supremos #13, Ultimate Comics X-Men #14 e As Aventuras dos Trapalhoes 03: Bat-Trapalhoes Versus Kuringa.



Revolução (Milo Manara) 

O trabalho do Manara sempre é maravilhoso, mas, infelizmente, a história não é lá essas coisas todas. Faz umas referencias a revolução francesa, uma critica a televisão e meios de comunicação em geral, mas algo muito "lugar comum" do que sempre ouvimos. Vale pela curiosidade.

Nota: 2 estrelas






Batman - Earth One (Geff Johns e Gary Frank)

Gary Frank é um grande desenhista, mas, apesar de aqui salvar as coisas, ele está muito abaixo do que seu potencial.

Geoff Johns tenta fazer um Batman Begins mas não chega aos pés de um Nolan. O que ele muda pra mim não é relevante e interessante, e o que ele faz de interessante é retirado de outras tantas coisas que vimos no personagem - e em especial o Begins, como o mal preparo de inicio de carreira do Batman e Lúcios Fox em uma mesma função e tendo o mesmo diálogo do filme. Enfim, assim como o Superman Earth One, não serve de nada isso.

Nota: 5


Saga: #4 (Brian Vaugh e Fiona Staples) 

É muito difícil falar dessa já obra prima do autor de coisas fracas como Runaways, Y The Last Man e Ex-Machina, não por ser complicada de se acompanhar, mas porque é tão boa e surreal que é difícil saber por onde começar.

A história é um típico Romeu e Julieta espacial, mas como sabemos plots comuns nas mãos de Vaugh se tornam sempre algo a mais. Existe uma guerra entre duas raças, e no meio dela dois soldados em lados opostos se apaixonam: um homem com chifres chamado Marko e uma guerreira com asas chamada Alana e decidem ter um bebê. A partir daí, eles são perseguidos por criaturas por todo o universo, de monstros a caçadores de recompensa, e passamos a conhecer o fundo da mente deliciosamente insana do autor.

Temos desde regentes de uma raça que tem em sua cabeça uma TV presa, até mercenários em forma de aranha, passando por crianças fantasmas e toda sorte de aberrações.

Nessa edição, Marko e Alana tentam encontrar a Floresta da Espaçonave para escaparem do planeta onde estão com seu filho. Enquanto um dos seus perseguidores chega ao Planeta-Bordel Sextilhão – e prepare seus olhos para tudo quanta perversão escabrosa. E como sempre a Fiona Staples dando show nos desenhos.

Ah, ao fim de cada edição temos a sessão To Be Continued, onde o autor “conversa” através de cartas com seu público. É algo deveras muito divertido.

Nota: 10 


Ultimate Comics Os Supremos #13 (Sam Humphries e Billy Tan) 

A América está na merda, de um lado o Texas se separou da nação, do outro Washington foi bombardeada por uma ataque matando todos os políticos – incluindo o presidente, vice e todos os sucessores diretos até o ponto de só o Secretário de Energia do Meio Oeste ser o único na lista para assumir – e o Novo Mexico e Arizona dominados pelos Sentinelas e movimento antimutantes. Em ressumo, a América precisa de seu maior herói, e ele voltou à ativa.

Depois de muito tempo – após a última passagem do Mark Millar pelos Supremos onde pôs Steve Rogers para enfrentar seu filho, autointitulado de Caveira Vermelha – o Capitão América perdeu a fé no que fazia e se refugiou em algum deserto americano. Quando vê a situação complicada ele resolve voltar e atuar (com um uniforme bem Swat Style). Assim, a Shield (sem o Fury que agora é considerado inimigo público, de novo) chama ele e seus amiguinhos Homem de Ferro e Thor de volta.

O ritmo de narração, ação e profundidade construído por John Hickman nas 12 edições anteriores é mantido por Humphries aqui, o que para mim é um bom sinal. A história posiciona algum possível novo leitor bem no cenário, e mantém quem já acompanhava (como eu) o que vinha sendo feito com vontade de saber onde tudo isso vai dar.


Nota: 9


Ultimate Comics X-Men #14 (Brian Wood e Paco Medina)

Como posto acima, o universo Ultimate esta de cabeça para baixo. E é nesse cenário de perseguição e guerra que um dos meus autores preferidos assume os discípulos do falecido Xavier. Mas, infelizmente, diferente de outros trabalhos, o ritmo dado por ele aqui é muito chato para algo dos X-Men, com muitas legendas  narrativas e personagens que a principio não tem carisma. O desenho puxado pra mangá do Medina também não me anima, mas quem sabe é feito para adolescentes fãs do estilo mesmo.

Nessa edição Kitty Pride viaja junto com Vampira, Bobby Drake e outros estrada a fora fugindo da caça mutante de um grupo revolucionário antimutante que tomou conta de uma parte dos EUA. O plano dela é ir até o Sudoeste americano e acabar com campos de concentração mutante, para depois fazer uma guerrilha. Ainda é a primeira edição dessa nova fase, pode ser por isso o desenrolar sem animo e atrativo. Esperar para ver onde vai dar.

Nota: 5


As Aventuras dos Trapalhoes 03: Bat-Trapalhoes Versus Kuringa (Gerson B. Teixeira e Gustavo Machado)

Quem assistia as extintas aventuras dos Trapalhões e suas divertidas sátiras aos super-heróis dos quadrinhos, sabe como eles pegavam bem as coisas mais ridículas de cada personagem. Nessa edição de Aventuras dos Trapalhões, direto do túnel do tempo, do ano de 1989, publicada pela Editora Abril, vemos nos quadrinhos uma incursão da trupe em uma imitação do Batman.

Naquela época ainda se tinha bem forte a imagem do Homem-Morcego do seriado dos anos 60, e vemos bem isso na revista com os bat-brinquedos mais nonsenses possíveis, ações heroicas das mais estranhas como salvar uma mosca na sopa, cuidar de crianças. Tudo com aquele humor até ingênuo e, para os dias de hoje, sem graça, mas que ainda me fez rir bastante.



Um tipo de publicação que acredito eu não se não tenha na própria TV quanto mais nas bancas, e acho que nem faria tanto sucesso com o público alvo leitor quanto se fazia no período em que foi publicado. Uma pena, mas fica recomendado uma nova leitura sempre para quem tiver em seus baús, além de tudo ela serviu de inspiração ao Nolan para um momento muito importante de seu último Batman The Dark Knight Rises:


Nota: 9

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