Você, leitor aqui do Uarévaa, viu, leu, ouviu, pensou, etc... algo legal por ai? Se disser que não, é mentira, não acredito!! Sim? Ahhh, beleza... ENTÃO SE COÇA e escreve um textículo sobre a parada pra gente postar, caramba!! O tema é livre, manda logo: uarevaa@gmail.com.
Hoje o Diogo Mourão tá na área de nuevo, pra dissecar o DVD do filme do Spirit, que aquele skrull safado que ronda nossa redação já tinha visto no cinema também. Confira agora o que o Diogão achou da bagaça toda.
E houve um dia que Frank Miller fez cinema... em parte. Todos ficaram enbasbacados com a qualidade do filme de Sin City, co-dirigido por Frank Miller, seu criador, e dirigido DE FATO por Robert Rodriguez. Com a boa grana que deu, e alimentado pela ganância, os produtores de Hollywood decidiram investir em Frank Miller pesado (principalmente depois do sucesso de 300) e deram pra ele um projeto que tinha de tudo pra dar certo: a adaptação da clássica hq de Will Eisner, Spirit, sobre um policial que volta do mundo dos mortos e sem as amarras sociais que possuía quando estava “vivo”, decide combater o crime secretamente junto com o Comissário Nolan e a policia da decadente cidade de Central City.
Com a produção de Michal Uslan, o Godfather das adaptações de hq, e a primeira versão do roteiro feita pelo Midas Jeph Loeb (/ironic), o estúdio e produtores chegaram no consenso de chamar o até então semi-experiente na área cinematográfica Frank Miller para dirigir a película. Jogando fora o roteiro feito por Loeb e reescrevendo de próprio punho a nova versão do filme, o projeto anda adiante, com a escolha do ator principal (Gabriel Match), um ator foda pro vilão (Samuel L “Motharfokar” Jackson), trouxe de volta um ator de uma serie clássica (Dan Lauria,o patriarca da serie Anos Incríveis) e uma lista de gostosas que iria fazer a festa de vários nerds dentro do banheiro (Scar-Jo, Eva Mendes, Paz Veja, Jaime King, e a semi-desconhecida Stana Katic).
A historia do filme não se preocupa em mostrar em detalhes a origem do herói (já que ele mesmo não faz idéia e nem quer saber como voltou do mundo dos mortos), apesar de esclarecer isso depois. Spirit não sabe porque está vivo, não consegue prender seu nemesis Octopus, do qual se torna obcecado, mas curte os prazeres de se estar morto, principalmente do fato que pode pegar qualquer mulher que quiser, mas sempre acaba voltando aos braços da filha medica do Comissário Dolan, Ellen. Com a volta de um antigo amor que se tornou uma ladra e provável parceira de Octopus, velhos sentimentos voltam a tona e alem da busca da redenção e da justiça, há a busca pela verdade de si mesmo.
Bem, vamos falar sobre a estética visual e histórica do filme, e nesse momento vou ser extremamente pessoal, porque eu era um das pessoas que botavam fé no filme (o porque da mudança eu explico mais na frente). Durante as gravações do filme, rolou 2 boatos estranhos: um era de que o Spirit era semi-imortal (o que acabou acontecendo de fato) e outro que as mulheres ficaram loucas pra dar pra ele pro causa que toda vez que se aproximava de alguem do sexo oposto ele soltava feromônios que atrairiam as mulheres. Sobre esse segundo rumor no começo eu fiquei com cara de “que porra é essa?!?”, mas depois percebi que poderia ser um artifício interessante, de que o Spirit as vezes não se envolve com femme fatales pela diversão de pega-las, mas porque elas eram atraídas por ele de uma maneira descontrolada, assim atraindo a confusão para ele. Mas no fim das contas foi melhor isso só ter sido rumor mesmo, no filme ele mantem essa qualidade de pegador.
Sobre algumas mudanças, a melhor foi colocar Ellen Dollan pra trabalhar. Ter ela como médica alem de ter deixado ela mais útil, faz também ter o fato dela sempre está disposta a ajuda-lo, apesar de ele ser meio canalha no sentido que se envolve por qualquer mulher que passa. Falando em mulher, se você morre e renasce, quer ter a oportunidade de viver tudo mais intensamente, e isso se reflete em tudo, incluindo nos relacionamentos. No caso, Spirit sempre tem um jeito de se envolver com qualquer mulher que passe, mesmo que no fundo ele realmente ame Ellen. Como ela diz em uma cena "Você diz que ama todas as mulheres que encontra, Sr Spirit, e todas as vezes fala com verdade".
Sobre o conceito do Octopus, Miller decidiu pegar ele e experimentar todos os tipos de coisas, e pra isso transformou Octopus no espelho do que era os vilões na época de ouro das revistas em quadrinhos. Temos o cientista louco, o vilão burlesco, o oriental maligno, o nazista, e por fim, mesmo mostrando o rosto (coisa que em parte fiquei meio decepcionado de terem feito). Falando isso,uma das cenas mais originais do filme foi a cena que Octopus se veste de guerreiro oriental, onde todas as expressões e emoções são feitas como se fosse um anime. De primeira vc estranha muito o que ele quis fazer, mas depois que você pega a idéia, percebe-se o quão legal foi o conceito.
Ele também colocou varias citações a quadrinhos (incluindo as que ele mesmo fez, nada humilde o homem). As perceptíveis são as do Robin (do Batíma) e das revistas de horror da década de 50, mas tem outras citações mais econdidas, como nome de artistas (Lojas Kauffman) e prostitutas na Av Dropsie.
Um outro tema recorrente do filme é a morte. E isso foi feito belamente na forma de Lorelei, uma das melhores versões da morte que eu já vi. Ela aparece quando Denny Colt dorme, chamando pra descansar eternamente em seus braços, mostrando que a morte sempre está ao redor dele e isso o atrai, o seduz de uma forma macabra. E de certo modo põe uma certa culpa nos ombros do Espírito, achando que pelo fato da morte estar sempre presente isso vai fazer que as pessoas ao redor morram.
E um recurso que nego só achava que o Deadpool usava, mas que o Spirit já faz a tempos era quebrar a Quarta Parede, ou seja, a historia interage com o leitor/espectador. Isso é bem feito no filme, não é usado direto então o recurso não cansa. No filme é usado em um flashback e pro Spirit desabafar um pouco sobre a vida, o universo e tudo mais.
Bem estou enchendo a bola do filme aparentemente, correto? Bem, isso tudo foi pra demonstrar que o Miller sabia o que estava fazendo. MAS, qualquer um que faz cinema sabe que você não se torna cineasta da noite pro dia. Precisa de muita experiência, e sair fazendo filmes, curtas, em resumo, coisas do gênero adoidado. E apesar do Rodriguez ter chegado nele e ter dito “Sim cara, você esta preparado pra fazer um filme sozinho”, isso não te faz apto a isso. E também tem alguns problemas em relação ao roteiro, que poderia ter sifdo melhorado. No conjunto da obra, percebe que o conteúdo do personagem está ali, mas não foi devidamente trabalhado, se tornando assim uma aventura mediana, principalmente pelo alto nível de experimentações feitas no filme errado. Não é Sin City (apesar do estúdio ter vendido como um, outro erro), tem mais cores do que preto, branco, e vermelho, e pra mim o principal fato de ter dado errado é o fato de que no clima não está muito equilibrado. Tenta manter uma certa seriedade, mas acaba sendo cômico, não tem um equilíbrio para que os dois estilos fiquem em harmonia. Não é a adaptação que a obra merecia, mas consegue ser divertida se você ver sem compromisso. Macht merece o credito por ter realmente se tornado o Spirit, e tenho pena do que aconteceu com Octopus, mesmo que o conceito criado ali seja bom, mas como boa parte do resto, acabou mal concebido.
Comentários: do diretor Miller e da produtora Deborah Del Prete, explicando certos aspectos do filme. Mas não, nem o Miller sabe explicar o lance dos ovos.
Storyboard animado do final alternativo do Octopus: uma versão mais longa da morte do Octopus, pois vc acha que ele morreu na explosão? NOT! Então, Spirit vai ter que completar o serviço, mesmo que todo mistério sobre o seu retorno e futuro morra junto com o vilão. Foi melhor ter cortado mesmo.
O mundo Verde: Um making of geral do filme, conversa com elenco, produtores, com o Miller, e como foi gravar no fundo verde.
Miller sobre Miller: Gênio ou velho gagá? Miller fala sobre quadrinhos, Will Eisner, suas influências, suas obras e o que ele acha dessa invasão de adaptações de quadrinhos e tals. Tirem suas próprias conclusões.
Notas
Filme 5.5
Extras 8.0
OS: A Sony fez uns curtas em animação sobre o filme. Mostra historias com as personagens femininas do filme antes do acontecimento do longa metragem. Esses vídeos não estão no dvd e trago eles com exclusividade:
Lorelei:
http://www.youtube.com/watch?v=rUvBwbbwwSo
http://www.youtube.com/watch?v=65anZtBXFyU
Silken Floss
http://www.youtube.com/watch?v=hi71sR71rns
http://www.youtube.com/watch?v=wnBUJrpgveI
Plaster of Paris
http://www.youtube.com/watch?v=1V96efDez9Y
http://www.youtube.com/watch?v=wR4E9xl7l9s
Hoje o Diogo Mourão tá na área de nuevo, pra dissecar o DVD do filme do Spirit, que aquele skrull safado que ronda nossa redação já tinha visto no cinema também. Confira agora o que o Diogão achou da bagaça toda.
The Spirit, O filme - Critica e review do dvd
E houve um dia que Frank Miller fez cinema... em parte. Todos ficaram enbasbacados com a qualidade do filme de Sin City, co-dirigido por Frank Miller, seu criador, e dirigido DE FATO por Robert Rodriguez. Com a boa grana que deu, e alimentado pela ganância, os produtores de Hollywood decidiram investir em Frank Miller pesado (principalmente depois do sucesso de 300) e deram pra ele um projeto que tinha de tudo pra dar certo: a adaptação da clássica hq de Will Eisner, Spirit, sobre um policial que volta do mundo dos mortos e sem as amarras sociais que possuía quando estava “vivo”, decide combater o crime secretamente junto com o Comissário Nolan e a policia da decadente cidade de Central City.
Com a produção de Michal Uslan, o Godfather das adaptações de hq, e a primeira versão do roteiro feita pelo Midas Jeph Loeb (/ironic), o estúdio e produtores chegaram no consenso de chamar o até então semi-experiente na área cinematográfica Frank Miller para dirigir a película. Jogando fora o roteiro feito por Loeb e reescrevendo de próprio punho a nova versão do filme, o projeto anda adiante, com a escolha do ator principal (Gabriel Match), um ator foda pro vilão (Samuel L “Motharfokar” Jackson), trouxe de volta um ator de uma serie clássica (Dan Lauria,o patriarca da serie Anos Incríveis) e uma lista de gostosas que iria fazer a festa de vários nerds dentro do banheiro (Scar-Jo, Eva Mendes, Paz Veja, Jaime King, e a semi-desconhecida Stana Katic).
A historia do filme não se preocupa em mostrar em detalhes a origem do herói (já que ele mesmo não faz idéia e nem quer saber como voltou do mundo dos mortos), apesar de esclarecer isso depois. Spirit não sabe porque está vivo, não consegue prender seu nemesis Octopus, do qual se torna obcecado, mas curte os prazeres de se estar morto, principalmente do fato que pode pegar qualquer mulher que quiser, mas sempre acaba voltando aos braços da filha medica do Comissário Dolan, Ellen. Com a volta de um antigo amor que se tornou uma ladra e provável parceira de Octopus, velhos sentimentos voltam a tona e alem da busca da redenção e da justiça, há a busca pela verdade de si mesmo.
Bem, vamos falar sobre a estética visual e histórica do filme, e nesse momento vou ser extremamente pessoal, porque eu era um das pessoas que botavam fé no filme (o porque da mudança eu explico mais na frente). Durante as gravações do filme, rolou 2 boatos estranhos: um era de que o Spirit era semi-imortal (o que acabou acontecendo de fato) e outro que as mulheres ficaram loucas pra dar pra ele pro causa que toda vez que se aproximava de alguem do sexo oposto ele soltava feromônios que atrairiam as mulheres. Sobre esse segundo rumor no começo eu fiquei com cara de “que porra é essa?!?”, mas depois percebi que poderia ser um artifício interessante, de que o Spirit as vezes não se envolve com femme fatales pela diversão de pega-las, mas porque elas eram atraídas por ele de uma maneira descontrolada, assim atraindo a confusão para ele. Mas no fim das contas foi melhor isso só ter sido rumor mesmo, no filme ele mantem essa qualidade de pegador.
Sobre algumas mudanças, a melhor foi colocar Ellen Dollan pra trabalhar. Ter ela como médica alem de ter deixado ela mais útil, faz também ter o fato dela sempre está disposta a ajuda-lo, apesar de ele ser meio canalha no sentido que se envolve por qualquer mulher que passa. Falando em mulher, se você morre e renasce, quer ter a oportunidade de viver tudo mais intensamente, e isso se reflete em tudo, incluindo nos relacionamentos. No caso, Spirit sempre tem um jeito de se envolver com qualquer mulher que passe, mesmo que no fundo ele realmente ame Ellen. Como ela diz em uma cena "Você diz que ama todas as mulheres que encontra, Sr Spirit, e todas as vezes fala com verdade".
Sobre o conceito do Octopus, Miller decidiu pegar ele e experimentar todos os tipos de coisas, e pra isso transformou Octopus no espelho do que era os vilões na época de ouro das revistas em quadrinhos. Temos o cientista louco, o vilão burlesco, o oriental maligno, o nazista, e por fim, mesmo mostrando o rosto (coisa que em parte fiquei meio decepcionado de terem feito). Falando isso,uma das cenas mais originais do filme foi a cena que Octopus se veste de guerreiro oriental, onde todas as expressões e emoções são feitas como se fosse um anime. De primeira vc estranha muito o que ele quis fazer, mas depois que você pega a idéia, percebe-se o quão legal foi o conceito.
Ele também colocou varias citações a quadrinhos (incluindo as que ele mesmo fez, nada humilde o homem). As perceptíveis são as do Robin (do Batíma) e das revistas de horror da década de 50, mas tem outras citações mais econdidas, como nome de artistas (Lojas Kauffman) e prostitutas na Av Dropsie.
Um outro tema recorrente do filme é a morte. E isso foi feito belamente na forma de Lorelei, uma das melhores versões da morte que eu já vi. Ela aparece quando Denny Colt dorme, chamando pra descansar eternamente em seus braços, mostrando que a morte sempre está ao redor dele e isso o atrai, o seduz de uma forma macabra. E de certo modo põe uma certa culpa nos ombros do Espírito, achando que pelo fato da morte estar sempre presente isso vai fazer que as pessoas ao redor morram.
E um recurso que nego só achava que o Deadpool usava, mas que o Spirit já faz a tempos era quebrar a Quarta Parede, ou seja, a historia interage com o leitor/espectador. Isso é bem feito no filme, não é usado direto então o recurso não cansa. No filme é usado em um flashback e pro Spirit desabafar um pouco sobre a vida, o universo e tudo mais.
Bem estou enchendo a bola do filme aparentemente, correto? Bem, isso tudo foi pra demonstrar que o Miller sabia o que estava fazendo. MAS, qualquer um que faz cinema sabe que você não se torna cineasta da noite pro dia. Precisa de muita experiência, e sair fazendo filmes, curtas, em resumo, coisas do gênero adoidado. E apesar do Rodriguez ter chegado nele e ter dito “Sim cara, você esta preparado pra fazer um filme sozinho”, isso não te faz apto a isso. E também tem alguns problemas em relação ao roteiro, que poderia ter sifdo melhorado. No conjunto da obra, percebe que o conteúdo do personagem está ali, mas não foi devidamente trabalhado, se tornando assim uma aventura mediana, principalmente pelo alto nível de experimentações feitas no filme errado. Não é Sin City (apesar do estúdio ter vendido como um, outro erro), tem mais cores do que preto, branco, e vermelho, e pra mim o principal fato de ter dado errado é o fato de que no clima não está muito equilibrado. Tenta manter uma certa seriedade, mas acaba sendo cômico, não tem um equilíbrio para que os dois estilos fiquem em harmonia. Não é a adaptação que a obra merecia, mas consegue ser divertida se você ver sem compromisso. Macht merece o credito por ter realmente se tornado o Spirit, e tenho pena do que aconteceu com Octopus, mesmo que o conceito criado ali seja bom, mas como boa parte do resto, acabou mal concebido.
Extras
Comentários: do diretor Miller e da produtora Deborah Del Prete, explicando certos aspectos do filme. Mas não, nem o Miller sabe explicar o lance dos ovos.
Storyboard animado do final alternativo do Octopus: uma versão mais longa da morte do Octopus, pois vc acha que ele morreu na explosão? NOT! Então, Spirit vai ter que completar o serviço, mesmo que todo mistério sobre o seu retorno e futuro morra junto com o vilão. Foi melhor ter cortado mesmo.
O mundo Verde: Um making of geral do filme, conversa com elenco, produtores, com o Miller, e como foi gravar no fundo verde.
Miller sobre Miller: Gênio ou velho gagá? Miller fala sobre quadrinhos, Will Eisner, suas influências, suas obras e o que ele acha dessa invasão de adaptações de quadrinhos e tals. Tirem suas próprias conclusões.
Notas
Filme 5.5
Extras 8.0
OS: A Sony fez uns curtas em animação sobre o filme. Mostra historias com as personagens femininas do filme antes do acontecimento do longa metragem. Esses vídeos não estão no dvd e trago eles com exclusividade:
Lorelei:
http://www.youtube.com/watch?v=rUvBwbbwwSo
http://www.youtube.com/watch?v=65anZtBXFyU
Silken Floss
http://www.youtube.com/watch?v=hi71sR71rns
http://www.youtube.com/watch?v=wnBUJrpgveI
Plaster of Paris
http://www.youtube.com/watch?v=1V96efDez9Y
http://www.youtube.com/watch?v=wR4E9xl7l9s
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