Sinceramente eu tentei ler até o fim a história de Scott Pilgrim nas HQs antes de ver o filme, mas não foi possível. Mas isso não atrapalhou de forma alguma o entendimento do filme, muito menos mudaria minha opinião sobre ele...
Antes de começar a falar do filme em si, é melhor deixar pelo menos uma pequena sinopse do que é a série de histórias em quadrinhos intitulada Scott Pilgrim contra o mundo!
Criada por Bryan Lee O'Malley, ela é composta de seis volumes em formatinho/brochura e toda desenhada em preto e branco (fora a capa que é colorida). O primeiro volume foi lançado em 2004 e o último recentemente publicado. A Editora Companhia das Letras publicou Scott Pilgrim aqui no Brasil em março de 2010.
A série é bastante influenciada pelos mangás e video games em seu traço e forma narrativa. Porém, todos os cenários da história são reais, todos presentes na cidade de Toronto. A série é muito conhecida também pelas referências a cultura pop no cinema e música. Referência essa que Brian Lee O'Malley utilizou até para escolher o nome do protagonista da série, Scott Pilgrim, que recebeu esse nome por causa de uma música da banda de indie-rock Plumtree, composta apenas por mulheres.
Basicamente o filme segue o mesmo enredo das HQs: Scott Pilgrim é um canadense de aproximadamente 24 anos, que mora e divide a cama com um amigo gay, preguiçoso, sem muita direção na vida, baixista de uma banda de garagem chamada "Sex Bob-OMB", que "namora" uma colegial asiática de 17 anos, mas que xaveca toda mulherada com o mesmo papo se utilizando de sua cultura nerd, enfim, um anti-herói simpático que vive em Toronto, no Canadá. Ele se apaixona pela entregadora de encomendas Ramona Flowers, uma linda menina americana que muda a cor de seu cabelo a cada 10 dias, e descobre que para poder ficar com ela, ele deverá enfrentar (e derrotar) os sete "ex-namorados do mal" da garota.
A série é bastante influenciada pelos mangás e video games em seu traço e forma narrativa. Porém, todos os cenários da história são reais, todos presentes na cidade de Toronto. A série é muito conhecida também pelas referências a cultura pop no cinema e música. Referência essa que Brian Lee O'Malley utilizou até para escolher o nome do protagonista da série, Scott Pilgrim, que recebeu esse nome por causa de uma música da banda de indie-rock Plumtree, composta apenas por mulheres.
Basicamente o filme segue o mesmo enredo das HQs: Scott Pilgrim é um canadense de aproximadamente 24 anos, que mora e divide a cama com um amigo gay, preguiçoso, sem muita direção na vida, baixista de uma banda de garagem chamada "Sex Bob-OMB", que "namora" uma colegial asiática de 17 anos, mas que xaveca toda mulherada com o mesmo papo se utilizando de sua cultura nerd, enfim, um anti-herói simpático que vive em Toronto, no Canadá. Ele se apaixona pela entregadora de encomendas Ramona Flowers, uma linda menina americana que muda a cor de seu cabelo a cada 10 dias, e descobre que para poder ficar com ela, ele deverá enfrentar (e derrotar) os sete "ex-namorados do mal" da garota.
Um enredo realmente louco para um filme, e o que Scott Pilgrim Contra O Mundo fez foi exatamente dar a um filme classificado como aventura/comédia, uma roupagem muito original, utilizando todos os elementos da HQ, de recordatórios à onomatopéias que "pulam" na tela até às referências "gamers" como a chuva de moedas que acompanham um inimigo vencido!
Aliás, o filme é bem isso, um amontoado de referências pops e diálogos equilibrados e engraçados, mas que é muito voltado à cultura de jogos eletrônicos! É um filme puramente voltado à homenagear os videogames! As surpresas começam logo na abertura, com o logo da Universal em estilo dos games de 16 bits e uma música sintetizada igualmente as aberturas de alguns desses games.
Há trechos da trilha sonora de jogos clássicos como Zelda e Super Mario Brothers, conversas sobre o assunto espalhados por toda a história e inseridos na trama quando, os exes de Ramona, todos muito malvados e dispostos a acabar com Pilgrim, confrontam o herói em fabulosos e absurdos duelos, onde as clássicas aberturas de "Fight!" presentes em jogos como Tekken ou Street Fighters podem ser reconhecidas.
Não é a toa que Scott Pilgrim acabou virando também um jogo de videogame, no melhor estilo arcade, tipo a mesma plataforma de jogos como Double Dragon e similares, cheio de cores brilhantes, sons característicos e fases com chefões! Tem até o desafio de baixos está lá, assim como também está presente nas mídias que o antecederam.
Aliás, como o filme é situado no mais significativo cenário musical do Canadá, a cidade de Toronto, este é um filme sobre música também. Cheio de músicas pós-grunge e indie-rock, o filme acaba agradando em sua trilha sonora também. Uma das partes mais divertidas, por falar em música, é a parte onde Pilgrim entra em casa, logo depois do primeiro encontro com Ramona, onde a música tema de Seinfeld toca e a cena se desenrola com total referência (e reverência) a um dos melhores sitcoms do mundo!
Eu ri muito com o filme, principalmente porque você já reconhece de cara que ele não pede para ser levado a sério.
O filme é cheio de personagens adolescentes estereotipados e caricatos, mas esse tom caricatural dado aos personagens não tira deles sua credibilidade ou carisma e o diretor Edgar Wright e os atores conseguiram passar uma sinceridade bacana nos propósitos de cada um, pessoas que ainda não se encontraram e buscam através da música ou nas suas relações interpessoais a resposta para seus conflitos internos e a busca por um amadurecimento. O amadurecimento em questão, está relacionado a valores muito mais profundos e nobres, como aprender a respeitar os sentimentos alheios. Mas não pense que esse amadurecimento significa deixar de lado os hábitos, as roupas e cortes de cabelo esquisitos, nem mesmo sua visão distorcida do mundo.
O filme também emula o universo nerd de seus personagens para estabelecer suas personalidades, assim como também cada ex representa uma espécie de metáfora sobre os medos e obstáculos que impedem um jovem adolescente de evoluir, assim como, literalmente, numa fase de um jogo de videogame.
O roteiro é muito bem humorado e Wright, em parceria com Michael Bacall, conduz muito bem a aventura adolescente rumo ao autoconhecimento.
Michael Cera (Pilgrim) está muito bem no filme, e não tem como olhar pra cara dele e não dar risada, assim como Kieran Culkin, que faz Wallace Wells, o amigo gay e sarcástico dele.
A chinesinha colegial Knives Chau (Ellen Wong) e o Jovem Neil (referência mais que direta ao cantor/compositor Neil Young, feito pelo ator Johnny Simmons) também são dois coadjuvantes bem legais e que fizeram uma certa diferença no filme.
A gatíssima Mary Elizabeth Winstead (Ramona Flowers) também está ótima nas filmagens e sua luta, com uma de suas ex é muito foda! Aliás, as cenas de ação desse filme são todas muito boas.
Por falar em luta, ainda temos a participação de Brandon Routh e Chris Evans (respectivamente Superman e Tocha Humana/Capitão América, ambos atores que já fizeram algo relacionado à filmes de super-heróis) como dois dos ex-namorados brigões que levam pau de Pilgrim no filme.
O filme ainda conta com Alison Pill (a batera mal-humorada Kim Pine) e Mark Webber (o vocal/violão do Sex Bob-Omb, Stephen Stills).
Três passagens interessantes, a camisa de Scott com o símbolo do 4 ¹/² do Quarteto Fantástico, a camisa que ele sempre usa com um coração formado pelas letras SP podiam até signicar as iniciais de seu nome, mas é o logo da banda Smashing Pumpkins e na festa o cara que conhece todo mundo, Comeau, cita que "A HQ é bem melhor que o filme"! =)
Apesar de sua estreia fraca nos EUA (lançado em agosto por lá, arrecadando apenas 4,7 milhões de dólares) o filme que custou a bagatela de 60 milhões, tem sido bem comentado. Não sei como será a reação do público aqui no Brasil, mas pra mim já é um dos filmes mais divertidos do ano. Pra quem já foi um desses garotos viciados em games na infância Scott Pilgrim vs. The World. é uma boa pedida de entretenimento! Uma ode à juventude e ao tempo gloriosamente desperdiçados com estes descartáveis prazeres que são os consoles de jogos, a televisão, a música e os filmes. À todos os aficcionados e saudosistas de um bom game de ação e aventura, mas com toques de humor...
Se você vai gostar do filme ou não, é problema seu, porque assim como existem pessoas que curtem Alex Kidd e Robot Unicorn Attack, Scott Pilgrim é um desses games/filmes/Hqs que te cativam ou não. Independente da sua capacidade para afinar o seu ouvido pras ideias e músicas novas ou de ter pegado num joystick quando criança.
Nota: 9
3 comentários:
Post bacana, Vini. Não tive chance de ver o filme ainda mas pretendo dar uma conferida assim que possível.
Mark Webber? Esse eh o cara da RBR que chegou em segundo na corrida de ontem, né? huAUHAhuAHUAhuAHUAhua...
Otimo Review Vini. Como teve todo um descaso por esse filme aqui no Brasil, pela distribuidora, ele só estreiou em alguns cinemas e aqui acho dificil estreiar. terei que ver de formas diferentes.
Ainda mantenho a minha opinião que esse é um filme pra publicos especificos.Não funciona com todo mundo, seja a HQ, seja o filme.
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