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sexta-feira, 11 de março de 2011

CinemaScope: A Reinvenção dos Westerns


Com a chegada oficial de Rango aos cinemas brasileiros, o CinemaScope vai falar sobre a volta do gênero western ao mainstream, e o que ele está fazendo para que se torne relevante para esses dias.


O Western desde a decáda de 80 e durante os anos 90 sofreu uma dura baixa em sua produção e popularidade, tendo poucos exemplares durante este periodo.De cabeça só me vem a mente Os Imperdoavéis, Rapida e Mortal (do Sam Raimi) e a serie Adventures of Brisco County Jr. (com o rei Bruce Campbell). Mas durante a decada passada os faroestes tem voltado a ativa timidamente, até que na chegada desta decáda você voltou a ver cowboys e tiroteios novamente. Minha intenção aqui é mostrar que desde os anos 90 há um movimento de preparação para a volta do Western, e com a conectividaade que as midias tem hoje em dia permite que esse retorno pudesse chegar de forma natural para a absorção do publico, com filmes do quais certos movimentos já foram utilizados anteriormente e agora voltam com força total pronto para ser explorados em toda sua profundidade.Vamos rever num recaptula aonde de fato esta volta começou e como está a situação hoje, como essas filmes (entre outras coisas) estão fazendo para chegar ao publico.

No Começo, Havia o Cantor
El Mariachi, do diretor Robert Rodruiguez, foi o primeiro passo para um rosto mais conteporaneo ao western, fortemente influênciado pelo western spaguetti e pela nova linguagem cinematografica feita por Quentin Tarantino, ao mesmo tempo complementando os trabalhos de Quentin e criando sua própria linguagem.Na sequência A Balada do Pistoleiro a influência dos westerns fica muito mais evidente, e afirma a identidade narrativa do diretor, e a conclusão da trilogia veio com Era Uma Vez No Mexico, que no caso seria a versão do diretor para os Westerns Zapatisas (focados mais na alegoria politica) para aquele mundo, mas as muitas historias interligadas deixa o filme confuso e meio fora de foco de quem seja o personagem principal(se é o Mariachi de Antonio Banderas ou agente do FBI de Johnny Depp) deixa o filme um pouco inferior em comparação aos outros.

Matar é Amor
A volta de Quentin Tarantino com Kill Bill trouxe duas das grandes influências do diretor divido entre dois filmes: filme de kung-fu com Kill Bill Volume 1 e um faroeste modernizado no Volume 2, com um estilo similar ao de Robert Rodriguez, Sam Peckinpah e e Sergio Leone, especialmente.Misturando elementos japoneses e americanos (como o seriado de David Carradine, Kung-Fu), o clima e o estilo de faroeste (amplificado pelo tema da vingança) é bem forte aqui, tanto pelo clima quanto pelo cenário.

A Nova Geração
Hoje em dia podemos dizer que há 3 sub-tipos de faroeste: os refeitos por remake, que mantém o estilo classico, os westerns urbanos e aquilo que chamo de "western misto", por colocar outros gêneros (especialmente ficção ciêntifica) dentro do mundo do faroeste.

Na area de remakes podemos citar 3:10 to Yuma, conhecido por estas terras como os Imndomavéis, com Christian Bale e Russel Crowe, um dos primeiros westerns antigos a serem refeitos,e o mais recente Bravura Indômita, filme esse que pode nos dar a possibilidade de ver uma nova versão do classico de Sam Peckinpah: Pat Garrett & Billy the Kid.




Apesar de tanto Rodriguez quanto Tarantino terem flertado com a idéia, foi os irmãos Coen em Onde os Fracos Não Tem Vez que deu a cara para os Westerns urbanos, passados nos dias reais, seguindo mais ou menos os passos de Meu Nome é Coogan e Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia.O filme hoje em dia é exemplo do novo tipo de western e está gerando seus primeiros "filhos", como a serie de Tv Justified.




Os "westerns mistos" começaram a muito tempo com o filme Westworld - Onde Ninguém Tem Alma, com Yul Brynner, mas atualmente esse tipo de filme tem voltado a ativa, tendo até então seu melhor representante com o western apocaliptico O Livro de Eli. A Europa já está a algum tempo fazendo este tipo de filme, como o cartunesco Les Daltons (focado nos vilões de Lucky Luke) e a adaptação dod quadrinhos de Moebius, Blueberry - Desejo de Vingança (com Vincent Cassel). Este ano teremos mais dois desse tipo de filme: Priest e Cowboys & Aliens. Exemplos em outras midias você pode encontrar no game Red Dead Redemption, especificamente sua versão zumbi Undead Nightmare e The Walking Dead (serie de TV e HQ).




Um outro movimento que é interessante de ser observado são os westerns asiáticos, vindos da China ou Coréia, num movimento que tem de tudo para crescer.O bacana que é eles ultilizam a estrutura do western americano e spaghetti mas se mantém fiéis ao estilo da terra delas, tornando um resultado com forte influência do cinema asiático.Os principais representantes são "The Good,The Bad and The Weird" e Sukiyaki Western Django.




Parte da historia do cinema foi contruida em cima do primeiro gênero genuinamente americano, e como tudo na vida passa por altos e baixas, mas sempre arranja algum jeito de se reinventar e trazer algo novo.A ideia é mater as tradições classicas mas ao mesmo tempo abranger novas areas.Espero que com isso uma nova leva de filmes de faroestes (bons) chegue ns proximos anos.

Na proxima semana: 800 Balas!

2 comentários:

Raoni disse...

muito boa a matéria.
curto westerns desde muito criança (valeu vô!) e fico muito feliz em perceber esse tímido mas cada vez mais marcante retorno do genêro ao grande cinema de entretenimento. dentre os filmes que tu citou (vi quase todos) acho que todos variam do muito bom ao excelente e abordam temas clássicos do genêro de forma nova, fresca eu diria. felizmente os westerns modernos tem atraído boas equipes de cineastas, de diretores e roteiristas a atores.
tomara que essa década ainda logre vários outros westerns legais, afinal esses eram os filmes de super-heróis dos tempos de nossos avós e evoluiram de forma magistral desde os tempos do sergio leonne até hj.

Rodrigo De Souza Vilaça disse...

Se não estou engando esse filme RANGO está indo mal nas bilheterias.