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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Podcast Uarévaa #101 - Sagas do Batman nos Quadrinhos



"Mas tá na cara que é um viado esse Zenon!"

Freud, Marcelo Soares, Luiz Modesti, Vini e Zenon relembram suas sagas favoritas do Homem Morcego e também algumas bastante conhecidas mas "nem tão favoritas asssim".





(Clique na imagem com o botão direito do mouse
e depois em "Salvar link como..")



E o RSS? E o ITunes? Já tá tudo ok?

Pois é, ainda não foi dessa vez que resolvemos...

Mas ao menos colocamos no ar novamente quase 
todos os podcast anteriores!

Apenas o Podcast 2 está perdido e estamos oferecendo uma 
"incrível recompensa"(bwahahahaha) para quem tiver esquecido
 ele na lixeria do seu micro,  não apagou ainda, e enviar pra gente.



Comentado no Podcast

- A MELHOR HISTÓRIA DO BÁTEMA DE TODOS OS TEMPOS não é nos quadrinhos...



... mas agora vai ser dos quadrinhos também! Confira AQUI o blog do projeto da quadrinização de  Batmam Feira da Fruta.


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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Batman escolhendo sua voz

E isso aí, galera. O novo filme do Batman tá que nem cocô de criança apertada, na portinha pra sair... e por causa disso essa semana estamos publicando algumas coisas do Morcegona!
Eu escolhi trazer pra vocês um "fan-film" do College Humor mostrando como o Batman escolheu sua voz assustadora.
Achei o vídeo muito engraçado e entre as vozes escolhidas temos John Malcovich, Al Pacino, Gollum e o melhor de todas... a do Schwarza!!! Get to da Chopa! Naauun!

Espero que vocês tenham feito cursinho de inglês:



Se quer dar mais risada, tem esse aqui que também é muito bom!

A pena de Maat


Velhas histórias. Velhas memórias. E velhos assuntos pendentes em uma história de vingança e surpresas.


Mais uma história do HQCX, com roteiro de FTF e arte de Adan L. Marini. Basta clicar no play e navegar usando as setas do teclado ou os botões e rolagem do mouse.


No site do O Caxiense vocês podem encontrar todas as hqs já disponibilizadas, basta clicar nesse link.

E não deixe de apoiar o projeto, curtindo a fanpage do facebook:

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Batman: Uma Sombra Viva


No Arquivo Uarévaa resgatamos textos antigos, porém, ainda importantes e relevantes para reflexão.

Criar um personagem, seja ele de filme, livro ou quadrinhos, apesar dos Robs Liefelds da vida tentarem provar o contrário, é um trabalho árduo e minucioso. È necessário pensar uma gama de possibilidades, complexidades e motivações. Ouso dizer, que no Universo DC um personagem seja o mais complexo dentre os super-heróis da editora: Bruce Wayne.


Não sei se alguém achou estranho, mas poderiam me perguntar por que me refiro ao alterego e não ao Batman. Para mim, Wayne é a síntese de um personagem multifacetado, um garoto que viu os pais serem assassinados quando ainda era criança e nunca conseguiu superar isso, preferindo se refugiar em uma construção (o morcego) do que se levantar e tentar mudar o mundo de outra forma, afinal o cara é um multimilionário. 


Mas ai você me diria: “ele é um herói, se não tivesse tragédia e trauma não existiria história”, concordo caro leitor uareviano, não critico o caminho escolhido para o personagem, afinal sou fã do Cavaleiro das Trevas assim como ele é. Só utilizo exemplos para mostrar que se fazer uma história não é para qualquer um.

Só para constar: quantos autores sabem, de verdade, trabalhar as várias faces do “príncipe de Gotham”?

Agora falemos um pouco sobre o Batman. Logo de cara percebemos que ele é um Lone Ranger, assim como o personagem que o inspirou: Zorro. Um cara perturbado que, como dito, não soube deixar para trás a morte dos pais e se ancora em uma fantasia de combatente do crime para conseguir viver. Passa noites lutando contra si mesmo, ao socar bandidos e voar entre prédios.

Talvez, por saberem que esse caminho só poderia levar um homem a destruição que introduziram o Robin, para dar uma leveza as suas histórias e uma tábua de salvação para o personagem.

Eu o vejo como um psicótico, sedento por um tipo de salvação ao “fim do túnel”, um cara que começou achando que está fazendo o certo e vai sendo consumindo aos poucos até chegar a um ponto onde surta, não muito diferente de seus vilões.

Por sinal, os vilões são também a síntese de um personagem. Um cara como o Batman tem vilões que são seu reflexo distorcido, e isso torna a história mais instigante ainda, pois, como fica o bem dentro de uma linha tão tênue como a que ele vive em sua luta diária? É necessário para um homem se autopoliciar sempre para não cruzá-la, e só esse policiamento já é um martírio constante pro homem por detrás da mascara, uma forma de deixar mais humano um ser com o pé no mitológico. Uma analogia que gosto muito de fazer é de que ele é o lado violento/sombrio da justiça, enquanto o Superman o lado ingênuo/crédulo.


Eu gosto desse conceito de humanizar heróis, dia desses em uma conversa de MSN da vida discutia sobre isso: eu defendendo a humanização do Batman e meu companheiro de debate quase exaltando o lado “cool” do morcego, reflexos da overpowerização nos anos 90 do personagem. Gosto dos personagens da DC também porque apesar de muito irreais, ele são até mais humanos que os da Marvel.

Explico. Por viverem muito nesse mundo mitológico se tornam mais complexos, na Marvel é tudo muito claro desde o inicio: Homem-Aranha é um fudido, em busca de emprego, amor, cuidar da tia e ainda ser herói, é legal, mas com o tempo se torna previsível, tanto que a cada dois anos são mil reviravoltas.

Um Batman você pode trabalhar vários aspectos de algo tão louco que dá varias interpretações, como vimos ao longo de sua história. Não digo aqui que um é melhor que o outro, isso não existe apesar de grupelhos quererem discutir “sexo dos anjos” em comentários por aí, só digo que são diferentes, e são coisas como essas que tornam o mundo dos quadrinhos um lugar tão maravilhoso.

Texto publicado originalmente em 21 de maio de 2009.

O Espetacular Homem-Aranha

Uaréview
por... Freud?



"É o melhor filme que as pessoas já viram na vida."


Peter Parker é picado por uma aranha, ai o tio dele morre, ele vira o Homem Aranha e enfrenta o Lagarto.

Os atores são muito bons, as lutas são muito legais, gostei muito do 3D.

No começo eu estava impaciente porque não tinha vilão, não tinha ação de super herói, não era um filme de super herói, mas quando o Homem Aranha apareceu ficou muito bom.



Minha cena favorita foi quando o Homem Aranha cai chutando o Lagarto em cima do prédio. Também gostei muito quando o Homem Aranha salva o garoto, quando ele enfrenta o Flash na quadra da escola e quando o Flash aparece com uma camisa do Homem Aranha no final.

A pior cena foi do Homem Aranha caído no chão. Também não gostei do policial ter dado um tiro na perna dele mesmo depois do capitão ter deixado o Homem-Aranha ir, e também não gostei da Gwen ter desligado o telefone e não deixar ele falar direito com ela quando ele estava no esgoto, que era sinistro.

De 0 a 10, queria dar nota 7 mil, mas como não pode, eu dou nota 10.



Obviamente tudo que está escrito ai em cima não é minha resenha do filme, mas a do meu filho de 5 anos, que saiu do cinema ontem empolgado igual eu nunca vi ele sair de nenhum outro filme (e isso inclui Vingadores, que ele também adorou), dizendo que um dia vai se tornar um super herói de verdade, combater os bandidos e ajudar a polícia (espero que isso não se concretize, bwahahaha).

Somente por ele fui ao cinema ver esse filme, e somente por me surpreender com esse grande entusiasmo dele resolvi que o filme merecia esse post, escrito bem depois da estréia, num momento em que todas as atenções estão voltadas para o novo filme do Batman, e mesmo com outras duas resenhas já tendo sido publicadas aqui (a do Vini e a do Marcelo).

Eu sinceramente, pelos trailers e notícias, achava que esse necessário reboot daria num filme legalzinho, com uma nova versão razoável da origem do herói e efeitos mais bem feitos que a trilogia anterior, apesar de um 3D exagerado demais que ia me incomodar.

A ação e o 3D na verdade me supreenderam. Ficou bem melhor que eu esperava e anos luz a frente da trilogia anterior do herói. A movimentação do Aranha está muito mais próxima do que se vê nos quadrinhos e o 3D realmente é exagerado, mas acaba casando muito bem com o estilo acrobático do personagem.

Mas, se esses pontos superaram em muito minha expectativa, o mesmo não pode se dizer do restante.


Gosto do Aranha, é um personagem legal, mas sempre esteve bem longe de ser um dos meus favoritos, então nem me debruço na discussão da "fidelidade aos quadrinhos" na minha análise, isso já foi muito bem feito na resenha do Vini, e também, na boa, tirando os fãs de carteirinha, o que o público em geral mais reconhece do Aranha está ali: o "nerd", o uniforme (que, por mais modificado que tenha sido, está perfeitamente reconhecível por qualquer um) e o herói àgil que sobre pelas paredes, solta teias e se balança pela cidade.

O problema é que o filme tem furos absurdos, inexplicáveis, como a incrível falta de segurança da Oscorp, uma "teia que cura ferimento de bala" e muitos outros.. Tudo é muito jogado, com coincidências demais, falta bom senso.

Algumas cenas tem momentos mal aproveitados demais, que poderiam até funcionar mas ficaram piegas ao extremo. Ok, vi dublado, mas eu juro que a mensagem final do Tio Ben tava igualzinho a um discurso do Bial em Big Brother, bwahahahaha, e isso é só um dos vários exemplos que eu poderia dar aqui.


Um filme classe B de sessão da tarde, que dá pra aproveitar se você souber rir dos vacilos brabos, mas não dá pra "levar a sério".

No final, a ação faz o filme merecer uma nota 6 pra mim, porque disso realmente gostei bastante. Não fosse tão bem feita, apenas razoável, no nível da trilogia anterior, esse filme teria um 4 meu, no máximo.

Mas, vou te falar... Não é essa nota do velho nerd o que importou ontem. Tudo isso que eu "avaliei" não me incomodou de verdade em nenhum momento durante o filme. A sessão foi uma baita curtição, Espetacular, como está no título.

Porque eu não estava lá pra avaliar nada.

E o verdadeiro público do filme, ontem, deu nota 7 mil.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Heróis, vilões e vítimas


(OBS.: Este é um texto reflexivo)
Toda história tem um conflito. Seja ele interno, externo, físico ou mental, qualquer narrativa terá algum tipo de luta, literal ou metafórica. Mas quando a história é grande e alcança níveis míticos, a abrangência deste conflito coloca em risco não apenas envolvidos, mas muitos outros, no que alguns poderiam chamar de “casualidades de guerra” ou “danos colaterais”. Em meio ao espetáculo do conflito, ninguém se preocupa com as consequências imediatas advindas do conflito – as vítimas.

Uma destas histórias foi contada recentemente, na cidade de Denver, Colorado. A diferença é que, nesta história, não é possível fechar o livro, a HQ ou desligar a TV e voltar para a vida real, pois esta é a vida real.

Na ficção, heróis enfrentam vilões e tudo com o qual nos preocupamos é o espetáculo: Quanto mais perigoso o vilão, maior o desafio que ele representa para o herói e, até o desfecho da história, muitas “casualidades” acontecem, embora ignoradas pela plateia. Afinal, que diferença faz uma pessoa a mais ou a menos na história, já que o destino da cidade, do mundo, do universo, está em jogo?

Na vida, a história é outra. Nenhum de nós vive isolado do mundo; todos interagimos com a sociedade, possuindo família, tendo amigos, colegas de trabalho...Todos nós influenciamos no mínimo uma pessoa, e provavelmente bem mais do que isso. Cada um de nós, no momento que vivemos, atingimos alguém em algum nível. Aqui, fora das páginas e das telas, ninguém é causalidade; todo mundo é protagonista. Todo mundo faz falta para alguém, todo mundo tem sua própria história.

No mundo real, ninguém é “vítima”. Todo mundo é pai, mãe, irmão, amigo, colega, filho. Todo mundo é alguém. Alguém que faz falta. Não podemos nos dar ao luxo, em nossa realidade, de fechar os olhos e seguir para a próxima história, onde a pessoa que fez um personagem está viva para se tornar outro. Na vida, não há troca de personagens.

Mesmo assim, insistimos em viver como se estivéssemos rodeados por uma história fictícia. Assistimos ao noticiário curiosos com a astúcia de um criminoso, querendo saber como ele pode ser tão esperto, vibramos quando alguém salva um cachorro de um incêndio e queremos saber cada passo da investigação de um atentado terrorista. Mas ninguém quer saber das “casualidades de guerra”, ninguém quer saber das pessoas.

A imprensa entra na onda, aproveitando a tendência do ser humano para o espetáculo para vender jornais, gerar audiência e ganhar dinheiro e, assim, dá às pessoas o que elas querem: uma boa trama, com conflitos, suspense, reviravoltas, heróis e vilões. As vítimas são um “mal necessário” para tornar a história mais interessante.

No massacre ocorrido em Denver, um homem matou dezenas de pessoas. Pessoas que eram pais, mães, filhos, irmãos, amigos...Pessoas que deveriam ser lembradas como o retrato de uma sociedade doente. Mas, ao invés disso, nos importamos com o vilão. Ficamos alimentando o monstro e transformando-o em uma criatura mítica. E não há nada mais poderoso do que um mito. O mito sobrevive à morte física e se torna imortal. É isso a que nosso mundo real se reduziu? A permitir que um maníaco seja eterno, enterrando por completo todas as suas vítimas, que se tornarão apenas uma nota de rodapé na história, se muito?

A tragédia em Denver não é a primeira, e provavelmente não será a única; de fato, este tipo de incidente é até bem corriqueiro em nosso mundo atual. Não só corriqueiros, mas comuns, mundanos. Tão mundanos que cada tragédia dessas é apenas mais uma história, que nos entretém durante um tempo, até que a história “acaba”, e outra toma o seu lugar. E fica registrado em nossa memória o grande desfecho, o épico conflito, os heróis, os vilões... Mas nunca as casualidades.

Este texto faz parte da série de discussões que serão geradas por essa tragédia. Isso é comum, assim como o burburinho gerado pela estreia de um grande filme ou o lançamento de um grande livro de sucesso. Mas estamos no mundo real. E a maior tragédia é saber que uma tragédia não é uma história de ficção. É a vida. Mas ninguém se dá conta disso.

Infelizmente, estamos tão afundados na fantasia que esquecemos que a realidade, por mais que a gente ignore, sempre nos encontra. E não há garantias de final feliz no mundo real. Não há um roteirista ou escritor que possa reescrever nossas falas para que voltemos atrás quando nos arrependemos de algo que dissemos, nem para refazer nossas cenas para que terminemos felizes para sempre. Cada passo, cada decisão, cada voz, depende de nós. De cada um de nós. Mas nenhum de nós consegue qualquer coisa sozinho. É preciso outro. E outro. E mais outro. É por isso que somos parte de uma sociedade.

Mas o que acontece com uma sociedade em que todos dependem uns dos outros, mas todo mundo vive como se não dependesse de ninguém? O que acontece quando nossa carência se transforma em egoísmo, que eventualmente leva à indiferença?

Não sei se esta pergunta tem resposta. Não sei se tem apenas uma resposta. Mas sei que, num mundo onde heróis e vilões residem na ficção, à realidade só cabe abrigar as vítimas. E lembrar que, aqui, elas são – ou deveriam ser – muito mais que isso. Sou eu e você.

As vítimas são todos nós, que somos protagonistas de uma grande história que não terá remakes. A diferença é que, nesta narrativa chamada história da humanidade, somos atores, diretores e roteiristas, podendo assim, definir os rumos da trama.

Que final você vai querer para esta história?

Batman: Dead End


Quando Schumacher tinha se ido, e ainda não se tinha Nolan, um homem mantinha viva a essencial do Homem-Morcego no cinema. 




Na contagem regressiva para o encerramento da trilogia de Christopher Nolan no cinema, retornamos para anos atrás, quando os fãs do herói mascarado estavam orfãos de produções cinematográficas e uma curta história deu um breve alivio para eles.

Batman Dead End é um fan film de 2003, feito de forma independente pelo diretor Sandy Collora, com Clark Bartram como Batman e Andrew Koenig como Coringa. O filme é um curta-metragem, realizado sem a permissão da Warner Bros./DC Comics. Diferente de outros filmes do Batman, este conta com personagens que não são da mitologia do herói, como o Alien e o Predador.

Na história, o Coringa escapou mais uma vez do Asilo Arkham. Batman é chamado para levar seu arqui-inimigo de volta para o manicômio. Porém, enquanto os dois travam um embate psicológico, duas estranhas criaturas chegam para intervir. Batman usará toda a sua conviccção e coragem para derrotar estes terríveis inimigos.

O sucesso do filme foi tanto que ele ganhou uma sequência, intitulada World's Finest, um fã-trailer no qual Batman se une ao Superman para enfrentar Lex Luthor e Duas-Caras.

Apesar de seus baixos recursos, o fanfilme é bem legal. Na época causou alvoroço por mostrar um Batman mais realista - também, todo mundo estava traumatizado com os neons do Joel Schumacher -, e trazer um coringa bem insano e próximo das HQs. Ainda vale a pena a conferida:


Confira também o Making Off (em inglês) da produção (que é mais longo que o próprio filme), e é bem interessante pra se ver o quanto trabalho se tem para algo relativamente pequeno.


Curta Você Também: Comercial "Os Super-Humanos"

Não se precisa de superpoderes para ser um super-humano



A agência 4Creative fez um comercial para o o Channel 4 britânico com o intuito de promover os Jogos Paraolímpicos 2012 em Londres, de 29 de Agosto a 9 de Setembro


E qual a melhor forma de mostrar a relevância e importância do evento? Mostrando que mesmo quando tudo parece difícil, ainda se pode ser Super, afinal,  não importa se alguém nasceu assim ou derrotou a morte, eles são os verdadeiros super humanos.



Trilha: “Harder Than You Think”, Public Enemy

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ultraje Vs. Raimundos



Fala meu povo!! PalhetadA aparecendo por aqui depois de um grande hiato (por um motivo nobre). Vou tentando aos poucos voltar a escrever dentro do posssível, ok?

Bom, hoje eu vou falar sobre um projeto que saiu a pouco tempo entre dois gigantes do rock nacional, chamado “Ultraje a Rigor Vs. Raimundos”. Tão sabendo disso?



O projeto foi proposto pelo Rafael Ramos, da Deckdisc, que pirou na ideia das duas bandas refazerem os arranjos musicais, só que com cada banda fazendo uma lista dos sucessos da outra pra tocar do seu jeito!

Com total liberdade de criação sobre as músicas da outra banda, o resultado é realmente inesperado e surpreendente!

Não espere encontrar um cd com versões dentro da zona de conforto (ok, uma música ou outra não sofreu tanta alteração na estrutura) até por que você nunca ouviu Roger cantando “Eu quero ver o oco” ou “Selim”, é totalmente na pegada Ultraje a Rigor! Não são covers, são versões das músicas por outra banda.

Do lado do Ultraje, destaco “Selim”, “Me Lambe” e “I Saw You Saying”.







O mesmo rola com os Raimundos, pegando as músicas do Ultraje e tocando do seu jeito. Eu confesso que depois que o Rodolfo saiu da banda eu deixei de acompanhar simplesmente por que não gosto do Digão cantando.

Mas acho que de tanto tempo sem ouvir o cara cantando, achei até legal. O Raimundos é uma banda muito mais pesada do que o Ultraje, as distorções são mais nervosas e agressivas. .. o que deu uma roupagem totalmente nova aos sons da banda do Roger. Pelo lado dos Raimundos eu deixo com vocês três sons também: “Ciúmes”, “Nós Vamos Invadir Sua Praia” e “Eu Gosto de Mulher”.







Particularmente, eu gostei um pouco mais de ouvir os Raimundos pegando pesado e ousando nos clássicos do Ultraje! Cara, não é fácil mexer na estrutura de uma música que todo mundo conhece e tentar colocar ali um “RG” da sua banda... falo por experiência própria... rs.

Mas o mais legal desse projeto todo é ver que rola um respeito entre as bandas, não que existam boatos sobre brigas e tudo mais, mas a galera mesmo acaba criando uma rixa idiota entre as bandas, levando gosto pessoal em conta... (xiita mimado é foda). É sensacional poder ouvir o material inteiro e se surpreender com as bandas e as suas versões, recomendo muito.

Até a outra matéria, seja lá quando for.....rs.

Let´s Rock!

Duende Amarelo

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Podcast Uarévaa #100 - Regional



"Mas bah meu, exxxte podequeste tá 
paidégua diiimais, bichinho!"

No CENTÉSIMO Podcast Uarévaa, o muito prometido tema "regional" finalmente chegou, com Freud, Rafael Rodrigues, Marcelo Soares, Luiz Modesti, Moura, Vini, Zenon, Romenique e o "acreano" especialmente convidado Yudae falam sobre as diferenças regionais brasileiras.


No final, o ÚLTIMO MOMENTO UARÉVAA da história desse podcast!






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Comentado no Podcast

- Música incompreensível citada pelo Moura




- A incrível receita mineira: Moi di repoi nu ai iói



Obrigado e feliz dia do amigo a todos os que ouviram, comentaram, participaram, reclamaram, elogiaram, etc, etc, etc... nosso podcast nessas mais de 100 edições (contando as extras) e bola pra frente que temos muita merda pra falar nos próximos ainda.

UARÉVAAAAAAA!! 

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nyx


"Em um mundo jovem, ter poderes pode ser só mais um problema"



Quando os X-Men surgiram nos anos 60 o público primordial das histórias em quadrinhos eram adolescentes, que passavam mais parte do seu tempo buscando se afirmar socialmente, encontrar um lugar para si no mundo e lidar com a repressão de pais, escola, sociedade em geral. Como já dito por mim antes, isso mudou um pouco atualmente, quando o público de quadrinhos envelheceu e não tem tanta renovação como se deveria para manter esse foco. Por isso, acho de extrema importância histórias que busquem ainda falar diretamente para os jovens que ainda não são adultos e nem são mais crianças.


NYX é uma minissérie lançada originalmente em sete edições pela Marvel Comics entre 2003 e 2005 - no Brasil, foi publicada pela Panini Comics em uma edição especial, em 2006. Escrita por Joe Quesada, hoje editor-chefe da Marvel, e desenhada por Joshua Middleton e Rob Teranishi, a história conta a vida de um grupo de adolescentes pertencentes à classe pobre de Nova York. Esses jovens, que já possuíam vidas problemáticas (problemas familiares, desajuste social, falta de dinheiro), veem sua frágil estabilidade desabar, quando seus poderes mutantes afloram, tendo que fugir de casa e sobreviver nas ruas, sem nenhuma orientação ou apoio.

Apesar de a revista ter seus momentos “super-herói”, com batalhas, mudanças de rumo drásticos do nada, seu mérito é discutir de forma bem feita, clara e sensível ao mesmo tempo. Trazendo a tona problemas e dilemas típicos da adolescência, ainda mais que se foca em personagens femininas – normalmente deixadas de lado nesse gênero ou só utilizadas como objeto sexual.


As principais personagens são Kiden Nixon, jovem de 16 anos moradora da Cidade Alfabeto, em Nova York, cuja família entra em colapso quando seu pai, que era policial, é assassinado. Kiden vê nas drogas e nas festas a fuga de seu mundo. Porém, quando entra em conflito com uma das gangs de sua escola, seus poderes mutantes se ativam.. Tatiana Caban é uma jovem negra do Bronx que apesar de ser pobre encara a vida com otimismo. Ignorada pela mãe, ela oferece sua grande afeição a animais de rua, cuidando de gatos, cachorros e pássaros.

E em sua primeira aparição nos quadrinhos, temos a X-23, sem lembranças de seu passado ela é explorada por um cafetão (de nome Papai Zebra) como prostituta "dominatrix", utilizando suas garras em clientes masoquistas. O elenco feminino se encerra com Cameron Palmer, professora do colégio em que Kiden estuda Participa ainda Bobby Soul, um mutante com a habilidade de projetar sua forma astral e tomar o controle do corpo de outras pessoas.



A minissérie aos poucos vai mostrando a vida de cada um dos personagens e levando-os a se reunirem para conseguir sobreviver ao ataque de gangues e ao preconceito contra os mutantes. O trabalho do Quesada não é fantástico, nem muda toda a concepção sobre quadrinhos, mas é interessante e importante por trazer outro olhar sobre a vida adolescente em um mundo mutante, ponto que sempre acho mais interessante para pegar novos leitores do que o lugar comum de heróis adultos com temáticas longe da realidade adolescente.

Depois de três anos do lançamento de NYX volume 1, a Marvel Comics voltou a lidar com os adolescentes mutantes em uma nova minissérie em seis edições. Dessa vez, a romancista Marjorie Liu assumiu o roteiro e os desenhos ficaram por conta de Kalman Andrasokszky.

Seja n Marvel, DC Comics ou produções independentes, o mercado de quadrinhos de super-heróis é muito carente de histórias efetivamente feita para adolescentes. Há tempos um Homem-Aranha não tem mais essa pegada, muito menos os Novos Titãs, símbolos durante décadas de uma conexão com o público adolescente dos comics. Falar que o público envelheceu, que só trintões e coroas leem HQs, e são chatos, conservadores, presos em formulas, já é lugar comum.

Em um mundo onde jovens vivem conectados a internet, usando todo tipo de jogos de videogames, não acho que seja o caminho dos quadrinhos se perderem entre sagas de pura porradaria, trazendo o maledito anos 90 de volta. Muita coisa ainda tem para ser explorado para esse filão de audiencia. Nyx pode não ser a perfeição, o caminho totalmente certo, afinal, tem seus clichês também, mas é um bom caminho - ainda mais por também trazer o público feminino.


terça-feira, 17 de julho de 2012

Dirty Laundry

Você sabe a diferença entre justiça e punição?



Um homem vai até uma lavanderia para limpar suas roupas, ele está tentando só seguir sua vida, mas a ação de uma gangue de rua muda seus planos. E, para azar deles, o homem não é um simples andarilho, é alguém muito conhecido de todos nós.


Em 2004 o ator Thomas Jane protagonizou o filme The Punisher, que apesar de seu bom desempenho  foi uma obra perdida em ideias ruins e má direcionamento. Anos depois tivemos uma nova versão do personagem pelas mãos de Ray Stevenson em Punisher: War Zone. Contudo, nenhuma das duas adaptações de Frank Castle ao cinema deram-se bem em bilheteria, apesar dessa última ser bastante próxima dos quadrinhos do personagem. 


Em 2010, a Marvel anunciou que tinha recuperado os direitos sobre o Justiceiro e também sobre Blade, mas até o momento nada relacionado a esses personagens foi anunciado.  Dirty Laundry mostra que ainda é possível se fazer um bom filme sobre a punição de Castle, e se a Marvel experta fosse contratava todos envolvidos para fazer nem que fosse uma outro curta para sair em DVDs desses mil filmes que estão planejando.

Escrito por Chad St. John e dirigido por Phil Joanou, o curta nos confirma que a culpa do fracasso da versão cinematográfica - onde tínhamos um John Travolta decepcionante - não foi do Thomas Jane, que aqui realça bem o caráter de inicio de carreira do Justiceiro, quando ele era reticente em entrar em combate depois da morte de sua família, mas, ao entrar é implacável.

Nas palavras do ator:
“Eu quis fazer esse fan film pelo personagem que eu sempre amei e acreditei – uma carta de amor a Frank Castle e a seus fãs. Foi uma experiência incrível com todos os envolvidos no projeto se entregando e se divertindo com ele. Foi sensacional participar de todo o processo – esperamos que os amigos de Frank curtam assistí-lo tanto quanto nós curtimos fazê-lo.”

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Podcast Uarévaa #99 - All-Star Superman



"ISTO VAI MUDAR TUDO!"

Freud, Rafael Rodrigues, Luis Modesti e Marcelo Soares falam sobre a grandiosa obra de Grant Morrison: All-Star Superman. 


E no Momento Uarévaa... ops, não tem mesmo. Sorry.






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PORRA NENHUMA...

Nem vamos mais prometer prazo nenhum, porque tá brabo. Mas vamos resolver o mais breve possivel, galera, acreditem! Devemos e não negamos, pagaremos quando pudermos.

Comentado no Podcast

- Comparativo de quadro de Jesus com capa de All-Star Superman #10




- Review da Animação feito pelo Monitor: AQUI 

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Fade Out: Suicídio Sem Dor



"Ninguém olha pra fora do próprio umbigo, por que só você vai ser assim?”



Rafael, Skubs e Maiolo 

Eu sempre tive a curiosidade sobre o suicídio, não de praticá-lo, mas de tentar entender o que leva alguém a esse fim. Então, quando li a premissa da história em quadrinhos Fade Out: Suicídio Sem Dor me chamou muito a atenção pela intenção de mostrar um jovem que teoricamente tem uma vida boa, mas busca uma forma de se matar, e em meio a isso encontra um novo sentido para sua vida.

Fade Out conta com roteiro de Beto Skubs, desenhos de Rafael de Latorre e colorização de Marcelo Maiolo. A história traz Kurt, um jovem que quer se matar, mas tem problemas morais, religiosos e familiares para fazer isso. Quando encontra pistas de um serial killer em atividade, tem a oportunidade de refletir sobre sua própria vida e questões práticas da sua existência.

Sinopses sempre são feitas para vender o produto, óbvio, então até ter em minhas mãos a revista ainda fiquei na dúvida. Durante a leitura vi muitas referencias a cultura pop, um olhar realmente sarcástico sobre a existência humana, e bem apropriado à época que vivemos e que os jovens passam. Kurt tem uma mãe, namorada, trabalho, estudo, mas não se sente feliz, busca saber sobre o seu pai, que acreditava estar morto, e segue atrás de um sentido pra viver.


A edição é bem caprichada. Com prefácios de nomes conhecidos do mercado dos quadrinhos, como Sidney Gusman, Mike Deodato Jr. e Danilo Beyruth – o que em tese não quer dizer nada, convenhamos. Temos extras como comentários do diretor, concept arts dos personagens, biografias e posfácio de Marcelo Campos. Sem contar o bom material das páginas internas e o trabalho gráfico de capas e contra capa. Muito dessa "boa visão" vem do investimento do Projeto de Cultura do Governo de São Paulo, o PROAC, no qual a revista foi selecionada.

Em termos de produção, Fade Out também trás uma boa qualidade. Os desenhos do Rafael são bem legais, adequados à proposta da história, as cores do Maiolo dão um ar todo especial a leitura, com até tons específicos para certos momentos e personagens. O roteiro do Skubs é cinematográfico (no melhor sentido) e dá um ritmo muito agradável de ler, bem construído, fechadinho, e só por isso já merece muitos méritos nesses tempos de histórias com pontas soltas propositadamente.

Contudo, algumas coisas me incomodaram. Primeiro o uso de nomes de personagens em inglês. Entendo que toda uma geração foi influenciada por referencias americanas, seja no cinema, música ou quadrinhos, e é natural quando se pensa nomes eles virem americanizados. Porém, no momento que vivemos atualmente nos quadrinhos brasileiros uma reafirmação de identidades nacionais, acho, seria mais interessante, como vemos em outros trabalhos ao longo dos últimos anos. Eu sei, pode ser só pura chatice minha.



Outro ponto que não me incomodou tanto, mas é importante destacar, é o tom um tanto quanto clichê do andamento da história. Isto é, como as coisas acontecem já é bem comum de se ver em vários filmes, e, principalmente, seriados. Mas se encaixa no que disse anteriormente sobre a influencia de narrativas e referencias americanas – e pode até ser tudo isso de propósito, como uma forma de criticar, ser sarcástico com esse estilo policial.

Excluindo-se esses pontos, Fade Out é uma boa história em quadrinhos e reflexão sobre a vida, nosso sentido de existir nela e das hipocrisias comuns tanto na sociedade quanto naqueles que tentam sair dela. Um exemplo são os pensamentos bem egocêntricos do protagonista quando está tentando se matar, a própria caçada a um serial killer, levando bem ao extremo o desejo de ser útil, importante, de sentir que a vida vale de fato para alguma coisa que todo mundo tem, sem contar a namorada de Kurt que só faz falar de si mesmo.

Após encerrar a leitura me deu muita vontade de ver novos trabalhos do trio, e espero que outras produções surjam, diversificando cada vez mais esse mercado quadrinhistico nacional que já começa a ter características próprias.

Fade Out: Suicídio Sem Dor
Páginas: 64
Formato: 17 x 26cm - Colorido/Lombada quadrada
Editora: Independente
Preço: R$19,90.
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Papirus


A decisão de um astronauta quando o destino da vida de todas as pessoas do mundo está em suas mãos.


Mais uma história do HQCX, dessa vez com roteiro e arte de FTF. Basta clicar no play e navegar usando as setas do teclado ou os botões e rolagem do mouse.


No site do O Caxiense vocês podem encontrar todas as hqs já disponibilizadas, basta clicar nesse link.

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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Editora Positivo lança coleção Arte & Você!


Ensinar artes com diversão e de uma forma mais próxima do cotidiano do aluno. Essa é a proposta da coleção de livros didáticos Arte & Você!




A coleção é uma produção da Editora Positivo e voltada aos alunos de artes do ao  ano do Ensino Fundamental integrando o Projeto Eco da editora. Os livros foram idealizados pelo desenhista e roteirista José Aguiar (Quadrinhofilia) e pela professora Fernanda Baukat. Segundo os autores, a intenção foi realmente aproximar o aluno do mundo das artes sem ser cansativo:
Desde o começo do projeto a nossa ideia foi criar um livro didático de Arte como nós gostaríamos de ter lido na escola. Isso significou um desafio pois não queríamos criar mais um caderno de exercícios banal. Tampouco mais um resumão da História da Arte. A solução foi misturar toda essa cultura - que parece tão engessada e empoeirada num museu distante - com as manifestações artísticas que fazem parte de nosso cotidiano. Decidimos falar de Arte a partir do universo que nos rodeia. Das coisas que vemos nas ruas, dos filmes a que assistimos, da música que ouvimos e dos gibis que lemos. Afinal, em quantos livros você pode discutir Arte usando King Kong, Godzila, Zé do Caixão, Superman, Monty Phyton, Trapalhões, entre tantas outras coisas que fazem parte da cultura pop/popular do último meio século?

Um dos recursos utilizados são as histórias em quadrinhos, que terão um capitulo exclusivo para elas, além de citações de revistas consagradas ao longo das obras e tiras feitas exclusivamente para os livros. Aparecem na coletânea nomes como como Asterix, Homem-Aranha e Zé Carioca, obras de autores nacionais de quadrinhos como Flavio Colin, Luis Gê, Fernando Gonsales, Lelis, Renato Canini, entre outros.
Cada capítulo é aberto por uma história em quadrinhos original criada a partir de situações comuns do dia-a-dia e que serve de gancho para os conteúdos a serem abordados. Afinal, nossa intenção sempre foi despertar no leitor (e por que não no educador) a consciência de que a Arte faz sim parte da vida de todos. Mesmo que não a percebamos na correria de nossas vidas.
Os autores ainda fazem um pedido de que os pai, mãe e/ou professores, recomendem o livro à sua escola para ser adotado no próximo ano letivo (viu Freud?). A coleção Arte & Você está à venda no site da Editora Positivo e também nas livrarias de todo o Brasil.

Fonte: http://joseaguiar.com.br/blog/

O Espetacular Peter Parker



"Os estudiosos dizem que existem 10 tipos de roteiro. 
Mas eu discordo. Só existe um: 'quem eu sou'"
(professora de literatura)
Reiniciar sempre é dificil, seja numa revista em quadrinhos, no cinema ou na vida. E Peter Parker é um personagem expert nisso. Orfão de pai e mãe, com um tio como exemplo que o deixa quando mais precisava, a cada instante de sua vida ele teve que reiniciar. Muitos reclamaram de se fazer um reinicio da franquia do teioso no cinema, mas depois do terceiro filme do Sam Raimi era o melhor caminho de fato.



Espetacular Homem-Aranha não é um filme espetacular, desculpem o trocadilho. É um bom filme, com ótimas atuações, grande desenvolvimento de personagens, mas, no fim das contas, não é um filme do Homem-Aranha, mas sim de Peter Parker.

Não lembro de ter visto uma visão, interpretação e aprofundamento do alterego do herói mundialmente famoso tão boa quanto nesse filme. Andrew Garfield é perfeito no papel de um adolescente nerd, timido, sem jeito com relacionamentos de toda espécie, tentando descobrir seu lugar no mundo e seu passado. Emma Stone (ah, sua linda!) é a Gwen Stacy, seja no punho forte no trabalho, no jeito sem jeito na paquera com o Peter ou no carinho com o mesmo depois. Martin Sheen é um Tio Ben mais interessante que o do Raimi, pena só a Tia May ser tão apagada durante o filme, mas, mesmo assim, faz bem seu papel de mãe protetora, e deram uma boa rejuvenescida na personagem.

O filme tem suas falhas? Sim, tem. Alguns roteirismos, personagens que mudam de postura estranhamente, coisas que são deixadas de lado, coincidências (e aqui a da morte do Tio Ben é a pior, mas convenhamos, a do Stan Lee na primeira história do personagem é tão tosca quanto) que podem levar as pessoas a achá-lo ruim. Mas quer saber, na real? Isso não tirou minha diversão em nenhum momento, a diversão de ver o lado humano do herói, de ver belas cenas de ação e as poses clássicas dos quadrinhos em movimento (e o uniforme nem incomodou tanto), um Parker que se machuca em luta. Não temos certos cânones do personagem, mas o espirito deles estão lá, de uma forma ou de outra.


Claro, se você já leu até aqui percebeu que o Homem-Aranha do Marc Webb tem mais de Homem do que Aranha né? Eu até diria que o filme deveria se chamar O Espetacular Peter Parker. O comparo ao Batman Begins do Nolan, pois assim como o filme do morcego, esse teve quase uma hora de película para se iniciar o homem de máscara em tela. E isso para mim não é ruim, pelo contrário. 

O diretor aproveitou bem seu retrospecto com filmes de comédia romântica (como 500 dias com ela), e nos trás bem a vida de um adolescente americano, com seus problemas, dúvidas e paixões. O seu Flash Thompson não é um cara supermalhado, é só um valentão do basquete normal, por exemplo. Logo no inicio me senti assistindo uma dessas séries de cotidiano colegial, com professores pegando no pé dos alunos, aquela confusão no corredor básica. Nesse ponto tudo foi muito bem estruturado. 

Gostei muito da Oscorp agora ter um carater de megaempresa realmente, nos filmes do Raimi apesar de ser grande, parecia tudo meio de bairro. O Lagarto, poderia ter sido melhor explorado, e sua versão digital é bem fraquinha para o que já vimos feito em outros filmes esses anos. Mas o Connors como antítese até foi legal, meio bipolar, aparentemente casado, mas sem mulher (entenda como quiser), mas cumpriu seu papel de vilão especialmente convidado. E a aparição do velhinho batuta Stan Lee é a melhor de todos os filmes da Marvel. Nuff Said.


Eu já falei da Emma Stone? Já né? Mas ainda tem espaço para falar mais um pouco. Que boa atriz, que mulher linda. Sua personificação dá de dez a zero na Mary Jane da Kirsten Dunst, e não só pela beleza e caracterização perfeita (cara, eu vi o desenho saltando pra tela) da Stone (já falei dela? mesmo?). Mas, principalmente, por que a Gwen aqui é pro-ativa, não a mocinha indefesa, tem personalidade, sabe que "tá ferrada", mas mesmo assim tá disposta a lutar.

Não concordei com algumas escolhas do roteiro, desfecho de alguns personagens que podiam render mais, jogar certas coisas para um segundo filme, e principalmente a desnecessária cena pós-credito. Mas, no geral, o reinicio da franquia cinematográfica do Amigo da Vizinhança é bom, serve seu propósito de divertir, se aproximar do público adolescente (a base que sempre foi a do personagem) e gerar um movimento para uma nova trilogia.

Não curto comparações, mas se fosse para comparar diria que Espetacular Homem-Aranha é melhor que o 1º do Raimi, mas o 2º ainda acho o melhor dos 4 filmes feitos com o cabeça de teia. Na verdade, a maior diferença entre os dois é que os anteriores tinham um carater mais épico, em tudo, parecia uma grande aventura de fantasia, enquanto esse é mais realista, digamos, se preocupa em chegar ao espectador de outras formas - e é claro o esforço da produção de se afastar dos outros filmes, principalmente em deixar de lado um certo dono de jornal e nem em manchetes aparecerem o famoso: "homem-aranha herói ou ameça?".

Espero que a continuação (prevista para 2014) seja melhor ainda, e tem potencial, ainda mais com um certo dono de uma certa megaempresa nas sombras e precisando de algo que só Peter Parker poderá dar (uia). E que a trama envolvendo os pais do Peter seja solucionada, e já que descartaram a uitlização de um momento impar dos quadrinhos em algo não tão épico (ta vendo o que eu disse acima?), espero que no segundo tenha outra fase importante do personagem em toda sua glória, por mais que isso me doa.



Espetacular Homem-Aranha
Diretor: Marc Webb
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Martin Sheen, Sally Field, C. Thomas Howell, Embeth Davidtz, Chris Zylka, Denis Leary, Campbell Scott, Irrfan Khan, Kelsey Chow, Stan Lee
Roteiro: Alvin Sargent, James Vanderbilt, Steve Kloves
Trilha Sonora: James Horner
Duração: 137 min.
Classificação: 10 anos
Nota: 7.0