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segunda-feira, 30 de abril de 2012

American Pie: O Reencontro

“É, o segundo grau foi foda. Aí a gente se formou e todo mundo começou a ter empregos, casar, ter filhos e todas essas coisas estúpidas.”
Stifler

Quando saíram as notícias de que American Pie ia ter um “episódio reunion” (que, em séries e filmes americanos é na verdade um tema bem clichê) com todo o elenco original, eu parecia ser a única pessoa que estava interessado (e provavelmente era mesmo uma das únicas, pelo menos entre os nerds). Quando o primeiro American Pie saiu aqui, eu estava entrando na faculdade. E, ao contrário do que aqueles que me conhecem de poucos anos para cá podem pensar, eu era bem diferente de um “nerd típico” no segundo grau. E, por diferente, eu quero dizer que era um adolescente comum, "normal", que falava bobagens no meio da aula, que ia para a direção por fazer besteiras, e até se dava relativamente bem com as garotas (embora naquela época você está tão preocupado em pegar gurias que nem pára pra pensar se é bom ou ruim nisso – a menos que você não pegue ninguém, é claro). O segundo grau (como era chamado “na minha época”, agora é ensino médio) para mim foi o máximo, a melhor época da minha vida sem dúvida alguma. Foram 3 anos e que eu conheci muitas pessoas diferentes, aprendi muito, viajei e festei à beça. Sim, eu sei que isso não condiz em nada com a visão do nerd que as pessoas têm de mim, mas assim que se sucedeu*.


A partir do parágrafo acima, dá para imaginar que eu facilmente me identifiquei com os personagens do primeiro American Pie como, imagino, a maioria dos jovens da minha época. É claro que depois o filme virou uma franquia, tendo uma segunda e terceira partes, e para mim encerrou aí (as outras continuações, diretas para DVD e sem o elenco original eu não conto). Foi uma trilogia que aconteceu em uma época em que eu passava (ou havia recentemente passado) por situações que poderiam ser consideradas análogas. No fim das contas, para mim, American Pie, por trás de todo o humor e escatologia, sempre foi sobre o quão complicado e traumático é crescer.

American Pie: O reencontro (American Reunion) chega para mim como a consolidação final dessa declaração: Se eles achavam complicado crescer, como é viver o resto da vida como adultos? E mais uma vez o filme traz uma trama com a qual eu posso me identificar: Depois de tudo o que passaram, cada um dos personagens seguiu com suas vidas e há muito deixaram de ser adolescentes, sendo agora pessoas responsáveis (ou o mais próximo disso que se permitiram) e às voltas com as obrigações da vida de adulto. E é nesse clima que os personagens, ao se encontrar para a reunião da turma deles do colégio, vão poder relembrar seus tempos de segundo grau e, consequentemente, confrontar-se com suas realidades atuais.








É claro que o filme não exala esse discurso de forma dramática, e sim tirando sarro. Mas a melancolia, apesar de sutil, é visível em alguns trechos do filme. Primeiro porque ele busca prestar homenagem ao filme original, então há a releitura (para não dizer repetição) de algumas gags clássicas, como Jim colocando uma tampa de panela quente nas suas partes baixas e, é claro, diversas sequências escatológicas que, embora na época do original eu não tenha me incomodado, hoje soam um pouco forçadas. Mas acho que a intenção era justamente essa, confrontar o humor “idiótico” adolescente com um pensamento mais “maduro” (e que fique claro que uso a palavra maduro aqui de forma bem genérica). Segundo porque o filme, apesar de escrachado, leva a vida dos personagens para um realismo cru, ou seja, mostrando que a vida de adulto é uma merda (o que é mesmo, mas para não ser totalmente injusto, o fato de poder falar sobre, fazer e ver sexo sem repreensão, além de poder comprar as próprias coisas com seu próprio dinheiro são grandes méritos da vida de adulto). Mas, além disso, o filme brinca com vários aspectos da vida adulta, como o clássico “nossa geração era bem mais madura que os adolescentes de hoje”, até coisas como, ao analisar o “anuário com as frases que os garotos deixaram sobre o que queriam para o futuro, descobrimos que Jim tinha escrito “Que eu tenha a vida sexual do Ricky Martin” (brincando com o fato de que, à época, ele era visto como um pegador de mulheres e não havia se assumido gay). Sem contar que há algumas “trocas” de brincadeiras do primeiro filme que, por mais clichê que pareçam, soam até bacanas dentro da proposta do filme.

Todos os personagens do original estão de volta, inclusive os coadjuvantes, nem que seja para terem cenas descartáveis (e alguns têm mesmo). Mas o elenco principal (que eu conto Jim, Kevin, Oz, Finch, Stifler, Michelle, Heather, Vicky e o pai do Jim) está todo lá e interage de forma bem bacana, justamente mostrando o contraste de quando eram apenas adolescentes com suas vidas atuais. Minha única grande reclamação, não sei se é porque hoje em dia eu reparo mais nessas coisas do que quando era jovem, é que o filme é demasiado machista: Não porque mostra mulheres seminuas (isso é muito bom), mas porque deixa de lado as histórias pessoais das mulheres do grupo, focando-se no grupo de amigos. Realisticamente falando, se é que podemos dizer isso, até faz sentido, porque, até onde eu me lembro, as garotas não eram amigas como os garotos eram, e a história é sobre o reencontro de amigos. Mas, mesmo assim, ficou meio chato deixar apenas os homens como guias para a história, pois ficou parecendo que as mulheres não tinham tanta importância. Ou sei lá, talvez eu esteja vendo coisas onde não há nada (esse é outro problema de se tornar adulto, se preocupar demasiado com coisas desse tipo).

Mas, antes que vocês resolvam assistir o filme por causa da minha resenha (tudo bem que isso é colocar fé demais no texto e na minha capacidade de persuasão, mas enfim), o filme não é nada demais. Ele não mostra nada de novo, nem tem um roteiro inteligentíssimo nem piadas inéditas. Ele é, sim, um “acerto de contas” com os fãs da cinessérie (existe isso?) e com os personagens, e uma forma de dar um   “devido adeus” para eles (embora o final ensaie possíveis sequências).

No fim das contas American Pie – O reencontro está para os fãs da cinessérie como Toy Story 3 esteve para os fãs da cinessérie dos bonecos: É um filme muito específico, feito para quem tinha a idade certa na época em que os filmes foram lançados. E que, por conseguinte, tem a idade certa para identificar-se com os personagens e com tais períodos de suas vidas agora.

E, considerando minha atribulada vida atual, o filme veio em boa hora para permitir que eu possa rir um pouco junto com personagens que eu conheci há muito tempo e, porque não, rir um pouco de mim mesmo.




*Mas não pensem que por isso eu não era nerd de fato; já era fã de quadrinhos, filmes, séries, colecionava coisas, e tal. Mas isso era algo que sempre guardei para mim até sair do colégio. Não que eu sofresse preconceito com isso, pelo contrário: nos lugares onde estudei meus colegas sempre foram tranquilos quanto a esses assuntos, mas como não fazia parte da realidade da maioria, acabava deixando isso de lado para interagir com outras coisas que eu também gostava e que a maioria das pessoas compartilhava.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Podcast Uarevaa #88 - Filmes da Marvel Studios


"Pepper, tá com a mão limpa? "

No embalo da estréia de Os Vingadores, Freud, Duende Amarelo, Zenon, Marcelo Soares, Moura, Rafael Rodrigues e Luiz Modesti relembram os 5 filmes da Marvel Studios que prepararam o caminho para o filme que chega hoje aos cinemas brazucas.

Saiba o que essa cambada achou de Homem de Ferro 1 e 2, Hulk, Thor e Capitão America: acertos, vacilos, cenas favoritas e qual foi eleito o melhor deles por nós.

Quem ainda não viu o novo filme, pode ouvir o pod tranquilo pois não rola nenhum spoiler.




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E o RSS? E o ITunes?

PUTA MERDA, AINDA NÃO RESOLVERAM?


É muita incompetência...

Pois é, continuamos na mesma.... MAS AGORA É QUESTÃO DE HONRA! No pod de semana que vem o feed vai estar ok, e com todos os pods antigos (anteriores ao 50) que ficaram fora do ar também disponibilizados!

COMPROMISSO UARÉVAA OU SEU DINHEIRO DE VOLTA.

Ahh, vocês não pagam nada pra gente, né? Putz, então é o seguinte... Faremos o possível, bwahahaha

Comentado no Podcast

- Ventania, o "cavalo de Odin"



Ouça também nosso outro podcast relacionado a Os Vingadores, sobre a HQ Os Supremos, clicando AQUI.

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

O que aconteceria se.... Os Vingadores usassem o Facebook?


O título já diz tudo, clique no leia mais para ver.

Ahh, importante: Tá tudo ininghlish (em inglês, seu burro) pois não achei traduzido.





Bwahahahaha, muito bom!

Os Vingadores estréia nessa sexta, vão logo ver no cinema, seus putos!! É maneiro pra caralho, eçe eu agarântiu!

Freud

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Livro dos Milagres

“Só é válido aceitar um evento como milagroso se as hipóteses de mentira ou erro forem ainda mais improváveis que o milagre em si.”
David Hume

A ideia de que deus, no alto de sua onipotência, criou um universo no qual ele precisa interceder vez ou outra, desafiando as próprias leis que ele criou, para beneficiar uns poucos crédulos enquanto muitos outros passam por situações terríveis de abuso, violência e morte é algo logicamente difícil de acreditar – Até porque assumir isso implica admitir que o deus “todo poderoso” não é tão onipotente assim, já que tem que corrigir falhas na sua própria criação, o que derruba a própria divindade deste. Mas mesmo assim, muita gente, até hoje, acredita em milagres. Sejam milagres espetaculares (como os protagonizados nas igrejas evangélicas), sejam milagres do cotidiano, como ter saído de casa atrasado e conseguido pegar o ônibus porque este também se atrasou. “Graças à Deus”, costumamos dizer nesses casos, mesmo que conscientemente não atribuindo o incidente ao divino.

Os milagres estão por toda parte. Mas serão mesmo milagres, no sentido estrito da palavra? É desse assunto e outros relacionados que trata O Livro dos Milagres – A ciência por trás das curas pela fé, das relíquias sagradas e dos exorcismos, escrito pelo jornalista e escritor Carlos Orsi. Embora eu costume desconfiar de obras científicas escritas por jornalistas (não, não tenho nada contra jornalistas, mas infelizmente o projeto editorial de muitos desses profissionais é dar ao público "apenas o necessário" – sendo esse “necessário” o julgamento do próprio sobre o que deve ser informado ou não, o que às vezes conta mais como desinformação do que qualquer outra coisa), decidi adquirir o livro por dois motivos: Primeiro, porque é uma obra focada em temas que algumas vezes são deixados de lado em outras obras céticas; e segundo, porque é uma opção cética nacional, coisa raríssima de se ver por aqui.

A ideia por trás d’O Livro dos Milagres é simples, mas eficiente: demonstrar, através de nosso conhecimento histórico e científico, de nossas descobertas empíricas e de fatos comprovados, como diversos fenômenos atribuídos ao sobrenatural hoje em dia podem facilmente ser categorizados como algo bem longe de fantástico – e sim bastante mundano, tentando tornar essa informação acessível ao público em geral. O principal foco do livro são os fenômenos cristãos ou atribuídos ao cristianismo, como a abertura do Mar Vermelho, a ressurreição de Cristo, o Santo Sudário, as aparições de Maria, os estigmas, o poder da oração, a cura pela fé, entre outros (tem até espaço para falar sobre exorcismo).


Embora a obra pareça bater de frente com os cristãos, o livro está longe de querer questionar fé: a intenção principal é o objetivo – que deveria ser – de todo jornalista: Informar. E é fato que a maioria esmagadora dos fenômenos atribuídos ao sobrenatural ou ditos como inexplicáveis TEM SIM explicação plausível. Mas infelizmente essas explicações, ou são simplesmente ignoradas em prol de manter a fantasia viva no imaginário popular ou não são muito divulgadas (porque, convenhamos, verdade não vende jornal, a menos que seja apelativa). Quanto ao primeiro caso, não há muito o que se fazer; já quanto ao segundo, isso é de fato muito simples: É preciso divulgar. E é isso o que Carlos Orsi faz muito bem no livro. De forma simples e direta, sem se ater a tecnicalidades, o autor consegue demonstrar que os principais pilares do sobrenatural religioso não são assim tão sobrenaturais e o ser humano SABE disso atualmente. Cabe ao leitor aceitar as evidências ou simplesmente continuar fingindo que elas não existem (mas isso já é escolha de cada um).

Eu sou um grande defensor da popularização da ciência. Levo a sério a frase dita por, se não me engano, Albert Einstein de que, “se você não sabe explicar uma coisa de forma simples, é porque você não entendeu”. Acho que os cientistas em muitos casos se tornam arrogantes que querem que a população aprenda à força conceitos científicos complicadíssimos e não se esforçam em serem acessíveis. Acho que o cientista tem a OBRIGAÇÃO de conseguir explicar seu trabalho e suas teorias de forma que um leigo possa entender. Não é à toa que as pessoas ainda acreditem em milagres: para muitos, a ciência é tão misteriosa e inacessível quando qualquer fenômeno considerado sobrenatural. Só que muita gente acha que, para ser simples, deve ser reducionista. E isso não precisa corresponder com a realidade. É possível explicar o conceito básico, sem se ater a tecnicalidades confusas, e ainda assim não simplificar um conceito de forma que ele se torne outra coisa.

Esse é exatamente a vantagem d’O livro dos Milagres: ser simples, sem ser simplista. É uma leitura rápida, mas não superficial. A obra descreve extensos debates científicos e resume cronologias e contextos históricos de forma que seja de fácil compreensão para qualquer leitor, mas pautado pelas fontes das informações, para quem quiser se aprofundar no assunto. Neste caso, considere então O Livro dos Milagres como uma “introdução ao ceticismo”. Ótimo para quem precisa de explicações simples, recomendado para os que, para serem céticos, só precisam de um “empurrãozinho”.

O Livro dos Milagres é curto, agradável de ler e relativamente barato: Comprei por módicos R$ 30,00. Talvez não ofereça muita novidade para os “céticos hardcore”, mas certamente é uma leitura válida, especialmente para aqueles que estão a um passo do ceticismo. É (obviamente) mais um trabalho jornalístico do que científico (embora embasado cientificamente), mas isso não é de forma alguma algo ruim: é um trabalho de pesquisa muito bem feito e remete demais à “popularização da ciência” que eu comentei neste texto e pelo qual eu luto tanto. Por essa razão considero a obra extremamente recomendável.

Nota: 9

P.S.: A capa do livro, além de visualmente bacana (não tem título, e mostra apenas uma vela num fundo escuro), também faz uma alusão a O mundo assombrado pelos demônios – a ciência vista como uma vela no escuro, de Carl Sagan. Ótima sacada.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Podcast Uarévaa #87 - Brinquedos


"Todo mundo brincou com os hominhos!
(Huummmm, BOIOLAS!)"

Hoje temos mais um podcast nostálgico, em que Freud, Zenon, Moura, Marcelo Soares e Luiz Modesti recordam seus brinquedos e brincadeiras favoritas de quando eram crianças criadas a leite com pera e ovomaltino. 


E no Momento UarévaaRafael Rodrigues se junta a Freud, Zenon e Moura para a leitura de comentários e Daniel HDR também aparece, para divulgar uma promoção bem legal.




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Ainda não foi dessa vez, mas estamos regularizando os pods antigos que ficaram indisponíveis, hoje do 50 em diante já estão ok, e em seguida vamos acertar o feed. Paciência, pessoal, provavelmente no próximo pod já estará tudo ok.

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Lucky Louie


Conheça Louie, um pai de família que enquanto sua mulher sai para ao trabalho fica em casa cuidando de sua pequena filha ou trabalhando em uma oficina. Um homem comum, em um mundo de sarcasmo. Um sujeito de sorte.



Lucky Louie foi uma série americana produzida pela HBO em 2006, criada por Louis CK, que também era produtor, escritor, executivo e é um dos grandes nomes da comédia americana no momento. O sitcom gira em torno da vida de Louie (Louis CK), que vive com sua esposa, Kim, uma enfermeira em tempo integral (Pamela Adlon, mais conhecida por sua participação em Californication), e sua filha de quatro anos, Lucy (Kelly Gould). O programa conta ainda com Mike G. Hagerty (Friends), Kimberly HawthorneLaura Kightlinger (Will & Grace), Jerry Minor (Saturday Night Live, Carpoolers), Jim NortonRick Shapiro.

Tem mulher que sabe como terminar uma conversa chata 

A série teve 12 episódio, e apesar da HBO ter encomendado oitos scripts para a segunda temporada ela foi cancelada ao fim da primeira. O show contava com uma platéia ao vivo, tratando de temas mais maduros, como o sexo e o racismo, bem como a utilização de linguagem adulta e exibição de nudez. Não é a toa que em agosto de 2006, Bill Donohue, presidente da organização americana da Liga Católica para Direitos Religiosos e Civis, emitiu um comunicado à imprensa sobre Louie Lucky, chamando a série de "uma barbárie".

Em janeiro de 2007, Louis CK foi um dos convidados em estúdio de Opie & Anthony, programa de rádio co-organizado por Jim Norton. Donohue participou do programa via telefone e Louis questionou-o sobre o dito e o acusou-o de deturpar o show, tomando as coisas fora de contexto. Donohue admitiu que, apesar de o comunicado de imprensa ter o seu nome, ele nunca tinha visto um episódio da série.

Vai entender as mulheres...

Só por esse histórico se percebe o quanto “pesado” era o teor do programa, que se baseava no humor negro, sarcasmo e critica a vida do americano médio. Conheci o programa via as maravilhas da internet, nunca tinha ouvido falar antes e só de ver o piloto me apaixonei pelo sitcom.

Lucky Louie pode não ser a coisa mais fantástica do mundo, ou inédita, afinal, muitas outros seriados e animações já trataram do mesmo tema e da mesma forma. Mas, para mim, foi uma boa diversão acompanhar os poucos e divertidos episódios, ainda mais nesses tempos de exagero em relação a temas mais adultos, principalmente sexo. Além disso, tem uma das personagens infantis mais estranhamente engraçada que já vi.

Os belos acordos entre casais

Como sempre diz o Moura: por que tudo tem que ser tão sério? Lucky Louie traz uma certa naturalização de tabus na nossa vida cotidiana, tentando passar a mensagem que o humor é imprescindível para se viver.


Curiosidades: 

1) A sequência de abertura da série também é singular: uma animação meio tosca, no melhor estilo independente.

2) Louis também é comediante de stand up dos mais ácidos. Fala palavrão e faz piadas com religião, crianças, negros e qualquer outro tema politicamente incorreto. O roteiro da série incorporou várias de suas piadas usadas em shows e, assim como Seinfeld e Flight of The Conchords (esse último também produzido pela HBO), experimenta conteúdo já consagrado nos palcos em novo formato.

3) Rick Shapiro é também um comediante de stand up. O comediante é quase igual ao personagem da série, dizem que por conta do uso de heroína.

4) A série pode ser assistida no canal por assinatura Cinemax ou também em outros cantos por ai.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vem aí um remake de Natal Sangrento



Pois é, não é só de produções estrangeiras e cinesséries absurdamente famosas que vivem as refilmagens de terror.


Para quem não sabe, datas comemorativas e feriados já foram moda entre os filmes de terror. Quer dizer, embora ainda sejam feitos, foi nos anos 80, com o surgimento de filmes como Sexta-Feira 13 e Halloween, que virtualmente qualquer feriado americano era desculpa para se fazer um filme de terror (geralmente slasher), até datas mais “fofinhas” como o Dia dos Namorados e o Natal. E, já que todos estes (Sexta-Feira 13, Haloween e Dia dos Namorados Macabro) já tiveram remake, porque não uma das cinesséries mais duradouras e controversas (à época), Natal Sangrento?

Pois a produtora Anchor Bay anunciou que está produzindo o remake de Silent night, Deadly Night (que foi traduzido aqui como Natal Sangrento), que terá direção de Steven C. Miller. Na história original, um assassino vestido de Papai Noel aterroriza uma remota cidade na véspera de Natal. O primeiro nome confirmado é de Malcolm McDowell, que será o policial que persegue o assassino. O curioso é que ele revelou que nunca viu o filme original e que nem está interessado em ver.

Bem, mais um remake, vamos ver no que dá. Para quem quiser conhecer mais sobre o original, fiz um Madrugada Macabra sobre.

Com informações do site Boca do Inferno

Odair José e o Filho de José e Maria


O ano era 1977. Odair José, famoso por suas canções tidas como bregas, resolve lançar um LP com estilo totalmente diverso do que costumava fazer. Seu plano era produzir um disco em ritmo de rock, sem maiores sofisticações ou requintes técnicos. Um álbum duplo que contaria a história de um indivíduo de seu nascimento à morte. Só que nem tudo saiu como ele queria.





Odair José era um cantor famoso por sucessos como Eu Vou Tirar Você desse Lugar, que vendeu mais de 800 mil cópias na época, Uma Vida Sò (Pare de Tomar a Pílula) ou Deixe Essa Vergonha de Lado, que lhe rendeu o nome de “cantor das empregadas domésticas”. Sempre abordando temas tabus, muito por conta de suas experiências no mundo dos cabarés, ou meretrício, para ficar com um nome mais do momento histórico, teve inúmeros problemas com a censura militar.


No meio dos anos 70 tinha saíu da gravadora CBS e foi para a Philips, para depois ser contratado pela BMG/RCA. Mesmo com a concordância da nova gravadora em sua proposta de disco, os produtores prefeririam não se arriscar usando algo mais “de garagem” e ele acabou gravando com sua tradicional banda Azimute. E o que seria um disco duplo acabou saindo como um único LP com dez faixas.

O Filho de José e Maria relata a história do casal do título e da criança fruto dessa relação. Contando a vida do homem, que não tem nome, indo do seu nascimento, passando por dilemas existências, uso de drogas, questões de sexualidade, críticas ao casamento e a igreja, o disco causou muita polêmica, principalmente depois que um padre excomungou o cantor dizendo que o disco falava da vida de Jesus Cristo.


Apesar de em momento algum se afirmar estar falando de Jesus, a associação por conta do nome dos pais do personagem é inevitável. Aliado a esse fato curioso, as criticas negativas - Chegou quem dissesse que o “cantor das empregadas” estava querendo elitizar sua obra e se afastar do povão - e a baixa receptividade de público tornou o disco um fracasso de vendas. A imprensa, em sua eterna ânsia de classificação, logo colocou o disco como uma ópera-rock,comparando-o a obras como Tommy, do The Who, ou The Wall, do Pink Floyd.

Para acompanha-lo, responsável pela guitarra, violão e arranjos de base, o cantor agrupou nomes como Robson Jorge (piano e Fender Rhodes), Hyldon (guitarra), José Roberto (órgão, clavinete, Arp strings), Alexandre (baixo Fender), Ivan “Mamão” (bateria), Jaime Alem (guitarra e violão), José Lanforge (voice box e harmônica), Don Charley nos arranjos de sopro e cordas e Durval Ferreira na direção artística.



Segundo Paulo César de Araújo, autor do livro Eu Não Sou Cachorro, Não (Record, 2005), o tema do álbum é “a história do nascimento, vida e morte de um jovem pederasta – o filho de José e Maria, que após longos anos de processo de solidão e rejeição social, assume a sua sexualidade e, aos 33 anos, encontra a plenitude e a felicidade. O texto faria uma livre adaptação da história de Cristo para os dias atuais”. Odair afirma que a inspiração para o álbum partiu dos livros do escritor Kalil Gibran, com “O Profeta”, e a vontade de montar uma banda de garagem com um som cru e rasgado, bem rock’n’roll.

Com um som realmente bem mais cru, progressivo e experimental, Odair traz em O Filho uma boa junção da simplicidade tanto do som do rock quanto das letras mais bregas, românticas até. Na primeira faixa, Nunca Mais, ele já dá sua mensagem: Eu agora sou bem diferente / não se assustem e nem se preocupem / só que agora nada mais me encuca / e os meus traumas fui deixando prá trás / e o meu passado não me assusta mais.



O LP aborda uma gama de temas e sons dentro da ideia maior, como a mudança de conceitos em Não Me Venda Grilos (Por Direito), a balada Só Prá Mim, Prá Mais Ninguém, a busca pelo desconhecido em É Assim..., os sonhos e as ilusões em Fora da Realidade, os abalos na infância provocado pela separação dos pais em O Filho de José e Maria (que para mim é um perfeito paralelo para a vida de tantas crianças abandonadas pelos pais em orfanatos e ruas por ai), as verdades da vida em O Sonho Terminou, as carências e a solidão em De Volta Às Verdadeiras Origens e o recado final em Que Loucura. que diz “essa foi minha história / mas podia ser a de vocês”.

Apesar do fracasso comercial e os incômodos que teve – como a lendária história de que ele teria ido ao Vaticano pedir perdão ao Papa -, até hoje Odair admite que esse disco é um dos melhores trabalhos de sua carreira, tornando-se até cult, que traz a velha pegada do cantor de cronista dos excluídos. No tributo a Odair José, gravado por bandas do cenário independente, lançado em 2006, a banda Shakemakers regravou a primeira faixa do disco, “Nunca Mais”, e o Pato Fu participou com uma versão de “Uma Lágrima,” faixa do disco “Coisas Simples”, que seria o segundo disco do LP duplo que Odair originalmente pensou.

Pelo que apurei Filho de José e Maria ainda é inédito em CD, existindo só em LP ou mp3. Existem também trabalhos interessantes como o livro de Sara Stopazzolli feito pela Mojo Books, baseado na obra. É interessante ver como existem trabalhos e cantores por esse Brasil com propostas e performances tão diversificadas e ousadas - e mesmo assim desconhecidas de muitos. Fica a recomendação desse belo trabalho, que, mesmo com alguns elementos mais datados, ainda é muito relevante e atual.

Agradecimentos:

http://www.blodega.com/
http://sambaesoul.blogspot.com.br/

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Podcast Uarevaa #86 - Vida de Desenhista


"Parabéns para todos os desenhistas!
(Menos pro Liefeld)"

Em homenagem ao Dia Mundial do Desenhista, comemorado dia 15 de abril, Freud, Zenon e Rafael Rodrigues interrogam Guilherme Balbi e Daniel HDR sobre como é a rotina de um desenhista que trabalha pro mercado americano de quadrinhos, dicas pra quem tá iniciando, as várias possibilidades de trabalho de um desenhista, trabalhos autorais e etc e tal.

E no final, Moura e Marcelo Soares se juntam a Freud e Zenon para mais um Momento Uarévaa.





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Comentado no Podcast

- Cada país tem a Scarlett Johanson que merece... Veja "celebridades uarévianas" imitando a Sônia Abrão: Roger do Ultraje a Rigor e Romenique.


Leiam as tiras de Jackpot publicadas AQUI ou no Blog Oficial.

Ouçam também o ARG!Cast, galera, 

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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Eram os Deuses Astronautas?

“Os deuses do nebuloso passado deixaram inumeráveis pistas que só hoje podemos decifrar e interpretar, pela primeira vez, porque o problema das viagens interplanetárias, tão característico de nossa época, já não era problema, mas realidade rotineira, para homens que viveram há milhares de anos. Pois eu afirmo que nossos antepassados receberam visitas do espaço sideral na mais recuada Antiguidade embora não me seja ainda possível determinar a identidade dessas inteligências extraterrenas, ou o ponto exato de sua origem no Universo. Não obstante, proclamo que aqueles "estranhos" aniquilaram parte da humanidade existente na época e produziram um novo senão o primeiro Homo sapiens.”
Erich Von Daniken





Tema Macabro



Leitores assíduos do Madrugada Macabra (e especialmente os que acompanham a coluna há mais tempo) já perceberam que algumas vezes falo sobre assuntos que não tem necessariamente a ver com terror mas, que por motivos diversos, acabam sendo pertinentes ao gênero. Este é o caso do tema de hoje que, apesar de atualmente eu descartar como hipótese científica, foi um dos responsáveis pelo grande apreço que hoje tenho para com arqueologia, história, e principalmente civilizações antigas: A teoria dos “Deuses astronautas” (hoje também chamada de teoria dos Antigos astronautas).

Para quem não conhece a teoria (que na verdade é mais uma hipótese, mas estas terminologias não vêm ao caso agora), aí vai um resumo: Todos nós estamos familiarizados com as diversas mitologias e religiões ao redor do mundo. Alguns mais, outros menos, mas praticamente todo mundo conhece os deuses gregos, romanos, egípcios e qualquer ocidental está familiarizado em algum nível com as histórias da Bíblia. Teólogos, Mitólogos e psicólogos possuem um consenso sobre a veracidade dessas histórias, estabelecendo que se tratam de alegorias para os mais diversos temas, bem como “cautionary tales” e formas de discutir a moralidade em certas culturas (um pouco mais sobre isso você pode conferir no podcast Uarévaa sobre Mitologia – Parte 1 e Parte 2).

Mas e se estas histórias não fossem fictícias, e sim retratos de incidentes reais que ocorreram em um passado remoto? E se de fato os egípcios, quando se referiam aos seus deuses, estavam falando de seres físicos, que realmente vieram dos céus e interagiram com sua cultura, ensinando-lhes a escrita e sua tecnologia? Esta é a base da teoria dos Deuses astronautas: A de que todas (ou pelo menos a maior parte) das mitologias e religiões foram criadas a partir da visão de nossos ancestrais sobre encontros com “astronautas” vindos de outros planetas e cuja tecnologia e técnicas altamente avançadas da época foram confundidas pelos eles como magia, sinais divinos, aparições de anjos, demônios e até deus em pessoa.

Existem evidências para isso? Bom, os apoiadores da teoria alegam que sim. Não vou me estender nesta questão, pois não é o foco deste post, mas apenas em nível de conhecimento, as principais evidências apontadas são pinturas e esculturas retratando seres que parecem astronautas com roupas espaciais, além de objetos que parecem tecnológicos como lâmpadas e baterias, e construções que – alegam – até hoje seriam difíceis de serem construídas com a tecnologia atual (então atribui-se a isso que estas civilizações foram auxiliadas com tecnologia vinda de seres extraterrestres).

Esta teoria se tornou popular a partir de 1968, quando o suíço Erich Von Daniken publicou o livro “Erinnerungen an die Zukunft” (“Memórias ao futuro”), que no Brasil foi traduzido como “Eram os Deuses Astronautas?”, em que o autor teoriza a possibilidade de nossos antepassados terem confundido a visita de extraterrestres com deuses. O livro chama a atenção (além do tema controverso) por ser recheado de fotos de sítios arqueológicos e objetos de culturas antigas (imagine o que isso fez à cabeça de um garoto de, na época, uns 10 anos, como eu) e acabou virando uma mania, tanto que foi transformado em documentário logo depois (com uma trilha tremendamente assustadora, e disponível, em português, no Youtube):


“Eram os Deuses Astronautas” ficou tão popular que esta teoria acabou sendo inspiração para diversas histórias de ficção, em histórias em quadrinhos (a história do vilão Apocalipse, da Marvel e a mitologia do Quarto Mundo criado por Jack Kirby para a DC são dois exemplos), cinema (o exemplo mais óbvio é a aventura sci-fi Stargate, que também se tornou série de TV, e Alien X Predador) e televisão (um dos cernes da mitologia da série Arquivo X é a teoria dos antigos astronautas). Também podemos citar como exemplo mais recente o filme da Marvel Studios Thor, dirigido por Kenneth Branagh e baseado no personagem de quadrinhos da editora (Aliás, nos quadrinhos, os deuses nórdicos são uma raça alienígena que interagiu com o ser humano no passado). Mas o que pouca gente sabe é que a ideia de seres extraterrestres terem vindo até nosso planeta e interagido com as criaturas aqui existentes na época, e inclusive ajudando a moldar a nossa cultura, não é tão original assim. Pelo menos não na literatura.


Décadas antes, H.P. Lovecraft (sempre ele) já brincava com tais conceitos em suas histórias desde seu segundo conto publicado, Dagon, e foi explorado de forma muito mais aprofundada nas histórias relacionada aos “mitos do Cthulhu”, que detalham os “Antigos”, que são seres que estiveram no planeta Terra antes mesmo do surgimento da humanidade e influenciaram nossos ancestrais de diversas maneiras.

Não dá para saber se Erich Von Daniken de fato se “inspirou” em Lovecraft ou se foi totalmente uma coincidência; mas é importante perceber como a literatura e principalmente a literatura de terror já trabalhava com essas hipóteses bem antes de elas serem “levadas a sério”. Este post serve apenas para demostrar como alguns temas, por mais estranho que isso pareça, acabam se relacionando com o terror, de uma forma ou de outra.

A teoria dos Deuses astronautas foi revisitada mais recentemente, na série do History Channel “Anciente Aliens”, que apesar de dar sequência em grande parte às mesmas “evidências” de 40 anos atrás do livro de Daniken, figuram algumas perspectivas diferenciadas sobre o assunto.



Curiosidades:
- A ideia de que temos alguma relação com seres de outros planetas ou somos “filhos” de extraterrestres não é nova. Ela remonta à Grécia Antiga, mais especificamente aos filósofos pré-socráticos que já teorizavam sobre “sementes” cósmicas que caíram na terra e deu origem aos seres vivos (e que hoje é uma hipótese científica conhecida como panspermia, ou seja, a ideia de que a vida na verdade surge em alguma parte do universo e “caiu” aqui na Terra);
- Antes de Erich Von Daniken, antes mesmo de Lovecraft, Madame Helena Blavatsky (que mais tarde influenciaria profundamente o Espiritismo) deu sua contribuição ao assunto, tendo sido talvez a primeira pessoa a escrever sobre a influência de seres de outros planetas na terra e sua interação com o planeta e seus seres moldando nossa cultura, nossa história, e nossa evolução).
- O grande nome dos quadrinhos americanos, Jack Kirby, aparentemente era um fã deste tipo de assunto. Basta ver as influências desta ideia em diversas de suas criações (O Quarto Mundo, Os inumanos e até mesmo Thor têm esta influência. Aliás, é importante salientar que o Thor da Marvel foi criado em 1962, 6 anos antes do livro de Daniken).

A verdade sobre Freud


O homem, o mito, a lenda viva (e velha) do Uarévaa que com suas táticas psicológicas se infiltra entre os inimigos para destruí-los por dentro. Prepare-se para saber a verdade sobre Freud.








domingo, 8 de abril de 2012

Lollapalooza

O Palhetada saiu, minha nossa!! *_*

Pois é, to meio enrolado por uns tempos e vou tentar fazer isso aqui funcionar quinzenalmente ok?

Nesse fim de semana rolou o esperado Lollapalloza. Muitas bandas convidadas a tocar e mostrar seu material ao vivo nas terras tupiniquins, mas sem dúvida a banda mais esperada era o Foo Fighters.

Eu vou falar só sobre o show Épico que Dave Grohl e sua banda fizeram no sábado...
Por que Épico você me pergunta.
Bom, fazia só 10 anos que os caras não tocavam por aqui...já começa por ai. A banda evoluiu absurdamente nesses anos todos, gravando CDs excelentes um atrás do outro, o último “Wasting Light” levou 5 "Grammy´s Award" pra casa! Só isso.

Antes de continuar a ler, clica no Play aqui pra ouvir e ver o show inteiro...mas ai tu vai pro youtube. Por aqui vou ter que colocar uns vídeos separados...vambora!



Dave Grohl se transformou num dos Frontman mais carismáticos dos palcos, interagindo com o público o tempo todo. Recentemente foi diagnosticado em sua garganta um cisto, que para a preocupação e questionamento de todos se ele aguentaria cantar o show todo sem perder a voz... Grohl não arregou em nenhum grito, nenhum. Pelo contrário....fez questão de se apresentar gritando em alto e bom som (34:05) “HEEEEEEEYYYYY.....HEEEEEEEEEEEEEEYYYYYYYY” como se quisesse provar para todos aqueles que duvidaram se ele ia aguentar gritar. E depois manda “Hi...i´m Dave...We are the Foo Fighters... nice to meet you!”



Hoje vejo bandas grandes, e grandes bandas....a diferença?

A Banda Grande vai lá executa as músicas com perfeição, faz o seu trabalho e volta pra casa.

A Grande Banda vai pro show executa as músicas com perfeição, se diverte e diverte o público.




O Foo Fighters já nasceu assim, não, não grande...mas para se divertir. Basta ver pelos clipes gravados, são sem sombra de dúvidas para divertir quem os acompanha e Dave sacou isso rápido demais.



O show do Foofa foi tudo aquilo que todo mundo esperava....e mais. A banda está num nível absurdo musicalmente, o baterista Taylor Hawkins (irmão de Dave Grohl segundo a Pin...rs.) faz um show a parte com as caretas e backings vocals afinados. Certo momento o cara convida Grohl que toque bateria para a galera matar a saudade dos tempos de vê-lo com as baquetas nas mãos....e ele o faz. Taylor canta a belíssima “Cold Day in the Sun” em outro momento já na bateria, Taylor Hawkins canta um trecho da famosa “In the Flash” do Pink Floyd.



Na última música antes do bis “Best of You” uma das coisas mais legais do show...em coro e com pedaços de papel nas mãos escrito “OH” a galera entornou um canto na melodia da música levantando os papéis, formando um mar de papéis na frente do Foo Fighters!

Teve mais, no backstage o telão mostra Grohl e Hawkins decidindo quantas músicas ainda tocarão na volta, 1 aponta Grohl...2 aponta Hawkins...fazendo o pessoal rir pacas.

Na volta o cara faz um belo discurso da importância do festival para as bandas, da importância de estar presente ali representando o que ele via acontecer quando ainda era um garoto.

E Chama no palco Joan Jett, que tinha feito seu show (foda) minutos antes no outro palco... tocam seus maiores clássicos,”I Love rock and Roll” e “Bad Reputation” puta bônus no show!



Não, eu não consegui ir no show...mas assisti em alto e bom som pela Tv. E o que eu vi foi uma das melhores bandas de Rock And Roll da atualidade em seu auge. O Foo Fighters hoje, é importante demais para o estilo.

Foda é ler crítica do povo ai que não considera a banda uma potencia do rock, mas acha que o rock morreu...eu tenho um recado pra vocês.

Vida Longa ao Foo Fighters. Show Épico! Confere ai o Setlist.



P U T A   S H O W ! ! !

Let´s Rock!
Duende Amarelo