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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Podcast Uarévaa #106 - Super Heróis Nacionais


"... e o Roberto Marinho copiou ele!"

Freud, Rafael Rodrigues e Luiz Modesti recebem o ilustríssimo quadrinista, editor, arte-educador, etc, etc, etc e gente fina à beça José Aguiar, para falar dos heróis nacionais dos quadrinhos, do seu surgimento até o início dos anos 80, e também dos trabalhos do José Aguiar, da origem do Gralha e da Gibicon 2012.






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- Conheça os vários trabalhos do José Aguiar no seu site: http://joseaguiar.com.br/.

- Post do Rafael sobre o Garra Cinzenta: AQUI.

- Saiba um pouco mais sobre vários dos heróis que citamos navegando pelo blog HQ Quadrinhos.

- Conheça as hqs antigas disponíveis nos blogs Projeto Grafipar e Quadrikomics

- Ouça também os Podcasts #7 (sobre o Necronauta) e #8 (sobre o HQs Nacionais), ambos com participação do Danilo Beyruth, e o Podcast #17, sobre o Mercado Brasileiro de Quadrinhos, com participação do Cadu Simões.

Comentem ai ou mandem e-mails (para contato@uarevaa.com) com críticas, elogios, sugestões e etc e tal sobre nosso podcast.


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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Último Ato


Fora dos palcos, a maior tragédia é lidar com a vida real.


Mais uma história do HQCX, com roteiro de Rafael Rodrigues e arte de Adan L. Marini. Basta clicar no play e navegar usando as setas do teclado ou os botões e rolagem do mouse.


No site do O Caxiense vocês podem encontrar todas as hqs já disponibilizadas, basta clicar nesse link.

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Curta Você Também: Signs



Ah! A linda utopia do amor. 





Signs
Gênero: Comédia/Curta
Duração: 12 minutos
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Patrick Hughes
Elenco: Kestie Morassi (Stacey) e Nick Russell (Jason)
País: Austrália
Ano de Produção: 2008

terça-feira, 28 de agosto de 2012

The Perry Bible Fellowship


A maior parte das tirinhas vem de olhar para um personagem ou uma situação no meu sketchpad, e imaginar o que poderia acontecer. (Nicholas Gurewitch)





The Perry Bible Fellowship começou como uma tira em um jornal universitário, pelas mãos do novaiorquino Nicholas Gurewitch. O autor trabalha com temas polêmicos como incesto, suicídio, religião, guerra, adultério, e muito mais. Em contraponto a qualidade do trabalho, temos  uma frequência muito baixa, chegando a ter intervalos de meses entre cada uma.



As tiras ganharam os prêmios Ignatz e Web Cartoonist’s Choice Awards nas categorias online. Em 2008, a copilação em álbum de tiras, chamado The Trial of Colonel Sweeto and Other Stories, ganhou um prêmio Eisner.

As tiras podem ser encontradas em português no site mantido por Dora, do Crônicas Atípicas, e Pedro, além do site oficial americano que mesmo para quem não sabe a língua pode acompanhar algumas que não tem diálogo. Confira mais um pouco do trabalho do autor:









segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Major Tom vs Rocket Man


Em homenagem a última viagem do astronauta Neil Armstrong, hoje teremos uma verdadeira Guerra nas Estrelas.

- - - Post atualizado com o resultado - - -

Com 82 anos de idade, faleceu no último dia 25 o astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua. Por isso o velho Freud aqui que vos fala decidiu trazer pra esse Musical Kombat os 2 maiores "hits astronautas" do rock: "Space Oddity", de David Bowie, e "Rocket Man", de Elton John.


David Bowie - "Space Oddity"



Escrita logo após Bowie ter assistido o filme 2001, Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, a música, cuja letra traz a comunicação fictícia entre um controle terrestre e o astronauta Major Tom, foi malandramente lançada poucos dias antes da chegada da Apolo 11 na Lua, em 20 de julho de 1969, e foi usada pela BBC durante a cobertura do evento, o que certamente ajudou muito para que se tornasse o primeiro hit do cantor.


Elton John - "Rocket Man"



Composta com o grande parceiro Bernie Taupin, Rocket Man foi lançada por Elton John em 1972 e, além do tema parecido, coincidentemente também teve o mesmo produtor que a música de Bowie: Gus Dudgeon. A letra, sobre um astronauta a caminho de Marte, foi inspirada num conto de Ray Bradbury.


E então, uarévianos, qual seu astronauta preferido: Major Tom da odisseia espacial de David Bowie ou o "Rocket Man" de Elton John e Bernie Taupin?

Votem na enquete abaixo, o resultado sai quinta feira aqui mesmo nesse post.

Musical Kombat: Major Tom vs Rocket Man

Qual seu hit espacial favorito?


"Space Oddity", de David Bowie

"Rocket Man", de Elton John

- - - RESULTADO - - -

A odisséia do Major Tom ficou em primeiro com 61,54% dos votos contra 38,46% para o "Homem Foguete". David Bowie realmente tem um repertório bem mais, digamos... "espacial" que Elton John, com por exemplo um ábum inteiro dedicado a história do rockstar alienígena Ziggy Stardust.

Então na faixa bônus vamos justamente de Ziggy Stardust, mas ao invés do original, vejam a ótima versão lançada pelo Bauhaus em 1982.

Democracia, uma farsa

“Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.”
Millôr Fernandes

 “O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado.”
Albert Einstein

 “A democracia... é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais.”
Platão

 “Democracia é a arte de, da gaiola dos macacos, gerir o circo.”
Henry Mencken

 "A democracia muitas vezes significa o poder nas mãos de uma maioria incompetente."
Bernard Shaw

 "Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria, é uma concha vazia."
Nelson Mandela


Em época de eleição, é comum falar em coisas como “votar consciente”, “não desperdiçar o voto” e diversos outros aspectos que remetem a uma tentativa de conscientizar a população acerca de seus direitos e deveres de cidadão. Afinal, todo brasileiro se orgulha e enche a boca para falar que vivemos numa sociedade democrática (geralmente só lembram disso quando é para que ele possa falar o que quiser, e não o contrário), onde todo mundo tem sua voz. Isso até pode ser verdade, mas dizer que o que temos é democracia é, simplesmente, uma mentira, independente do critério que usamos para analisar nossa sociedade.

Democracia significa, a rigor, “poder do povo”, e se refere a um formato de governo em que a população toma participação nas decisões de cunho político e social do Estado. No Brasil, isso não acontece; não só porque vivemos numa república democrática (o que significa que nós escolhemos pessoas para decidir por nós - chamamos isso de democracia representativa), mas também porque não tomamos sequer parte nas decisões dos representantes que nós mesmos elegemos. Isso é um grande problema, mas esta longe de ser o único.

Na Civilização Grega Clássica, berço da civilidade ocidental (e que “inventou” a democracia que conhecemos), democracia era exatamente o que o conceito estabelecia: todo mundo tinha poder. Quando havia decisões a serem tomadas, todos se reuniam numa praça para decidir os rumos da cidade. E assim, cada um representava a si mesmo no debate. Um Filósofo Grego clássico (não lembro agora se era Platão ou Aristóteles) acreditava que ninguém poderia representar outra(s) pessoa(s), visto que cada indivíduo é uma entidade particular. Ou seja, democracia que elege representantes é, na prática, tudo, menos uma democracia de verdade.


É claro que o “todos” da democracia Grega se referia àqueles que tinham capacidade de decidir, ao que a sociedade da época excluía, salvo engano, os escravos, estrangeiros, pessoas com problemas mentais e as mulheres. Olhando agora, é ridículo pensar que uma sociedade tão avançada achasse que mulheres não tinham capacidade para tomar decisões políticas, ou que sequer possuíssem escravos (pelo menos a mim parece ridículo). Mas são outros tempos e analisar estas questões sob a ótica de agora seria um anacronismo.

O que realmente importa deste conceito de democracia grega é: Quem, hoje em dia, tem REAL capacidade para participar de decisões políticas e sociais de nosso país? Talvez você responda: “todo cidadão adulto que não tiver problemas mentais” ou “todo cidadão que obedece a todas as leis” ou ainda “qualquer um que puder ir até a urna eletrônica e votar”.

Mas e quanto a um homem extremamente pobre, que nunca frequentou a escola, mal tem acesso à qualquer informação e só tem em casa uma TV, na qual só assiste novela e futebol, ele tem mesmo capacidade de decidir os rumos do país? Ou aquele empresário milionário, que só sai de casa de carro, avião ou helicóptero, vai da empresa para festas badaladas e fica mais tempo fora do Brasil do que dentro, sequer sabendo o que acontece por aqui, aparecendo de vez em quando apenas para visitar suas empresas e votar, tem realmente capacidade de decidir os rumos do país?

O trabalhador de uma madeireira, cujo sustento vem da derrubada de árvores, tem capacidade para tomar decisões acerca de leis sobre o desmatamento? E o trabalhador da plataforma de petróleo, que fica meses longe da família para garantir uma vida digna a eles, pode decidir acerca do uso de fontes de energia alternativas? Os pais cujos filhos estão de “folga” por conta de uma greve de professores tem real capacidade para tomar decisões sobre reforma do ensino, ou sobre aumento de salários dos educadores? Pessoas religiosas têm capacidade de tomar decisões que favorecem a laicidade do Estado? Quem tem real capacidade de tomar decisões de impacto em nosso país?

Democracia é um ótimo conceito na teoria, mas na prática carece de uma série de outras ferramentas. Para a democracia propriamente dita funcionar, seria preciso que todos tivessem: a) mesmo nível educacional, b) igual acesso à informação, c) estar desprovido de interesses particulares. Isso numa perspectiva resumida.

Sabemos que todas estas opções aqui no Brasil são radicalmente desproporcionais. Mas eu ainda incluiria mais um item: Entender que o conceito de democracia é um conceito social, que estabelece a capacidade de cada um decidir os rumos que vão afetar a TODOS. É uma decisão individualcom consequências plurais. Se ficarmos tentando exercer a democracia tomando decisões baseadas apenas no que é bom para si mesmo, não estaremos exercendo democracia, e sim uma espécie de autoritarismo: Eu quero que as coisas sejam do meu jeito, não do jeito que é melhor para todo mundo. E mais uma vez fugimos do ideal democrático. Entendem como, na prática, é muito fácil a democracia ser distorcida e se transformar em outra cosia?

Mas, bem, o Brasil não é um Estado democrático como era o Grego. É uma República Democrática, então de que vale ponderar sobre isso? Bem, mesmo que nossa sociedade seja uma democracia indireta, nós ainda temos a capacidade de decidir quem elegemos para nos representar. Mas, mas importante do que isso, nós temos a capacidade de pesquisar previamente sobre nossos pretensos representantes e verificar se eles são mesmo capazes de tomar as decisões por nós. E também temos, não só a capacidade, mas o direito de COBRAR atitudes por parte deles. Afinal, eles são nossos representantes e suas decisões devem refletir as nossas intenções.

É claro que não é todo mundo que pode fazer isso. Como disse, há uma desproporcionalidade profunda em nossa sociedade, política, econômica, educacional e racional, que não será resolvida da noite para o dia. A solução está em quem tem essa capacidade, hoje, tomar a responsabilidade de decidir por outros que não podem. É justo? Provavelmente não. Mas é menos justo do que deixar a decisão nas mãos de quem não tem condições de fazê-lo? Certamente ainda é melhor do que esperar que a mudança caia do céu ou surja de algum momento de revelação. Por que isso não vai acontecer. Se nós não começarmos a fazer um real esforço para mudar as coisas, nada vai mudar. Não adianta ficar dizendo, tem que fazer acontecer. Com os resultados, outros seguirão o exemplo e, com o tempo, as coisas vão mudar. É um trabalho lento, difícil e na maioria das vezes parece que não vai levar a nada. Mas, ao contrário do que se pensa, toda mudança é gradual.Se a gente não parar de tentar, eventualmente as coisas vão mudar.

É claro que para isso precisamos admitir que democracia só funciona se estivermos dispostos a nos engajar, a tomar a responsabilidade em nossas mãos e, principalemnte, a agir socialmente. Não só viver em sociedade, mas agir como uma, tendo em mente que toda decisão individual que afete outros deva ser encarada como tal, ou seja, como uma decisão socialmente responsável. A linha que separa a democracia de todo o resto é tênue, e é inevitável que a gente acabe caindo para algum lado eventualmente. Mas só há um jeito de evitar que continuemos caindo: Não se isentando da responsabilidade.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Podcast Uarévaa #105 - Futuros filmes da Marvel


"Eu acredito no Homem-Formiga!"

Freud, Moura, Marcelo Soares e Luiz Modesti conversam sobre o que esperam dos futuros filmes com personagens da Marvel Comics.






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- A proposta do diretor Joe Carnahan para um filme do Demolidor.



- Ouça também o Podcast #88, sobre filmes da Marvel Studios e o Podcast #89, sobre o filme dos Vingadores.

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Crônicas do Sistema Solar: Vênus


Em um mundo devastado onde não há mais nada, só uma coisa resta: abraçar o desconhecido.


Mais uma história do HQCX, com roteiro de Rafael Rodrigues e arte de FTF. Basta clicar no play e navegar usando as setas do teclado ou os botões e rolagem do mouse.


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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Curta Você Também: Mamá

Às vezes, o que conhecemos é o que mais nos assusta.






Direção: Andy Muschietti
Produção: Barbara Muschietti
Produtora: Toma 78
Direção de arte: Pancho Chamorro
Direção de fotografia: Sebas Sarraute

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus




Não se pode impedir que histórias sejam contadas.



"- Tem um final feliz? - Desculpe, não podemos garantir isso."
Como é gratificante mergulhar em um mundo de fantasia e nonsense, no melhor sentido da palavra. Terry Gilliam (Monty Phyton) nos trás o poder da imaginação dentro, parafraseando o mestre Zé Ramalho, uma peleja "entre o diabo e o dono do céu", com um único prêmio: a bela Valentina.

Eu sou fascinado por obras que tratem da imaginação humana e seu poder de dar esperança e liberdade aos meros mortais. E em Parnassus somos levados ao máximo disso, mostrando-nos que nossas escolhas que guiam nosso destino e não poderes além de nossa compreensão. Como diz o velho Doutor: "Há tres regras básicas: Não existe magia negra, são só truques baratos e me esqueci das outras".
Sinopse: Na história, o Dr. Parnassus (Christopher Plummer) tem o dom de inspirar a imaginação das pessoas. Dono de uma companhia de teatro itinerante, ele conta com a ajuda de seu assistente Percy (Verne Troyer) e do mágico Anton (Andrew Garfield) para oferecer ao público a chance de transcender a realidade e entrar em um universo sem limites, o qual pode ser alcançado ao atravessar um espelho mágico. Tony (Heath Ledger) - batizado em "homenagem" ao ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, descrito por Gilliam como um cara que "diria as coisas mais insanas e provavelmente acreditaria nelas", por aí você tira - foi encontrado pela trupe dependurado em uma ponte, à beira da morte. Após ser salvo, ele passa a integrar a equipe, como forma de escapar de seu passado. Em uma tentativa de modernizar o show, ele termina por conhecer o novo mundo oferecido por Parnassus e passa por diversas transformações no decorrer de sua viagem. Só que esta mágica tem um preço e ele está perto de ser cobrado ao dr. Parnassus: sua preciosa filha Valentina (Lily Cole).

Mr. Nick: "Nunca me envolvi muito com essa coisa de magia negra"

O filme é uma viagem à imaginação humana, um mundo de fantasias e surrealidade tão desconhecido como o mais distante espaço cósmico. Dentro do universo de Parnassus vemos como a fantasia, imaginação, já não tem lugar no nosso mundo escuro e frio de hoje.

Gilliam põe em sua obra um jogo de metáforas e representações tanto em falas quanto caracterizações de personagens. Seu Doutor leva consigo toda uma carga divinal, com ares de Merlin ou Mágico de Oz. Um homem misterioso, com incríveis dons que esconde grandes segredos.

Seu adversário, antítese, como queira chamar, é encontrado na figura do Sr. Nick (Tom Waits), que entre tantos significados em inglês, desde corte até apelido, é uma forma de sinônimo para Diabo. Este personagem desde sua primeira aparição trazendo todo um simbolismo que reforça o seu caráter de “espírito maléfico”, seja em sua forma suave, porém traiçoeira, de falar e se mover ou na vestimenta preta constante.

A relação dos dois personagens pôe em tons ainda mais forte esse embate entre o sagrado e o profano, o divino e o demoníaco, no filme, com dois pontos de movimento da história sendo regidos por uma aposta entre Parnassus e Nick. A primeira por 12 discípulos e a segunda por almas humanas. A obra segue com um tom a lá Auto da Compadecida posto logo no inicio do filme, ao vermos o trailer de apresentação circense do velho Doutor, que trás escrito: “Parnasus - o homem que quis enganar o diabo”.


Ao longo do filme, outros elementos tocam novamente na discussão teológica, principalmente nos questionamentos feitos por Tony. Em um desses momentos, o personagem de Ledger pergunta a Anton: “Se o Doutor Parnassus pode controlar a mente das pessoas por que ele não domina o mundo?”, tendo como resposta: “Ele não quer dominar o mundo, ele quer que o mundo se governe”. Bem dentro de lógicas filosóficas menos fundamentalistas e doutrineiras de algumas religiões.

Ainda sobre esses dois personagens, achei bem claro a busca do diretor de ressaltar suas funções dentro da história através da caracterização física. Tony sempre de branco como um tipo pastor, mediador entre a sabedoria divina e os indivíduos, enquanto Anton surgido em seu inicio travestido do Deus Grego Mercúrio, o mensageiro dos deuses.

Apesar dos dois terem um papel de mensageiros na história, fazem sua função de forma bem distinta. Ledger como um falso-profeta, que nem acredita no que está dizendo, enquanto Garfield como um mensageiro não para a plateia do espetáculo, mas sim para os personagens ao seu redor, tentando levar a sabedoria acima dele para clarear a mente de quem ama.


Alias uma das sequencias mais divertidas e simbólicas do filme trata exatamente da transformação da religião em espetáculo. Quando vemos que só após uma repaginada, colocando um tom de show gospel, a apresentação da trupe Parnassus começa a ter sucesso.

Além de toda essa carga simbólica, filosófica, a direção de arte, as atuações – destaque pro carima nerd básico do atual Homem-Aranha -, os figurinos, a computação gráfica, tudo é bem dosado e fantástico de fato. Gilliam mostra com muito sucesso o que sua mente, e imaginação, surreal pode criar – passando por mãos com cabeças a algas espaciais – de uma forma natural e dentro do contexto da história.

Cavalgando entre temas como religião, livre arbítrio, sinais, entre tantos outros, a obra de Gilliam acabou sendo muito eclipsada pela morte de seu protagonista: Heath Ledger, obrigando o diretor a reformular a história e aproveitar o teor fantasioso para substituir o rosto em tela, mas não à essência do personagem. Ledger como todo mundo sabe faleceu pouco antes da estreia de Batman The Dark Knight e no meio das gravações de Parnassus, com muita coisa para ser concluída.


Mas, para sorte de Gilliam, e nossa, o que não se passava no mundo da imaginação ele tinha já realizado, então a saída foi utilizar outros atores para serem o “avatar” de Ledger no Imaginarium. Assim, entraram para “substituir” o falecido ator Jonnhy Depp, Judd Law e Colin Farrel, que acabou criando uma boa questão para se refletir: na minha imaginação, por que devo ser eu mesmo?

Depois de tudo isso, ainda faço uso desse espaço para deixar meu apreço e babação descarada pela Lily Cole (Valentina), que não só atua bem, como é de uma beleza com ares de rebeldia fantástica, para não perder o trocadilho, pelo menos pra mim.


Enfim, recomendo o filme para quem curte um filme mais surrealista e filosófico, ou pela simples curiosidade de ver o último trabalho do Coringa do Nolan – o que seria um desperdício de tempo. Vale a pena ,é divertido, emotivo, e belo esteticamente. Por tudo isso e muito mais, o filme merece ser apreciado, degustado e refletido. Afinal, Parnassus é um homem que quis enganar o diabo, mas descobriu muitas verdades dentro de mentiras.

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus (2010)
Duração: 2h2min
Direção: Terry Gilliam
Elenco: Heath Ledger, Johnny Depp, Jude Law, Christopher Plummer, Andrew Garfield, Lily Cole, Tom Waits e Verne Troyer.
Gênero: Fantasia, Aventura
Nacionalidade: França, Reino Unido, Canadá

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Deus, essa gostosa


Todo mundo conhece Deus, aquele respeitável senhor de toga, dado a criar mundos e fundos, maestro do coro celestial de querubins. Barba longa, olhar severo, o dedo em riste. Ou não. Deus aqui assume a forma que, segundo consta, é sua preferida: a de uma mulher negra, proprietária de um sex-shop, ligada nos movimentos mais exóticos (e esotéricos) do assim chamado amor carnal.





Deus, essa gostosa,é uma criação do artista plástico e quadrinista Rafael Campos Rocha. Inicialmente surgida numa lista de e-mails e distribuída apenas entre amigos, migrou para as páginas da Ilustríssima, suplemento cultural da Folha de S. Paulo. Desde então, ganhou tantos fãs quanto causou incômodo, provando que nem Deus - onisciente, onipotente e “frívola” - pode ser unânime. Confira algumas tiras:











A personagem também virou uma graphic novel homônima recentemente pela Quadrinhos na Cia (88 págs., R$ 33). Mais informações no site oficial ou no facebook.

Como Funciona o Brasil


“Mesmo que tenham poucos políticos que valem a pena, se você regar esses aí, regar muito mesmo, eles irão crescer, ficar mais importantes; e virão outros. Demora um pouco, mas não tem outro jeito.”


Já fazia um tempo que estava querendo aproveitar o período eleitoral para escrever algo sobre política. Mas encontrei um vídeo que é bem mais interessante do que o texto que eu ia escrever, e bem mais informativo também.

O vídeo dá um panorama geral de como funciona a economia brasileira e de por que você, por mais que trabalhe, vai sempre perder mais dinheiro do que ganhar. Além disso, os criadores do vídeo criaram um site chamado Ranking Políticos, que pontua (ou tira pontos dos) políticos baseados em critérios como uso do dinheiro público, propostas de lei, processos e ausências na câmara, entre outros. Confira o vídeo e depois dê uma passada no site, vale a conferida.*




*É óbvio que sempre recomendo que você nunca use APENAS UMA fonte de informação. Não dê por certo nada que não possa ser verificado através de fontes diferentes e desvinculadas umas das outras. Tome cuidado, hoje em dia a informação está em todo o lugar, mas boa parte dela é falsa ou tendenciosa.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Van Halen vs Van Hagar



Sim, hoje temos Dave Lee Roth contra Sammy Hagar, velha briga das boas e rivalidade real do mundo do Rock.

- - - Post atualizado com o resultado - - -


Dave e Sammy tem uma história de rivalidade que não dá pra colocar inteira aqui, ou esse post viraria um livro. Então vamos a um resumo beeeeeem resumido mesmo.

Dave foi da primeira formação da banda e participou da trajetória de sucesso que culminou no álbum 1984 e, em seguida, picou a mula para uma inicialmente bem sucedida carreira solo, que depois se tornou uma enorme vergonha alheia.

Sammy largou uma crescente carreira solo para substituir Dave, mudando tanto a sonoridade da banda que muitos passaram a chamá-la de "Van Hagar", e levando ela a um sucesso comercial ainda maior, até que desavenças na época da gravação da trilha pro filme Twister fazerem ele ser "convidado a voltar pra sua carreira solo" por Eddie Van Halen.

Depois disso os dois já estiveram novamente dentro e fora do Van Halen, sempre se atacando, e quando ambos estavam fora chegaram até a fazer uma turnê caça-níquel "juntos" que, como era previsto, deu merda, e a rivalidade dos dois aumentou mais ainda.

Hoje, após a banda gravar apenas um mal sucedido disco com Gary Cherone, Dave está de volta ao Van Halen, sabe-se lá por quanto tempo e, apesar de eu ter achado o primeiro single fraco, o álbum é bem legal e consegue retomar em parte a energia inicial da banda. Já Sammy montou o Chickenfoot com Michael Anthony (outro ex-Van Halen), Joe Satriani e Chad Smith (dos Chilli Peppers), e seguem fazendo bons discos.

Mas as provocações e, principalmente, essa comparação entre os dois pelos fãs da banda, não acabam nunca. Pra batalha de hoje ficar o mais isenta possível escolhi mostrar dois covers ao vivo de clássicos do Rock pelos "Van Halens diferentes".


Van Halen (com Dave Lee Roth nos vocais) - Pretty Woman



Um dos grandes hits de Roy Orbinson, Pretty Woman foi gravada pelo Van Halen após o final da turnê do quarto álbum, Fair Warning, apenas para ser um single isolado da banda, mas o sucesso da música fez a gravadora pressioná-los a gravar um álbum inteiro, Diver Down, bem antes do que pretendiam.


Van Halen (com Sammy Hagar nos vocais) - Rock 'N' Roll



Com a entrada de Sammy Hagar, a banda passou a evitar muitas músicas gravadas com Dave Lee Roth nos shows, o que, na primeira turnê, era um problema, pois eles só tinham um álbum lançado sem Dave, chamado 5150. A solução foi incluir músicas da carreira solo de Sammy e fechar todos os shows com esse clássico do Led Zeppelin, registrado no vídeo da turnê, Live Without a Net.


E agora, o velho Freud aqui lhes pergunta: Qual o melhor no Van Halen, Dave ou Sammy? Votem na enquete abaixo, o resultado sai quinta feira aqui mesmo nesse post.

Musical Kombat: Van Halen vs Van Hagar

Qual o melhor vocalista do Van Halen?


Dave Lee Roth

Sammy Hagar

- - - RESULTADO - - -

Pelo menos de acordo com a votação aqui no Uarévaa, o velho Sammy Hagar deve mesmo continuar comendo pé de galinha, pois ele teve apenas 22,22% dos votos contra 77,78% do bem... como adjetivar ele... "extravagante" Diamond Dave.

Pois é, Dave Lee Roth venceu com FATALITY, então como faixa bônus ficamos com o segundo clipe do último álbum da banda, pra conferir como os velhinhos tão se saindo e pra ver o Dave usando o bonézinho do Milton Nascimento, bwahahaha

Uma história da Ciência - Documentário


“A história da ciência é geralmente contada como uma série de momentos de revelação. O triunfo final da mente racional. Mas a verdade é que poder e paixão, disputa e acaso tiveram papéis igualmente significativos.(...)
Esta é a história de como a história fez ciência e como a ciência fez história, e de como as ideias geradas mudaram nosso mundo. É uma história de poder, prova e paixão.”


Eu sempre quis descobrir uma publicação que se dedicasse à história por trás das descobertas científica se que mostrasse a evolução da ciência dentro de um contexto histórico. Felizmente, encontrei algumas semanas atrás uma edição da Zahar chamada “Uma história da ciência”, de Michael Mosley e John Lynch, que era exatamente sobre isso (que é muito bom por sinal, recomendo – mas é caro).

Mas mais legal ainda foi descobrir que esse livro era baseado numa série de documentários da BBC apresentada por Michael Mosley. E, graças ao blog Astropt, fiquei sabendo que o documentário está disponível no Youtube. E com legendas em português!

Confiram aí o primeiro episódio (sobre “O que há lá fora?”). Vocês encontram outros episódios nos vídeos relacionados (Não é preciso necessariamente assistí-los em ordem).


Para quem gosta de ciência e de história, é uma excelente pedida. Enjoy.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Podcast Uarévaa #104 - Filmes Catástrofe


ISSO É SÓ O FIM!

Freud, Rafael Rodrigues, Marcelo Soares, Luiz Modesti e Romenique falam das maiores catástrofes já mostradas nos cinemas, com suas destruições, "roteiros criativos" e, principalmente, falta de nexo.






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Comentado no Podcast


- O monstro de Cloverfield.


- O "último episódio" de Caverna do Dragão em quadrinhos, que citamos no podcast passado e o ouvinte Herisson nos enviou por e-mail, pode ser baixado AQUI.

- Episódio dublado de Darkwing Duck, também citado no podcast passado: AQUI.

- Ouça também o Podcast #73, sobre o "fim do mundo": clique AQUI

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Assim se alcançam amizades em abril


No mundo obscuro da politicagem e da chantagem, negócios são feitos e acordos são firmados de acordo com a conveniência.


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