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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Thor - O Filme


Uaréview
Por Monitor

Num ano importante parea a Marvel Studios consolidar seus personagem e a empresa na industria do cinema, preparando para o (possivel) mega evento que é o filme dos Vingadores, o primeiro herói da editora a chegar essa ano nas telas é Thor, que tem a missão de ligar o fantástico ao real dentro do universo Marvel cinematografico.Ele conseguiu concluir sua missão? Vejamos mais abaixo:


Antes de falarmos sobre o filme em si, vamnos a historia. Uma guerra há muito tempo foi travada na Terra (também conhecida como Midgard), do qual seus combatentes vieram de mundos tão distantes quanto: de um lado os Gigantes de Gelo de Jotunhein liderados pelo rei Laufey (Colm Feore), e do outros temos os Guerreiros de Asgard liderados por Odin (Anthony Hopkins).Após uma cruel batalha onde Odin saiu vencedor, ele levou A Caixa dos Invernos Antigos (a arma e fonte de poder dos Gigantes) e a paz foi mantida.Um salto no tempo nos leva a alguns anos depois, quando Thor(Chris Hemsworth) está prestes a ser anunciado rei de Asgard, quando um ataque a Câmera de Odin, onde varios objetos poderosos e valiosos do Universo Marvel estão presentes.

A tentativa de rouba da Caixa dos Invernos antigos gera uma retaliação de Thor junto com seus amigos e seu irmão Loki (Tom Hiddleston) com o rei Laufey, que pode por incio a uma nova guerra.Odin vem e intervem na batalha, e logo após isso bane Thor de seu reino.Esse serie de acontecimentos abre caminho para a verdadeira natureza da origem de Loki seja revelada, que a partir disso inicia sua vingança contra Thor e Jotunhein. Agora preso na terra, Thor é encontrado pelos astrônomos Jane Foster(Natalie Portman), Darcy(Kat Dennings) e Erik Selvig(Stellan Skarsgård), que nem suspeitam que a chegada desse desconhecido pode abrir caminho para algo muito maior.Mas seu Martelo de Poder, Mjolnir, está no deserto e só os nobres de espirito podem erguê-lo, além da SHIELD manter vigilância pesada sobre o martelo, e levantá-lo pode ser o teste de humildade definitivo para o Deus do Trovão.

Bem, agora sobre o filme em si, vamos começar com algumas vantagens. O drama dos personagens é uma das melhores, senão a melhor coisa do filme.Terem contratado um diretor que mexeu com Shakespeare durante anos foi uma ótima pedida, a dinâmica entre as cenas com Thor, Odin e Loki são uma maravilha de se assistir. Apesar de visualmente ser contra a escolha que eles retrataram Asgard, inegavel que eles conseguiram trazer o visual, os angulos da cena e o clima das artes de Jack Kirby para a telona, assim como aquele Bravo Novo Mundo se encaixa com a realidade exagerada daquilo apresentado no Hulk e no Homem de Ferro.

O elenco também é algo de destaque, Tom Hiddleston e Chris Hemsworth são escolhas tão importantes para os filmes da Marvel e seus respectivos personagens quanto Robert Downey Jr foi para o Homem de Ferro.Uma outra questão a ser levantada foi a volta da SHIELD, dessa vez de maneira mais orgânica e de fato importante para a historia, diferente da maneira de que a organização foi mostrada em Homem de Ferro 2.

Alguns pontos negativos: Os acontecimentos ficaram corridos dentro da trama, fazendo que muitos personagens legais, bem interpretados e caraterizados como Sif(Jamie Alexander) e os Três Guerreiros Volstagg (Ray Stevenson), Frandral(Josh Dallas) e Hogun(Tadanobu Asano) não tenham exatamente bastante destaque, só fazendo coisas bem básicas para o andamento da história.Nessa de personagens omissos quem leva a pior mesma é Rene Russo como Frigga, que quase não aparece.

A parte de Midgard trás a maioria das piadas do filme, o que não é algo ruim mas também não ajuda a acresentar em nada no filme, exceto nas partes focadas em Jane Foster e na SHIELD, já que Erik Selvig terá um papel de destaque nos Vingadores. As sequências de no filme são muito bacanas, mas você percebe que poderia ter expandido mais, ter torná-lo mais épica, trazendo problemas passados da produtora de segurar o potêncial nas cenas de ação (espero que eles soltem todo esse potêncial nos Vingadores).

Um dos itens chave do filme, A Caixa de Invernos Antigos, tem granbde destaque no primeiro ato e simplismente é jogada de lado, sendo utilizada meio mal, diferente da Ponte Arco-Iris que ganha destaque e novos usos para ela.Alias, temos a primeira aparição de Jeremy Renner como o Gavião Arqueiro, aparecendo em destaque numa cena de ação mas não participando desta cena, o que é meio broxante por sinal.

No fim das contas, Thor se mostrou um filme melhor que eu imaginava, mas não exatmente um filme bom.Ele tem falhas que não o tornam tão épico quanto deveria ser, mas o esquema arroz-com-feijão da Marvel torna o filme um diversão interessante, mas não tão empolgante e com a qualidade dos dois filmes do Homem de Ferro, porem mais coeso das informações que quer mostrar do que o Incrivel Hulk.Um filme bacana, mas nada mais do que isso.

NOTA: 7.5

Observações

1: Sobre Heindall, Idris Elba fez um trabalho bom, mas não adianta, sendo o porteiro overpower de Asgard ou o porteiro do seu prédio, de certa maneira eles são todos iguais.Veja o filme e você vai entender.

2: A cena pós creditos de Thor não pode ser a mais empolgante de todas, mas é um ótimo elo entre The First Avenger e os Vingadores.

3: Outra coisa que só quem viu o filme entenderá... "THIS IS MADNESS!"


4: Ainda acho que X-men First Class será o melhor filme da Marvel deste ano. Porém, The First Avenger é um grande concorrente.

5: CAI NA PORRADA COMIGO LADY SIF!





Podcast Uarévaa #44 - ADRIANA MELO - PARTE 2 + PARTE 1 REEDITADA!


Será que já tem em Scan?

Vini, Zenon, Duende Amarelo e Rafael Rodrigues continuam o super papo com a desenhista Adriana Melo, falando sobre seu método de trabalho, scans, quadrinhos em geral e muito mais.

E o Momento Uarévaa está de volta com Freud, Zenon e Marcelo Soares, lendo comentários e falando de notícias "muito relevantes", como sempre..




(Clique na imagem com o botão direito do mouse
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E tamo até no iTunes, rapá!!!



Comentado no Podcast

Twitter da Adriana Melo : @Adriana_Melo

E vocês podem pagar um pau pros desenhos dela no site -> www.adrianamelo.com

Comentado no Momento Uarévaa

- O controverso uso de ASTERÓIDES!



Comente ai no post ou mande seu e-mail (contato@uarevaa.com) com críticas, elogios, sugestões, cagações de regra e tudo mais sobre nosso podcast.


ATENÇÃO 

A reedição do podcast número 43, com a primeira parte da entrevista com a Adriana Melo,  já está disponivel AQUI. Obrigado por sua compreensão e buscaremos sempre melhorar.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Poderoso Thor


Aproveitando o lançamento do filme do Thor, e um bom pretexto para dar uma enrolada básica de quinta, resolvi fazer um post resumo sobre a história do personagem nos quadrinhos desde seu lançamento até os dias de hoje. Confere ai, ou não, né?

Criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, a versão Marvel Comics do Deus Nórdico do Trovão surgiu pela primeira vez na revista Journey into Mystery #83, agosto de 1962. Na mitologia, Thor é Filho de Odin, o Deus Mor de Asgard, lar dos deuses, e de Jord, a deusa da Terra, chamada pelos asgardianos de Midgard. 

Thor vive em um mundo que contém diversos reinos, como a Terra dos Gigantes de Gelo e o Valhalla, o lugar para onde vão os espíritos dos guerreiros que morrem em combate. No Universo Marvel, Asgard se tornou uma dimensão paralela a Terra, sendo ligado ao nosso mundo pela Ponte Arco-Íris, guardada por Heimdall.

Por ter um comportamento arrogante e impulsivo, Thor foi punido por Odin a viver em Midgard (Terra), como um humano normal, sem as memórias da vida divina, para aprender a humildade e o espírito de um verdadeiro herói. Assim, nasceu o Dr. Donald Blake, um talentoso médico, porém, manco de uma perna. Na HQ de estréia, o médico, em férias na Noruega, encontra um estranho cajado numa caverna local não explorada. Batendo o cajado com força numa rocha, ele se torna um martelo e, automaticamente, transforma o doutor no personagem mitológico. 

A arma é feita de um metal especial (fictício) chamado "uru", forjado pelos anões de Asgard, e é capaz de criar tempestades, furacões, raios, abrir portais entre dimensões, desferir golpes poderosos, possibilitar que o usuário voe e os mais diversos encantamentos. Além de Thor, outros seres já empunharam o martelo. 

O guerreiro alienígena Bill Raio Beta conseguiu a proeza e, após duelar com Thor, recebeu de Odin outro martelo chamado Rompe Tormentas. Um segundo martelo foi dado ao humano Eric Masterson que se tornaria o super-herói Trovejante, uma versão mais fraca e humanizada do Deus do Trovão. 

Com a vida na Terra, o filho de Odin conheceu a enfermeira Jane Foster, por quem se apaixonou, além de outros companheiros heróis com os quais fundou o grupo conhecido como Vingadores. Juntos, eles enfrentam ameaças terrestres e Asgardianas como o seu meio-irmão Loki, a arma de guerra O Destruidor, Hela, a deusa da morte, e Encantor.

No Brasil, o personagem foi publicado pela primeira vez 1967, através da parceria entre os postos Shell, editora EBAL e TV Bandeirantes, que exibia o bloco de animações The Marvel Super Heroes. Thor era um das atrações do bloco, ao lado de Capitão América, Namor, Incrível Hulk e Homem de Ferro. 

Como estratégia de marketing, os postos distribuíam gratuitamente a revista Dois Super-Heróis Shell: Homem de Ferro e Capitão América #0 e vendia as revistas Mais um Super-Herói Shell - O Poderoso Thor #0 e Superxis - Dois Super Heróis Shell - Príncipe Submarino/O Incrível Hulk # 0.

Em 1972, após deixar de ser publicado pela EBAL, Thor ganha a revista O Poderoso Thor pela GEA (Grupo de Editores Associados), tendo apenas duas edições. Já em 1975, os títulos da Marvel passam a ser licenciados pela Bloch Editores, seguindo a estratégia usada pela EBAL em 1967, o bloco de animações The Marvel Super Heroes era exibido no programa do Capitão Asa, que divulgava o "Clube do Bloquinho", criado em parceira com a editora. Na Bloch, foi lançada uma nova revista com o nome de "O Poderoso Thor". 

Em 1979, Thor passa a ser publicado pela Editora Abril nas revistas mix Heróis da TV e Superaventuras Marvel, em 2003, a Panini Comics passou a publicar os títulos da Marvel no país e, assim como na Abril, Thor não teve um título mensal próprio, apenas publicações de histórias fechadas especiais e participações em grupos.


O personagem passou por várias fases ao longo das décadas, desde o desaparecimento e futura morte de Odin, uso de uma armadura protetora, uma versão anfíbia, aparição de um Thor mais próximo da visão original mitológica, uma reinvenção nos anos 2000 onde o herói é mais voltado para a defesa ambientalista, até o Ragnarok (o apocalipse Asgardiano) onde os deuses morreram. Por todo esse período muitos autores passaram pelas páginas da sua revista, nomes como Gerry Conway, Len Wein, Roy Thomas, Walter Simonson (uma das mais adoradas pelos fãs), Dan Jurgens (essa acompanhei mais de perto) e J. M. Straczynski.

Trazendo o conceito dos deuses antigos para a modernidade, o herói mítico da Marvel em seus mais de quarenta anos de história exaltou a força da amizade, honra e coragem perante os desafios da vida, mostrando que independente de todo o poder que se tenha é a humildade e respeito pela vida que o tornam um verdadeiro herói.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Legends Of The Superheroes



Buenas galera.

Seguinte: Depois do podcast da outra semana sobre Superfilmes, nosso caro Algures me passou - er, digo, me emprestou seu DVD sobre essa pérola quase perdida dos telefilmes de super-heróis.

O treco é praticamente um spin-off da série camp do Batman, logo, se encaixa aqui no Moura em Série.


Então vamos à análise da tosqueira?




Na real são dois especiais produzidos.
No primeiro, a Legião do Mal, formada por Mordru, Sinestro, Solomon Grundy, Charada, Mago do Tempo, Giganta e Dr. Sivana se reúnem para executar um plano maquiavélico: explodir o mundo.

Tipo, só isso mesmo. Explodir o mundo. É. Eu sei.

Enfim, Sivana liga sua bomba, que fica dentro do quartel da Legião (vá se lá entender) e de alguma forma a Liga da Justiça recebe um fax avisando do perigo.

A Liga, formada por Batman e Robin (interpretados, claro, por Adam West e Burt Ward), Lanterna Verde, Flash, Capitão Marvel, Canário Negro, Caçadora e Gavião Negro estava homenageando o herói das antigas, Ciclone Escarlate, agora chamado de Homem-Aposentado.



Assim, Batman debanda o grupo para encontrar o esconderijo da Legião do mal e desativar a bomba. Como, obviamente, ainda não existia celular e pelo jeito a equipe não tinha verbas suficientes para comunicadores, fica combinado de qualquer pista que encontrarem, será deixado um recado no posto de gasolina.
É. Eu sei.

Sinestro sabota o Batmovel, que começa a dar problemas na estrada. Quando Batman e Robin param para consertar o veiculo no posto, eles nem desconfiam que, perfeitamente disfarçado, o irreconhecível frentista é na realidade Solomon Grundy.



Mas Grundy acaba revelando seu disfarce, o que o leva a dar uma bela surra no cruzado embuçado, que foge do local com seu garoto prodígio.

Os planos dos vilões continuam, tentando atrasar os heróis que correm contra o tempo para desativar a bomba. Assim, o Charada deixa uma charada que intriga o Lanterna Verde - manda que ele encontre sua sorte para encontrar a bomba.
O Lanterna, intrigado, fica surpreso ao encontrar uma cigana em seu caminho. Mas a cigana é na realidade Sinestro disfarçado.

Um parênteses aqui. A cena é foda de engraçada. Charlie Callas que faz o Sinestro é um comediante das antigas, e, carajo. Mijei-me de rir com ele. Quando ele comenta o anel do Lanterna (hummm... boiola) e o genial herói nota que a cigana tem um anel semelhante, dizendo que isso só poderia significar algo, Sinestro pula e exclama: QUE NÓS ESTAMOS NOIVOS??
Detalhe também pro versinho hilário que ele faz depois que Hal declama o juramento dos Lanternas.

Veja clicando AQUI

Gavião Negro e Canário Negro chegam um de cada vez, ao posto, e são capturados por Grundy.
Enquanto isso, Capitão Marvel encontra uma charada dizendo que ele deve encontrar dentro de si a resposta para a charada. Logo, ele resolve se consultar com um psiquiatra que está ali, no meio do nada, com um consultório cenográfico. Mas ei... Este psiquiatra é o Charada disfarçado!

Não, os heróis desse filme não primam nem um pouco pela inteligência.

O Charada enrola mais um pouco o Capitão Marvel - numa atuação divertida de Frank Gorshin, repetindo o papel da série do Batman.



Alias, falando nele, por onde anda a dupla dinâmica?
Correndo por aí, claro. A pé, eles precisam encontrar uma maneira de irem atrás dos vilões.
E, como por mágica, eles encontram a pequena revenda de carros usados do Joe Honesto. Batman e Robin resolvem comprar um carro para poderem chegar mais rapidamente ao seu destino. Depois de negociarem um fusca usado, que Joe jura que teve como único dono sua mãe velhinha que só o usava para ir à missa, Batman percebe que esqueceu o cartão de crédito no Batmovel (e anos depois vimos que ele aprendeu a lição) e só tem 50 dólares consigo. Ele só leva o suficiente para que não faça falta se perder.
Assim a dupla compra uma moto velha com aqueles carrinhos caroneiros.



Mas a moto e o carrinho estão em péssimo estado e só servem para atrasar os heróis. Na realidade, Joe Honesto era o Mago do Tempo disfarçado.

Ta, eu sei. Burros como portas.

Assim, com várias confusões acontecendo na busca pelo esconderijo dos vilões, tudo em um cenário baratinho que parece um parque, Capitão Marvel consegue ludibriar Grundy, salvar seus amigos e Batman finalmente deduz onde fica o covil.

Mas Dr. Sivana tem ainda um último plano!
Ele criou uma fórmula que tira temporariamente os poderes dos heróis! Conveniente, não?
Mas como fazer para que os heróis bebam a fórmula? Simples! Sivana se disfarça de velhinho e abre uma barraquinha de limonada!



Os heróis, no caminho do resgate, são convencidos pelo doce idoso a comprarem sua limonada, e todos perdem os poderes!
Assim os Superamigos conseguem fazer a turma do Chaves parecerem um grupo de neurocirurgiões.

Batman e Robin arrumam dois Jet-skis e vão a caminho da Ilha dos vilões, mas Mordru arruma seu próprio Jet-ski e começa a despistar os heróis.
Lanterna Verde e Capitão Marvel seguem de perto, de bote, assim como Caçadora e Canário, de pedalinho.



Mas sem poderes, os heróis não têm chance contra a Legião, que decide comemorar. Giganta, que até agora não fez nada, só serviu no telefilme para servir uma bandeja de drinks aos vilões. Sexismo é pouco. Mas foi Grundy que serviu os coquetéis. Que claro, utilizou-se da formula de Sivana para tal.

Os vilões também perdem os poderes, e logo os heróis chegam e o pau come na casa de Noca. Os bonzinhos, claro, vencem e a bomba é desativada um segundo antes de explodir! VIVA!

O filme ainda guarda uma gag final, com o Homem-Aposentado aparecendo horas depois no covil, tentando desativar a bomba.

E é isso. Consegui ver tudo isso sem meu cérebro derreter. E ainda tive a manha de ver o segundo, que fica pra outro post.

O filme é um festival camp cheio de piadinhas e inclusive aquelas risadas de platéia do Chaves, saqualé? Realmente algo que eu não imaginava ver um dia.
Vale a olhada? Sei lá. Curiosidade mórbida, quem sabe?



Ok. Muito mórbida.

Até o próximo episódio.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Insônia

“Não se preocupe com as coisas pequenas, querido, é um longo caminho de volta ao Éden”
Insônia





Tema Macabro





Se alguém perguntar para você “existe algo na realidade além daquilo que os olhos podem ver?”, dificilmente a resposta vai ser negativa, por uma série de motivos. Sabemos que existem níveis de realidade fora do escopo de nossos sentidos tanto micro quanto macroscopicamente (as distâncias estelares e o mundo subatômico são os principais exemplo), e muitas pessoas ainda acreditam num mundo que coexiste com nossa realidade material, para onde nós vamos quando morremos (e talvez de onde viemos em primeiro lugar). Independente do ponto de vista, é seguro dizer que sim, existe uma realidade além daquela que nossos sentidos podem comprovar. O que quer que isso signifique.

Agora imagine que ter acesso a essa outra realidade seja apenas questão de um mero detalhe como, por exemplo, a privação do sono. Este é o problema de Ralph Roberts, um aposentado recém viúvo da pequena cidade de Derry que passa a ter grandes problemas para dormir. Como se não bastasse, a cidade se torna o epicentro e um acalorado debate sobre a liberação do aborto, o que pega Ralph em cheio, já que é um senhor liberal.

A insônia de Ralph começa a ser mais do que um inconveniente e se torna em pesadelo quando ele percebe que esta vendo coisas estranhas que outras pessoas não conseguem ver. Será sua insônia que o está deixando louco? Ou será que Ralph, por algum motivo, acaba podendo vislumbrar um mundo ignorado pelos sentidos humanos?

Com certeza uma das obras mais complexas do autor Stephen King (arroz de festa do Madrugada Macabra), Insônia nos coloca dentro do mundo da terceira idade, em meio a polêmicas reais e eventos supranaturais que se entrelaçam de forma tensa e apavorante.

Quem gosta dos livros do autor certamente não vai se decepcionar com Insônia, que apesar de ter um ritmo lento no início (o que na verdade é bastante comum em muitas de suas obras, literárias, televisivas ou cinematográficas), merece uma leitura atenta, especialmente para os entusiastas. Insônia foi lançado no Brasil pela editora Objetiva.

Curiosidades:
- Fãs de Stephen King, prestem bastante atenção ao ler insônia: a história contém diversas referências a outras obras do autor (o que não é muito novidade), como Saco de Ossos, Cemitério Maldito, Jogo Perigoso, Creepshow e em especial A Torre Negra;
- A obra foi indicada para o Bram Stocker’s Award de 1994;
- Um possível filme está para ser feito, a ser dirigido por Rob Schimidt (Pânico na Floresta), mas não há confirmação sobre início de filmagens ou qualquer outra informação a respeito da produção;


Na próxima Madrugada:
Um dos temas mais antigos da humanidade será o tema da próxima série de posts do Madrugada Macabra. Na próxima semana, Bruxaria – No princípio.

Nazismo e a busca pelo sobrenatural


O Nazismo como conhecemos não nasceu somente das idéias e carisma de Hitler. Era uma ideologia e como tal, cheia de símbolos e misticismo. Na matéria anterior nós discutimos as origens do maior símbolo nazista, a suástica e no podcast sobre a Segunda Guerra (parte 1 e parte 2), falamos um pouco sobre suas origens políticas, para fechar com chave de ouro essa série de matérias, hoje iremos conversar sobre as origens místicas do nazismo e o seu contexto histórico.

Os nazistas acreditam que descendiam da raça ariana, superior a todas as demais, que estava enfraquecida por se misturar com as raças inferiores. Suas origens variam desde a Atlântida, Thule na Escandinávia, Hyperborea na Grécia e Shambhala no Tibet. Pregavam que a Atlântida só caiu levando a humanidade a escuridão, graças aos Judeus e outras raças inferiores. Os sobreviventes arianos se espalharam pela Escandinávia dando origem ao povo nórdico-germânico.

O lance dos Arianos começou em 1912 com a fundação da ordem dos Teutões (Germanenorden), místicos que tinham como base a origem ariana, profundamente influenciados pelos escritos de Madame Blavatsky (fundadora da Sociedade Teosófica e racista lazarenta nas horas vagas), via uma conspiração judia contra a raça ariana e se orientava pelo poder mágico do antigo alfabeto escandinavo.

Em 1915 o fundador da ordem dos novos templários cunhou o termo ariosofia para descrever as teorias de ocultimos e racismo. Neste mesmo ano a sociedade Vril foi formada para estudar as origens da raça, diziam que tinham entrado em contato com uma antiga raça subterrânea e que tinham a fórmula tibetana para se criar superhomens, além de terem aprendido com os sufis islâmicos, com os Lamas Tibetanos e os ensinamentos zen da Sociedade japonesa do Dragão Verde. Ao se envolverem na política, disseminando propaganda anti-republicana e anti-semítica, fundaram o que mais tarde seria conhecido como o Partido nacional-socialista dos Trabalhadores Alemães. Do nome Nationalsozialismus surgiria a abreviatura alemã Nazismus, Nazismo, Nazi.

Os nazistas buscavam de forma séria e metódica as origens do arianismo, a sociedade Ahnenerbe buscava as origens Atlântianas, a Sociedade de Thule era incumbida da busca na Escandinávia da cidade construída pelos arianos advindos da estrela Aldebaran, e o Sol Negro buscava objetos místicos de poder como o Santo Graal, Lança do destino (aquela que o centurião Longinus usou para espetar Jesus na cruz), ambos braços da SS.

São várias as sociedades secretas que afirmam que esta terra era habitada pelos hiperbóreos. A lenda dos hiperbóreos aparece também na obra Fausto (1831), do escritor alemão Johann W. Goethe. Quando jovem, Hitler foi devoto das óperas do compositor alemão Richard Wagner, que sempre glorificava os furiosos e tenebrosos titãs. Wagner compôs uma série de óperas baseadas nos mitos germanos. Em sua ópera Parsifal, Wagner exalta a existência dos hipérboreos.

Entre 1883-1885, o filósofo alemão Friedrich W. Nietzsche escreveu Assim falou Zarathustra. Nele, Nietzsche desenvolveu uma moral anticristã e atéia, exaltando a vontade do grande indivíduo (super-homem) e celebrando a vida que sempre se renova em eterno retorno. Com base nisto, Hitler formulou a concepção da raça superior.

Já vi muita ficção que dita que se matássemos o tiu do bigodinho enquanto este era ainda um pintor medíocre, não teria acontecido a segunda grande guerra. Eu já não acredito nisso. A guerra iria ocorrer de qualquer forma, pois a sociedade Alemã depois da primeira guerra estava quebrada, desempregada, sem esperanças, envergonhada e desiludida. O Alto escalão acreditava na origem mística dos arianos como nítida válvula de escape. O povo alemão neste contexto engoliria qualquer coisa para sair literalmente da merda onde vivia, Hitler se tivesse nascido cinqüenta anos antes ou depois seria somente mais um na multidão, o contexto da época propiciou sua importância, como teria propiciado para qualquer um com um alto carisma e um discurso utópico como ele. A história ocorre por um contexto e não por um indivíduo isolado, se não fosse Hitler, seria outro. O que mudaria, talvez fosse a forma que a guerra se desenvolveu, os massacres ainda ocorreriam, pois o alto escalão acreditava que as raças inferiores como os judeus eram misticamente, financeiramente e politicamente os responsáveis por todos os problemas da Alemanha.

Para não ter a Segunda Grande Guerra, bastaria voltar no tempo e não deixar os vencedores da Primeira estuprarem os derrotados...

Curiosidades
- Miguel Serrano era um diplomata chileno que defendia que Hitler estava em Shambhala, um centro subterrâneo na Antártida onde estava em contato com os deuses de Hyperborea, de onde emergiria com uma frota de OVNIs para liderar as Forças da Luz contras as Forças das Trevas, dando origem ao Quarto Reich (!!!)

- Poucos dias depois que a Alemanha invadiu a Polônia, iniciando a segunda guerra, a esposa de Joseph Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler, encontrou nas profecias de Nostradamus “evidências” da guerra que iniciava. Motivado, Goebbels determinou o estudo completo de todas as 942 quartenas escritas pelo adivinho francês.

“Ele (Goebbels) se apropriou de uma suposta profecia da centúria 3, quadra 8, que parecia indicar uma derrota total da França, para incentivar seus soldados de que a vitória já estava garantida. Quando ele começou a campanha contra a França, Nostradamus estava em todas as bocas. Até nos EUA se ouvia dizer: ‘Ele predisse tudo’. (Revista Defesa da fé. Edição 69)

Goebbels escreveu em seu diário: "Foi traçado um plano, mostrando como podemos obter ajuda do ocultismo em nossa propaganda. Estamos realmente fazendo progressos (...) Portanto, estamos contratando os serviços de todos os peritos que podemos encontrar em ocultismo, profecias, etc.” Nostradamus terá, novamente, de conformar-se em ser citado". (Roger Manvell e Heintich Fraenkel. Doutor Goebbels. Pág. 203. 1960) Entre as profecias mais utilizadas estava a de Santa Odila que dizia: “... o tempo em que a Alemanha será chamada a nação mais belicosa da Terra. É a época que surgirá em seu seio o guerreiro terrível, o qual empreenderá a guerra contra o mundo, e a quem os homens que estão sob as armas chamarão de o Anticristo...O conquistador surgirá nas margens do Danúbio. Ele será um chefe notável entre todos os homens: a guerra que empreenderá será a mais terrível que os homens jamais sofreram, até o cume das montanhas...”

Na próxima matéria: A origem secreta dos Puteiros

Mortal Kombat: Os Quadrinhos


Semana passada, o Vini falou sobre o lançamento do novo jogo da série Mortal Kombat. Inspirado pelo lançamento resolvi fazer um breve resumo - com uma "pequena" ajuda do google - do que a série já teve dentro das histórias em quadrinhos. Confere ai!



Mortal Kombat teve uma série de histórias adaptadas dos seus jogos por duas editoras americanas: a Midway e a Malibu Comics. A primeira, acompanhando de perto a história dos jogos, e a segunda, com algumas liberdades criativas em relação ao material de origem.

Pela Midway, as histórias foram publicadas para coincidir com o lançamento de Mortal Kombat, Mortal Kombat II, Mortal Kombat 4 e Mortal Kombat vs DC Universe, mostrando os bastidores de cada jogo, expondo acontecimentos ocorridos antes deles.

Em 1993, Mortal Kombat Collector's Edition é lançado simultaneamente ao jogo com texto e ilustração de John Tobias, designer também do jogo. A história começa com o preenchimento do passado de Shang Tsung e Goro, mostrando que a vitória de Goro em Mortal Kombat significou um novo começo para o torneio, trazendo uma era de escuridão. A partir daí, é mostrado como cada um dos personagens do jogo adentrou o barco que os levaria até o reino de Shang Tsung e ao combate mortal. A edição trazia ainda, nas páginas finais, perfis para os sete personagens jogáveis e o chefe, Goro.

Mortal Kombat II Collector's Edition traz a história do segundo jogo, sendo também escrito e desenhado por John Tobias. Tudo começa com Johnny Cage narrando os acontecimentos dos últimos momentos do primeiro jogo, explicando que Shang Tsung lançou uma horda de guerreiros sobre os lutadores logo após a vitória de Liu Kang sobre Goro, iniciando uma nova batalha.

Mortal Kombat 4 Limited Edition traz um novo roteirista no comando, Ted Adams, com uma história baseada em uma ideia de John Tobias, em que explica fatos passados do jogo e insinua que o final de Mortal Kombat Trilogy, versão atualizada de Mortal Kombat 3 (o qual não teve uma versão em quadrinhos), seria verdadeiro. Dessa vez, a história mostra mais do mundo de Outworld, onde a Rainha Sindel condenou Reptile a uma vida de trabalho nas minas de cobalto, enquanto uma conspiração para um ataque aos Deuses Antigos é realizada.

Em 2004, é lançado Mortal Kombat: Deception Limited Edition, um livro hibrido de história em quadrinhos com artes conceituais, trazendo uma história especial de Sub-Zero e desenhos de Alé Garza, Tomm Coker, Keron Grant, Garry Leach, Steve Pugh e Mark Texeira.

Mortal Kombat vs DC Universe: O início traz o encontro dos personagens da franquia com os do universo de super-heróis da editora DC Comics. A história mostra a vitória de Raiden sob Shao Kahn quando o envia em um portal, ao mesmo tempo, em outra realidade, Superman faz o mesmo com o vilão Darkseid. Os dois atos fazem com que os derrotados sejam fundidos em uma única entidade, levando os dois universos a começarem a se fundir. A revista serve como introdução ao jogo Mortal Kombat vs DC Universe, lançado em 2008, e teve o retorno de John Tobias aos desenhos com John Vogel nos roteiros.

Enquanto a Midway retratava o enredo oficial do jogo, a Malibu Comics trazia cenários alternativos para o início da série com as publicações Battlewave e Blood & Thunder, contudo, dez meses depois dos lançamentos, a Malibu cancelou sua linha, devido ao baixo volume de vendas.


As revistas faziam uma "re-imaginação" de Mortal Kombat alterando vários detalhes e modificando personagens sem muito espaço como Smoke e Jade. Além disso, alguns personagens foram “adaptados” por conta do enredo. Por exemplo, em Mortal Kombat II, Baraka é subserviente a Shao Kahn e segue suas ordens sem questionar. Nos quadrinhos, porém, ele se junta a uma aliança com Kung Lao, Kitana, e Sub-Zero que desejam derrubar Kahn.

Ao longo da série, conceitos interessantes são levantados, como a revelação de que Mileena foi projetada por Shang Tsung, por meio da feitiçaria, como um clone imperfeito de Kitana. No entanto, apesar de ser criado artificialmente, Mileena se considera ser "a verdadeira filha de Shao Kahn" e refere-se a si mesma desta forma toda a série, mesmo depois que ela descobre a verdade. Além disso, temos Kung Lao e Kitana tendo uma relação de amor em vez da relação mais tradicional entre Kitana e Liu Kang nos jogos. Johnny Cage e Sonya também têm um relacionamento na série.

Sub Zero tem tratamento particularmente interessante. Nos jogos, o Sub-Zero original tinha sido morto logo no início (antes de Mortal Kombat II), tornando-se o espectro Noob Saibot, e substituído por seu irmão mais novo. No entanto, o mais antigo Sub-Zero é retratado de forma destacada durante toda a execução da série de quadrinhos, enquanto o irmão mais novo faz apenas uma pequena aparição.

Além de Battlewave e Blood & Thunder, a Malibu lançou também Goro: Principe das Trevas, MK U.S. Especial Forces, Mortal Kombat Tournament Edition, Mortal Kombat: Especial, Mortal Kombat: Rayden e Kano e Mortal Kombat Tournament Edition 2.


Apesar do pouco sucesso de vendas, é inegável a importância das histórias em quadrinhos para a história de Mortal Kombat. Com elas, aqueles que já eram fãs puderam conhecer mais sobre seus personagens preferidos, além de ver novas visões sobre eles, e os que não eram fãs dos jogos puderam conhecer o universo que eles retratavam. 

Com quase 20 anos de jornada, MK, como é carinhosamente chamado pelos admiradores, se reinventou, buscou outras formas de contato com seu público mas sem deixar suas origens de violência e humor negro que levaram-no ao sucesso. E que mais vinte anos venham!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Podcast Uarévaa #43 - ADRIANA MELO - PARTE 1


Escolinha Rob Granito de desenhistas.

Vini, Zenon, Duende Amarelo e Rafael Rodrigues batem um papo com a desenhista Adriana Melo e conversam um pouco sobre os prazos apertados, Star Wars e seus fãs radicais e... Rob Liefeld? Confiram que está imperdível!

E no Momento Uarévaa: O podcast tava tão bacana que nem coube espaço pro Momento Uarévaa.



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E tamo até no iTunes, rapá!!!



Comentado no Podcast

Lista de piores desenhos do mestre "Lifild".

O incomparável Rob Granito.

Twitter da Adriana Melo : @Adriana_Melo

E vocês podem pagar um pau pros desenhos dela no site -> www.adrianamelo.com

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