Olá denovo pessoas uarevianas, estou de volta hoje para falar de um projeto bem legal do Banco Itaú relacionado ao habito de ler para crianças, que até o Freud já divulgou na caixa de conversa aqui e nosso twitter também divulgou, mas nunca é demais né!
O projeto chama-se Ler Faz Crescer, através do qual, distribuirá gratuitamente 8 Milhões de Livros. Como é isso? Desde o dia 11 de outubro (sim, estamos bem atrasados na divulgação, mas fazer o que se só soubemos disso a pouco tempo) teve início a distribuição do kit Coleção Itaú de Livros Infantis que contém 4 volumes. Com este kit a intenção do programa é que você leia para uma criança e possa também passar adiante para que outra pessoa o faça.
O kit contém:
04 livros de história infantil
01 adesivo da campanha 01 Folder explicativo sobre a campanha.
No hotsite é possível ouvir “uma canja” e ter um aperitivo das histórias. Para pedir seu kit e fazer parte desta ação é só entrar no site do projeto e se cadastrar para recebê-lo. Além de doar os livros, o projeto busca também ensinar colaboradores a se tornarem Contadores de História. E no kit recebemos o desafio de, como pais, avós, tios, irmãos e afins, sermos também figuras a estimular o “consumo de cultura” e a educação cultural infantil treinando nossa criatividade e distribuindo carinho na contação das histórias que recebermos.
Vale lembrar sempre que mais do que o presente material, a criança fica feliz com a nossa presença amorosa e dedicada nas atividades do seu cotidiano de ler, crescer e aprender a todo instante. É a companhia do adulto – mais ainda que a quantidade de livros – que faz a criança ter interesse verdadeiro de folhear um livro, imaginar cenas da história e acompanhar a narrativa. Então, corra lá e peça o seu, eu já fiz meu pedido! Mas, se tudo isso não lhe conveceu quem sabe esse video não convença:
Ainda não se convenceu? Então vai aí uma recado do seu amiguinho Freud:
Enquanto ficarmos so reclamando que a educação desse pais é uma merda e nao fizermos nada, ela vai continuar uma merda. Dar RT no twitter é mole, mas e repassar cultura de verdade?
Olá amiguinhos, to passando rápido aqui para divulgar um evento legal que irá ter na minha cidade, João Pessoa, organizado pelo amigo Manassés Filho do blog Comic House. Na noite do dia 3 de novembro próximo, na própria Comic House, às 19h, entrada gratuita, o quadrinista francês Patrice Killoffer, fundador do grupo editorial L’Association, um dos mais importantes da França, estará em João Pessoa para o lançamento dos livros Quando Tem Que Ser e 676 Aparições.
O autor, que também participará do Rio Comicon depois da visita à capital paraibana, começou a publicar suas primeiras páginas em 1981, após estudar quadrinhos em Paris. Fundou a editora independente L’Association em 1990, que foi a vanguarda no movimento de quadrinhos independentes franceses, ocorrido nos anos 90. Dentre os trabalhos publicados pela editora está Persépolis, o grande sucesso de Marjane Satrapi.
Quando Tem Que Ser foi publicado no Brasil pela editora independente paraibana Marca de Fantasia que, assim como a editora de Killoffer, tem como foco a publicação de HQs e obras relacionadas ao universo dos quadrinhos. Já 676 Aparições foi publicado pela editora Barba Negra, do Rio de Janeiro.
Killoffer participará também da exposição Ils rêventle monde: images sur l’an 2000 (Eles sonham o mundo: imagens sobre o ano 2000) na Aliança Francesa, que acontecerá às 19h do dia 2 de novembro. No dia 4, também às 19h, será a conferência e encontro com o autor no Zarinha Centro de Cultura.
A vinda de Killoffer foi possível graças à ação conjunta da livraria Comic House; Aliança Francesa de João Pessoa; Escritório do livro da Embaixada da França; editoras L’Association e Marca de Fantasia; Núcleo de Artes Midiáticas do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB e de Zarinha Centro de Cultura.
Endereços Comic House Esquina 200, av. Négo, 200- Tambaú Telefone:3227 0656
Aliança Francesa Av. General Bento da Gama, 396 – Torre Telefone: 3222 6565
Zarinha Centro de Cultura Av. Négo, 140 - Tambaú Telefone: 4009 1111
Para mais informações: Comic Housequadrinhos que não estão no gibi Telefone: (83) 3227.0656
É isso ai galerinha, sei que boa parte dos leitores do Uarévaa não são daqui ou regiões próximas, mas se alguma alma perdida tiver por perto e quiser conferir um dos grandes nomes do mercado de quadrinhos mundial de perto pode vir, puxar uma cadeira e quem sabe até nos encontramos por lá. Semana que vem prometo trazer uma cobertura sobre o evento, nem que seja minima e feita de morango.
No final de 2007 uma banda, considerada por muitos críticos como uma das que mais renovou o rock nacional, anunciou uma parada sem tempo determinado para retorno, exatamente quando completavam 10 anos de carreira. Fãs ficaram revoltados, sentindo-se órfãos, contando somente com os CDs que já tinham, sem saber se voltariam a ouvir algo novo de sua banda preferida ou mesmo um show com os hits já conhecidos. Três anos depois essa mesma banda anuncia uma série de shows “revivals”.
Independente do motivo desse microretorno, seja financeiro, puro marketing ou que seja, qualquer fã se sentiu feliz em poder rever seus ídolos e suas músicas tão queridas ao vivo novamente, entre esses fãs está esse que vos escreve - depois de uma semana do show para poder acalmar o lado fanboy - que feliz e ansioso foi ver o show de uma de suas bandas preferidas. A banda? Os companheiros dos Los Hermanos, formado por Marcelo Camelo, Rodrigo Barba, Rodrigo Amarante e Bruno Medina.
Essa pequena aventura de minha ida de encontro ao show dos Los Hermanos começou um mês antes, quando depois de anunciarem a turnê pelo Nordeste, os ingressos foram postos a venda via internet. Comprados, corri atrás de transporte, logo consegui vaga num ônibus excursão, de TRÊS já lotados. No dia de ida tudo tranqüilo, ônibus um pouco atrasado, mas tudo bem no fim das contas. Viagem João Pessoa – Recife saindo às 18h e chegando por volta das 20h.
Quando chegamos no Centro de Convenções de Recife que a coisa começou a ficar complexa: uma fila para resgatar o ingresso dividida pelas iniciais dos nomes, filas longas, gente furando fila, se retira ingresso e ainda se vai para outra fila de entrada pior ainda. A entrada preferia nem comentar de tão vergonhosa: um empurra e empurra, passagens por entradinhas individuais (imagina a saída como foi, com todo mundo querendo sair do local). O show estava tão lotado que não duvidava nada se acontecesse o que aconteceu no show do Rage Against The Machine, em Santiago, no Chile.
Deixando de lado a parte de estrutura que deixou um bocadinho a desejar (nem falo sobre preços caros de alimentação e bebida), vamos ao show em si, e esse me agradou muito como fã.
Conheci Los Hermanos claro que pelo hit Ana Júlia, mas anos depois me deparei com eles de novo através de um amigo que me passou empolgado o segundo e terceiro disco da banda: Bloco do Eu Sozinho e Ventura, respectivamente. Logo me tornei fã incondicional das letras reflexivas, das melodias dançantes e de como a banda a cada novo disco conseguia se reinventar em estilo e força de suas mensagens – bem diferente de dinossauros do rock que estão aí sempre fazendo mais do mesmo, ouviu Titãs e Capital Inicial?
O show em Recife foi como um encontro de velhos amigos depois de anos sem se ver. Público totalmente animado, ligado, cantando músicas inteiras em coro mesmo antes do show (algo até meio exagerado em alguns momentos, lembrando fãs xiitas de boy band – é, tem esse tipo de gente em todo canto) e que entrou em ebulição aos primeiros acordes de Amarante na abertura com o chamariz O Vencedor.
Durante toda a apresentação a banda mostrou uma felicidade em estar tocando para aquele público, no mesmo local onde eles tocaram pela primeira vez no Abril Pro Rock, algo que era claro não se ver no grupo no período pré-paralisação onde nem se olhavam no palco, tocavam carrancudos e “atravessando” um ao outro. Em Recife parecia algo mais entrosado.
Li algumas criticam falando que o setlist era o mais do mesmo, não trouxeram algo de novo, mas convenhamos: quem vai para um show revival de uma banda já sabe o que vem né? Sempre vai ser os hits que se sabe que o público vai adorar, uma celebração ao sucesso da banda e pronto. Eu mesmo não fui esperando algo maior que isso e o que tive me fez muito feliz. Foram quase duas horas de sucessos cantados com tanta força pelo público que chegavam a superar a voz dos cantores – sem contar que por duas vezes o som simplesmente apagou, deixando só o público mesmo cantando.
Ao final de tudo, estava eu satisfeito, molhado de suor (cotovelos abrem caminhos), com meu óculos salvo de ataques brutais e alma lavada de mais uma vez ver uma banda que tanto gosto ao vivo, haja vista que muitas das que gosto nunca vieram por essas bandas ou já não existem mais. Independente do motivo do evento o importante era o momento, aproveitar o que se tem a frente e aceitar a condição.
É muito legal ver como o mercado de quadrinhos autorais hoje em dia no Brasil está em franco crescimento, seja pelas editoras começarem a investir nesse filão ou os editais de incentivo governamental ou ainda pelo próprio publico ser um pouco mais aberto a experimentações e histórias de teor mais “adulto” e de impacto, proporcionando aos autores também se arriscar mais e buscar formas fora do tradicional de contar uma história. E é com essa ousadia que me deparei a ler a não só HQ, mas também projeto gráfico de Pedro Franz: Promessas de Amor a Desconhecidos enquanto espero o fim do mundo. Sim, o nome é bem surreal, assim como a própria história, para meu grande prazer.
A HQ, do catarinense Pedro Franz, é uma obra pensada para 12 capítulos e inicialmente colocada a disposição em partes em seu blog enquanto ele foi criando cada capitulo. Quando o autor recebeu um apoio do governo de Santa Catarina então pode dar a forma impressa à história, um encadernado das quatro primeiras partes intitulado Limbo. Porém, o autor não parou a história, que atualmente está no seu sétimo número contando, segundo o autor, "uma fábula sobre o medo funcionando como crítica à moral burguesa e à intolerância contada em formato de Peter Pan pós-moderno".
Em Promessas acompanhamos os desdobramentos das ações de um grupo de revolucionários intitulados Jolly Roger, que através de transmissões piratas de televisão chamam as massas para se rebelarem contra a imposição político-policial que a cidade vive, corrupções, repressão, uma sociedade do medo em pleno Brasil no distante ano de 2018. A partir de um ataque a bomba em um prédio do governo atribuído aos revoltos (agora transformados em terroristas) e que nem eles mesmos tem certeza da culpa, o caos na cidade se desencadeia, alterando a vida de vários personagens teoricamente sem conexão nenhuma.
A história de Franz é um conto moderno muito conectado com obras como 1984, Admirado Mundo Novo e V de Vingança (essa em particular, haja visto os personagens usarem mascaras – sendo que de caveiras – como forma de esconderem seus rostos), colocando em xeque o papel das autoridades e como a sociedade reage a eles. Diferente de outras obras que passam superficialmente, e até bem ingenuamente, quase como panfletos militantes, Promessas brinca com a própria narrativa, forma de vermos as coisas, percepção e imersão na obra de uma forma, para mim, competente e bem inspiradora.
Entenda bem caro leitor, essa obra em questão não é algo para quem não curte experimentalismos gráficos, narrativos e filosóficos, quem não suportar citações a músicas, textos, entrevistas, com um ponto bem parcial de opinião. Enfim, você fanboy de super-heróis que não aceita nada que não use roupa colante, ou seja, bem explicadinho, nos seus mínimos detalhes, passe longe desse trabalho do Pedro.
A arte das edições também é algo a parte. Confesso que a primeira edição me deixou cabrero, não me agradou muito, mas ao longo das histórias o Pedro mostrou uma evolução que alguns comparam até a um Lourenço Mutarell, caindo lisergicamente ao mais próximo dos quadrinhos psicodélicos, mas, sempre, de acordo com o conteúdo da história naquele momento. Além disso tudo, ele busca escapar do lugar comum em quase todos os trabalhos de quadrinhos, nas capas, nas fontes, uso de recursos fotográficos, diagramação.
Em resumo, Promessas de amor a desconhecidos enquanto espero o fim do mundo é uma obra extensa, não só no nome, não só em capítulos, mas, principalmente, em observações e reflexões que pode gerar e olha que ainda está na metade do caminho, deixando a curiosidade de saber se continuará com a mesma qualidade e que mais surpresas podem surgir. Uma obra madura, com cara própria e recomendadissima a quem procura novas experiências dentro do mundo das histórias em quadrinhos.
Promessas de Amor a Desconhecidos Enquanto Espero o Fim do Mundo Vol I
Mais uma semana, apenas esperando o verão que se avizinha. E é tempo de um novo Moura em Série – viu como eu estou cumprindo a promessa de ser mais presente por aqui?
E hoje vou falar de umas das melhores series adolescentes dos últimos tempos: Greek.
Na fictícia universidade de Cyprus-Rhodes nós acompanhamos a vida acadêmica de um grupo bem variado de personagens.
A história começa nos apresentando os irmãos Cartwright: a popular Casey, a princesinha da universidade, e seu irmão Rusty, nerd até os ossos e recém chegado no campus.
Casey sempre teve vergonha dele, e escondeu sua existência de todos, mas Rusty chega querendo finalmente ter seu lugar ao sol da popularidade.
Mas, nerd e gênio como é, ele vai estudar engenharia de polímeros. E logo de cara, no dormitório, descobre que seu companheiro de quarto é ainda mais nerd que ele mesmo, alem de um religioso fervoroso. Dale é absolutamente surtado, radical em seus princípios e o personagem mais engraçado da serie pela sua imprevisibilidade.
Em busca da popularidade e todas as experiências que a universidade podem lhe trazer, Rusty tem um grande objetivo: entrar em uma fraternidade.
E assim o faz. Na noite de escolha dos novos calouros – ou candidatos – Rusty começa um tour pelas casas do campus – aquelas que vemos em filmes como A Vingança dos Nerds ou O Clube dos Cafajestes. E nessa noite ele fica amigo de Calvin, que também busca uma fraternidade para se associar.
Calvin tem um objetivo: entrar na Omega Chi – a mais conceituada fraternidade do campus. E ele demonstra lábia e bom papo, impressionando os veteranos da Omega Chi, incluindo Evan Chambers, um dos mais influentes alunos e namorado de Casey.
Rusty, com seu jeito atrapalhado, acaba ferrando tudo, mas, pensando que estava ferrado, acaba sendo chamado para a casa Kappa Tau, a casa mais aloprada do campus.
Enquanto a Omega Chi preza pela ordem, boa política e imagem ilibada, a Kappa Tau preza por festas, mulheres e bebidas.
O presidente da Kappa Tau é Cappie, um hippie do século XXI, espirituoso e despreocupado – além de inconseqüente – que vê na sua experiência universitária a chance de zoar a vida até o ultimo momento. Cappie é ex de Casey e inimigo declarado de Evan.
Mas nem só de fraternidades vive Cyprus-Rhodes. Casey é a queridinha da Zeta-Beta-Zeta, a Irmandade numero um da Universidade. As irmãs ZBZ são praticamente bonecas Barbies saídas de Stepford Wives.
Casey conta ao seu lado com sua melhor amiga, Ashleigh, uma garota engraçada, divertida e meio aérea. A presidente da ZBZ é Frannie, que é obcecada por poder e pela perfeição da casa, e passa por cima de qualquer uma para manter a ZBZ em primeiro lugar.
E para isso ela dá uma missão a Casey: recrutar a filha de um senador que acabou de chegar ao campus para se tornar uma candidata ZBZ – Rebeca Logan. A patricinha é mal educada, revoltada e bem da piranhuda. Casey consegue recrutá-la e acaba chamando para si aquela que vai ser o seu pior pesadelo na Irmandade.
A série segue vários plots, muito bem trabalhados. Rusty se dividindo entre a responsabilidade do futuro e as festas que não quer perder, a identidade sexual de Calvin, o triangulo amoroso Evan/Casey/Cappie, a disputa Casey/Rebecca, a guerra Omega Chi / Kappa Tau, alem das maluquices de Dale.
O legal de GREEK é que ela é uma comédia, e se assume como tal. Lembra muito aqueles filmes oitentistas que se passavam em Universidades e disputas entre Fraternidades. Existe algum drama, mas tudo muito leve e despretensioso. E o romance, claro, mas nunca caindo no meloso ou piegas.
Cappie é de longe o personagem mais popular, e mais divertido. Suas falas são cheias de acidez, piadas rápidas e citações pop. E seu descaso com as normas sociais é libertador – todo mundo gostaria de viver como ele, se preocupando apenas com a próxima festa.
Festas alias, não faltam. Todo episodio costuma apresentar uma, de alguma das casas. E amigo, são as festas. No final de cada episodio, eu sinto vontade de sair pra alguma festa, só na empolgação das que eles fazem por lá.
Se não bastasse o elenco principal divertido, a serie é recheada de personagens coadjuvantes incrivelmente legais – às vezes até mais que os protagonistas citados.
O elenco coadjuvante é responsável pela maioria das gags. Beaver é o mais amado pelo publico – um grandalhão beberrão, rude, grosseiro, que sempre acaba revelando um lado mais sensível nas situações mais inesperadas. Junto com ele na Kappa Tau, os outros escudeiros de Cappie são Wade, um maluco que vive tendo ideia absurdas para pegar alguma mulher ou zoar os Omega Chi; Heath, o ficante esporádico de Calvin, que é bem devagar de raciocínio e sempre acaba fazendo os comentários mais sem noção; e Jeremy, o esquisito que nunca fala e tem mania de observar pessoas dormindo.
Na ZBZ várias personagens secundárias também são responsáveis por momentos divertidos, como a alcoólatra Laura e a lesada Betsy.
A principio na serie nós vemos Cappie como o herói e Evan como o vilão. Mas com o decorrer dos episódios nós passamos a ver ambos os lados e entender que não existem vilões ou heróis na serie, apenas pessoas tentando viver suas vidas, e eu gosto disso. A dicotomia das situações, a tridimensionalidade dos personagens. Existe até em um momento do programa em que Rebecca questiona Ashleigh de por que as pessoas são classificadas por sua relação com a Casey – se são amigos dela, são bonzinhos, mas se vão contra ela, são vilões. Isso até nos faz pensar em um ângulo maior, pois no entretenimento (e na vida, claro, mas isso é outro papo) costumamos rotular os demais personagens por sua relação com o protagonista.
Nem Casey, Cappie e Rusty são heróis santos, nem Evan, Rebeca ou Frannie são vilões malignos. Ele simplesmente tem idéias e objetivos diferentes e, portanto, se enfrentam.
O que não me agrada muito é que alguns personagens interessantes entraram no elenco apenas para sair alguns episódios depois. Faltou da produção se arriscar mais e efetivar alguns dos novatos, incluindo-os no elenco fixo. Em 3 anos de série – a quarta temporada está para estrear – o elenco principal não ganhou nenhum novo ator fixo. Sendo assim a gente sabe que se Rusty arranja uma namorada, ela não deve durar muito, por exemplo. Foram os casos de Max, o nerd que conquista Casey; de Jordan, a namorada moleca de Rusty que muda um pouco a “patricisse” das ZBZ ou de Andy, o garoto superpopular que se torna candidato da KT e “Litlle brother” de Rusty.
Tudo isso faz Greek ser diferentes das demais series adolescentes, que costumam de basear em situações comuns ao universo jovem – como drogas, gravidez.. – e se baseia na vida dos personagens. Greek fala, por fim, de nosso medo de crescer. Aquele momento na vida deles é o ultimo respiro de liberdade em relação à vida real, com trabalho, família e futuro. Enquanto Cappie, por exemplo, foge das responsabilidades que a vida fora do campus lhe trará, Casey se preocupa em não saber o que virá para ela depois, Evan sabe o que o espera e não sabe se quer (no caso tocar o império de sua controladora família) e Rusty tem tudo planejado, mas tem medo de não conseguir alcançar. E esses pensamentos e receios estão na cabeça de quase todo mundo que saiu da adolescência e agora tem que enfrentar a vida adulta, seja em uma Fraternidade em Cyprus ou em uma República na USP.
Eu recomendo a serie a todo mundo que tem seus vinte e poucos anos, pois vão se identificar com as inseguranças dessa idade; a todos que gostem de uma comedia leve e cheia de simpatia; e pra quem gosta de festa, pois isso não falta.
Qual é o sentido da vida? E para um filme, qual é o sentido de sua existência? Você espera encontrar o sentido da vida assistindo um filme? Um filme tem que trazer a verdade de tudo ou principalmente, precisa ter sentido para existir? Rubber, como filme, não tenta responder essas perguntas mas faz você questiona-las de uma maneira divertida e sem pressão.
Bem,qual é a historia de Rubber? O mote principal é de um Pneu de carro vivo chamado Robert, com gostos, emoções, sentimentos e personalidade psicopata que consegue liberar seus poderes telecinéticos para matar pessoas. Mas o filme vai além disso. Temos os telespectadores vendo todos os acontecimentos do filme, nos representando dentro da tela com certas espectativas de quem está conhecendo aquele mundo pela primeira vez. E temos os policiais, a serviço do "chefão" (ou aquilo que poderia considerar o diretor) que querem que os telespectadores acabem de ver o filme para poderem voltar a viver de fato suas vidas, e se libertarem de seus personagens bidimensionais enquanto a historia rola.
Claro que como todo psicopata, Robert tem origem e porquês de fazer isso. E uma bela vitima em potencial. E um publico sempre sedento de conteúdo, de opinião, de tudo. Assim como os atores que fazem de tudo para que o processo acabe o mais rápido possível com o numero mínimo de mortos e feridos, para poder em viver de verdade fora as telas. O pneu poderia muito bem ser substituído por Rutger Hauer em "A Morte Pede Carona" ou qualquer outro personagem do gênero de road movies de suspense, mas ao mesmo tempo porque não escolher um pneu como protagonista? Nessas horas é que vejo o "gênero trash" (porque erroneamente muitos classificarão o filme assim) porque a partir do absurdo e do ridículo tem muitas possibilidades de falar algo sobre o nosso mundo e a nossa vida, mas de uma maneira menos chata. No caso Rubber se assume como filme sem sentido e se trata como homenagem a essa coisa sem sentido que é viver. Afinal os filmes só existem porque queremos ver historias na tela que nos traga alguma emoção, seja ela qual for, assim como filme quer que seu objetivo, que é acima de tudo contar uma boa historia. Rubber é um ótimo filme, e uma aula de cinema não didática que você acaba aprendendo mais do porque de se fazer e existir filmes do que numa sala de aula.
"Se não é capturado pela lente da câmera, não existe"
A Sombra do Vampiro
Tema Macabro
Existe alguém que está entre os primeiros de qualquer lista de personagem de terror preferido: O Conde Drácula. Criado originalmente por Bram Stocker, utilizando-se de um personagem real (O conde Vlad Tepes da Romênia), Stocker desenvolveu um personagem que usava os mitos sobrenaturais dos vampiros e produziu o livro que até hoje é referência para qualquer autor de terror, e definiu o padrão dos vampiros como o conhecemos (não confunda com os vampiros adolescentes atuais, que tem mais de Anne Rice e menos de Bram Stocker). A história do Conde Drácula deu origem à diversas adaptações para outras mídias, especialmente para o cinema, onde a mais cultuada é a versão de 1931, estrelada por Bela Lugosi.
Mas o Conde Drácula, indiretamente, também foi o responsável por outra produção cinematográfica tão – ou mais – cultuada que sua adaptação para o cinema, e inclusive tendo surgido bem antes do clássico estrelado por Bela Lugosi: Nosferatu. Com o título original de Nosferatu – Eine Symphonie des Grauens (Nosferatu, uma sinfonia de horrores) o filme, uma produção alemã dirigida por Friedrich Wilhelm "F. W." Murnau, contava a história de um agente imobiliário que atravessa os Montes Cárpatos para vender uma casa em sua vizinhança ao proprietário de um castelo no Mar Báltico, o excêntrico conde Graf Orlock - que é na verdade um milenar vampiro que, buscando por mais sangue, quer se mudar para a Alemanha e, ao chegar na propriedade que comprou, traz consigo grande terror e os habitantes acham que estão sendo vítimas da peste. A única que pode salvar as pessoas dos ataques do vampiro é Ellen, a esposa de Hutter, visto Orlock se sentir atraído por ela.
Considerado um dos maiores clássicos de terror, Nosferatu influenciou as gerações subseqüentes quase tanto quanto o conde Drácula e é uma produção indispensável na prateleira de qualquer fã do gênero. Mas Nosferatu também tem outro mérito: Servir de base para um dos filmes mais originais já feitos: A Sombra do Vampiro.
Originalidade não é lá algo muito comum nas produções de terror atuais, principalmente se envolvem os elementos clássicos como fantasmas, zumbis ou vampiros. Mas quando se trata de E. Elias Merhige, é difícil esperar menos do que algo muito diferente do normal. Merhige, o homem por trás do bizarro e surreal Begotten, conta em A Sombra do Vampiro a história por trás da produção de Nosferatu, mostrando como F.W. Murnau (interpretado magistralmente por John Malkvoich) decidiu colocar o ator Max Schreck (Willem Dafoe, sempre excelente) no papel que o imortalizou. Tem apenas um pequeno detalhe que as pessoas não poderiam ficar sabendo: que Schreck não estaria interpretando de fato, uma vez que é um vampiro de verdade.
A Sombra do Vampiro não poderia ser considerado um filme de terror na acepção mais comum da palavra. Na verdade, seria difícil incluir a película em algum gênero específico, pois qualquer um limitaria demais a experiência que é o filme. É um filme denso, perturbador, dramático, intenso, revelador. Tudo isso e mais. Por isso, me limito a não discorrer mais sobre para não entregar muita coisa da trama.
Vale a pena conferir A Sombra do Vampiro se você gosta de histórias diferentes e, para quem é fã de terror, é um filme tão indispensável quanto aquele que inspirou sua produção.
Curiosidades: - Nosferatu é na verdade uma adaptação não autorizada do livro Drácula, de Bram Stocker. Como o estúdio não conseguiu obter os direitos para a produção (que na época não eram de domínio público), decidiu por mudar os nomes dos personagens e manter a história base que foi o filme que ficamos conhecendo; - Existem duas refilmagens do clássico Nosferatu: A mais famosa, dirigida por Werner Herzog é Nosferatu The Vampyre, de 1979; o outro é Nosferatu - The First Vamypre, de 1998; - No filme Batman – O Retorno, o personagem de Cristopher Walken tem o nome de Max Schreck, em homenagem ao ator que interpretou Nosferatu; - A história de A Sombra do Vampiro é inspirada em lendas que surgiram ao redor do ator Max Schreck. Por conta de sua impressionante interpretação, o fato de continuar usando a maquiagem e mantendo os trejeitos do Nosferatu diversas vezes fora das câmeras, somado ao significado de seu sobrenome (Schreck em alemão é algo como susto, espanto), houve rumores de que ele era um vampiro de verdade; - Outra das lendas dá conta de que Max Schreck era o nome fictício de um ator conhecido da época, que não queria ter seu nome vinculado eternamente ao personagem (lenda que hoje já foi desacreditada); - A Sombra do Vampiro foi produzido pela Saturn Films, de Nicolas Cage;
Na próxima Madrugada: Uma noite regada a bebidas, conversas e histórias macabras. Na próxima semana, visitamos um dos clássicos da literatura brasileira, Noite na Taverna.
Tem um antigo ditado que diz: não procure cavar um buraco porque você não sabe até onde ele pode ir. Acredito que o Capitão Nascimento em Tropa de Elite 2 descobriu bem o que isso quer dizer, quando saiu do comando do BOPE para ser Subsecretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, com o pensamento de modificar o sistema por dentro ele quase se perdeu e perdeu o que mais amava. Como diz um dos subtítulos do filme: agora é pessoal!
“Eu fico sem saber até onde estou vivo,
sem saber o calibre do perigo,
eu não sei da onde vem o tiro”
(Calibre – Paralamas do Sucesso)
Em Tropa de Elite 1 o roteirista Bráulio Mantovani e o diretor José Padilha vieram com a proposta de dar um tapa na cara da sociedade, principalmente classe media e o sistema policial brasileiro, escancarando vícios e costumes que todo mundo conhece, mas finge não existir. Na sua sequencia o alvo está apontado para os políticos, em especial, mas também para as policias que usam táticas de bandidos para tomarem conta de favelas e terem lucros como milícias.
Um filme maduro, é o que posso dizer desse Tropa de Elite que foca mais no homem por trás do mito. È fato que o Roberto Nascimento (Wagner Moura) se tornou um símbolo de justiça com as próprias mãos e da ânsia de vingança não só dos brasileiros, mas do ser humano em geral – tanto que durante a história tantos justiceiros, wolverines, rambos e tantos homens duros de matar sempre fizeram sucesso Porém, como visto um pouco no primeiro filme, sabemos que toda ação tem uma reação, e já no inicio de Tropa II vemos como o agora Coronal Nascimento está sozinho em sua vida pessoal: sem mulher, distante do filho e amigos. Um guerreiro solitário e cansado, como a ótima parte de maquiagem deixa bem claro, além da maravilhosa atuação de Wagner Moura – aliás, esse um dos melhores atores atuais, consegue fazer drama, comédia e afins com a mesma qualidade.
Nesse panorama só resta ao nosso protagonista a sua luta pela justiça e encerrar com o tráfico de drogas, coisa que ele consegue equipamento o BOPE. Porém, sem saber que também estava sendo usado, abre espaço para os policias militares entrarem nos morros, montarem milícias e se tornarem aquilo que foram criados para extirpar. A partir daí que o filme ganha uma grande vida ao expor não só os males da corrupção policial, mas como a política – ainda mais em ano de eleição – é um puro negócio, que governadores, deputados, todos estão interligados com criminosos em maior ou menor grau, e para se elegerem fazem todo tipo de coisa.
O mais chocante do filme é nós, como expectadores, vermos como é difícil confiar nas instituições que existem para nos proteger – e ai se insere a mídia, que tem seu momento de critica no filme ao se retratar os programas policiais – e como as personas das engrenagens que a fazem se mover podem até lhe destruir se buscar lutar contra eles. Claro que Tropa usa de uma exacerbação de uma situação, com boas cenas de ação, tiros, mortes, sangue, reviravoltas, para focar no fim em uma grande mensagem: muitas vezes soltar a voz é mais forte que soltar o dedo num gatilho.
Para mim, a grande mensagem do filme é exatamente a mesma que falamos no podcast sobre super-heróis da vida real: se ninguém se mexer nada muda, mesmo que seja uma pequena mudança, mesmo que todo o sistema continue girando, mas na vida de algumas pessoas, com certeza, uma mudança podemos fazer. Ao fim do filme, Nascimento percebe que provavelmente precisa se voltar para o que mais ama, para poder ter um sentido para continuar a viver e pelo que buscar justiça.
Tropa de Elite 2 é um filme sobre nosso futuro, sobre como as coisas podem ficar se não mudarem logo, sobre nossa responsabilidade nisso tudo, sobre decisões, sobre perdas, mas também sobre olhar com um olhar humano o nosso redor e buscar não se perder no meio de tudo que nos cerca.
Até quando o hype deve ser levado a serio? Até quando um certo movimento deve ser levado a serio e seguido? Alias, quando surge e o que faz você seguir/curtir algo? Um tiro no saco.Pra mim, ler a revista de Scott Pilgrim é tão agradavel quanto levar um tiro no saco, MAS a adaptação tem um elenco bacana e um dos melhores diretores vivos(alem dele ser um dos meus favoritos) Edgar Wright. Afinal, a esperança é a ultima que morre, e quem sabe o filme melhora a revista como aconteceu com Kick Ass...
Bem vamos a historia. Mesmo antes de ser adaptada as telonas, Scott Pilgrim já tinha a cara do Michael Cera: Baixista de uma banda de rock e mantendo uma relação com uma garota mais nova para esquecer um relacionamento passado, Scott Pilgrim (Michael Cera) encontra o amor da sua vida na forma de Ramona Flowers(Mary Elizabeth Winstead, falarei sobre ela depois), americana que se mudou para Toronto, Canada. Scott decide que tem que conquista-lá, mas para isso terá que enfretar 7 ex namorados dela. Até aí, se parece bem com aquilo que aprendemos na faculdade Michael Cera de Atuação:
Mas qual é o diferencial? Alem da grande presença da influência dos games, mangás e animes, também temos a presença de musica alternativa,e varias bandas undergorund, além daquelas criadas para o filme/HQ, como o Clash of the Demonhead.E aí que está O problema principal de Scott Pilgrim, não importa a midia.È um filme de nicho, de um publico especifico para um publico especifico.Por muitas vezes nem a presença forte da influência de games classicos não ajuda a te conectar com história, caso você não seja um indie, mulher e Scottaholic, não necessariamente os três, não necessariamente nessa ordem.
Alguem percebeu que ele não se parece porra nenhuma como Scott da revista?
O relacionamento de Scott e Ramona, assim como qualquerum na vida real, tem altos e baixos.E francamente, chega uma hora no filme que isso que assistir isso fica um saco.Aí que entra o melhor personagem da HQ/Filme, Wallace Wells(feito pelo irmão do Macaulay Culkin, o competente Kieran Culkin), o gay que é amigo de Scott ao mesmo tempo que o utiliza como sua personal bitch, esculachando e mostrando o quanto ele é bundão, mas não fazendo isso por mal, mas para fazer Pilgrim acordar e perceber o quão mané ele está sendo. Mas além de Wallace e Mary Elizabeth Winstead , a grande atração do filme são as batalhas, muito bem feitas, e com uma ótima escolha de elenco pros 7 ex-namorados do Mal.Destaque para a cena final,contra o final boss Gideon Graves(Jason Schwartzman, de Bored to Death), o vegetárino Todd Ingram (Bradon Routh, provando de vez que melhorou muito como ator) com a participação inesperada do punishero e fodão-sem-oportunidade-de-demonstrar-isso Thomas Jane, o catfight de Ramona com Roxy Richter (Mae Whitman) e a batalha contra Lucas Lee, já que Chris Evans sempre consegue ser engraçado (mas acho bom ele parar com isso em First Avenger...) No fim das contas, como disse acima, Scott Pilgrim é uma historia,não importa a midia, para um grupo especifico.Talvez seja por isso o motivo de seu fracasso nos States, ao mesmo tempo que a movimentação dos fãs para que o filme seja exibido para todos o elevou ao status de filme cult.Mas em especial, temos que dar credito a Edgar Wright, que conseguiu fazer um filme que de uma maneira ou de outra vai te divertir, seja pelo conteudo geral (caso você seja um fã HC) ou só em partes espeficas (mesmo que as outras partes sejam uma chatisse sem fim).Mas seja acompahando de fora, ou vivendo naquela mundo.o filme é interessante o bastante para ser assistido na telona, apesar de ainda não ser grandes merda.Foi um tiro no saco menos dolorido do que ler a HQ.
NOTA:5,5
PS 1:Você começa a se sentir realmente velho quando só você e uma outra pessoa numa sessão lotada ri descontraladamente da citação de New Kids On The Block
PS 2: È raro eu ficar altamente bolado por causa de uma mulher, mas toda vez que vejo Mary Elizabeth Winstead penso MEU DEUS COMO ESSA MULÉ É GOSTOSA!
Nesse pod, Vini, Freud, Marcelo Soares, Rafael Rodrigues e Zenon recebem um super convidado, direto de Osasco City: O HOMEM GRI... opa, NÃO, perai... o quadrinista CADU SIMÕES!!
Confira nosso papo com o criador do Homem Grilo e de Nova Hélade e um dos fundadores do coletivo Quarto Mundo sobre os rumos que o mercado de hqs brasileiras está tomando.
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