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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Momento Uarévaa - Especial


E ae galera!!! Aqui é o Zenon e o DublagenZ de hoje abre espaço pra um bate-papo muito bacana com o desenhista brasileiro Felipe Massafera. O cara fala sobre seus últimos trabalhos, desenhistas ruins e mulheres de cosplay =]
Divirtam-se!


Felipe em momento Johnny Bravo



Nome :
Felipe Massafera
Idade : 24 anos
Ocupação : Artista de quadrinhos
Localização de sua Batcaverna : Mogi Mirim (interior de São Paulo)
Habilidades especiais : Rapidez com aguada de aquarela
Personagem Preferido : Batman, Wolverine, Conan. (difícil escolher um)
Ídolos : Hmm. Tem muitos caras por aí, posso citar o George Lucas agora.


Zenon : Então, Felipe. Como começou a descobrir esse seu talento pra desenho?

FM : Cara, desde muito pequeno, na verdade minha família toda tem uma veia artística.

Z : E o gosto pelos quadrinhos começou na mesma época ou só foi pegar gosto depois?

FM : Os quadrinhos tive contato cedo, mas fiquei viciado aos 9 anos quando meu cunhado me mostrou sua imensa coleção de quadrinhos Marvel e DC...ele é o culpado.

Z : Quais são suas maiores influências?

FM : Acho que posso citar John Byrne, Barry Windsor Smith, Jonh Romita Jr. e claro Alex Ross e muitos outros artistas e ilustradores do passado.

Z : Por falar em Alex Ross, eu vi no Orkut e no seu blog muitas pessoas te chamarem de "Alex Ross brasileiro. " Você não se importa com essa comparação?

FM : (rs) De certo modo não porque não é uma questão de copiar o mesmo desenho e as mesmas poses dele, mas sim de ter o mesmo estilo. Tipo Sienkiewicz e McKean no começo, entre tantos outros.

Z : Aham...tipo o Liefeld e meu priminho de seis anos. Mesma técnica de proporção.

FM : (risos) Com certeza. O cara é doente mental, meu. O pior é que tem fãs.

Z : Sem se falar que pretende levar Youngblood pro cinema!!!!! Imagine só, atores com elefantíase atuando, huahuahuauha.

FM : huahuehueahuehueahuehueahuheuheauhaeuhaeuhueahaeu. Deviam fazer uma paródia. Um filme de comédia. Aí sim!

Z : Pior que ele se leva a sério como desenhista tanto quanto Uwe Boll se leva como diretor

FM : hauhuhueaheuaheauueahea, é por aí mesmo. Sempre tem esses tipos. Mas, sinceramente, odeio o Jim Lee. Ele fazia um trampo bacana antes. Mas esta fase nova dele com o "Batman - Silêncio" entre outras coisas pra DC é um monte de merda fumegante. E todo mundo gosta do cara.

Z : Nostalgia, talvez?

FM : É, talvez.

Z : Você chegou a ler essa saga?

FM : Então, emprestei "Silêncio" encadernado do meu amigo. Na terceira página eu parei. O cara não sabe de narrativa nem nada. É um monte de rabisco que parece tudo a mesma coisa.

Z : Exatamente. Sempre pensei isso, mas agora são palavras de quem entende, hehe.

FM : Eu tenho umas HQ's bacanas dele nos X-Men, mas são poucas. Pô, tava relendo umas edições do Wolverine de 94 aqui do Brasil com o Marc Silvestri. O cara era muito bom, depois desaprendeu a desenhar. Ele manjava muito mesmo, estilo soltão, nada de Jim Lee.

Z : Falando em artistas gringos, fazem dois anos que você entrou pro mercado americano, certo? Nesse período quais foram seus trabalhos?

FM : Cara, fui contratado logo de cara pra fazer uma graphic novel pintada do Alan Moore, chamada "Light of Thy Countenance"(imagem) que saiu em março nos Estados Unidos e ficou em segundo lugar em tps mais vendidos só perdendo pro Watchmen, mas antes de começar a graphic fiz um livro de pin ups pra personagem Lady Death e varias capas e fui alternando as paginas da graphic novel com outras capas na maioria de trabalhos do Warren Ellis como "Crécy" e "Anna Mercury".

Z : Essa capa do "Light of Thy Countenance" do Moore ficou excelente. Ele disse alguma coisa em relação a sua arte?

FM : Sim, durante o processo de feitura da graphic novel tive contato apenas com o editor da revista que por sua vez conversava com o Moore e com o Anthony Johnston que ajudou a adaptar a novel pros quadrinhos...mas depois que ela saiu Moore disse a um site gringo: "A adaptação de Light of thy Countenance por Felipe Massafera e Antony Johnston é provavelmente mais contundente que a história original." O que me deixou sorrindo por semanas.

Z : Totalmente compreensivel depois de levar um elogio do barbudo mais exigente no ramo, hehe

FM : Sim, sim, foi algo realmente incrível.

Z : E você foi convidado pra FX International, em Orlando. Me responde uma pergunta que todos querem saber. E a mulherada no evento? (rs)

FM : hahahahaha. Ah...as mulheres *suspira*...meu Deus, cosplays de Mulher Hulk, Hera Venenosa, Silk Spectre e muitas outras. Eram de endoidar qualquer um.
Erva da boa. rs.

Z :
Até os mais acostumados a desenhar mulheres sem roupa, né?

FM : Com certeza. (risos)

Z : E o retorno do pessoal de fora, como foi?

FM : Foi melhor do que eu esperava. Foi uma convenção pequena se comparada as grandes San Diego Comicon e outras do mesmo porte mas mesmo assim muita gente parava no estande da Avatar e falava que adorava meu trabalho ou que tinham visto meu video pintado a Zatanna no YouTube (vídeo disponíver no fim da matéria)....foi muito legal ter esse tipo de experiência com os consumidores do trampo que eu faço.

Z : Vou revelar uma coisa agora, mas que fique bem claro que minha vida está em risco. Tem uma amiga que faz parte do blog, loira, de olho azul e nerda de respeito com uma infindável coleção de quadrinhos que está doida pra saber seu estado civil.

FM : Hahahaha solteiro crônico. Como diria Ian Malcolm: "Estou sempre a procura da futura ex senhora massafera. "

Z : Rs. Ótima!

FM : Hahaha, isso soou canalha demais hahaha. Edita aí.

Z : Não. Hehe.

FM : Droga. Brincadeirinha, moças.

Z : Então é isso. Muitíssimo obrigado pela atenção, parabéns pelo trabalho e pelo merecido reconhecimento e muito sucesso pra você, meu velho.

FM : Abraço, Z. Até a próxima!


Zatanna by Felipe Massafera

Freud Explica

E ae, cambada, duas semanas sem Freud Explica!! Que beleza, hein? Tem uma galera preparando os fogos de artifício ai, crentes que se livraram de mim!!

Mas nããããããoo, não é assim não, malandrão!! O velho Freud aqui é duro na queda!!

Seguinte, peço desculpas pelas falhas. Teve trampo em excesso aqui, teve feriado de São Jorge (sim, o matador de dragões) na quinta passada (só no Rio galera, morram de inveja) e por isso deixei o Uarévaa na mão, mas tamos de volta, atendendo as súplicas de uns 2 ou 3 que deram falta dessa humilde coluna. Vlw pessoal!!!

Pra começar, tenho uma resposta de quase um mês que ficou incompleta, então vamos a ela:
Pergunta de Rufus, o Bode!: "Não, nossa ciência não é uma ilusão. Ilusão seria imaginar que aquilo que a ciência não nos pode dar, podemos conseguir em outro lugar." — Freud
Essa frase é realmente sua ou é de algum wannabe? Se a frase não for sua, você concorda com ela?
É minha não, cara, eu só só um blogueirin de merlin... Essa frase ai é do pai da psicanálise, um Freud ainda mais véio que eu. Ela vem do texto O Futuro de uma Ilusão, que eu acabei de achar na net e não tive tempo de ler ainda, não gostaria de opinar agora sobre a frase fora de contexto, mas retomo esse tema sem falta na próxima coluna, beleza? Quem mais quiser ler, o link tá no nome do texto, quem sabe podemos discutir algo profundo aqui semana que vem, hein?

Então vamos ao complemento que eu fiquei devendo... Li o texto do verdadeiro Freud (que na verdade é um livro inteiro publicado por ele em 1927) e é bastante interessante, mas realmente nem precisava ter lido pra responder essa, pois o sentido que eu imaginava pra essa frase, fora de contexto, acabou sendo exatamente o mesmo ao ler o livro todo.

Resumão, MUITO RESUMIDO MESMO da bagaça: Segundo o velhinho de charuto, a religião, com as idéias de um pai todo poderoso que zela por nós e promete a vida eterna, aplaca uma série de insatisfações comuns aos homens que entrariam em atrito com a necessidade de viver na civilização. Ele bate e assopra na idéia de Deus (mais bate que assopra) dizendo ser uma ilusão mas reconhecendo sua necessidade para a civilização. A parte mais polêmica certamente é quando ele compara a religião com uma “neurose obsessiva infantil”, uma fase da humanidade que deve ser superada para dar lugar à razão científica.

Mas a pergunta era simplesmente se eu concordo, certo? Vou parar de enrolar e chegar logo lá: NÃO!!

Posso ir para o inferno agora pelo que vou dizer, mas a questão é que, assim como Freud, eu considero difícil crer em Deus da forma como a igreja o coloca, o ser todo poderoso consciente que olha por nós (e faz de nós todos participantes do maior reality show de todos, hehehe) mas eu discordo do velhote quando ele atribui que a ciência vai ter um dia explicação racional para tudo. Não vai.

Cada descoberta científica se desdobra em muitas outras. Ele mesmo cita, coisas dadas como certas em uma época, mudam totalmente quando se descobre mais do assunto. E, não sei dizer como, haja ou não uma entidade superior, eu acredito que há alguma razão maior para a existência da vida, algo que nunca será totalmente compreensível e faz com que os complexos mecanismos universais existam e botem a máquina toda pra funcionar. Quem sabe se a fé, de alguma forma, não faz parte disso? Muitos cientistas acreditam e trabalham em cima dessa questão. Um dia saberemos? Eu duvido.

Perguntas de Monster:
1) Mussum e Zacarias vão voltar em Blackest Night?
Claro que não, pois a DC certamente só vai trazer de volta gente sem graça alguma comparado a essas figurassas hilárias que nunca poderão ser substituídas.
2) E quem vc confia no Uarévaa (depois da revelação final do Algures)?
Eu acredito em mim. Em Yoko e em mim... Opa, quer dizer... Na Yoko é o John Lennon quem acreditava... No Uarévaa todos são suspeitos até que se prove o contrário, temos até um Skrull na equipe!! Aqui só acredito em mim mesmo (mas não recomendo a ninguém fazer o mesmo, Muaaahahahah).

Pergunta de Rufus!, o Bode: Esta correto afirmar que a maioria das pessoas é mediocre?
Eu diria mais, todo mundo é medíocre, de alguma forma. Cuma? Sim, é isso mesmo....
Medíocre básicamente significa mediano, comum, portanto qualquer um que não se destaque dentre a maioria pode ser considerado medíocre. Como para se destacar, óbviamente, a pessoa deve estar acima da média, é impossível que a maioria se destaque, então, sim, a maioria das pessoas é medíocre. Falando assim, pode soar natural ser medíocre, mas não é nada agradável ser considerado assim, irrelevante, vulgar, até porque tudo depende muito do critério utilizado para “medir” essa mediocridade. Todo mundo é medíocre se você considerar que é impossível se destacar em tudo. Quem se destaca, por mais áreas em que consiga, sempre vai ter um número ainda maior de coisas em que é medíocre. E uma pessoa das mais “simples”, que nunca tenha alcançado nenhum destaque, talvez considerada medíocre por todos, pode às vezes te passar através de uma mensagem ou atitude algo que valha mais do que muita coisa “importante” que você já fez ou aprendeu na vida.

Perguntas de Madruga Man:
1) Se a gente pede um café no restaurante, o café vem frio a gente reclama, se o cafe vem quente a gente esfria, pq?
Porque a tiazinha do cafezinho não é a Mãe Dinah, ou ela serviria o café exatamente na temperatura que cada pessoa gosta de tomar, hehehe

2) Direito penal é aquele q trata das relacoes entre aves?
Tudummm-Tssss…. Apelo ao meu direito blogal de não responder essa tiradinha infame.

3) Pq cueca nao se chama Paueca?
Porque a cueca serve pra proteger as partes íntimas masculinas, e existem homens eunucos, como o Bátema, por exemplo, que não tem pinto algum para proteger. Portanto chamaram de cueca, de forma a não discriminarem os eunucos, afinal todos os homens tem a parte de trás, pelo menos. Há também a teoria que o nome venha da utilidade da veste em aparar a eca que, obviamente, não sai do pinto.

Perguntas de Marcelo Soares:
1) Com quantas críticas se faz um quadrinho nacional?
Com nenhuma. Podem ser quantas forem, mas só elas, por mais importantes ou não, construtivas ou não, relevantes ou não que sejam, não fazem nada sozinhas. Se dependesse só de críticas não haveria nenhum quadrinho nacional.

2) Por que o nerd brasileiro é tão louco por Super-Heróis Nacionais?
Ele é? Sério? Está certo disso? Como já discutimos num ótimo texto do leitor Fábio, Super-Heróis brazucas nunca emplacaram aqui como lá nos EUA. Torço cada vez mais por bons quadrinhos brazucas, mas dos poucos que já li ainda não conheci um de super-herói brasileiro (não estou falando simplesmente feito aqui, mas com características e estórias passadas no Brasil) com potencial pra se tornar um grande sucesso, nem mesmo que seja restrito aos “nerds”.

Pergunta de Rafael Rodrigues: Porque?
Porque SIM e não discuta que você é novato aqui, Sr. Rodrigues.

Perguntas de flasHQ:
1) Por que o Superman em um desenho velhaco (aquele onde ele falava "para o alto e avante!" que passava no SBT) sempre repetia: Santa Escócia?
Porque adaptaram assim a expressão “Great Scott!”, que os americanos usam pra expressar surpresa, e que o Super também usava com frequência nos quadrinhos, embora Santa Escócia não tenha Nádia a ver com a expressão original, hehehe... Outro personagem famoso a usar muito essa expressão é o Doc. Emmett Brown, da triologia De volta para o futuro.

2) Por que dizem "Macacos me mordam"? Qual a origem e significado disto?
Posso estar enganado, mas creio que foi mais uma dessas “traduções” espetaculares feitas aqui para substituir expressões de desenhos americanos, nesse caso, no desenho do Popeye que falava "Well, blow me down!" (“Bem, ventanias me empurrem!") e aqui acabou virando não só “Macacos me mordam!", mas também "Tubarões me mordam!" ou "Camarões me belisquem!" O significado, assim como a Santa Escócia, era de surpresa diante de alguma coisa.

3) Qual o primeiro super-herói americano? Qual o priomeiro super-herói japones? Qual o primeiro super-herói do mundo?
Ok, reuni essas 3 numa só pra facilitar o entendimento pois essa é bastante controversa. No blog antigo já respondi a uma pergunta parecida, explicando que considero o Superman como o primeiro super-herói, pois antes dele o próprio termo super-herói não existia, apesar de já existirem outros personagens que poderiam se enquadrar no que se considera um super-herói. Exemplo: O Zorro é de 1919 enquanto o Super é de 1938. Outro exemplo é o Fantomas, criado em 1930 por Ichiro Suzuki e Takeo Nagamatsu, que é considerado por todos o primeiro Super-Herói Japonês, e foi criado antes do Super Homem.

4) Quais os heróis brasileiros mais relevantes?
Se estamos falando de Super-heróis, (porque se forem heróis nacionais históricos, a lista é grande, meu amigo) creio que os mais famosos até hoje são o pioneiro aqui, Capitão 7 e o Raio Negro de Gedeone Malagola, mas não posso deixar de citar o meu favorito, o OVERMAAAAN!!


5) Como saber se um determinado hermafrodita é uma moça com um bingulim de brinde ou um cara com uma perereca acoplada?
Cara, esse lance é complicado. Geralmente os intersexuais (termo correto para quem nasceu fisicamente entre o sexo masculino e o feminino, tendo parcial ou completamente desenvolvidos ambos os órgãos sexuais) tem um dos órgãos mais desenvolvidos do que o outro o que eventualmente leva a decisão de eliminar o órgão menos desenvolvido. São raros os casos (1 a cada 2000) em que ambos os órgãos se desenvolvem igualmente. Só que muito se discute hoje sobre a legitimidade de se retirar um órgão sexual deles logo que nascem, como acontece a maioria das vezes, pois a “identidade sexual” do indivíduo só poderia ser determinada quando ele tivesse discernimento para decidir a que sexo pertence.

6) Por que o Gordon Schumway era chamado de Alf?
Porque esse era o nome verdadeiro dele lá no planeta Melmac, de onde ele veio. Pô nem acredito que você não sabia dessa… mas tudo bem… TÁ LIMPOOO!!
------ ERRATA ------
Eu sou um jegue, e respondi essa na pressa, foi a última que entrou pois eu já tinha fechado as respostas outro dia e hoje ao postar que percebi que tinha mais uma. Uarévaa... O fato é que , na pressa, li a pergunta errado, e, como o próprio flasHQ comentou ai, a resposta correta seria que ALF é a sigla para Alien Life Form (Forma de vida alienígena), e é por isso que o personagem é chamado assim na Terra.

Pergunta de Hammer: qual o video game mais longo do mundo (o que as pessoas perdem mais tempo jogando para zerar)?
Rapaz, dessa aqui eu realmente não consegui a resposta. Procurei um bocado pela net, óbviamente por jogos possíveis de se zerar, pois tem muito jogo que simplesmente não acaba. Encontrei muita gente citando os jogos Daggerfall e Oblivion, da série The_Elder_Scrolls e um cara no Yahoo Answers disse que é o NetHack, mas nenhuma fonte que eu pudesse comprovar a resposta. Então deixo essa pro VOCÊ EXPLICA de hoje. Vamos ver se algum de vocês consegue me superar na habilidade de busca Netgooglewikipediana e trazer uma resposta definitiva pra essa (com alguma explicação ou fonte que comprove isso, claro).

E o vencedor do último VOCÊ EXPLICA, Freud, vai falar ou não? Claro!! A pergunta era "O que fazer se apenas um dos irmãos siameses for condenado à cadeira elétrica?" e mais uma vez ele, Rufus!, o Bode, o cara que acha que não sabe perguntar, soube responder!!

Só há problema se os brothers estiverem juntos pela bunda, se for por outra parte do corpo da pra só um se sentar, se não for esse o caso é só mudar a sentença pra câmara de gás e dar uma mascara pro inocente.

Palmas pra ele que venceu a segunda seguida!! E vamo que vamo, continuem perguntando que prometo estar aqui quinta que vem.

Abraço e bom feriadão a todos.

De fora da panela

Essa é a coluna escrita por voce, leitor do blog, que viu, leu, ouviu, pensou, etc... algo legal por ai e quer dividir com a gente. O tema é livre, se coça ai e manda seu texto para uarevaa@gmail.com. Hoje o Diogo Mourão colabora conosco trazendo sua crítica para o mais recente filme da Marvel Studios a chegar por aqui... err... bem... direto pada DVD..

Punisher: War Zone

Depois de alguns anos do filme do Punishero com Tom Jane no papel de Frank Castle, agora ele volta, em dvd (de novo, por causa da baixa bilheteria, de novo) em Zona de Guerra, o 3° reboot do personagem do cinema. Reboots são algo complicado, porque se baseia no timing que as pessoas tem com um certo personagem. E o Justiceiro é aquele tipo de cara que só os leitores de hq compreendem em sua extensão, pq em outras mídias ele não teve ainda tanto sucesso. Porque, para e pensa, o leske filhinho de papai vai ver o filme e falar ‘‘o cara é foda, mata pra caralho” ou no máximo pensar “isso parece coisa do Domingo Maior”.

Mas afinal, o que raios se trata o personagem, de fato? Pelo menos pra mim (meus professores de redação me matariam por estar falando na primeira pessoa,mas que se dane) ele viu sua família toda ser chacinada, o que por si só já deixaria qualquer pessoa acabada. Mas ele decide simplesmente acabar com a criminalidade do mundo, digamos, do modo mais pratico. Matando todos os criminosos que ele vê pela frente. O cara é uma carcaça seguindo um propósito. Comer, beber, descansar e outras coisas consideradas normais por nós pra ele são espasmos do corpo pro homem parar alguma hora. A caveira (momento tropa de elite) é mais do que algo pra intimidação, é um símbolo, uma filosofia do qual abraça sem vergonha nenhuma, nem que isso lhe custe sua própria humanidade. Ele perdeu aquilo que considerava tudo, e passou a abraçar a morte como conforto e amiga pra seguir seu caminho como um soldado obstinado. Ele tem suas convicções, não vai sair matando qualquer um por aí a toa. Ele tem consciência de quem vai matar e porque, por motivos que qualquer um classificaria como coisa pra filha da puta.

Não, não escrevi tudo isso pra demonstrar que conheço o personagem, ou qualquer outro motivo que certamente vocês vão falar e tals, mas porque isso é o principal fator positivo do Zona De Guerra. O personagem está lá, o que faz ele foda está lá. MAS, não adianta ter a idéia sem uma boa historia por trás. E esse é o pecado do filme, não que a historia seja um lixo, mas porque dá a impressão de que foi meio mal trabalhada, no sentido se parar e perceber que é mais só um filme de hq. Um comum entre um gênero.

Se lembra quando um dos roteiristas foi enxotado e desceu a lenha do filme? Uma das coisas que eu me lembro que ele disse (não com essas palavras exatamente) é que o filme seria sério e adulto, mas transformaram isso em um monte de clichês do gênero. E isso em parte é verdade, mas a roda tem que ser reinventada à partir do molde. Você infelizmente não vê isso nesse filme...

Vamos a história: Em comentários e flashbacks durante o filme, vemos o tenente da marinha Frank Castle (Ray Stevenson) ver a sua família assassinada pela máfia e a partir daí começar a caçar aqueles que são julgados mas não condenados pela sistema judiciário. Anos mais tarde, a máfia italiana fica na mira do Punishero e é massacrada após a visita do gânsgter narcisista Billy Russoti, O Belo (Dominic Monaghan, depois falo do elenco) e após uma dica de um policial (a policia de nova york inteira paga pau pra ele) ele parte atrás a desfigura seu rosto num triturador de vidro, Os problemas acontecem quando sem querer querendo Castle mata um agente da CIA infiltrado e um amigo desse cara assassinado parte atrás dele querendo prendê-lo, e Russoti sai vivo, completamente desfigurado e vira o Retalho e deseja ser o maior mob de NY e matar o Justiceiro de uma vez por todas, organizando um exercito junto com seu irmão canibal-masoquista-sádico Lonney Bin Jim ou James Russoti pros chegados. Com um cara era um dos poliças e sumiu com a grana, Retalho sai a caça da família do agente pra reaver o dinheiro perdido. Pra encurtar a historia, Microship morre, Castle mata geral, salva as mulheres e segue a sua caça interminável por justiça. Do jeito que for.

Agora ao casting principal. Ray se sai bem como Punishero, consegue ser mais articulado que Jane, apesar de eu achar o personagem (e o filme) meio que uma versão soft do Punishero, mesmo com toda a violência que tem (a frente falo disso). Retalho ficava melhor quando não era desfigurado, porque depois disso fica meio caricato demais, sabe Tommy Lee Jones como Duas Caras? Então é pro esse caminho, só que BEM mais contido, mas mesmo assim não se torna um vilão tão interessante quando LBJ, que rouba a cena dele a partir do momento que aparece e dá uns sopapos com Frank lá pro fim. O interessante é o que o personagem não existe na hq, mas no caso do filme se encaixa muito bem com o Retalho deles. Em geral, sobre Russoti, esperava algo mais macabro, mas maléfico do que foi feito. Microship (Wayne Knight) participa do filme mas esperava algo mais importante da parte dele, mas o gordinho do Jurassic Park faz bem sua parte e segura suas cenas enquanto pode. Achei sacanagem terem matado ele.. No núcleo anti Justiceiro, Soap (Dash Mihok) as vezes fica um alivio cômico descartável e o Agente Budiansky (Colin Salmon, a Uma Thurman do Paul WS Anderson, já que esteve no Resident Evil e AvP) é um personagem interessante, por ser uma versão do Castle mais ligada a justiça, mas o excesso de palavrões as vezes não trás a seriedade que tenta passar. Julie Benz (Angela) e Stephanie Janusauskas (Grace), esposa e filha do agente morto, respectivamente, se dão bem no filme, mas Grace se dá bem melhor em cena.

Agora sobre a ação.. Cansamos de ler que o filme teria violência no estilo Marvel Max e, sim, ela tem. É naquelas horas que você vê a cena e começa a rir pelo simples fato de serem surreais demais pelo nível de sanguinolência, tipo quebrar o crânio de alguém com um soco só e sair litros e litros de sangue. Mas no geral, as cenas são muito bem feitas, e a seqüência do Hotel Bradstreet é bacana.


No geral, o que podemos dizer? É bão? É bão, mas mesmo com tanto sangue, e violência e ser fiel a hq mais explicitamente, achei meio soft demais do jeito que conduziram a história. Curto pacas o filme com o Jane (vi também com o Douph Lungdren, mas faz tanto tempo que nem me lembro direito) e mesmo tendo tirado leite de pedra, por ter feito o que fez com praticamente com esmolas, mas foi mais livre, no sentido de que eles poderiam fazer o que quiser (ou até o orçamento deixar), e mostrar como o homem sedento por vingança pune quem destruiu sua vida e a partir daí segue pelo mundo fazendo o mesmo por aqueles do qual a justiça não olha. Lexi Alexsander fez um bom trabalho, até pelo fato de ter mais grana em caixa, mas aconteceu de todos meterem o bedelho e no final terem impedido de sair uma resultado mais próximo da idéia originalmente pensada (vide a misteriosa saída e volta de Lexi da direção). No final,ainda estamos esperando ver uma versão do Justiceiro feita corretamente nos cinemas...

Nota 6.0

Extras: O pacote básico, Making Of, treinamento militar do Steveson, sobre a maquiagem do Retalho e sobre a (ótima) fotografia do filme. E o trailer do filme de vampiros do Steven Seagal, terei de ver esta porra!!!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Irmão Olho

Por que o mundo não precisa dessa Mulher-Maravilha?
Por Marcelo



É, o título confesso que é um pouco agressivo, mas em tempo de Datenas e Ratinhos temos que acompanhar a maré às vezes. Esse post é uma cortesia básica do SBT, que exibiu dia desses Superman – O Retorno, e de onde veio a inspiração não só para o título, mas para a temática da postagem. Então você já deve saber o caminho que seguiremos hein?


Wonder Woman (o nome original da personagem mané!) foi a primeira heroína criada pela indústria dos quadrinhos, em 1941 pelo psicólogo William Marston, como fruto de uma percepção da necessidade de valorizar as capacidades femininas e seu potencial em um período de guerra mundial. Ou seja, para a DC, na época com o nome de All-American Publications, era bom ter uma mulher em suas revistas para chamar o público feminino, e, ao mesmo tempo, saciava a vontade delas de se sentirem menos impotentes perante o mundo do patriarcado. Levemos em conta que a revolução do feminismo só viria mesmo décadas depois.

Então assim, A Princesa Diana, de Themyscira, filha da rainha das amazonas Hipólita e esculpida por Atena a partir do barro (um bom simbolismo para uma criação igual a do homem na bíblia), chegou ao “mundo dos homens” em uma missão de paz, em luta contra a guerra do Deus Ares. Tudo muito bonito não? Dentre desse contexto entendemos bem o porquê de seu surgimento, sucesso e união em uma Trindade de Heróis principal (junto com Superman e Batman, três faces de uma moeda em minha opinião). Mas, não precisa ser gênio para perceber que na sua construção, mesmo sendo um personagem feminino/feminista, se teve muito do olhar masculino/machista. Começando pelo seu uniforme fetichista (com roupas mínimas e laços, um tipo de combo sadomasô) e a atitude de brigar primeiro e perguntar depois, e por anos essa foi a imagem de mulher que os quadrinhos propagou – junto com as Poderosas, Mulheres-Gavião e Supergirls da vida.

Porém, hoje em dia, vivemos em novos tempos, onde a mulher conseguiu seu espaço no mercado de trabalho; inverteu lógicas de constituição familiar (mães solteiras, separadas, com maridos que cuidam da casa) e sempre me perguntei se uma heroína com ares gregos, formação masculinizada, é o ideal para representar nesse mundo tão simbólico quanto os quadrinhos as mulheres do Século XXI.

Desde a Crise nas Infinitas Terras, e sua reformulação pelas mãos de Marv Wolfman e George Perez (fantástica por sinal), a princesa das amazonas tenta se encontrar no novo mundo que lhe foi apresentado. Suas histórias basicamente se prendem em eventos ligados a mitologia grega, crossovers com outros heróis, e tentativas de engrenar coadjuvantes bons. Há última coisa interessante que li dela foi à fase de Greg Rucka onde ela não tinha identidade secreta, era embaixadora de Themyscira na ONU - tendo como base de operações a própria embaixada, em Boston, nos EUA. Porém, após os eventos de Crise Infinita, Themyscira desapareceu da Terra por intervenção das deusas do Olimpo, e a embaixada foi fechada. A heroína agora usa uma identidade civil secreta, adotando o nome de Diana Prince, assim como ocorria na continuidade antes de “Crise nas Infinitas Terras”. Ou seja, em constante eterna mudança.

A situação para mim se agrava mais ainda depois de ver histórias como Alias, de Brian Bendis, e de René Montoya, em Gotham Central. Momentos que deram a personagens femininos personalidade e força diante de um mundo cruel e em tons de cinza. E taí, um bom motivo que pode ser a falta de profundidade da MM (a mulher, não o chocolate) atualmente: o conservadorismo editorial da DC, que deixa de pensar coisas inovadoras, tirar esse caráter maniqueísta que se agregou as histórias dos principais personagens da DC (Morrison no Batman e Johns, Robinson no Superman estão conseguindo até isso).

Para Marston, as mulheres eram mais honestas e confiáveis do que os homens, daí, a Mulher Maravilha ser a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que deve governar o mundo. E Rucka até chegou perto, com uma Mulher-Maravilha política, com opiniões e o resultado disto no restante da humanidade, que é comandada por homens e cuja religião é judaico-cristã, diferente então, da religião da Princesa. Pela primeira vez desde sua reformulação se teve uma personagem firme, que sabia que nada mais era do que um pião nas mãos de deuses. O tal Feminismo proposto na gênese da personagem coloca que as mulheres são iguais aos homens, porém, com uma Super-Mulher voando pelos céus do mundo, a imagem que se tem que passar é de que as mulheres possuem o potencial não somente de serem tão boas quanto homens, mas de até ser superiores a eles.


Dica: Um site onde podemos ver visões diferentes legais da Mulher-Maravilha é o Zeus Comics

Até a próxima. Vida longa e próspera!

Uaréview

Outro dia, dando uma olhada num sebo aqui perto do trampo, me deparei com uma HQ gringa, chamada Justice Inc., que parecia interessante. Uma minissérie em duas edições, e tinha as duas lá de bobeira, a 4 merrecas cada... Vou dizer a voces: dinheirinho muito bem gasto!! Assim que li, pensei em falar dela aqui e, pra quem não a conheçe, confie no velho Freud e confira nesse post um pouco mais sobre a...

Justiça Ltda.



Ok. Uma edição gringa, de 1989 (mais velha que alguns leitores desse blog, hehehe), achada num sebo... Não importa o quanto eu tenha gostado dela, qual a utilidade de fazer um post sobre isso? Aconteçe que essa criança já saiu aqui tambem, e não deve ser tão difícil assim achar a versão brazuca dela "nos sebos da vida", ou até, quem sabe, a galera que curte uma F.A.R.R.A. consiga ler ela "de grátis"? Hein? Hein?

O personagem principal da HQ é o Vingador, um antigo herói pulp, assim como O Sombra, porém bem menos famoso. Somos apresentados a surreal origem do Vingador numa sequência muito bem bolada que mostra ele mesmo assistindo sua estória num desses curta metragens em série que eram exibidos antes dos filmes principais nos EUA lá pelos anos 40.

O Vingador é Richard Benson, um caçador aventureiro e milionário que, devido a um acidente (onde ele perde sua esposa e filha) ficou com o rosto e o cabelo totalmente brancos e os músculos da face paralisados e maleáveis, e desenvolveu a habilidade de manipular seu rosto para se tornar um mestre dos disfarçes. Ele sai em vingança contra os causadores do acidente e, feito isso, se torna um vigilante, fundando junto com alguns amigos uma agência chamada Justiça Ltda., dedicada a combater o crime, mas.... bem... Na época em que começa a trama dessa HQ (1948), as coisas não estão indo muito bem pra ele. A agência praticamente só pega casos pequenos, de adultério, e seu desejo de "servir justiça" parece cada vez mais distante.

Mas estando em 1948, bem no início da guerra fria, uma pessoa com tais talentos não passaria despercebida pelo governo americano, claro, e o herói, embora relute, acaba persuadido a colaborar com ações secretas que ele logo percebe, não terá muito do que se orgulhar.

Entre novas missões, uma cirurgia com implantes para aumentar seu "poder" de disfarçe e descobertas surpreendentes sobre o acidente que vitimou sua família, algumas reviravoltas bastante interessantes acontecem na trama. Em quem ele pode confiar? Na agência de segurança do governo? Nos seus ex-companheiros da Justiça Ltda.? Nos seus próprios inimigos?

O ótimo roteiro é do premiado Andrew Helfer, que já foi editor da DC, e a arte é do fodão Kyle Baker, num de seus primeiros trabalhos e, cara, a arte é impressionante. Muitas vezes, quando se pegam os primeiros trabalhos de um grande desenhista, voce percebe que de início deixava a desejar ainda, que estava desenvolvendo seu traço.... Pra mim não se nota nada de menor na arte do então "iniciante" Baker dessa HQ, muito pelo contrário. Em muitos momentos o estilo dele nessa hq me lembra o Bill Plympton, que fazia aquelas incríveis vinhetas surreais que passavam na MTV. A colorização, principalmente da pele dos personagens nas expressões faciais, está muito bem feita tambem.

O Vingador já teve uma série ainda mais antiga pela DC, de apenas 4 edições, escrita pelo Denny O´Neil e com arte do mestre Jack Kirby à partir do número 2. Essa série tinha estórias baseadas nos antigos livros pulp do personagem. Essas eu ainda não tive saco de ler porque não curto muito scan. Mas quem se interessar em ler (em inglês), depois me conta o que achou, por favor. Teve tambem um crossover numa edição do Sombra, também escrita pelo O´Neil.

Espero que se interessem e curtam tanto quanto eu, especialmente o Sr. Marcelo Soares, hehehe, pois nesse review eu meti o bedelho na área dele, afinal a HQ é da DC, embora o personagem não seja (estava licenciado pra DC temporáriamente na época).

Moura em Série

Armação Ilimitada

Saiu essa semana a noticia que Armação Ilimitada, a série global do final dos anos 80, vai virar filme.
Bem, posso dizer que que quando li essa notícia fiz um UOU! Com um sorriso na cara e os bracinhos levantados.

A garotada mais nova que visita o blog não deve sequer lembrar do que se trata, mas pessoal que tem a idade mais próxima ao Freud (ok, ok... nem tanto...) deve guardar na memória as aventuras dos surfistas malucos Juba e Lula, a namorada deles, Zelda, e do garoto Bacana.

Bom, vamos as informações básicas: a Armação era uma série que começou em 1985 e durou até 1988, inicialmente apresentando uma vez ao mês, depois quinzenalmente, passava na sessão Sexta Super e veio de uma idéia dos atores, e protagonistas, Kadu Moliterno e André de Biase. Daniel Filho, o diretor, colocou uma fé no projeto e investiu no programa.


Juba e Lula faziam bicos dos mais variados em sua firma, a Armação Ilimitada, sempre envolvendo esportes radicais e investigações. Os heróis garotões dividiam apartamento com a jornalista Zelda Scott, a Andréa Beltrão, que namorava os dois ao mesmo tempo e não conseguia se decidir com qual dos dois iria ficar. A família ainda contava com Bacana (Jonas Torres), um garoto órfão adotado pelo trio que fazia as vezes de secretario do grupo.

Zelda era filha de um exilado político, refletindo então a recém derrubada ditadura.
Ronalda Cristina (Catarina Abdalla) era a melhor amiga de Zelda, uma maluca que sempre estava seguindo a ultima moda, e dizia que sua filha era fruto da relação com um alienígena.
Francisco Milani, o saudoso, fazia o Chefe do jornal Correio do Crepúsculo. Ele era simplesmente chamado de Chefe, e dava a jornalista as mais bizarras reportagens.
Todos os episódios eram narrados pela Dj Black Boy, vivida por Nara Gil.


Mas o que tinha de bom nesse programa? Armação foi inovador (e ainda seria hoje em dia), pois tinha uma edição de videoclipe, um triangulo amoroso que na verdade era um grande ménage, metalinguagem, citações mil a cultura pop, e toda uma estética de quadrinhos, com cores fortes e cenários surreais.

O próprio escritório da turma tinha escadas que não levavam a lugar algum, e uma grande F-1000 com o nome da empresa no meio da sala.
Cada episódio mudava completamente a fotografia e tudo mais, jogando Juba e Lula em praticamente mundos diferentes, do sertão nordestina, as praias cariocas, outros planetas ou o velho oeste.


As reuniões entre Zelda e o Chefe eram um show a parte. Surrealismo total, pois a cada encontro todas as metáforas tomavam forma real. Os cenários, figurinos e situações eram absurdas, todas relacionadas a conversa dos dois, sem sair do escritório.

A série antecipou tendências , como os esportes radicais que tanto fariam sucesso nos anos 90, e os protagonistas, como esportistas na vida real, dispensavam dublês para as cenas de ação. Isso rendeu a Kadu Moliterno três costelas e dois dentes quebrados.
Além disso, pelo baixo orçamento, o próprio elenco ajudava na parte técnica, carregando material e tudo mais.

Há alguns anos a idéia de se fazer um filme da série vem sendo cogitada. Kadu Moliterno já apresentou o roteiro e aparentemente tudo se encaminha para um futuro cinematográfico para a dupla. Kadu e André já confirmam presença, mas ainda não há nada certo sobre a presença de Andréa Beltrão, Jonas Torres e Catarina Abdalla. Francisco Milani infelizmente faleceu em 2005.

Quem não conheceu, dá uma vasculhada e procure conhecer. A série era muito divertida e fez a felicidade da molecada lá nos longínquos anos 80, e acho que agradaria até hoje.

É isso ae galera... até o próximo episódio!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Sushi de Sardinha

Sobrevivendo a um almoço/jantar japonês

Salve salve simpatia! Olha só se não é terça-feira de novo, e cá estou! O tópico de hoje é daqueles de utilidade pública. Imaginemos a cena: Você caro(a) amigo(a) nerd encontra aquela(e) que pode ser sua parte lego faltante, o forte apache dos seus soldados de chumbo. Papo vai e papo vem, e ambos estão descobrindo que gostam das mesmas coisas: Star Wars, Hq’s do Warren Ellis e Action figures (bonequinhos do Comando em Ação). Surge então um convite por parte do outro: Vamos sair, para comer alguma coisa? Você prontamente concorda com um sorriso largo na cara. E ai começam os problemas. Perguntam-te se você gosta de comida japonesa. Provavelmente você nunca experimentou e vai dizer isso. E vem o convite: Vamos num restaurante japonês comigo? E agora José? Recusar e perder essa chance com essa pessoa “perfeita”, ou encarar o peixe cru?




Foi pensando em que diacho escrever vocês que esse guia vem para ajudar! O que comer numa ocasião dessas? O que agrada o paladar brasileiro (arroz, feijão, bife e fritas) na cozinha japonesa? Confira a lista abaixo do que comer e o que evitar para se dar bem!

Sushi – Ao contrario do senso comum sushi não é feito só com peixe cru. Frutas como morango, manga e pepino são utilizadas. Também há a variação em que a alga (nori) fica dentro envolvendo os recheios e por fora vemos ovas de peixe ou gergelim torrado. Recomendo os sushis de frutas no geral (especialmente os de morango e pepino), os com kani-kama e variações menos formais como com tomate seco. Peguem também os de salmão, atum e se tiver, o de sardinha!
Classificação: =) =) =) =)

Wasabi – Meus amigos wasabi, às vezes confundido com a raiz forte, é um tempero, que geralmente é encontrado em forma de pasta. CUIDADO! Cara isso não leva o nome de raiz forte ao acaso! Ponha uma quantidade mínima no seu prato somente a titulo de experimentação. O gosto é meio apimentado,estranho e é forte pra burro!
Classificação: =( =( =( =( =(



Tempura – Oba! Uma massa a base de farinha de trigo e água com camarão, vegetais como brócolis, vagens, às vezes cebola e também com peixe, tudo FRITO, sim camaradas, frito, nada cru! Pode pegar sem medo de ser feliz!
Classificação: =) =) =) =) =)




Sashimi – Aqui a porca torce o rabo! O sashimi é só o peixe cru, que você pode temperar na hora com shoyo e wasabi. Também pode vir com nabo, cenoura e etc. Aqui terá que pegar uma fatia do peixe, dar uma passadinha no shoyo e NHAC! Mastigar. O gosto é fenomenal! Eu adoro mas nunca acostumo com a textura do peixe cru e frio na língua. E é aqui a minha resalva: A textura pode deixar você meio com nojo. Experimente se você for tr00!
Classificação: =) =) =)

Moyashi – Não é nada mais e nada menos que broto de feijão. Cozidos ou em saladas, sempre cai bem. Como é considerado mais um ingrediente que um prato propriamente dito, ele pode ser preparado de diversas formas, desde para se comer frio como cozido e quente, com carnes e etc. particularmente eu não gosto, mas muita gente gosta.
Classificação: =(


Somen – É um macarrão fino, branco, feito de farinha de trigo e água e é servido normalmente frio chamado hiyashi(frio) somen. Geralmente eu encontro ele mais ou menos como a foto ao lado. As diferenças são que eu encontro comumente como uma “salada” sem molhos, com gergelim preto, pepino em fatias, kani-kama e as vezes ovo cozido em pedacinhos. É uma delicia!
Classificação: =) =) =) =) =)


É isso ae pessoal! Qualquer dia desses mando mais dicas, como etiqueta. Tem coisas que são abomináveis numa refeição japonesa!

Referencia: Desce na estação Liberdade do metrô e pergunta pelo restaurante do Simpato Yamasaki.
Banzaaaaaaaai lol

segunda-feira, 27 de abril de 2009

À Beira da Loucura

É chegada a hora! Uma nova e aterrorizante realidade se abre diante de seus olhos e as mais terríveis criaturas chegam às portas da realidade trazendo os mais terríveis pesadelos! Real ou imaginário não faz diferença aqui, pois tudo acontece, por mais desesperador que seja!


Tema macabro:
Metallica – The Thing That Should Not Be




Desde que o cinema existe foram produzidos um sem número de filmes de terror, uns aterrorizantes, alguns ridículos e poucos inesquecíveis. E, desses poucos filmes de terror realmente inesquecíveis, falo sobre um que é muito pouco conhecido pelo público em geral, mas é um bom exemplo do “terror de verdade” que comentei no primeiro post. É o filme À Beira da Loucura.

Realizado por um dos mestres do cinema de Terror, John Carpenter, que nos deu entre outros a adaptação do livro de Stephen King, Christine e o clássico remake de Cidade dos Amaldiçoados, À beira da Loucura tem Sam Neil no papel principal e é um dos melhores exemplares do Terror de verdade.

À beira da Loucura começa quando o investigador de fraudes de seguro John Trent (Sam Neil) é atacado por um estranho que parece alucinado. O estranho acabara de ler um livro de Sutter Cane, famoso autor de terror, considerado o “novo Stephen King”. Logo, Trent é chamado pela editora que publica os livros de Cane para investigar o desaparecimento do autor, que sumiu deixando seu último livro inacabado. Trent aceita o trabalho, mesmo achando que se trata de algum golpe de marketing. A partir daí, as investigações de Trent o leva para o mundo dos livros de Sutter Cane, seus fãs e a uma série de estranhos e inexplicáveis eventos que não podem ser reais. E então o investigador embarca em uma jornada rumo aos mais surreais e assustadores sonhos tornados realidade.




Não pretendo estragar nenhum detalhe do filme contando spoilers, por isso a sinopse acima dá uma boa idéia do que se trata a história. O resto é melhor você ver por si mesmo. Isto é, se conseguir sobreviver até o fim do filme.

O filme consegue ser assustador, perturbador e impressionante pela atmosfera tensa que ele cria, além de brincar com as idéias de autores de terror se tornando realidade (ou não). O terror na história é totalmente psicológico, e é melhor não piscar quando for assistir esse filme, pois cada detalhe conta.

Além disso, o filme é uma grande homenagem à H.P. Lovecraft, pois apesar de não ser uma história baseada em nenhuma obra dele, o filme possui um sem número de referências ao autor: O título original do filme “In the Mouth of Madness (traduzindo literalmente, “Na boca da Loucura”), é um trocadilho com “In the Mount of Madness” (Nas Montanhas da Loucura), um dos mais famosos livros do autor. Além disso, todos os livros de Sutter Cane citados no filme possuem títulos semelhantes aos títulos dos livros de Lovecraft, assim como a própria narrativa emprega elementos do terror psicológico, uso de flashback e o tema da insanidade que são comuns na literatura do autor.

Infelizmente, o filme não foi bem recebido pela crítica e pelo público, pois, obviamente, já que era um terror “à moda Lovecraft”, não havia como ser bem assimilado pela grande massa. A crítica também não deu grandes notas ao filme, o que é uma pena, pois é um filme bastante subestimado e do qual não é dado o devido valor. Porém, para aqueles que querem conhecer o “terror de verdade” que tanto falo desde que iniciei esta coluna, o filme é uma ótima pedida. Mas veja com os olhos bem abertos, não desgrude os olhos da tela e, principalmente, não vá dormir logo depois.


Entrevista com John Carpenter sobre À beira da Loucura (Em inglês – mal ae, pessoal)





Curiosidade:
O Tema macabro deste post também é uma homenagem (minha e do Metallica) à H.P. Lovecraft...


Na Próxima Madrugada:
Eles criam pesadelos. Fewdio. Sem mais

Marvelous Pin

Opa, voltei!! Agora invadindo a coluna da Pin para ser novamente...Nostalgico...
Bom, primeiramente eu gostaria de avisar-lhes que a dona da coluna está até a tampa de trabalho e me pediu para fazer essa pra ela. Como não é a minha especialidade (apesar de ler quadrinhos também e por isso estou no blog...hunf!) é MUITO provável que a matéria não alcance a qualidade habitual da nossa She-Nerd dos olhos esmeralda.
Vou aqui falar um pouco do Hulk. É um cara magrelo que fica verde fortão , Duh..até todo mundo ta careca de saber. Não queria entrar no assunto de séries por que é a especialidade do Moura aqui no Uarévaa mas na década de 80 o verdão arrebentava na sua série live action, nem vou falar da coisa toda, a Pin ou o Moura (pais do Uarévaa) podem suspender meu salário depois..eu hein.
O fato é que em um episódio rolou uma treta mano! E foi com o Thor....alguém viu essa preciosidade?? aHuaHuahuahuahaU

E os caras gostam de se pegar mesmo (uepaaa) em janeiro saiu a animação Hulk VS. Thor (preciso ir lá nos EUA pegar e voltar)

Mas legal mesmo é a Montanha russa do Hulk….aHuahuahuahuahuAaHUaHUaUH eu não ia num treco desse sem ganhar dinheiro!!!


Abraços,
Duende Amarelo.

domingo, 26 de abril de 2009

PalhetadA

Bom dia Galera!!! Meo puta preguiça MONSTRO de fazer essa matéria...confesso deixei pra última hora e vou enrolar pra cacete hein??? Sério hoje vou só fazer uma coisa pra encher lingüiça, mas confesso que é lega de conferir é nostálgico....

Quem aqui se lembra dos fodassos Muppets??? (Alô Moura, olha o gancho ai mano...rs) eu era fã da série, não pelo sapo caco ou pela Miss Piggy, mas pelas referencia que a série produziu e pelo personagem mais foda de todos...ANIMAL!!!! ANIMAAAAAALLL ANIMAAAAAAAALLL Pô o Animal era um batera locão você se lembram? Confere ai..

Fantástico…e a ligação com os Muppets e o Rock não para por ai não...a Miss Piggy já soltou a voz ao lado do Ozzy olha que pérola...rs

Já rolou som até com o Alice Cooper ta pensando o que??? Muppets Rulez!!

R.E.M também tirou uma casquinha na onda Muppets....e mudou até a letra pra fazer uma onda..é mole?

Mas na boa, ver um desafio de bateria com o Animal....não tem preço...


Let´s Rock galera!!
Boa Segunda!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Irmão Olho

Olá povo. Não, você não está louco, o Irmão Olho está sim sendo postado na Quinta-Feira, ao invés do Sãbado habitual. Por que, você me pergunta? E eu respondo: Porque a partir de agora, toda quinta-feira teremos uma postagem minha por aqui. Então esqueçam o sábado, vão passear, namorar ou cantar uma bela canção ok?


DC Comics e o Mundo dos Games
Por Marcelo


O mundo dos quadrinhos e o mundo dos games sempre foram terras muito próximas em todos esses anos de existência mutua. Com a DC Comics não foi diferente, desde os primórdios dos joguinhos toscos em tevês, até os megafodões gráficos 3d para PC, muita coisa foi lançada com os heróis da editora de Julio Schartz. Aqui escreverei só sobre alguns clássicos, então se ajeita em sua cadeira e se prepare para uma viagem no tempo...



Death & Return of Superman

Estilo: Street

Desenvolvimento: Sunsoft no começo dos anos 90, para os consoles Mega Drive e Super Nintendo.

O jogo começa com Superman enfrentando as criaturas do Mundo subterrâneo. Na fase seguinte ele enfrenta punks em Metrópolis (?), culminando com a batalha com Doomsday, onde ele e a criatura morrem. A seguir, seguem-se fases onde se pode jogar com Superman Cyborg, Erradicador, Superboy e Aço. Engraçado que muitas partes da história original foram cortadas, como a participação da Liga da Justiça, apesar de ser mencionada no jogo, da Supergirl e Hal Jordan. Uma curiosidade é que a revista brasileira Super GamePower (alguém lembra?) divulgou, na época do lançamento do jogo uma série "detonado" em que divulgava que ao final do jogo o Superboy e Aço eram fundidos por uma rajada e se tornavam o Superman original. Na verdade, os personagens "fundidos" eram o Superman e Erradicador. Já nos quadrinhos, o Superman Cyborg tentou matar um enfraquecido Kal-El com uma rajada de kryptonita. O Erradicador pôs-se na frente e foi atingido, de alguma maneira sua fisiologia filtrou a rajada de modo que esta devolveu os poderes a Superman. (é, e você reclama das coisas de hoje em dia)




Batman Returns

Estilo: ação-aventura,

Desenvolvimento: diversas empresas de jogos eletrônicos, entre 1992 e 1994, e baseado no filme homônimo de 1991.

A versão para Super Nintendo é, provavelmente, a mais conhecida. Foi lançada em 1993 e possui jogabilidade e gráficos similares aos de Final Fight. O enredo do jogo se desenvolve através de sete cenários do filme. Vários membros da Gangue do Circo Triângulo Vermelho atacam Batman durante o jogo. O morcego conta com vários dispositivos para atingir seus oponentes, inclusive o batarang (bumerangue). Na quinta fase, Batman dirige seu Batmóvel, equipado com metralhadora, e persegue ciclistas e vans contendo integrantes da gangue pesadamente armados. A trilha sonora foi adaptada da trilha composta por Danny Elfman para o filme. O jogo recebeu o prêmio de Melhor Jogo Licenciado de 1992 pela revista Electronic Gaming Monthly (vai reclamar ainda dos tempos modernos?). Aliás, o Cruzado Embuçado é o personagem com mais títulos no currículo. Entre adventures, returns, forevers, vengeances e begins, em torno de 25 lançamentos, contando com o divertido Lego Batman: The Video Game




Justice League Task Force

Estilo: Torneio de combate, semelhante ao Street Fighter e Mortal Kombat

Desenvolvimento: Blizzard Entertainment e lançado pela Acclaim em 1995 para Super NES e Sega Mega Drive/Genesis

Personagens: Superman, Batman, Wonder Woman, Green Arrow, The Flash e Aquaman.

Na história Darkseid ataca a Terra, destruindo uma base militar no processo. Um membro da Liga da Justiça (que o jogador escolhe) pede ajuda a outros membros apenas para ser atacado por esses heróis nos respectivos locais. A medida que o herói derrotas os outros, ele deduz que não são os verdadeiros. Chegando a esta conclusão, o herói luta com a vilã Cheetah e Despero. Ambos levam o herói para Darkseid, que, em seguida, o força a lutar contra os seu clone andróide (vê-se que falta de criatividade não era só nos quadrinhos). Após derrotar o clone, o herói tem de enfrentar Darkseid. Depois que o herói derrota-o, os outros membros da Liga são libertados e a base militar é restaurada. Simples assim, ou seja, puro pretexto para porrada. Veja um teaser do jogo, e sinta medo de Darkseid (se puder claro!)




A DC tem inúmeros jogos, indo de Aquaman (acredite!), passando por Mulher-Gato e até Novos Titãs. Aqui só falei dos crássicos antigos, em outro post futuro falo mais sobre os games mais moderninhos da “Casa das Idéias Perdidas”. Agora jogo de porrada divertido mesmo seria de um embate da maior equipe da DC contra a maior equipe da Marvel, uma verdadeira luta de dois lados de uma moeda. Mas, por que imaginar se os loucos vagabundos existentes nesse mundo virtual já nos brindaram com tal maravilha:



Só me vem a pergunta se a Marianne gostou das lutas?

Boa Vida e Boa Sorte galera.

De fora da panela

Blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... Não enviaram nada... blá... blá... blá... blá... blá... blá ... tema livre... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá: uarevaa@gmail.com.

Blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... na MÃO GRANDE.. Blá... blá... blá... blá... de um de nossos parceiros. Blá... blá... blá... blá... blá... blá... Vini do Submundo Mamão... Blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá... blá.

Usagi Yojimbo
Por Vini

Tenho estado afastado do blog por um tempo, pois além de estar trampando muito, quando tenho um tempo, acabo fazendo algumas coisas relacionadas aos meus projetos em Hqs. Mas uma coisa que não deixo de fazer, é ler. E agora entre o final de Março e começo de Abril estive lendo uma grande HQ.




Comprei essa na semana passada. A revista está fantástica! Os desenhos estão melhores, a ação e o roteiro estão redondos e se você, assim como eu, se encanta pela cultura e pelo folclore nipônico, pode comprar sem erro. Aliás, aconselho a comprar todas essas que falei logo acima! (Via Lettera e Devir, quero a minha parte em quadrinhos, pelo jabá, hãn?!)

A edição abre com uma história bem Taoísta, mostrando um monge que ensina Usagi sobre a música de uma flauta antiga e compartilha com ele de seu maior sonho, ouvir a "A Música do Céu". A próxima mostra Usagi envolvido num duelo por dinheiro, o que achei ser a continuação de alguma outra história da qual eu ainda não li. A história que comanda essa edição é sobre suas espadas, daí o nome da revista: Daisho, que significa o conjunto das duas espadas usadas pelos samurais, a mais longa, chamada de Katana e a menor chamada de Wakizashi. Um enraivecido Usagi sai à caça do líder de um grupo de bandoleiros que as roubou e para recuperá-las, ele se unirá a dois mercenários. Um deles muito conhecido de quem acompanha suas aventuras. Os detalhes de como uma espada de samurai é feita e do que ela representa para o samurai é uma divertida lição de História!

Portanto, Usagi Yojimbo, não é mais uma história de “bichinhos engraçados”. Apesar do humor, as histórias têm ação, muita ação e por vezes é emocionante. E o aspecto histórico de Usagi é fantástico, tornando as histórias mais autênticas, apesar de serem estreladas por animais falantes.

Stan Sakai é um velhinho muito criativo! Eu me identifiquei muito com ele, pois é mais ou menos isso que quero fazer com meus personagens samurais. Além disso suas maiores influências são quase as mesmas que as minhas, entre elas Sergio Aragonés, Milo Manara, Moebius, Jack Kirby, Carl Barks e Akira Kurosawa. Stan também é um premiado letrista por seu trabalho na série Groo, de Sérgio Aragonés, nas tiras dominicais do Homem-Aranha e em Usagi Yojimbo. Recebeu vários Eisner Awards e um Inkpot Award.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Moura em Série

Toma Lá Dá Cá
(Ou a dificuldade em fazer um sitcom brasileiro)

Na metade da década de 90 um programa humorístico ousou desafiar os preceitos dos limites do padrão de qualidade global, com um elenco estelar de línguas afiadas. O uso da platéia e a interação com a mesma, quebrando totalmente a barreira da quarta parede, faziam o elenco do Sai de Baixo apresentar ao publico um humor totalmente novo e surpreendente para a época.
Mas então você se pergunta: Moura, se o titulo do post é Toma Lá Dá Cá, porque pícara você está falando do Sai de Baixo??
E a resposta é simples e você mesmo já deve ter respondido mentalmente. Toma Lá Dá Cá quer ser o novo Sai de Baixo.
A começar pelo elenco que traz Miguel Falabela e Marisa Orth. A continuar pela presença da platéia.
Mas tenho a impressão que a vontade, a principio, não era essa.


O programa tinha por intento, em seu inicio, ser uma sitcom com platéia, assim como é a maioria das séries americanas. Sim, já expliquei isso e repito. Sabe aquelas risadas que você ouve ao fundo nas piadas de Friends, Two And a Half Men e Big Bang Theory? Aquilo meus amigos, é a platéia.

A idéia inicial da série é muito boa. Mário Jorge (Falabela) era casado com Rita (Marisa Orth), mas separou-se dela e acabou por se casar com Celinha (Adriana Esteves), que por sua vez era casada com Arnaldo (Diogo Vilela), que após o divórcio acabou se apaixonando por Rita, e se casando com ela. Mario Jorge e Rita têm dois filhos, Tatalo (George Sauma) e Isadora (Fernanda Souza), e Arnaldo e Celinha são os pais de Adonis (Daniel Torres). Completando a família temos Copélia (a figuraça Arlete Sales), mãe de Celinha, e a empregada Bozena (Alessandra Maestrini). Completa o elenco a Sindica do condomínio Jambalaya, Alvara (Stela Miranda).

As duas famílias vivem em apartamentos vizinhos de porta, e isso, como diria o narrador da Sessão da Tarde, causa várias confusões.

O elenco também é bom. As estreantes na TV Alessandra Maestrini e Stela Miranda roubam a cena, ao lado de Arlete Sales. A empregada Bozena, uma paranaense cheia de histórias surreais sobre sua cidade, Pato Branco; a sindica sociopata Alvara, que rege o condomínio com mão de ferro; e a ninfomaníaca, alcoólatra e baladeira Copélia, que em nada lembra uma avó de verdade, são sem duvida os destaques do elenco. Perto deles o quarteto principal de estrelas globais fica quase apagado. Isso sem citar o elenco juvenil, que é a parte mais fraca do grupo, com destaque para Fernanda Souza que está, com o perdão da palavra, uma PATCHA GOSTOSA.

Como todo humor brasileiro, ou quase todo, TLDC se vale de bordões que caem no gosto popular, como o “Daí” de Bozena ou o “Prefiro não comentar” de Copélia.
Mas, e sempre tem um, mas, o grande problema do programa é exatamente o roteiro.

Enquanto Sai de Baixo se valia dos improvisos dos atores e a graça era que tudo era exatamente aquilo, uma grande brincadeira, o fato de Toma Lá Dá Cá manter a quarta parede por quase todo o tempo (e nem poderia ser diferente, ou as comparações seriam ainda mais fortes) exige uma melhor qualidade de roteiros. E falta exatamente isso.

Não existe uma linha de roteiro que siga em piadas e gags levando a um final, com uma trama amarrada, como vemos em Friends ou mesmo no brasileiro Os Normais. São apenas piadinhas, trocadilhos e comentários engraçadinhos amarrados por um fio muito fino de roteiro.
O elenco superlotado (chegando a 12 pessoas no fixo na segunda temporada) também prejudica, visto que alguns personagens só estão lá para constar e ganham uma linha de fala sem a menor relevância (ou sequer graça) apenas para não passar em branco.

Isso fica visível principalmente nos personagens Adonis e Deise, uma lésbica totalmente masculinizada vivida por Norma Bengell. Ambos não têm sequer uma trama pessoal, estão ali dentro apenas para marcar presença e em nada adicionam para o programa. A personagem Deise até era interessante, quando era apenas uma participação esporádica, mas a necessidade de colocá-la como recorrente acabou com a personagem que se tornou irrelevante. Algumas falas dedicadas a ela dão vergonha alheia.

Uma feliz aquisição ao elenco, esse sim, foi Ítalo Rossi como Ladir. Na primeira temporada ele era citado frequentemente, mas nunca fora mostrado. O marido de Alvara tinha costumes um tanto quanto peculiares, e sua estréia no primeiro episódio da segunda temporada é de chorar de rir. Ítalo construiu um personagem absolutamente non-sense, uma bicha louca cheia de testosterona, chocando quem é acostumado a ver o ator sempre em papéis sérios. É Mara!


Mas voltando ao problema. Os episódios têm em média 40 minutos de duração. Para uma comédia, muito tempo. Isso faz o roteiro ficar prolixo, gordo, com sobras. A necessidade de se explicar as piadas, a repetição das piadas, o exagero de falas desnecessárias... Falta tornar o roteiro enxuto, limpar um pouco, deixar realmente só que é engraçado.
Outro problema é a quebra da quarta parede. Existem três formas de fazer isso. A primeira é destruir a quarta parede e falar direto com o publico (como em Sai de Baixo). A segunda é quebrar de forma discreta, fazendo humor dessa sutileza (como em Scrubs). E a terceira é simplesmente não quebrar.
Toma Lá Dá Cá quebra e reergue a parede de forma tão sem critério que perde a graça. Fica forçado.
Dois exemplos disso:
Em um episódio, Aracy Balabanian faz uma participação como uma amiga de Copélia. Quando ela e Miguel Falabela se encontram, Miguel pergunta: “Já nos conhecemos?” – Aracy responde: “Seria de Yerevan?” – E Miguel finaliza: “Eu acho que é do Arouche mesmo...” – toca ao fundo a musiquinha do Sai de Baixo e a piada está ótima.
Mas sabe o que eu falei sobre estender demais a piada? Pois então. Marisa Orth entra em cena e estende a conversa com alusão ao antigo programa até o ponto de você pensar: TA, EU ENTENDI A PIADA.

Outro caso foi no episódio de ontem (21 de abril). Na semana passada, em um episódio que mostrava o destino de Ladir, um travesti vai a casa de Celinha dar noticias sobre o marido da sindica e acaba por descobrir que Deise é sua prima. As duas se abraçam e Marisa Orth comenta: “Um travesti e uma sapatão se agarrando na sala. É por isso que a gente não consegue merchandising”. Ok, piada legal, você ri pelo momento de interação entre o publico e o personagem. É tipo ler uma HQ do Deadpool. Porém no episódio de ontem, no qual a Hellmann´s estreou merchan, quase TODAS as piadas foram sobre isso. No mínimo do mínimo, idiota. Um episódio inteiro de TA, EU ENTENDI A PIADA.

Ainda tem a descaracterização que acontece com os personagens. Mario Jorge começou como um surfista despretensioso e irresponsável, mas hoje em dia Miguel o interpreta como se fosse... Caco Antibes. Picareta, chamando a empregada de serviçal, ganancioso. Parece que é ator de um personagem só, o que não é o caso, claro, visto o talento reconhecido do mesmo. Mas aparentemente é mais fácil tentar conquistar a audiência com uma fórmula pronta do que tentar inovar.
A temporada tem mais de 30 episódios, e em meio a momentos hilários, tem muita, mas muita, encheção de linguiça.

A terceira temporada estreou, e continuarei acompanhando por simpatizar com a performance de alguns dos atores.
Mas ainda tenho ressalvas e me pego pensando toda a vez que assisto: Será que nunca teremos um roteiro de humor decente no Brasil? E ainda... Penso como TLDC poderia ser muito, mas muito melhor. Assim como todo o humor brasileiro.

Até o próximo episódio galera.