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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Podcast Uarévaa #123 - Making of III, os embalos de terça feira à noite


"Wazuuuuuup, Uarévaaaa... wazzzuuup!"

Já virou tradição aqui no Uarévaa: todo ano o Marcelo Soares reúne vários papos paralelos e furos que rolam durantes as gravações e edita um podcast com nossos bastidores, para se vingar do tanto de besteira que obrigamos ele a cortar o tempo todo noooooossa alegriaaaa...

No final temos ainda a leitura de comentários do pod #122, novamente com Freud, Rafael e Marcelo, que trazem também importantes (ou não) revelações sobre o futuro do Uarévaa...





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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Ho ho ho...


"Legal, Uarévaa, mas eu queria mesmo é um podcast sobre o Natal..."

Sério mesmo? Ok, então clique AQUI e prepare-se pra ouvir um monte de besteira sobre isso...

Pra fechar, a música natalina indicada pelo nosso amigo Modesti, que o emociona até hoje. Sim, sei que a versão insuportável da Simone arruinou essa música pra muita gente, mas vale a pena ouvir a original de vez em quando e pensar na sua mensagem.




FELIZ NATAL, 

BOAS FESTAS..

E GRITEM..

UARÉVAAAA!!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Podcast Uarévaa #122 - Escravidão


"Você vai sentir o 
poder do meu chicote!"

Freud, Alex MatosRafael Rodrigues e Marcelo Soares falam sobre a escravidão em várias civilizações e sobre a que existe ainda hoje.

Na leitura de comentários do pod #121 temos Freud, Rafael e Marcelo, que também falam rapidamente sobre o filme O Hobbit.





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Comentado no podcast

- Review do Rafael para a HQ recomendada por ele, Chibata: clique AQUI

- A vírgula sonora usada no podcast veio desse vídeo:  




- Abertura dos Simpsons feita pelo Banksy criticando o processo de exploração infantil no mercado do consumo




- O Lado Negro do Chocolate, documentário citado pelo Rafael




Confira a participação do Rafael 
no Ilumicast clicando AQUI


Confira a participação do Freud  
no Ovos Zumbis clicando AQUI



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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Onde você quer estar quando o fim do mundo chegar?


Bem, a menos que você tenha sido sequestrado há uns 10 anos e isolado do mundo ou sido mandado para um planeta sem televisão ou conexão com a Internet, deve estar sabendo sobre o “fim do mundo” que deve acometer o planeta (ou só a humanidade, ainda não sabemos) e que é o dia mais esperado desde... bem, desde 12/12/12.

Enfim, Moura e eu resolvemos perguntar para todos os Uarévianos onde eles gostariam de estar quando o mundo acabar e (por sugestão do Modesti), o que gostariam de estar ouvindo. Depressivos, poéticos, honestos, dramáticos, surreais ou delirantes, eis as respostas de cada um de nós:


Alex Matos
Veja bem. Um lugar é algo abstrato, tipo subjetivo manja? Igual ao ornitorrinco, o bicho é mó escrotão e ainda assim pega mulher! Ornitorrinco é o cara! Diferente das estrelas do mar que não comem ninguém e para ter filhos precisam se cortar. Emo então seria uma estrela do mar infértil, o que me lembra que o mundo está cada vez mais fresco apesar do aquecimento global. Todos estão tendo crises existenciais, de vez em quando eu vejo essas fotos de gatinhos que pensam que são cães e cães que pensam que são Ornitorrincos. Seja o que vocês são e não o que os outros querem, principalmente se o que as outras pessoas querem é que você se foda!E a trilha, ora, é claro que seria



Camila
(em dialeto próprio do sertanejo nordestino) - Se o mundo se acabasse mermo, queria era tá diante do pé da igrejinha de São Boa Ventura, lá na minha terra. Sentadinha na praça... Se acabá despois do armoço é mió, assim eu não deixo de cumê o último baião de dois com queijo e toicim torrado. Como ia sê a hora da sobremesa, ia cumendo um taquinho de rapadura, debaixo do sol quente que a minha Paraíba tem. Ah, e se pudesse mermo escolhê o que ouví: ia ouvindo



Duende
Só consigo pensar em estar com a minha família (Pin e o filhão) no carro, pegando uma estrada sem fim e ouvindo um tema apropriado



Freud
Como o bom cara casado, fiel e pai de família que sou, reuniria a patroa, meu filho e meus familiares próximos para uma bela refeição no Milliways, o restaurante no fim do universo, e assistiria tranquilamente ao espetáculo ao som de "É só o fim" do Camisa de Vênus. E depois, aproveitaria pra voltar no tempo e curtir uma praia em Arraial do Cabo.



Marcelo Soares
Sinceramente, não crio tantas expectativas assim, sendo algum lugar que não fosse em frente ao meu pc ou TV. Sei lá, uma praia, tomando um cerva e falando mal do Corinthians (risos), como não tenho namorada, o máximo que poderia desejar era encontrar alguma gostosa que quisesse morrer transando e me pegasse como parceiro (tipico sonho nerd adolescente kkkk).



Modesti
O fim do mundo ideal, pra mim, há algum tempo, seria em uma zona fechada só pra mim e meus amigos, com open bar e open primas até o fim chegar. Mas como hoje sou um homem apaixonado, queria estar com a minha namorada, num love tão gostoso q a gente nem ia notar que um asteróide bateu na Terra. E quanto à trilha, a minha seria



Moura
Bom, eu queria estar num puta luau na praia, open bar, com todos os meus amigos. Uma festa daquelas em que eu nem ia notar o mundo acabando, porque já estaria marcando o after do apocalipse. E minha trilha é essa, certo




Rafael Rodrigues
Bem, eu esperaria poder saber com alguns dias de antecedência. Aí eu zarpava para Rapa Nui (A Ilha de Páscoa, para morrer lá (se bem que, considerando que a Ilha de Páscoa é o lugar mais remoto do mundo, é possível que eu sobrevivesse, embora não fosse essa minha intenção). O ideal seria eu saber com pelo menos um ano de antecedência, para ir para lá e conviver com os nativos por um tempo e aprender a língua e as histórias deles. Por que a Ilha de Páscoa? Primeiro porque é um lugar que eu nunca fui. Segundo porque é um lugar virtualmente remoto e pouco tocado pelo homem, o que é quase que uma viagem no tempo. Terceiro porque eu gostaria de viver uma vida simples ao lado de pessoas simples antes de morrer, sem tecnologia, sem poluição, sem carros (parece um jeito bom de morrer). Ou seja, se eu soubesse que o mundo ia acabar, ia querer retornar para a simplicidade e para a natureza e terminar minha vida do jeito que a vida começou. Quanto à trilha sonora, para mim não poderia ser outra se não uma das músicas mais bonitas que já ouvi



Rome
Eu sempre tive dois sonhos: Um era de ter uma ilha. Desde pequeno eu quis ter uma ilha para ser rei ou melhor um principado. Territorio independente. Um principado baseado em diversão: teria ministros da diversão e zoeira, secretaria da bebida e claro o ministério da dança. Seria um local onde 24h tocaria mambo, bachata, salsa e merengue. Queria ter um castelo no meio da ilha. E todos que me visitassem lá seriam condes, baronesas e tal. Uma ilha só para mim e meus amigos seria a primeira parte do sonho. O outro sonho é mais recente: Queria ter um bar, que tivesse um palco pequeno para apresentar uma banda (no caso a minha). Eu seria o vocalista e gaiteiro da banda. E junto do complexo do bar, eu teria uma cervejaria, onde faria as melhores cervejas artesanais deste lado da galaxia. Então se fosse pra decidir onde passar o meu ultimo dia, seria numa ilha, ao som de uma banda foda de salsa, com os amigos bebendo e se divertindo, bebendo uma boa cerveja artesanal! E, com relação à trilha



Vini
Eu gostaria de passar meus últimos momentos descarregando munição e machetada na cabeça dos zumbis. Mas tem um outro lugar que eu queria estar e que seria tão desesperador quanto... Numa estação espacial, lá de cima, perto da lua, vendo tudo exprudir!!! A trilha seria



Zenon
Eu quero passar o fim do mundo gritando: "É CAMPEÃÃÃÃÃÃO, PORRAAAAAAA!!!!!!! CHUUUUUUPA, HUMANIDADE!!!!!!!!"




Esperamos que vocês tenham gostado do post. Se não, pensem que podia ser pior. Poderíamos ter postado o fim do mundo narrado pelo Galvão Bueno:


Um ótimo fim do mundo para todos os nossos leitores! E coloquem seus lugares preferidos e trilhas de fim de mundo nos comentários!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Curta Você Também: Surfista Prateado - A Série Animada


Em 1998, a Marvel Comics tinha já emplacado algumas séries animadas de seus personagens de quadrinhos como X-Men, Homem-Aranha, e nessa busca de "tomar" um espaço no mercado de animações pra TV um outro personagem conseguiu ter sua própria série: Surfista Prateado.





A Série Animada do homem cromado em cima de uma prancha pelo espaço,  durou apenas 13 episódios em sua primeira temporada, sendo cancelada por conta de problemas econômicos enfrentados pela Marvel na época.  Em 1999 foi produzida uma segunda temporada.

A série foi a primeira a incluir computação gráfica, sendo usada em naves e no Galactus, mas permaneceu fiel ao estilo gráfico de Jack Kirby,  O Quarteto Fantástico não aparece, ou qualquer outro super-herói na Terra, mesmo quando Galactus ataca o planeta.

Na versão original dos quadrinhos Galactus punindo a deserção do Surfista prateado acabou confinado oo personagem à Terra. Na série, a punição de Galactus foi transpor Zenna-La, a terra natal do Surfista, para um local muito distante do universo, que nem sequer o vigilante pode encontrar, e portanto, o contexto inicial de todas as histórias é a procura  pela sua terra natal.

Convém notar que a personagem também apareceu em episódios da série de animação do Quarteto Fantástico da mesma época, mas não são considerados parte do mesmo universo ficcional. Fiquem com as duas partes que compõem o primeiro episódio:

Parte 1



Parte 2

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada


"Num buraco no chão vivia um hobbit!"




Eu nunca li o Senhor dos Anéis, talvez seja por isso que não fui tão chato com mudanças ou reestruturações feitas por Peter Jackson na trilogia. Eu nunca li O Hobbit, talvez seja por isso que curti tanto o filme sem o olhar xiita que alguns podem ter.

É muito legal depois de anos voltar a Terra Média e suas maravilhosas paisagens, Jackson consegue por quase três horas nos tirar de nossa realidade e nos fazer voltar a ser crianças de olhos brilhantes como quando nossos pais nos contavam sobre grandes lendas antigas que se perderam.

O Condado está lá, o espirito Senhor dos Anéis está lá, temos um pés peludos, temos anões, elfos, magos, mas mesmo sendo o mesmo universo, a mesma equipe de produção, é como algo totalmente novo, maior dentro de seus limites. Dessa vez temos legiões de Orcs, Temos Ogros violentos, coelhos em carruagens, anões em fúria, até relances de um dragão, e,  novamente, um pequeno bolseiro perdido entre "gigantes" tentando encontrar seu lugar no mundo.

Apesar de ser uma aventura bem sincera, voltada para a ação, para mim, o filme não consegue ter cenas tão marcantes como, por exemplo, A Sociedade do Anel. Consegui elencar somente dois momentos mais fortes (um deles falo mais a frente e é bem previsível para quem já conhece os rumos do livro). Outro ponto que cai um pouco o conceito da obra são algumas situações anti-clímax repetidas, isto é, quando você já deduz o que irá acontecer porque aconteceu antes. 


Sobre a maior ligação com a primeira trilogia cinematográfica Tolkiniana, o encontro de Bilbo e Gollum, o filme não consegue mascarar a verdade de que Tolkien ao escrever Hobbit não tinha a menor ideia do uso que o Um Anel teria no futuro - afinal, para quem amava tanto um precioso perdeu muito fácil né? - E pelo amor de Deus, deem um Oscar ao Andy Serkys, o cara é foda, atua fantasticamente e parece que foi ontem que vimos ele nas telas, alias, parabéns a computação gráfica do Golllum, os olhos azuis na escuridão são de dar medo.

Mas esses poréns não tiram a qualidade do filme que, assim como o primeiro da trilogia do Anel, foi mediano, um bom primeiro passo. Acredito que teremos uma crescente e assim como O Retorno do Rei o último dessa nova trilogia seja o melhor, e, Peter Jackson consiga o que Georges Lucas da vida não conseguiram: retomar o passado de uma trilogia com sucesso.



Nota: 7.5

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Surfista Prateado: A Origem e Trilogia Galactus

Uaréview
Por Vini


Nessa semana, resolvemos postar aqui algo sobre as revistas mais relevantes do Surfista Prateado, e como nosso bom velhinho Freud, decidiu ficar com as mais legais (maldito estatuto do idoso!) resolvi falar um pouco de alguns momentos do personagem e de sua origem, não só aquela das HQs, mas também da sua primeira aparição no Brasil.



Bom, vocês já devem ter ouvido o nosso podcast sobre o personagem, porém sou obrigado a repetir algumas coisas que foi falada por lá...

O Surfista Prateado surgiu pela primeira vez num arco de histórias do Quarteto Fantástico, escritas por Stan Lee em parceria com Jack Kirby, o verdadeiro criador do personagem, onde eles enfrentam uma ameaça vinda do espaço, o devorador de planetas com um balde esquisitão na cabeça, GalactusNa época Kirby justificou que a presença do Surfista era muito necessária, para que a faminta entidade não passasse vergonha sozinha, digo, porque alguém tão poderoso quanto Galactus, deveria ter um arauto.
No Brasil, a primeira aparição do Surfista foi na revista Super X #16 da Ebal em1968, no ano seguinte apareceu pela editora Gep, na edição nº 9, em duas histórias, uma lutando contra Mefisto e outra contra Thor e os Asgardianos. Os licenciamentos de alguns personagens da Marvel, incluindo o Surfista, ficaram pipocando entre as revistas GEP e Super X até Julho de 1974, quando entra na parada a editora Ebal, publicando uma participação sua na revista do Homem Aranha. Logo após ele foi publicado pela Bloch, na revista # 1 do Hulk, numa história que antecede a formação dos Defensores no Almanaque do Homem Aranha, e por fim na própria revista d´Os Defensores, em Maio de 76, o grupo do qual também participava Namor, Hulk e Doutor Estranho.
Em Abril de 79, pela RGE, na revista do Quarteto Fantástico(que na época era chamada de Os Quatro Fantásticos), a primeira história do Surfista, escrita por Stan Lee e desenhada por Kirby, originalmente publicada em 68 é recontada. Na nº 2, até onde eu tenho conhecimento, foi a revista que trouxe o inicio da chamada Trilogia de Galactus. Essas histórias seriam todas republicadas na extinta Heróis da TV, [modo velho leitor saudosista on] uma das melhores e mais legais séries de revistas já publicadas no país! A extinta revista fez merecida fama, assim como SAM* e GHM**, e trazia todo mês histórias de vários personagens. [modo velho leitor saudosista off]
Em Heróis da TV #1 de 1979, Galactus aparece na 1ª história da revista, com o personagem Thor, onde enfrentam a ameaça conhecida como Ego, o planeta vivo. Ainda vestindo um modelito sem mangas e sem calça, Galactus aparece num tom azul-esverdeado e amarelo, problema mais do que recorrente nas revistas da época... as cores! Cores que também foram trocadas nos uniformes do Quarteto Fantástico, que aqui aparecem vermelhos!!! Mas o problema não era só com uniformes... nessa revista o Tocha Humana é ruivo dos olhos verdes!
 
Show de cores para dar ataque epilético em qualquer criança!
Na historia seguinte entra em cena o Surfista Prateado que relembra os momentos e as lutas das quais passou, contra o Estranho, Mefisto, etc., inclusive da batalha entre ele e Galactus que culminou em seu exílio na Terra. Ele busca tentar viver entre os humanos e procura a ajuda de um alfaiate para arrumar umas roupas que disfarcem sua presença entre nós. Sim, caro leitor, um cara de pele prateada, com um sobretudo e chapéu e com uma prancha de surf debaixo do braço, em plena Nova Iorque, querendo passar sem ser notado!
Êêê, Stan! Tá vendo a merda aí não?
Ele então pensa em recorrer ao Quarteto Fantástico para ajudá-lo. Lá encontra um general que quer contratar o grupo para auxiliá-los, pois aparentemente o governo tem algum interesse no alienígena.
Enfim, é mais uma dessas histórias bobinhas onde existe um mal entendido no começo que faz com que os heróis lutem entre si. No final o Surfista descobre que o governo só estava interessado na sua ajuda para o programa espacial. A história termina com ele se indagando sobre a humanidade e seu papel nesse planeta. Coisa que se repetiria até os dias de hoje...
Nessa época, graças aos deuses, quem tomou conta dos pincéis foi o desenhista John Buscema (artista que ficou mais conhecido em seu trabalho com o bárbaro Conan), pois deu mais fluidez às histórias. Nada contra Kirby, mas acho que o traço de John Buscema é bem mais leve, redondo e com detalhes mais agradáveis.
Nas duas edições seguintes o Surfista esbarra com o Abominável e luta contra o Dráculaem parceria de Blade!
Só na Heróis da TV #4 é que realmente a maioria dos leitores brasileiros conhecem a origem do personagem. Sim, a Editora Abril foi a grande responsável pela popularização dos personagens Marvel por aqui e acho que a maioria das pessoas que curtem quadrinhos hoje começaram a acompanhar esses heróis através desta editora.
Originalmente, essa série teve 18 edições (nos EUA) e contou a saga de quando o devorador de mundos chegou ao planeta Zenn-La, e de como o nobre e jovem astrônomo, outrora conhecido como Norrin Radd, se sacrifica não só pelo seu planeta, mas por amor a Shalla Bal, se tornando o Surfista Prateado, o arauto que fica responsável por vagar pelo Universo a procura de outros planetas para satisfazer a vontade de seu mestre, Galactus.
Na história, curiosamente o Surfista enfrenta Yetis, relembra a treta com o Hulk e com o Doutor Maldição (nessa época, além de uma vestimenta azul e vermelho e ter o corpo todo roxo (novamente os problemas de cores), era assim que o personagem Doutor Destino era conhecido!!!) que lhe drena todo seu poder cósmico almejando conquistar o mundo.
Galactus (já com mangas e calça comprida) aparece todo de vermelho e azul também.
A Heróis da TV acaba virando a casa do personagem, mostrando várias histórias não tão impactantes, mas uma coisinha aqui e ali se sobressai, como quando ele enfrenta Thor na edição #7Em Heróis da TV #54, mostra um “O que aconteceria se...” com o Surfista sendo transformado em Norrin Radd e ficando preso na Terra e tentando achar uma maneira de retornar a Zenn-La com a ajuda do Quarteto. Para se vingar, Galactus vai até seu planeta natal, saciar sua fome e Shalla-Ball acaba também se oferecendo virar sua arauto, Luminaris, para poupar seu planeta. História bem interessante e que vale dar uma conferida!
Finalmente em HTV #58 e 59, através do selo Grandes Momentos Marvel, é mostrada a “Chegada do Surfista Prateado” e a “Fantástica Saga do Surfista Prateado”, ambas de 1966 (aqui no Brasil Abril/Maio de 84), desenhada por Kirby e que mostra a famosa e já citada “Trilogia de Galactus”, as histórias que mostram o inicio de tudo, a chegada de Galactus, a extensa conversa com o Vigia, a revolta do arauto contra seu mestre, a notável viagem que o Tocha desprende através do universo absorvendo um conhecimento que o deixa transtornado, até a derrota do gigante espacial através do inenarrável e famoso Nulificador Total, o abridor de garrafas mais foda do universo.

Galactus fica todo com medo de que o Sr. Fantástico destrua todo o universo com a arminha (será que em MIB, aquela arma usada pelo agente J é baseada no Nulificador?) e acaba fazendo um acordo com o Vigia (nessa época sem a cabeçorra e aparentando ser um monge gordão), aceitando ir embora, deixando a Terra livre de sua fome voraz. Porém, antes ele retira do Surfista o poder de viajar pelo espaço, criando uma bolha em volta do planeta para que ele não saia.

E por que, apesar de não serem memoráveis, essas histórias são tão importantes? Bom, é o começo de tudo, conseguimos observar através dessas histórias o ponto de vista da editora sobre seus personagens e como era o “Marvel Way” nos roteiros e desenhos. Quem é leitor novo e for ler essas HQs, vai perceber que muita coisa continua a mesma, e vez ou outra esses personagens acabam caindo no mesmo tipo de roteiro, formando um ciclo. Tipo, toda vez que tem uma história do Wolverine, Capitão América ou do Surfista o tema "origem" vem a tona... ou, por exemplo, a necessidade de sempre adaptar a origem do Homem de Ferro. E essas "recontagens" de histórias são necessários para atrair e agregar novo público, então, para quem já acompanha a muito tempo, qualquer coisa que saia fora disso, deste ciclo, acaba se tornando fantástico!
Isso não quer dizer que estou depreciando todo o material feito com o personagem. Acontece é que evoluímos bastante das décadas passadas, do começo da criação desses personagens até hoje e algumas coisas podem soar infantis e toscas e por isso mesmo que é interessante reler esse material, principalmente porque dá pra entender um pouco mais de como eram as coisas naquela época. Atitudes, roupas, pensamentos e até situação política!
Mas também tem muita coisa boa no meio, tirando a maioria das histórias feitas com o personagem na década de 90, onde poucas foram boas, como a hilária história de SAM 123 que ele encontra o Homem Impossível (por Jim Valentino e Ron Lim), Desafio Infinito, série muito boa da qual ele tem uma participação não tão significativa, mas tá valendo... e todas as revistas da volta dos Defensores, escrita por Peter David e desenhadas por Kevin Maguire!
Pra você ter uma ideia de como os anos 90 e início dos 2000 foram ruins com o Surfista, basta dizer que foi a década onde houveram alguns crossovers (encontros) das editoras DC e Marvel e bombas como o encontro dele com o Lanterna Verde, com o Superman e com a tchurminha da Top Cow que foram realizadas, além da lamentável Heróis Renascem! E o pior é que eu comprava es-ta-mer-daaa!..
 Troféu cocô de prata pros anos 90!
E qual foi a lição de hoje, amiguinhos? É a de que, nós, os leitores das antigas, até o início da década de 90, sofríamos muito com os mandos e desmandos das editoras. Edições confusas, com cortes e principalmente com a cronologia bagunçada, além de um papel de m* que fazia com que acabassem com a qualidade gráfica da coisa. Principalmente, em relação as cores!
Deem uma olhada na série Marvel Masterworks - Silver Surfer (ou qualquer uma da série) que pode ser encontrada facilmente na internet e faça um comparativo com as cores feitas na gringa. É outra coisa!

Mas, olha só, nós sobrevivemos!



Pra você que tem curiosidade de começar a ler as histórias do Surfista, eu indico primeiro ler as edições históricas #1 e #2 lançadas pela Mythos Editora e acompanhar a semana especial de posts aqui no Uarévaa, que daremos muito mais indicações de leitura boa!


Notas de rodapé:
* SAM - Super Aventuras Marvel
** Grandes Heróis Marvel

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Surfista Prateado: Parábola

Uaréview 
                                 por Freud


Para iniciar a pequena sequência de reviews (citada no último podcast) que faremos essa semana sobre o Surfista Prateado, escolhi uma das melhores hqs já feitas com o personagem: a  inusitada parceria entre Stan Lee e Moebius.


Galactus volta a Terra, planeta que jurou não atacar mais, com uma abordagem diferente: se proclamar o salvador da humanidade, aquele que os levará a uma nova era, mas com uma mensagem que na verdade instaura o caos total.


Se te soa estranho ver o personagem agir assim, é preciso antes de tudo informar que se trata de uma história totalmente fora da continuidade do universo Marvel. Nela o Surfista Prateado é inicialmente lembrado pelas pessoas apenas como uma lenda e nenhum outro herói sequer é citado.

Podemos presumir que se passa num futuro em que todos já se esqueceram da primeira vinda de Galactus e que o Surfista nunca se libertou de seu exílio aqui, sendo o único "super herói" remanescente. E as aspas são mesmo importantes ao citá-lo como um super herói pois definitivamente aqui ele não é, e nem se trata de uma hq convencional de super heróis. Parábola é muito mais voltada para o questionamento sobre o comportamento humano do que para uma grande batalha e, mesmo quando a ação acontece, não deixa de lado esses questionamentos.


Moebius foi sem dúvida um grande mestre e, embora ele mesmo tenha falado sobre as dificuldades e incertezas que teve ao trabalhar com um herói dos quadrinhos norte-americanos e usando o "método Marvel", é um grande privilégio poder ver sua incrível e inconfundível arte criando belos quadros do Surfista e de Galactus.

O plot e, obviamente, os diálogos escritos por Stan Lee garantem que o Surfista seja perfeitamente caracterizado com sua "voz"  e  suas já conhecidas indagações que aqui soam mais relevantes do que nunca, acredito, por ser uma obra fechada e fora da continuidade. Como o Rafael disse em nosso podcast, o Surfista é um desses personagens que parecem feitos para histórias como essa.


Essa obra foi publicada no Brasil pela Editora Abril em 1989, na revista Graphic Novel #11 e trazia, além da história, uma introdução de Stan Lee e um texto de Moebius falando sobre o processo de criação da hq que incluem esboços, layouts e artes não utilizadas. Um material que merecia uma nova e caprichada edição por aqui, especialmente agora que a Editora Nemo está publicando grande parte da obra de Moebius em belos álbuns em capa dura.

Graphic Novel #11 - Surfista Prateado

Autores: Stan Lee e Moebius 

Data de publicação: maio de 1989

Editora: Abril

Número de páginas: 68

Formato: 17 x 26 cm

Preço de capa: Cz$ 2,90
  
Nota: 10

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Podcast Uarévaa #121 - Surfista Prateado


"Vá varar o cosmo de 
outro, o meu não!"

FreudRafael Rodrigues, Zenon e Modesti recebem Daniel HDR (do ARGCast) e Coveiro (do site Marvel 616 e podcast Inominata 616 para falar do Surfista Prateado e de Galactus e seus outros Arautos, num podcast especial que faz parte do mega crossover Excelsior, um homenagem aos 90 anos de Stan Lee.

Na leitura de comentários do pod #120 temos Freud, Rafael, Marcelo Soares e o Sr. Alex Matos que garantiu um "belo" Selo Modesti de Qualidade a esse pod.





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Comentado no podcast

- Lista dos Arautos do Galactus no Guia dos Quadrinhos: AQUI

- Capa da revista onde a Tia May virou "arauta" de Galactus



- O Ciclista Prateado: AQUI

- "Pai, Galactus existe?"




- O Churrasqueiro das Galáxias do desenho do Laboratório de Dexter




- O famoso herói caxiense: Apontador Prateado



- Capa do álbum "Surfing with the alien", de Joe Satriani, trilha de grande parte desse podcast




Confira a participação do Rafael 
no Ilumicast clicando AQUI

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Astronauta Magnetar

Uaréview 
                                 por Freud


Desde que foi lançada a hq vem obtendo enorme sucesso, teve a primeira tiragem esgotada e está colecionando elogios de todos os lados.

Mas Astronauta Magnetar é a última bolacha do pacote?


 Por ser fã do trabalho de Danilo Beyruth desde o volume 1 de Necronauta, aguardo todo novo trabalho do quadrinista com uma expectativa alta, felizmente, sempre correspondida.

Sua arte empolgante e expressiva, sua habilidade em trazer temas universais para a história, criando uma grande empatia entre o leitor e os personagens (e, muitas vezes, real identificação com eles) e sua constante evolução da já ótima narrativa, estão todas ai e quem acompanha suas hqs facilmente reconhece se tratar de uma típica obra autoral dele.


Mas em Astronauta Magnetar, mais alguns ingredientes se somam a tudo isso. Primeiro o fato de Danilo trabalhar com um personagem já conhecido e, em sua reinvenção, usar bem mais do que eu esperava das características da criação original de Maurício de Sousa, sendo bastante fiel mas, ainda assim, acrescentando muitas coisas.

Na arte, o deleite da colorização feita por Cris Peter, que trabalha muito bem com os diferentes ambientes e etapas da história e faz com que seja difícil pra mim, que gosto bastante das hqs em preto e branco do Danilo, imaginar essa sem as cores.


E por fim, o fato de ser uma ótima hq de ficção científica, tema que sempre foi meu favorito. A trama lida com a solidão do espaço, com o Astronauta se tornando um náufrago em sua imensidão e sua tentativa de sobreviver. Assim, a revista foge do óbvio de lasers, perseguições de naves e combates galáticos contra alienígenas hostis que, embora também rendam muitas boas histórias, nunca foram coisas obrigatórias para se ter grandes obras do gênero.

Astronauta Magnetar é mais um trabalho incrível do Danilo e uma hq perfeita para iniciar o projeto das Graphic Novels da Maurício de Sousa Produções para o publico adolescente e adulto capitaneado por Sidney Gusman. O projeto Graphic MSP já prevê mais 3 novas versões de personagens feitas por outras feras do quadrinho nacional e depois deve prosseguir por muito mais tempo ainda pois personagens do Maurício para trabalhar e grandes artistas nacionais é o que não faltam.


Recomendo fortemente que, se você não conseguiu comprar Astronauta Magnetar ainda, não perca a segunda tiragem que está saindo. Felizmente não é a última bolacha do pacote... É apenas a primeira, e já estou salivando pelas próximas.


Astronauta Magnetar

Autor: Danilo Beyruth (com colorização de Cris Peter)
Editora: Panini Comics
Formato: 19 x 28 cm
Páginas: 80
Preço Médio: R$ 19,90 (capa cartonada, disponível em bancas), R$ 29,90 (capa dura, disponível em livrarias)

Nota: 10







P.S.: Você pode conferir 2 podcasts bem bacanas que o Danilo Beyruth gravou conosco clicando AQUI e AQUI, reviews de seus outros trabalhos Necronauta Vol. 1, Necronauta Vol. 2 e Bando de Dois, e o Podcast MdM sobre Astronauta Magnetar com Danilo Beyruth, Cris Peter e Sidney Gusman (e eu, como Triplo).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A quarta parede


Você já leu o problema do conhecimento de Descartes? Como podemos saber se somos mesmo reais e não apenas parte de uma história?


Mais uma história do HQCX, com roteiro de Rafael Rodrigues e arte de Thiago Danieli. Basta clicar no play e navegar usando as setas do teclado ou os botões e rolagem do mouse.



No site do O Caxiense vocês podem encontrar todas as hqs já disponibilizadas, basta clicar nesse link.

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