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quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Cinema e os Videogames


Por muito tempo os videogames foram relegados a algo menor dentro da sociedade e dos estudos acadêmicos, e, assim, ficou sendo um produto de um nicho, principalmente crianças e adolescentes. Entretanto, com os anos, os videogames evoluíram construindo uma linguagem própria e estenderam seus tentáculos através das mídias, atingindo os mais variados meios, inclusive o cinema.



Não é de hoje que o cinema e os jogos eletrônicos se relacionam. Inicialmente a sétima arte se apropriou da parte técnica que os aparelhos eletrônicos traziam como novidade, com os efeitos especiais e aparelhagens, em outro momento passou a levar temáticas ligadas a esse universo do entretenimento e mais adiante começou a se apropriar de características criadas dentro do mundo dos videogames, como sua narrativa e estética,

Por serem mídias audiovisuais, naturalmente o cinema e o videogame trazem em si muitas semelhanças, como a existência de um personagem e cenário, um enquadramento que será determinado pelo ponto de vista escolhido para contar a história e a ação dramática, que conduz toda a narrativa adiante e estabelece os rumos da historia. Apesar de tais elementos iguais, a forma como eles são usados pelos dois meios sempre foram bem peculiares e distintas, só mais recentemente ocorrendo um movimento de utilização por parte de cada um dos recursos próprios um do outro. Entretanto, a relação dos dois meios de comunicação começou bem antes de suas características próprias interconectarem-se.

Há décadas filmes baseados em jogos de videogame preenchem as telas, levando ao cinema um público fã e ávido para ver como ficaram seus personagens e enredos preferidos em “movimento”. Contudo, o mercado cinematográfico não só transpôs jogos nesse período, também buscou um dialogo com esse novo público de outra forma, utilizando elementos característicos do mundo dos games como forma atrativa ou de experiência de linguagem. Um dos primeiros casos de tais experimentos é a obra produzida pelos estúdios Disney: Tron – Uma Odisséia Eletrônica, e mais recentemente sua continuação Tron: Legado.


Além do uso de tecnologia digital e de um ambiente eletrônico, o filme também utilizava de uma lógica de desafios, objetivos e fases típica do mundo dos videogames, como aponta o autor Emmanoel Martins Ferreira em Games, Cinema e Interatividade ao se referir ao filme Corra, Lola, Corra, do diretor alemão Tom Tykwer, que em sua visão também usa de uma analogia, menos direta nesse caso, com os videogames.

Neste filme, a personagem principal, estrelada por Franka Potente, deve conseguir uma soma em dinheiro e entregá-la ao seu namorado que está em outra parte da cidade. Para isso, ela dispõe de um tempo que corre em contagem regressiva. Se ela atingir seu objetivo, poderá salvar seu namorado de um destino fatal. No filme, a personagem dispõe de três vidas para tentar atingir seu objetivo, uma referência direta às “vidas” disponíveis na maioria dos games. Porém, o espectador só toma conhecimento dessas vidas após o término do primeiro bloco do filme, quando a personagem não consegue atingir seu objetivo e tem que recomeçar do início. Neste ponto, o filme volta à cena inicial e ela parte novamente em sua jornada, tomando outra estratégia para conseguir realizar seu feito.

Colocaria ainda nessa lista a experiência de Doom: O Filme, onde o diretor buscou criar a mesma sensação dos jogos em primeira pessoa dentro da narrativa do filme.

Exemplos como esses demonstram bem o interesse da sétima arte em não só usar produtos criados no universo dos videogames, mas, também, utilizá-lo como forma de incrementar sua narrativa e linguagem. Exemplo recente é o divertido Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010), nele vemos alem de uma montagem rápida e dinâmica, também uma narrativa e efeitos digitais que emulam a experiência e o visual dos videogames com grande sucesso.


Nos útlimos tempos os videogames têm modificado narrativas cinematográficas significativamente, revelando um novo leque de possibilidades estéticas e mostrando a força de um meio que era antigamente sinônimo apenas de diversão e encantamento infantil. Muito ainda temos que ver, e experimentar, dessa relação, e espero que o que o futuro nos reserva seja algo realmente criativo e divertido como os jogos eletrônicos são.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Jogo de Cena: a história acima do narrador



Atendendo a um anúncio de jornal, oitenta e três mulheres contaram suas histórias de vida num estúdio. Em junho de 2006, vinte e três delas foram selecionadas e filmadas no Teatro Glauce Rocha. Em setembro do mesmo ano, atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas pelas personagens escolhidas. Esse é Jogo de Cena.

O diretor Eduardo Coutinho e uma das personagens (?)
Em mais de uma hora e meia de filme, o diretor Eduardo Coutinho nos traz histórias de vida fortes e aproveita para brincar com o próprio gênero documentário, colocando atrizes para interpretar as mesmas histórias em cima do que foi contado por suas personagens originais. Esse jogo de encenação ganha contornos ainda mais interessantes quando vemos essas atrizes analisando sua interpretação e a história contada.

Tradicionalmente documentários baseiam-se fortemente no momento, ou como Coutinho sempre coloca no "encontro", da entrevista, da relação diretor e personagem. Em Jogo de Cena o diretor caminha para uma valorização mais da história, da narração de um fato, a partir do momento que vermos pessoas diferentes contando uma mesma história parece nos dizer: “está prestando a atenção, não é quem conta que me importa aqui, mas sim o que é contado”.

Com uma montagem impecável o diretor consegue nos enganar em muitos momentos, nos fazendo acreditar que quem está contando tal fato é realmente quem viveu, para depois em uma única frase final desmoronar nossas crenças. Mas, o filme também nos coloca a própria incongruência do discurso humano, que diz algo e mostra outro. Podemos ver isso no depoimento da senhora de cabelos grisalhos, com problemas com a filha, que se mostra em gestos muito dura, nas palavras que quer mostrar alegria, encerrar sua fala com uma música animada e o que faz é exatamente o oposto.

Jogo de Cena é o décimo longa-metragem de Eduardo Coutinho, um dos maiores documentaristas brasileiros em atividade. Depois de um início de carreira dividido entre a ficção e o documentário, Coutinho optou pelo segundo a partir de uma breve passagem pelo programa Globo Repórter, na década de 70, quando o programa fazia grandes reportagens, até realmente documentários, de cunho mais social e menos "animais selvagens".

O seu filme Cabra Marcado para Morrer, iniciado em 1964 (interrompido por conta da ditadura militar) e finalizado em 1984, tornou-se um grande clássico do cinema brasileiro. Mais recentemente, iniciou uma fase muito produtiva com a realização seguida de cinco filmes em seis anos: Santo Forte (1999), Babilônia 2000 (2000), Edifício Master (2002), Peões (2004) e O Fim e o Princípio (2005). Dentro dessa trajetória de produtividade e sucesso ainda podemos destacar as obras Santa Marta: Duas Semanas no Morro (1987) e Boca de Lixo (1992), até hoje referencias.

Entre o real e a ficção, Jogo de Cena nos reforça que no cinema, ainda, o que mais importa é se contar histórias, independente do mensageiro. Eduardo Coutinho burla suas próprias regras documentais e faz um já marco do cinema documentário brasileiro.


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Morte Negra

“Sim, esta Vila não tem a pestilência. Mas também não tem Deus. E por isso vão sofrer.”





Tema Macabro




Terror Histórico. Se esse subgênero não existe, deveria, principalmente depois de Morte Negra. É interessante e curioso perceber que, embora hoje o terror busque inspiração mais “realista” (ênfase nas aspas), como assassinos seriais e histórias que envolvam mais problemas que realmente podem acontecer, os contadores de histórias de terror (em Hollywood, especialmente), raramente se voltam para o próprio próprio passado para contar uma história mais realista. Podemos citar algumas exceções não americanas, como A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno, de Guilhermo Del Toro que, mesmo com o elemento sobrenatural, traz como elemento mais assustador o próprio momento histórico (A Guerra Civil Espanhola). Mas raramente vemos o momento histórico como diferencial e “protagonista” de uma história de terror. O que é uma pena, pois para mim as coisas mais assustadoras que existem são aquelas que sei que aconteceram de verdade durante o curso da história humana. E um desses momentos históricos é a época da Peste Negra.

Para quem não sabe (ou conhece apenas o termo), a Peste Negra se refere a uma pandemia de Peste Bubônica que ocorreu na Europa durante a Baixa Idade Média, dizimando milhões de pessoas. Foi um período realmente assustador para a época, onde a “morte negra” era um mal invisível, sombrio e inesperado, que podia acometer justos e injustos, fiéis e descrentes. Como este período é marcado pelo domínio da Igreja Católica e a perseguição aos pagãos (em especial as Bruxas), além do fato da ciência ser quase inexistente, levou muitos (e inclusive os padres católicos, que eram grandes autoridades na época) a interpretar a peste como um castigo divino, como muitos descritos na Bíblia, e até como um dos sinais do apocalipse (Apocalipse 6:8). Eram momentos difíceis e incertos para a humanidade ocidental e é nesse período que se passa Morte Negra (Black Death).

Osmund é um jovem monge que acabou se apaixonando e vivendo um romance proibido com uma jovem que se refugiou no mosteiro. Quando a peste atravessa os portões do mosteiro, ele insiste que ela volte para casa, pois ali não era mais seguro. Ela quer que Osmund o siga, mas este possui seus deveres para com deus. Mesmo assim, eles combinam que, se ele quiser ir até ela, ela estará em lugar determinado para se encontrarem dentro de alguns dias.

Assim, Osmund reza a deus por um sinal para que diga se ele deve se juntar ou não à sua amada, e quando menos espera, um grupo de guerreiros chega ao mosteiro pedindo por alguém que os leve até uma certa vila, supostamente livre da peste, que passa pelo caminho onde sua amada se encontra. Ele interpreta como um sinal e se oferece para guiar os homens. A real missão dos homens é ir até a Vila onde os rumores dão conta de que existe um necromante (pessoa capaz de ressuscitar os mortos), e levá-lo à justiça.



Dirigido por Christopher Smith (diretor relativamente desconhecido por aqui), o filme tem Sean Bean, que parece ter se especializado em papéis de época, principalmente medievais/estilo medieval e é uma amostra do que é possível realizar quando buscamos inspiração na nossa própria história. Um filme de terror diferente do que estamos acostumados, mas não menos assustador, especialmente com as reviravoltas e surpresas que nos esperam ao longo da película. Uma produção altamente recomendável, embora o desfecho possa decepcionar alguns (o que não foi o meu caso).



Curiosidades:
- Historiadores atuais estimam que um terço da população da época foi morta em decorrência da pandemia;
- Sean Bean tem em seu currículo outros personagens históricos/pseudo-históricos, como Boromir, em Senhor dos Anéis-A Sociedade do Anel, e mais recentemente Eddard Stark na série Game of Thrones.


Na próxima Madrugada
Um clássico que, para os entusiastas do terror, dispensa apresentações: Suspiria, de Dario Argento.

Arcade Nóe

Splatterhouse retorna para consoles de última geração 



Que vergonha! O último Arcade Noé foi no final de Maio!!!
Mas conforme vocês viram, o pau tava torando solto aqui entre os membros do Uarévaa e com o fim do blog muito próximo, desanimou muito fazer qualquer post sobre games, porque eu tava tão fudidamente triste que nem conseguia jogar meu PS3...
NOT!
Então é isso, macacada! Aproveitem mais um post sobre games (velho e cheirando a naftalina) porque segundo consta essa semana o blog vai retomar suas atividades normais e bombando!!! (Not?)

 
 
O jogo Splatterhouse da Namco Bandai que combina ação, terror e brutalidade explícita vai retornar este ano para os consoles XBox 360 e PS3. Na trama Rick, esse ser bombado parecido com o Jason de Sexta-Feira 13, é escolhido por uma máscara sobrenatural. Ela o ajuda em sua jornada para salvar a vida de sua amada, poupando-a de ser destroçada e devorada por hordas de demônios e zumbis.
 


As imagens que sairam do game são repletas de criaturas horrendas, muito sangue, vísceras e músculos (ui!)!
Vi numa revista de games, especializada em XBox 360, que o jogo Splatterhouse até que é bom, mas só é para aqueles que curtem uma boa porradaria nos jogos e não se preocupa muito com roteiro (um pouco o meu caso, em se tratando desse gênero de jogo). A jogabilidade e os gráficos são bons apesar de algumas mancadinhas em relação a "laggings". O mais legal da história é que o jogo virá com as outras versões antigas do jogo, para que os mais saudosistas possam matar a saudade do pequeno Jason! Ou para aqueles que nunca jogaram possam matar a curiosidade. E nem por isso o jogo custará a mais, é apenas um bônus!
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Essa série foi criada inicialmente para arcade, depois ganhou uma versão para o Nintendo 8 bits, com o subtítulo "Wanpaku Graffiti" e adquiriu um tom mais "gozadinho". Os personagens eram desenhados no estilo "Super Deformed", criando uma atmosfera de paródia.
Já a sequência, propriamente dita do game, saiu diretamente para o Mega Drive. Esta é a famosa versão onde ele podia estourar cabeças de monstros com uma barra de ferro!
Quando a onda Street Fighter 2 estourou, principalmente em sua versão para o Super Nintendo e foi um dos jogos para consoles mais vendidos da história, as outras produtoras foram buscar inspiração no game da Capcom, assim como fez a Sega com Streets of Rage 2. A Namco, claro, não queria ficar de fora e fez o Splaterhouse 3, com 16 megas, gráficos e sons muito bons e o que era macabro, acabou por "piorar" mais ainda (no sentido figurado).
A jogabilidade mudou drasticamente em comparação a versão anterior. O jogo ficou parecido com Final Fight e Streets of Rage.
O personagem coletava orbs ao longo das fases e com os inimigos abatidos e assim, se transformava em "Mutant Rick", uma versão Zangief do herói, com golpes mais poderosos, inclusive um ataque "pilão" assim como o russo fodido de Street Fighter.
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Rick volta agora com essa aparência turbinada e com muita sede de sangue zumbi!
 

 

 

 

domingo, 26 de junho de 2011

PalhetadA

Falaê galera! Tudo em ordem com vocês? Rapá sério que teve gente ai que acreditou naquela lorota do Freud? AHUahuahuahuahuaaHUa velhinho safado!!

Eu estou de volta para mais um PalhetadA, dessa vez para falar da influencia do rock no mundo dos games! Yeah no games senhoras e senhores! Quem ai não se lembra dos clássicos jogos da nossa infância e aquele vilão féladaputa que não morria nem fodendo?



As vezes (muitas vezes eu diria) não notamos algumas trilhas dos jogos por estarmos tão empolgados com o contexto todo da tela que a música fica realmente...de fundo. Eu sou um apaixonado por games desde que joguei o meu CCE hãã...enfim. Quando eu jogo algum game eu não tenho o costume de me prender no jogo logo de cara, simplesmente eu não consigo. Eu tenho um ouvido muito chato, tenho o hábito de ouvir a trilha e “separar” alguns instrumentos que compõe a música do jogo.

Por exemplo, eu jogava muito um chamado “Extreme-G” no Nintendo 64. Não tinha UMA trilha rock and roll, mas eu adorava ouvir “separadamente” a linha de baixo dessas músicas, por exemplo essa ai de baixo.



Cara, é um Tecno animal issaê, mas se você consegue ouvir a linha de baixo que eu citei....parabéns champs, tu tem um “ouvido seletivo”.

O Fato é que a música tem um papel tão foda nos jogos, que a muitos anos deixaram de ser uma coisa só pra enfeitar e deixar bonitinho o ambiente do game.

E os desenvolvedores sacaram isso rapidinho, aproveitando que os consoles vinham aumentando absurdamente os bits e a memória, fazer uma trilha para prender os viciados pela oreia não seria novidade.

E como estamos aqui no PalhetadA, prometi que ia falar da influencia do Rock and Roll nos games. Imagine você lá com os seus 10 anos pirando na frente do seu Mega-Drive, Super Nintendo, os jogos nessa época tinham uma trilha única!

Eram especialmente desenvolvidas para aquele jogo, citar a trilha do Porco espinho mais rápido do universo é sacanagem, todo mundo conhece, mas eu adorava jogar um específico de luta que me chamava a atenção pelo gráfico, violência e lógico...a trilha!



Sinistro hein? Isso pra época era sensacional. Ouvindo hoje em dia no carro poucas pessoas reconheceriam a trilha.

Esse ai ainda era moderninho, voltando mais um pouco no tempo mas ainda na plataforma do Mega/Snes. Todo nerd que se preze tinha por obrigação jogar um dos melhores jogos feitos para o Homem-Aranha na época.

E era animal a trilha sonora feita inteiramente pelo “Green Jelly” eu já falei deles aqui uma vez, mas se perdeu no tempo/espaço do uarevaa. Enfim, o jogo era um quadrinho animado, eu ainda tenho esse “formatinho” Chamado “Carnificina Total” e a trilha? Se liga..



Cara, que porrada! Esse era o Rock entrando com os dois pés no seu peito e você tinha sei lá uns 11 anos!!! E mais, Maximum Carnage teve a moral de enfiar uma das músicas mais fodas do Black Sabbath na trilha....



Falai…isso maraca muito a infância meo...só pra quem não conhece o “Green Jelly” vou deixar uma palhinha ai pra apreciação ok?



O Rock and Roll estava na sua vida muito antes de você perceber vai, assume!

Outro jogo que putz, curtia demais jogar era Duke Nukem! O Herói mais politicamente incorreto dos games, onde dar tiros em Alienígenas e entrar num clube de stripers era totalmente normal. O jogo fez tanto sucesso na época que o Megadeth regravou o tema de Duke Nukem, mas vou deixar aqui a música que está na nova versão do jogo para ps3 e x-box360.



Sonzera que vem de anos atrás com beeeem menos recursos que hoje.

Antes do Duke Nukem já existia um jogo que colocava a porradaria e sonzeira nos jogos, quem ai nunca jogou Doom??

A versão original...



A versão Metal...



Um bom jogo de corrida especial que cansei de jogar era F-Zero X!! Caramba que tempo legal...rs. O jogo tinha umas músicas que combinavam de um jeito com as corridas que parecia que um não existia sem o outro manja? Tipo, não dava pra jogar no Mute nem a pau! RS



Mas quando eu pensei em fazer essa matéria sobre as trilhas rock and roll dos games, eu estava justamente pensando por causa do melhor jogo de carros já feito até hoje! O melhor de todos, Todos, TODOS! Rock and Roll Race!!



Era uma febre isso ai. Meus amigos não entendiam direito por que eu idolatrava esse jogo...talvez por não terem tido a sorte de ter contato com o Rock desde cedo como eu tive, mas esse jogo tem a trilha mais foda do universo dos games....são as bandas transplantadas para dentro do jogo, na versão instrumental dos clássicos do Rock. Não dá pra não curtir.

Eu fiz uma mini-coletânea dos sons e joguei na biblioteca do Ultra lá nos EUA pra vocês poderem pegar e jogar no som do carro...rs.



Let´s Rock!
Duende Amarelo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Bad, bad Uarévaa. No donut for you.


Fala pessoal, aqui é o Freud tentando manter algum bom humor para seguir com esse post..

E aí, estão curtindo a "semana temática" No Donut do Uarévaa?

Pois é, só tivemos UM POST essa semana, recorde negativo histórico do blog e, infelizmente, as notícias não são das melhores..

Muitos problemas antigos desse blog virão à tona agora, e espero que entendam que esse post não é pra lavar roupa suja, mas está aqui por respeito aos leitores e ouvintes que nos acompanham nesses mais de 3 anos.

Esse clima todo de amor e amizade que parece existir no Uarévaa, não é bem assim: determinadas "brincadeiras" entre os membros são exageradas e alcançam o status de bullying mesmo. Nos batidores, falta-se com o respeito constantemente com ofensas pessoais e não existe consideração por opiniões diferentes em determinados assuntos.

Semana passada, no podcast Solteiros x Casados que saiu, vocês não fazem idéia a quantidade de coisa que foi cortada na edição final devido a isso. Praticamente todos se desentenderam, tanto participantes do podcast quanto os que não tinham gravado no dia.

Sequer dá pra chamar isso de uma Guerra Civil e determinar dois lados a se escolher, pois hoje é difícil pra qualquer um achar outro dentro do blog com quem se concorde plenamente.


Além disso, brigas já surgiram por:

- falta de compromisso com as postagens;

- divulgação de dados pessoais de membros do blog a terceiros;

- opiniões sobre os rumos do blog;

- e também, como não poderia deixar de ser, DINHEIRO!!

Tem muito mais coisa, mas minha consideração pelos leitores não permite divulgar.

Junte isso ao assédio que redatores do Uarévaa tem sofrido por outros veículos de comunicação e voce tem o panorama atual, em que poucos tem postado regularmente e até os que o fazem, falharam essa semana.

Pela primeira vez desde, sei lá, acho que a terceira ou quarta edição, ficamos uma semana sem podcast, uma das poucas postagens garantidas no Uarévaa. NEM NO NATAL E ANO NOVO ISSO ACONTECEU!!

É muito triste constatar que, algo que começou num clima de amizade, esteja hoje desse jeito.

Não estou excluindo meus erros nem botando a culpa em ninguém.

O fato é que as divergências e aborrecimentos alcançaram um patamar tão alto que só nos coube tomar uma triste decisão.


Esse não verdade não é exatamente um momento de despedida, senão eu estaria falando também sobre tudo de legal que esse blog já nos proporcionou.

Esse, na verdade, é .. APENAS UM POSTZINHO IMBECIL, SAFADO E DESNECESSÁRIO para quebrar o gelo pois..

ESSA BAGUNÇA AQUI NÃO 
VAI ACABAR TÃO CEDO!!!


Isso aqui é um antro de preguiçosos que não fizeram nada essa semana e ESSA é a grande verdade desse post, bwahahahaha..

Nem o Duende se salva pois aposto que foi aquela merda de cachorrinho dormindo no post dele que incentivou ainda mais a vagabundagem!! E ainda veio o feriadão e ai mesmo que desandou a porra toda..

Se você é masoquista, continue por aqui pois semana que vem teremos coisas bem legais para nos redimir dessas "férias", como estréia de coluna nova, a volta do UaréTV e um podcast muito legal com um convidado especial. 


UARÉVAAAAA!! 


P.S.: Sim, é isso ai mesmo.. O post é só essa idiotice e vergonha alheia mesmo. Se você leu isso tudo: MEUS PARABÉNS!! BWAHAHAHA.... Quem manda acessar o Uarévaa?

domingo, 19 de junho de 2011

PalhetadA - Música Classica da sono?

Eae povo! Esse fds passado estava eu pensando no que escrever aqui, o tempo passou e como de costume...deixei pra última hora! Ai vendo vídeos no “vocêtubo” me deu um estalo de falar sobre a influência da música clássica no rock e por que não, na sua via! E o que tem de coisa boa nisso cês num fazem idéia.



Eu duvido que alguém ai tenha no ipod, mp3 ou walkman (Freud?) alguma música clássica! Não to falando de música clássica no sentido de importância no cenário do rock. To falando de ouvir William Tell, Bach, Mozart, Pachelbel's. A música clássica está presente na nossa vida e nem percebemos a sua importância...quem ai não odeia a músiquinha maldita do caminhão de gás?



Sério, é maravilhosa essa melodia do Beethoven...a grande maioria só conhece a parte que toca nos caminhões de gás. O que eu acho uma tremenda sacanagem fazer isso com a música clássica e toda sua imponência! Ouvimos clássicas no cinema o tempo todo e não nos incomodamos porque? Por que marca a sua vida meu caro...você ai lembra da trilha de Star Wars, Superman, Indiana Jones, entre outras só de eu citar o filme.

Há quem deteste e ache uma chatice sem tamanho ouvir esses arranjos melancólicos ou no caso dos filmes... poderosos. É verdade que tem coisas que são descartáveis. Mas a grande sacada da música clássica é fazer você prestar atenção num trecho, num acorde, numa melodia e ganhar a seu ouvido musical ali! Quem ouve a melodia do “dá, dánoninho dá” não se lembra de outra coisa?



Poisé, como eu já disse lá em cima a música clássica está presente na nossa vida sem notarmos a sua importância e influência. Merece ou não ser respeitada?



A publicidade já usou e usa o clássico a torto e a direito, é verdade que hoje em dia um pouco mais modernizada, mas ainda assim, a essência está ali. Falando em modernizar o estilo clássico, tem muita, mas muita gente mesmo de talento por ai que faz essas adaptações para o metal. Ficando uma versão menos rica em imponência, mas com certeza mais forte eletrificada e amplificada! Saca só o que esse grupo de Japoneses fizeram com a famosa “Cannon” de Pachelbel.



Essa aqui em baixo é a original para quem nunca ouviu...recomendo.



Mas essa coluna é sobre o Rock And Roll certo? Certo! As bandas de rock notaram o estilo muito cedo e incrementaram suas música incluindo elementos de música clássica. Exemplos não faltam, Led Zeppellin fez uma obra prima com Kashmir.



PUTAQUEOPARÉU!! Chega a ser celestial o arranjo dessa música junto com a orquestra... é de arrepiar, um verdadeiro Absurdo! Falaê. O_O
Eu podia parar a Matéria por aqui depois dessa, sério...me empolguei! Não me responsabilizo se a matéria ficar um pouco...extensa.

Outra banda que eu ouço desde quando estava no ventre da mamãe Duende é o Queen...que pra mim é uma das melhores bandas que já existiu, a diversidade musical dos caras era absurda...enfim. O Queen também mesclou o clássico, o erudito, o inesperado com o Rock. Citar Bohemian Rhapsody é chover no molhado... mas vale muito a pena colocar esse vídeo com um dos maiores Tenores que o mundo já viu cantar Luciano Pavarotti + Queen.



É ou não é pra se respeitar? Só fazendo um parênteses aqui..( O Brian May além de ser um dos caras com os solos mais incríveis e sentimentais que eu já ouvi...o cara ainda canta pouco né?) Bom, bandas que se uniram a orquestras começaram a pipocar no cenário e saíram grandes arranjos, fazendo a música ficar tão rica com esse casamento entre o pesado e o clássico que acabou virando moda. Vou colocar 3 bandas que gravaram com orquestras e ficaram incrivelmente foda!!

Scorpions gravaram com a Philarmonica de Berlim. Eu destaco “Rock You Like a Hurrican”

Poderosa a versão não?

Outra que fez a gravação com o orquestra foi o Kiss! O Legal foi a sacada de pintar toda a orquestra com as máscaras do Kiss....sensacional.



Fechando a Matéria eu não podeira deixar de lado a Banda que me fez curtir o Heavy Metal. Quando o MetallicA gravou o S&M eu tinha certeza que seria uma coisa grandiosa...e foi. Saiu tanta música com arranjo foda que ficou difícil de escolher uma só pra entrar aqui.



Pela melodia linda da Nothing else Matters seria meio arriscado enfiar uma orquestra que simplesmente fizesse os acordes da música, como era comum em outras gravações com orquestras...reparem que no S&M a orquestra é totalmente independente do MetallicA, é um arranjo próprio da música.

Quem tem o DVD na parte de opções de áudio existe a possibilidade de ouvir só a banda ou só a orquestra...já ouvi só a segunda opção e posso falar com propriedade que é um outro show gravado! Vale MUITO a pena ter isso.

Ok, me empolguei mesmo com a matéria não? Então, preciso dizer que hoje a música clássica virou um canal direto com o Rock, tanto que depois do metal invadir o espaço silencioso das melodias de violinos e pianos, o contrário também acontece! Quem ai não conhece o barulhento e ousado Apocalyptica?



Quem diria que um dia seria possível ouvir uma das músicas mais pesadas do Heavy Metal somente tocada por violinos nervosos? Casamento entre o clássico e o peso do Metal!

Só pra fechar com chave de ouro, lembrei do Vadrum tocando Willian Tell...vocês já conhecem né? Se ainda não viu esse vídeo eu recomendo por que vale a pena ver a habilidade do Italiano e a criatividade com que ele encaixou uma bateria nessa versão. =)



É isso galera, me alonguei um pouco mas o assunto é muito legal...fiquem calmos que se você começar a ouvir música clássica não vão chamar você de antiquado ou velho. Hehehe...

Leeeet´s Classic Music Rock!!
Duende Amarelo

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Podcast Uarévaa #51 - CASADOS vs SOLTEIROS


FINISH HIM!!

Em plena Semana dos Namorados, o Uarévaa faz o podcast menos romântico de todos os tempos, com um combate que promete abalar as estruturas do blog: CASADOS vs SOLTEIROS!!

Freud é o árbitro da peleja que trás, de um lado, Duende e Zenon, representando os comprometidos, e do outro, Moura e Marcelo defendendo os solteiros.

É A GUERRA CIVIL DO UARÉVAA!! De que lado você está?

Na sequência, o Momento Uarévaa está de volta com a leitura de trocentos comentários e muito mais..





(Clique na imagem com o botão direito do mouse
e depois em "Salvar link como..")


Clica ai pra assinar o RSS e passar a receber
o Podcast Uarévaa "tomáticamente"!!



E tamo até no iTunes, rapá!!!



Comentado no Podcast

- GIGA PUDIM!!!



- Novo projeto do Metallica: AQUI

- VASCÃO DA GAMA!! Conheça sua história AQUI.

- O lendário João do América!!



- Singelas dicas de higiene... ANAL!



Comente ai no post ou mande seu e-mail (contato@uarevaa.com) com críticas, elogios, sugestões, cagações de regra e tudo mais sobre nosso podcast.

Dia dos Namorados com Humor

Momento Uarévaa
Por Vini

O Uarévaa não podia terminar a Semana dos Namorados sem esse vídeo. No começo dele você vai até se perguntar: "Má que porra é essa?", mas esperem para ver até o final!
A mulherada sempre reclama, sem que muitas vezes os homens fiquem sabendo, quando o cara fica enrolando num namoro por tanto tempo. Mas aí, num dia desses qualquer, pode ter uma grande surpresa!
É muito engraçado ver o choro de alívio das mulheres nessas horas.
Ah, o amor faz a gente cometer as maiores atrocidades mesmo! Hahahahaa... 


Grandes (ou não) Filmes Românticos da Humanidade



http://2.bp.blogspot.com/_vqr586h0UZM/TR-4V8h99GI/AAAAAAAAEGI/YfCQEKWo8T0/s1600/cinemascope.GIF

Comemorando o dia dos namorados atrasado no Uarevaa (já que também não fazia idéia do que escrever na semana dos solteiros), decidi escrever sobre filmes que falam sobre o amor, sobre esse sentimento lindo que nasce no coração dos trouxas, e que em alguma hora, seja no passado, presente ou futuro (quem sabe) elas te obrigaram a ver esse filme, mesmo que você não esteja com saco algum para assistir.Afinal, tem certas coisas que você só atura porque realmente gosta de alguem.


Bonequinha de Luxo: O filme do Blake Edwards (idealizador da Pantera Cor de Rosa) ainda é um dos filmes que seduzem o imaginário feminino, não tanto com a força de antigamente, mas ainda impõe respeito entre as mulheres e entre os cinéfilos.O filme conta a hsitória da garota do interior que muda pra cidade grande, vira mulher de mafioso, protistuta, e acaba se relacionando com seu vizinho escritor.



Love Story: É basico, pensou em filme romântico, pensou em Love Story, filme que provavelmente seus pais (e o Freud) devem ter visto no lançamento na decáda de 70 junto com a gatinha que eles estavam desenrolando, baseado no best seller da época.Não faço ideia da história, mas sei que a mocinha morre no final.



Dirty Dancing - Ritmo Quente: Se antigamente era Bonequinha de Luxo, hoje em dia é Dirty Dancing, classico da Sessão da Tarde que mostra a irmã nariguda do Ferris Bueller (SALVE FERRIS!) indo para uma colônia de férias que encontra o dancarino e se apaixona, e o resto vocês já sabem.



Lagoa Azul: Nenhuma mulher te obrigou a ver esse filme mais de uma vez, mas a sádica da Globo sim.

Coincidentemente, descobri que a versão Brookie Shields na verdade é um remake de outro Lagoa Azul, filme de 1949, dirigido por James Hayter (que foi diretor e roteirista até de filmes do Alfred Hitchcock), que inclui até luta corpo-a-corpo contra um polvo gigante.



Lambada, a Dança Proibida: Postei isso pra ter uma desculpa pra postar Kaoma no post.Ainda custuma passar no SBTeta.Afinal, a recordação estará com ele aonde for...




Mas não sou escroto, também está aqui o trailer do filme, pra te lembrar que as vezes o que é tosco também pode ser foda.


Uma Linda Mulher: O grande filme romântico dos anos 90, que trouxe Julia Roberts ao mundo, que complementa e se inspira em Bonequinha de Luxo.



Scott Pilgrim contra o Mundo: Não gosto da HQ e acho que é o filme mais chato do Edgar Wright, mas como há gosto pra tudo nesse mundo, esse aí é um filme romantico para a geração hipster,geek (odeio essa classificação), leite-com-pera-e-ovomaltino de hoje em dia.O bundão do Michael Cera tem que cair na porrada com 7 caras para namorar uma vagabunda que quer mudar de vida, mas como essa vagabunda é interpretada pela Mary Elisabeth Winstead, o que faz automaticamente tudo valer a pena.

Bem, acabou por hoje, proxima semana tem mais.Fui!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Paixão de Arlequim



Há muito tempo atrás, em um reino de fantasia muito distante, eu dei de cara com uma revista em quadrinhos de um autor que na época não conhecia direito. A revista chamou minha atenção por sua bela capa e desenhos, além de tratar de forma fantasiosa um tema do qual gosto muito de debater. Esse autor era Neil Gaiman, a revista A Paixão de Arlequim.


Arlequim, personagem da Commedia Dell'Arte, um pregador de peças, um ser que se divirte em criar confusão, um dia encontra Missy, uma bela mulher a qual ele acredita ser sua Columbina. Assim, em um gesto de amor e, ao mesmo tempo, travessura ele prega seu coração na porta da casa dela. Os acontecimentos seguintes se desenvolvem em torno do que Missy faz com o coração do Arlequim, enquanto ele a segue pela cidade, cada vez mais apaixonado.

Neil Gaiman (roteiro) se reencontra com seu companheiro de Livros da Magia, John Bolton (desenhos), e no traz uma história moderna e mágica de busca pelo amor, onde encontramos outros personagens da Commedia Dell'Arte, como o Doutor e o Pantaleão, seres que com o tempo ficaram até mais escondidos perante o sucesso do triangulo amoroso Arlequim, Colombina e Pierrot.

Curiosamente, nessa história, o Pierrot não aparece diretamente, ele se encontra dentro do próprio Arlequim, que sofre por não ter a pessoa amada, o próprio diz o quanto está se sentindo "quase como um Pierrô, o que é péssimo para um Arlequim".


Lembro que quando comprei essa revista, alguns amigos acostumados com narrativas mais super-heróicas e na velha arrogância da adolescência, que acha reflexões sobre amor coisa brega ou sem graça, desdenharam da revista. Uma pena para eles, pois com esse conto fantasioso, Gaiman busca repaginar a Commedia e mostrar como o ser humano vive constantemente em busca de ser correspondido, mais até do que realmente amar.

Ainda digo mais, o autor ressalta como também vivemos mudando de “status quo”, ou seja, hora somos os apaixonados que sofrem por quem não os ama e hora aquele que faz alguém sofrer. E falando mais um pouco, e isso ele encaixa bem no fim da história, como temos medo de expressar nossos sentimentos.

O desenho de Bolton também busca esse ar fantasioso, mesclando com uma estética de pintura que remete a quadros e pintores do período onde a Commedia italiana surgiu, século XVI. Dando ainda uma sensação de fotorealismo 

A história ainda traz um apêndice com páginas-guia referentes à Arlequinada, com a história da Pantomima e da Commedia Dell'Arte, e a descrição de todos os arquétipos. Há ainda uma história sobre Bolton e uma breve e fantasiosa biografia de Gaiman.

A Paixão de Arlequim é mais do que recomendado, principalmente para aqueles que vêem o mundo e o amor como algo além da racionalidade do dia-a-dia, como um reino de fantasia que a tudo pode e onde a magia está logo ali, é só você olhar bem.

Título: A Paixão de Arlequim
Editora: Conrad
Lançamento: Novembro de 2002 
Preço: R$ 9,90

O Jogo da Vida - Ou A Eternidade do Amor

Momento Uarévaa
por Freud

Existe um clichezão que todo mundo questiona. Qualquer um que o leve a sério soa iludido e infantil.

".. e viveram felizes para sempre!!"


Pois bem, hoje o velhinho aqui resolveu defender o final de conto de fadas, "impossível na vida real".


Lendo o ótimo texto do Moura de semana passada, sobre as convenções sociais que pentelham os solteiros, lembrei do clássico Jogo da Vida, onde todo mundo tinha seu carro, profissão, casamento e etc e tal...

E qual não foi minha surpresa ao descobrir que, mesmo ele, já se adaptou aos tempos modernos?


(Esse não é um post patrocinado..  Infelizmente..)

Pois é, apesar de todas as tradicionais cobranças da sociedade que o Moura falou, não há como negar que aos poucos isso está mudando. Hoje vivemos num mundo que reconhece cada vez mais que a vida não é um conto de fadas. Pra cada Tia moralista que te solta indiretas, deve haver no mínimo 3 outras pessoas do seu real convívio que tentam entender qual o melhor pra você.

Um relacionamento onde tudo são flores, "com arroubos de paixão cotidianos e cinematográficos" a vida toda, sinceramente, não é mais a real expectativa de qualquer pessoa com o mínimo de bom senso. Relacionamentos, de qualquer tipo, são complicados, e todo mundo sabe disso, todo mundo os vive.

E concordo com o Moura que, no Jogo da Vida real, casar não é uma obrigação. Nem filhos, nem um relacionamento estável, nem instavel, nada disso. Não dá pra se viver sob imposições desse tipo. Cada pessoa deve buscar sua felicidade do seu jeito e nenhum desses objetivos tradicionais deve servir como “medida de sucesso”

Mas nessa semana dos namorados, vou aproveitar pra rebater algumas coisas que meu camarada disse, do ponto de vista de quem é, sabidamente, casado, fiel e pai de família (meu famoso bordão, hehehe).

O amor é uma entrega, um salto que deve ser dado com o peito aberto mas, se possível, também com a convicção de quem deu umas boas espiadas pra saber a altura.

Esse salto envolve a fidelidade que soa tão cruel e assustadora pra muita gente, mas que se traduz simplesmente em lealdade e honestidade, palavras com o mesmo peso mas que despertam outro tipo de reação nas pessoas. Fidelidade ao que vocês representam um para o outro e não é, ou não deveria ser vista, simplesmente como uma regra imposta. Fidelidade de saber as expectativas que vocês construíram juntos e a vontade de estar com aquela pessoa.

Essa entrega envolve ceder em muitos pontos, desde que isso não te fira profundamente ou macule o seu amor próprio. Não é, ou não deveria ser, como uma negociação comercial. Um "programa de fidelidade". Quando ambos prezam o bem estar, cada um tenta entender os momentos do outro, busca a hora e a forma de "aparar as arestas".

O amor pra mim é encontrar alguém por quem se apaixona, claro, mas também com quem, além do encantamento, você enxergue parceria e confiança para dividir seus desejos, dificuldades, expectativas, frustrações, sucesso, rotina e carinho.


É possível aguentar todos os revezes do jogo da vida sozinho. É possível ter sucesso sozinho. Se não aparecer a pessoa certa, ou se é sua opção não se relacionar seriamente, não é o fim do mundo. Sim, existem milhares de coisas a se fazer por ai, quer você esteja sozinho ou acompanhado.

Mas a força do amor reside na união. A vida é cheia de altos e baixos e os baixos de um são menos baixos quando se tem alguém, os altos elevam o outro junto e as conquistas mútuas são aqueles raros momentos inesquecíveis e especiais, de felicidade não só compartilhada mas multiplicada, que os contos de fadas tentam apenas reproduzir, tirar inspiração, mas que na verdade são indescritíveis.

Cada qual a seu modo, romances assim não estão só nos livros. E nem finais felizes "para sempre".

Tudo muito bonito, mas nem sempre é assim, certo? Muita coisa dá errado, muitas decepções e tentativas. Claro. Mas não é assim pra qualquer caminho que se escolha na vida? Pra mim, essa meta do “amor eterno” é um jogo que vale a pena disputar.

Porque a eternidade do amor não está num compromisso de "se aturar até que a morte os separe" mas na entrega de sentir verdadeiramente seu mundo com outra pessoa, ver seu futuro em outros olhos. Como dizia o poetinha, "que seja infinito enquanto dure".

Se for, terá valido a pena, terá sido eterno.

Qualquer que seja a escala de tempo usada pra medir.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Amor, platônico amor...


Ah, o amor!
Responsável por tanta dor e sofrimento...
Muitas lindas histórias de amor só são possíveis depois de muito penar. E então porque a gente simplesmente sempre busca mais? É vício?



Pode ser.
Porém, não existe apenas um tipo de amor e então não é sempre que você precisa sofrer por ele, certo? Hum... sinceramente não sei te responder com 100% de segurança.
O engraçado é que, no fim, ninguém está livre desse sofrimento. Quer um exemplo? Você pode amar seu video-game, mas espera ele te deixar na mão com as três luzinhas vermelhas. Você pode amar seu cão, mas deixa de alimentá-lo e de dar atenção pra ver o que acontece. Você pode amar sua casa, mas experimente ser obrigado a se mudar de lá. Você ama sua namorada, mas deixa ela aparecer com um camarada ao seu lado pra ver como isso se transforma rápido em ódio! =)
Ou seja, o amor é nossa responsabilidade! Vai de você saber alimentá-lo corretamente!

O fato é que o ser humano é muito complicado e acho que primeiro a gente devia aprender a ter mais compaixão e respeito para depois dizer que sabe realmente amar.
Como diria Pitágoras: "Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo."

Eu sempre curti escrever sobre algo relacionado aos sentimentos que temos e sem dúvida o mais difícil de todos é o amor. Não vejo uma história sequer de amor que não tenham complicações e decepções, mas no fim, temos que fazer com que existam finais felizes!

Essa HQ que eu fiz a um tempo atrás fala sobre Amor Platônico. Um dos piores que existem na minha concepção! Porque invariavelmente é uma via de mão única. E você tem que aguentar a barra até que sua chama se extinga para sempre e sempre existe... sim, sofrimento!
Já passei muito por isso na vida e sei do que estou falando. Finalmente, me encontro numa situação de conforto, porque hoje sou casado, sei alimentar esse amor da melhor maneira que consiguo, mas quem disse que com ela também não sofri?
Mas o lance é esse, precisamos encarar que existe sofrimento, mas sempre é possível buscar finais felizes! 

Não sei se tratei de maneira correta a apresentação dessa história, pois tentei publicá-la em várias revistas independentes, porém não deu certo. Enfim, é um trabalho e não posso simplesmente jogar fora só porque não foi aceita para a impressão, não é? Ela me deu muito trabalho pra fazer!!!
E isso também tem a ver com amor. Amor à arte!
Apesar do meu tempo estar corrido ultimamente, quiz contribuir com a semana especial aqui do Uarévaa. Não vou ficar de nenhum dos lados, nem dos casados, muito menos dos solteiros, porque acho que os dois lados são bons, mas são só momentos da vida de uma pessoa, que podem durar muitos anos... ou não. E isso não quer dizer que isso seja um final feliz!
Por enquanto, pequenos padawans, vão aí pensando na frase:
"Eu não a amo por causa de quem você é, mas por causa de quem eu me torno quando estou com você."
Love and Good Vibrations, folks!
 
Clique para ampliar

Curta Você Também: Edith Piaf - Pra que serve o Amor



Semana dos Namorados no Uarévaa ai, então não podia deixar passar a oportunidade de postar um lindo clipe com a bela música A Quoi ÇA Sert L’amour (Pra que serve o amor), na voz de Edith Piaf e Theo Sarapo, contando uma história de amor e o que ele pode trazer para nossa vida, tudo isso em belos traços e sincronia. Sei que o video não é novo, mas vale a pena tanto para os casais apaixonados lembrarem seus bons e maus momentos  quanto inspirar os solteiros que estão em busca de um amor.




Para os entendidos em francês (?) a letra no original:


A Quoi ÇA Sert L'amour

A quoi ça sert l'amour ?
On raconte toujours
Des histoires insensées.
A quoi ça sert d'aimer ?

L'amour ne s'explique pas !
C'est une chose comme ça,
Qui vient on ne sait d'où
Et vous prend tout à coup.

Moi, j'ai entendu dire
Que l'amour fait souffrir,
Que l'amour fait pleurer.
A quoi ça sert d'aimer ?

L'amour ça sert à quoi ?
A nous donner d' la joie
Avec des larmes aux yeux...
C'est triste et merveilleux !

Pourtant on dit souvent
Que l'amour est décevant,
Qu'il y en a un sur deux
Qui n'est jamais heureux...

Même quand on l'a perdu,
L'amour qu'on a connu
Vous laisse un goùt de miel.
L'amour c'est éternel !

Tout ça, c'est très joli,
Mais quand tout est fini,
Il ne vous reste rien
Qu'un immense chagrin...

Tout ce qui maintenant
Te semble déchirant,
Demain, sera pour toi
Un souvenir de joie !

En somme, si j'ai compris,
Sans amour dans la vie,
Sans ses joies, ses chagrins,
On a vécu pour rien ?

Mais oui ! Regarde-moi !
A chaque fois j'y crois
Et j'y croirai toujours...
Ça sert à ça, l'amour !
Mais toi, t'es le dernier,
Mais toi, t'es le premier !
Avant toi, 'y avait rien,
Avec toi je suis bien !
C'est toi que je voulais,
C'est toi qu'il me fallait !
Toi qui j'aimerai toujours...
Ça sert à ça, l'amour !...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Teeth

“É verdade! Vagina dentata! Vagina dentata! Vagina dentata!”
Teeth





Tema Macabro




Seguindo a linha do post “Os monstros que você nunca ouviu falar – mas que não fazia questão de conhecer”, trago nesta Semana dos Namorados do Uarévaa uma dica que, além de não ser muito romântica, pode fazer você pensar duas vezes antes de querer fazer sexo com alguém que não conhece.

Dawn O’Keefe é uma jovem porta-voz de um grupo cristão de abstinência sexual que, durante um discurso sobre o “anel de pureza” que ela e os outros do grupo usam e o seu significado, ela conhece Toby, com quem acaba tendo grande atração. Como os dois tem um (suposto) voto de castidade, eles sabem que não pdoem ir “longe demais”, o que acaba sendo um problema, já que Toby, em dado momento, tenta forçar relação com a moça. Fazendo-abater com a cabeça no chão, ela desmais, no que Toby percebe que pode aproveitar a oportunidade para estuprá-la. Mas mal sabe ele que vai se arrepender profundamente disso.



Este é só o primeiro contato de Dawn com sua estranha condição: a Vagina Dentata, uma estranha anomalia presente nos folclores de diversas culturas e que, aparentemente, é real. Mas, apesar da sinopse assustadora do início (não creio que alguém ache estupro uma coisa engraçada – embora para mim abstinência sexual seja algo tão perturbador quanto), o filme é, claro, uma comédia de horror que, por incrível que pareça, tem uma história original e uma narrativa bem interessante e, por mais estranho que isso ainda possa parecer, é melhor que muitos filmes de terror que se levam a sério. Um filme recomendável para você que passou o Dia dos Namorados solteiro ou solteira. Talvez ficar sozinho não seja assim tão ruim no fim das contas.

Curiosidades:
- Vagina Dentata é, de fato, um tema recorrente no folclore de diversas culturas, e se refere, literalmente, a mulheres que possuem vaginas com dentes, como é descrito no filme. Essas histórias eram contados como um “cautionary tale”, a fim de alertar os homens sobre o sexo com mulheres desconhecidas (para não pegar doenças, etc) e também inibir e desencorajar o estupro;
- O anel de pureza, que é comentado no filme existe mesmo (acredite, para mim foi uma surpresa descobrir isso). É conhecido também como anel de prata, anel de santidade, anel de castidade ou anel da virgindade, é um símbolo da abstinência sexual entre jovens que buscam se resguardar sexualmente até o casamento, e tornou-se comum entre adolescentes, tendo sido usado por jovens famosos, como os integrantes do grupo Jonas Brothers, Miley Cirus e Selena Gomez. Até Britney Spears, em seus primeiros anos de sucesso chegou a usar. Essa ideia surgiu, é claro, nos EUA.


Na próxima madrugada:
Numa época assolada pela peste negra, um grupo é designado para uma área onde forças maiores podem estar em ação. Na próxima semana, conheça a Morte Negra.