“Sim, esta Vila não tem a pestilência. Mas também não tem Deus. E por isso vão sofrer.”


Terror Histórico. Se esse subgênero não existe, deveria, principalmente depois de Morte Negra. É interessante e curioso perceber que, embora hoje o terror busque inspiração mais “realista” (ênfase nas aspas), como assassinos seriais e histórias que envolvam mais problemas que realmente podem acontecer, os contadores de histórias de terror (em Hollywood, especialmente), raramente se voltam para o próprio próprio passado para contar uma história mais realista. Podemos citar algumas exceções não americanas, como A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno, de Guilhermo Del Toro que, mesmo com o elemento sobrenatural, traz como elemento mais assustador o próprio momento histórico (A Guerra Civil Espanhola). Mas raramente vemos o momento histórico como diferencial e “protagonista” de uma história de terror. O que é uma pena, pois para mim as coisas mais assustadoras que existem são aquelas que sei que aconteceram de verdade durante o curso da história humana. E um desses momentos históricos é a época da Peste Negra.


Assim, Osmund reza a deus por um sinal para que diga se ele deve se juntar ou não à sua amada, e quando menos espera, um grupo de guerreiros chega ao mosteiro pedindo por alguém que os leve até uma certa vila, supostamente livre da peste, que passa pelo caminho onde sua amada se encontra. Ele interpreta como um sinal e se oferece para guiar os homens. A real missão dos homens é ir até a Vila onde os rumores dão conta de que existe um necromante (pessoa capaz de ressuscitar os mortos), e levá-lo à justiça.

Curiosidades:
- Historiadores atuais estimam que um terço da população da época foi morta em decorrência da pandemia;
- Sean Bean tem em seu currículo outros personagens históricos/pseudo-históricos, como Boromir, em Senhor dos Anéis-A Sociedade do Anel, e mais recentemente Eddard Stark na série Game of Thrones.
Na próxima Madrugada
Um clássico que, para os entusiastas do terror, dispensa apresentações: Suspiria, de Dario Argento.
4 comentários:
MORTE NEGRA É DO CARALHO! Reintero aqui que esse é um dos meus filmes favoritos, recomendadíssimo.
Parece ser interessante mesmo. Concordo contigo que terror histórico é um genero que podia ser mais bem explorado, se bem feito e com carinho, digamos assim. Acho que até a história brasileira pode render terrores desse tipo.
A Morte Negra não é um filme de terror. É mais drama histórico e politico. Um tapa na cara no fanatismo religioso e um poderoso revelador do quão estupidos os seres humanos podem se tornar, quando a ignorância, a ausência de racionalidade, o medo,o odio e o obscurantismo religioso ditam as regras. Para quem é leitor Nietzsche este filme é perfeito. Como dizia o pensador alemão: onde há um sacerdote há sempre alguém que odeia...
Filme excelente, aconselho a todos que querem refletir sobre o papel da religião, ainda mais em tempos como o que estamos vivendo, onde o fundamentalismo, em especial o religioso, parece ressurgir incitando as pessoas a odiarem minorias, estrangeiros, e tudo que é diferente ou fere o poder das igrejas.
Vi esse filmes a tempos atrás e achei muito do bão. Recomendo a todos, todos, TODOS !!! Sean Bean chuta bundas nesse filme e o moleque que faz o coroinha tbm o/
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