"Sempre armas.
São elas sua única solução?
Vocês podem atirar em animais na floresta...
Mas não podem atirar na floresta"Swamp Thing#52

No início dos anos 80, a revista Swamp Thing já havia sido cancelada devido às baixas vendas. Mas era tarde demais para esquecer o personagem, uma vez que uma adaptação cinemato

Então a DC decidiu dar uma chance para um novato escritor britânico, dando-lhe liberdade total para trabalhar com o personagem. Alan Moore passou a ser escritor regular. Em sua edição de estréia, nós vemos o Monstro do Pântano sendo caçado e encontrado pelo exérc


Moore levou o personagem para os destinos mais inusitados: de encontros com super-heróis da DC ao fim do mundo, o Monstro do Pântano enfrentou vampiros, casas mal-assombradas, lobisomens, bruxaria, foi até o inferno buscar sua amada, retornou para enfrentar o fim de tudo, morreu mais de uma vez e até foi para o espaço. Na fase de Moore, cada edição era uma (ótima) surpresa. Personagens subaproveitados ou esquecidos pela editora foram magistralmente revitalizados nas histórias (como o Homem Florônico), alguns voltando a aparecer em outras revistas, assim como novos personagens surgiram nas páginas da revista e alguns até se tornaram mais famosos que o próprio Monstro do Pântano (como John Constantine). O personagem também participou da saga Crise Nas Infinitas Terras.
Moore escreveu praticamente 4 anos o personagem, mas essa fase foi responsável por revitalizar o gênero de terror nos quadrinhos, além de ter sido a primeira HQ que ignorou completamente o Comic Code Authority e tinha como público os adultos, o que incentivou a criação do selo Vertigo (que publica apenas quadrinhos voltados para o público adulto).
Curiosidades:
- Ascapas da revista eram um dos pontos fortes durante a fase de Moore. Magistralmente pintadas como as capas de terror de antigamente, lembrando verdadeiras obras de arte, era fácil querer arrancar aquelas capas, emoldurar e pendurar pela casa.
- Alan Moore faz uma homenagem à dois personagens, considerados de onde o Monstro do Pântano foi “Inspirado”. Entre as entidades que fazem parte do parlamento das árvores, estão o “Homem-Coisa” e “Heap” (ambos mencionados anteriormente), ou melhor, versões desses personagens.
- Alan Moore sempre foi um rato de banca, e sempre admitiu gostar de personagens obscuros. Talvez por isso ele tenha trazido quase todos eles para as histórias do Monstro do Pântano. Personagens esquecidíssimos como Sargon, o Mago, Barão Von Winter e Dr. Oculto voltaram a dar as caras na revista, mas foram sumariamente esquecidos novamente depois.
- Uma das histórias mais inusitadas da fase de Moore foi seu retorno à Terra após a saga “Gótico Americano”. No arco de histórias, ele descobre que Abigail (sua amada) foi presa no Arkham, e decide dar um ultimato à humanidade. História recomendadíssima.
- Ainda sobre histórias inusitadas, John Constantine, personagem criado por Alan Moore na revista do Monstro do Pântano, teve um curioso crossover com Batman durante a saga Crise nas Infinitas Terras, onde Constantine é tratado como um cidadão comum.
Na próxima Madrugada:
Nem tudo são flores para o Monstro do Pântano. Na próxima semana, Monstro do Pântano – A decadência.
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